A Esplanada dos Ministérios vai se transformar, a partir de hoje, em um palco para católicos e evangélicos protestarem e pressionarem o Congresso a avançar com propostas polêmicas e que enfrentam resistência de ativistas de direitos humanos.
Os religiosos vão defender restrições ao aborto previsto em lei e farão ataques contra a decisão do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) que facilitou o casamento gay.
Também deverão pregar por liberdade religiosa, questionar a criminalização da homofobia e aproveitar para contestar a indicação do advogado Luís Roberto Barroso para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal.
Capitaneada por grupos católicos, a 6ª Marcha Nacional da Cidadania Pela Vida pretende reunir 30 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios na tarde de hoje.
Ocorrerá dois dias após a Parada Gay da cidade de São Paulo –marcada também por críticas ao pastor evangélico e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
A principal demanda dos religiosos é a aprovação do Estatuto do Nascituro, que garante direitos ao bebê em gestação –o que, na prática, pode vedar o aborto mesmo nos casos já previstos por lei.
A proposta deverá ser votada amanhã pela Comissão de Finanças da Câmara.
A marcha também deve ter faixas pedindo que o Senado rejeite a indicação de Barroso para ocupar o STF.
Ele enfrenta resistência por ter defendido a equiparação das uniões homoafetivas às uniões heterossexuais e a pesquisa com células-tronco em julgamento no Supremo.
O jurista será sabatinado amanhã na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Os católicos também começaram uma mobilização na internet contra Barroso.
EVANGÉLICOS
Os protestos dos católicos devem ser reforçados amanhã por outra manifestação em frente ao Congresso –desta vez, com maior participação de evangélicos.
Segundo o pastor Silas Malafaia, o ato poderá reunir até 100 mil pessoas e vai criticar a decisão do CNJ que obriga os cartórios a celebrarem casamentos entre pessoas do mesmo sexo.
“Quem é o CNJ para dar uma canetada e liberar o casamento gay? É uma afronta”, afirma Malafaia.
Outro tema é a liberdade religiosa e de expressão, espécie de desagravo ao próprio Malafaia e a Feliciano.
A redução da maioridade penal será tema de três audiências públicas promovidas pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). O objetivo é aprofundar o debate sobre o assunto polêmico, levando em consideração três enfoques: a maturidade e o desenvolvimento mental do adolescente; a eficácia da medida; e a constitucionalidade da modificação legislativa.
A primeira audiência está marcada para esta segunda-feira (3), às 15h, na sala 3 da Ala Senador Alexandre Costa. Os primeiros pontos a serem debatidos serão a eficácia da medida, suas consequências, e a constitucionalidade da modificação legislativa. A iniciativa das audiências públicas partiu do presidente da CCJ, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB). Sua intenção é criar um ambiente nacional de discussão do assunto
Entre os convidados deste primeiro encontro, estão o procurador-geral de Justiça da Paraíba, Oswaldo Trigueiro do Valle Filho; o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcus Vinicius Furtado Coêlho; o subprocurador-geral da República Eugênio Aragão; e o promotor de Justiça de São Paulo Thales de Oliveira.
As duas audiências seguintes serão realizadas nos dias 10 e 17 de junho.
Participação do público
Os três eventos serão transmitidos ao vivo pelo portal e-Cidadania. Qualquer cidadão poderá participar com perguntas ou comentários diretamente aos senadores e convidados pelo link bit.ly/maioridadepenalemdebate.
Como as audiências estão marcadas para o mesmo horário da sessão do Plenário, não serão transmitidas ao vivo pela TV Senado – uma vez que, pelo Regimento Interno, a sessão plenária tem prioridade de exibição. Mas será possível acompanhar o debate também pelo canal 2 da página do Senado, pelo Facebook ou pelo Twitter. Também é possível participar dos eventos pelo Alô Senado (0800-612211). Além disso, as três audiências públicas serão transmitidas, por meio de videoconferência, para todas as Assembleias Legislativas, e também por videostreaming, através do Portal do Interlegis www.interlegis.leg.br.
Pernambucana Vic Barros vai comandar entidade nos próximos 2 anos. Principal projeto é a aprovação de 10% do PIB para a educação pública.
A nova presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) foi eleita no início da noite deste domingo (2), através de plenárias que aconteceram no 53º Congresso Nacional realizado pela entidade, em Goiânia. A estudante pernambucana Vic Barros, que tem 27 anos e cursa Letras na Universidade de São Paulo (USP), vai ser responder pela principal entidade estudantil do país nos próximos dois anos.
Natural de Garanhuns (PE), a chapa encabeçada por ela venceu outras sete concorrentes. A presidente diz que é “orgulhosa” por ter nascido na mesma cidade do ex-presidente da república Lula, mas que as ideias do conterrâneo famoso não irão nortear o seu mandato. “Tenho muito orgulho e muito do que sou, aprendi lá. Reconheço Lula como um dos mais importantes líderes da história do país. Aprendi muito, mas tenho o meu próprio caminho”, disse Vic, por telefone, ao G1.
Dois projetos surgem como prioridade na pauta da nova presidente da UNE. O primeiro é a aprovação de um projeto de lei que tramita no Senado Federal destinando 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a educação pública. “Vamos fazer uma grande passeata no dia 28 de agosto, em Brasília, para buscarmos essa aprovação desse projeto”, avisa.
Outro ponto importante em seu plano de governo é o que ela chama de “Marco regulatório” no ensino superior privado do Brasil. Dentre alguns itens deste projeto, estão o aumento de qualidade das faculdades, com um número mínimo de professores doutores e mestres, e a proibição de investimentos estrangeiros nestas instituições.
Para escolher a nova diretoria da UNE, dez mil jovens estiveram na capital goiana – número recorde segundo a organização do evento. Destes, quatro mil são delegados com direito a voto. Eles representam 98% das universidades brasileiras e são definidos através de eleições dentro das próprias instituições.
O congresso teve início na quarta-feira (29). Durante os cinco dias de evento, ocorreram 27 debates com 93 personalidades das áreas educacional, artística e política. Um dos participantes foi o Ministro da Educação Aloizio Mercadante.
O jornal belga Nieuwsblad, na seçãoSportWereld, destacou o fato de garotas de programa brasileiras alocadas em Belo Horizonte/MG – cidade que será sede da Copa do Mundo de 2014 – estarem recebendo aulas gratuitas de inglês para receber turistas no evento esportivo.
As aulas seriam ministradas por iniciativa da Associação de Profissionais do Sexo. Tal fato gerou polêmica, posto que muitos questionaram em que medida isso vulgarizaria a mulher brasileira – contribuindo para uma imagem, no exterior, de imoralidade e promiscuidade – transpareceria a carência de oportunidades de trabalho e o incentivo ao turismo sexual no país.
Algumas mídias reproduziram, erroneamente, a informação de que tais aulas seriam financiadas ou promovidas pelo Governo, incendiando debates. No entanto, segundo fontes fidedignas, tal informação é falseada.
Qual é a sua posição a respeito deste fato? A iniciativa é razoável, tendo em vista que possibilitará maior profisionalização e geração de renda para o país ou macula a dignidade das mulheres e da nação, tendo em vista este “foco” no atendimento a estrangeiros? Houve indagações, outrossim, a respeito da prioridade do ensino a garotas de programa, tendo em vista a enormidade do montante de crianças carentes desprovidas de oportunidades do gênero.
Lígia Ferreira é analista de sócio-mecanismos – Extraído da Folha Política
Militantes petistas, simpatizantes e outros envolvidos na aversão ao ministro Joaquim Barbosa foram flagrados disseminando ódio, ofensas e racismo nas redes sociais. Ainda que isto não represente toda a parcela de envolvidos no Partido dos Trabalhadores (PT), a ação implicou severas críticas a estas posições.
Tais animosidades devem-se à postura intransigente e vigorosa de Joaquim Barbosa no tratamento do processo a respeito da quadrilha responsável por desvio de dinheiro público e compra de votos, no que ficou conhecido como “mensalão”.
Entre as ofensas, destacam-se: “Negro covarde”, “Canalha”, “tá parecendo aqueles negros que o dono da senzala escolhia para surrar os próprios negros no pelourinho”, “salafrário”, “animal da pior espécie”, “pregador de golpe”, comparações com Idi Amin Dada (ditador genocida africano), “golpista posando de moralista”, “inútil que deveria estar em porta de cadeia”, “capitão do mato da casa-grande que se ilude achando que os coroneis o aceitam como um dos seus”, “capitão do mato que se acha popstar”, “capitão do mato do Coronel Gilmar Mendes”, “vadio que só está lá por causa do Lula”, “comprado pela direita”, entre outros. Foram feitas screenshots pelo grupo Implicante. Confira abaixo:
O Verdade Gospel transmitirá ao vivo a grande manifestação em defesa da família tradicional, da vida, da liberdade de expressão e religiosa que acontecerá em Brasília. O evento será nesta quarta-feira (5), às 15h, em frente ao Congresso Nacional. Clique aqui para mais informações sobre esse evento que promete sacudir a nação brasileira!
Sob a organização do pastor Silas Malafaia, e vários líderes evangélicos, a manifestação pretende reunir cerca de 100.000 mil pessoas para marcar posição contra o casamento gay, o aborto e o Projeto de Lei 122. O evento também contará com a participação dos cantores Talles Roberto, André Valadão, Aline Barros, Eyshila, Nani Azevedo, David Quinlan, Cassiane e Bruna Carla.
“Já que estão forçando a barra sobre o casamento gay, vamos a Brasília para dizer que estamos do outro lado. Não é um ato exclusivo para apoiar Marco Feliciano, mas para marcarmos nossa posição. Vamos dar a nossa resposta. Todas as lideranças evangélicas estarão presentes, assim como a bancada evangélica. Vai ter gente de todos os lados do Brasil”, afirmou o pastor.
Nesta segunda-feira, 03, após praticamente 10 meses parada, a Prefeitura Municipal de Upanema (PMU) deu início a retomada da obra de conclusão da Unidade de Saúde do bairro Pêgas. O prazo inicial da obra apresentado pela Prefeitura Municipal através da gestão do PMDB foi o dia 04/05/2011 e o prazo para o término foi estimado em 05/11/2011, o que não passou nem perto de ser cumprido! A obra é uma parceria da prefeitura com o governo federal, sendo que foram alocados R$ 200.000,00 através de emenda para a construção.
Essa é uma das mais importantes obras iniciada na gestão da ex-prefeita Maristela Freire (PMDB). A obra foi paralisada em meados do ano passado e até agora não se sabe os reais motivos da paralisação.
O novo PSF dispões de uma grande estrutura física, que dará mais agilidade e dinâmica no atendimento as famílias atendidas pela unidade. Hoje podemos ver que a Prefeitura Municipal, através do Prefeito Luiz Jairo (PR) e do Secretário de Saúde Ricardo Alexandre (PSL) estão empenhados em ver a obra concluída em breve. Muitos funcionários contratados pela PMU já estão no local trabalhando intensamente. Não temos informações oficiais, mas acredito que os últimos acabamentos daquela construção estão sendo através dos recursos próprios do município de Upanema.
Além dessa importante obra, recentemente a prefeitura deu início a reforma e ampliação da atual sede do PSF, que fica em frente a Escola Municipal Maria Gorete. A atual gestão está caminhando bem, mostrando que tem compromissos com a saúde do povo upanemenses.
A Secretária de Saúde recentemente divulgou nas redes sociais que consegui preencher todas as escalas não só do Plantão na Unidade de Saúde Luiz Cândido Bezerra, mas em todos os PSF do município. Foram contratados novos profissionais de saúde que atenderam a grande demanda dos últimos dias.
A deputada federal Fátima Bezerra confirma que tem interesse em ser candidata a senadora Embora afirme que o projeto prioritário, até agora, seja disputar a reeleição, ela admite que está com o nome disponível para a disputa ao Senado. Essa candidatura, revela a deputada, já foi discutida, inclusive, com a direção nacional do Partido dos Trabalhadores, fato que chegou ao conhecimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Para o pleito de 2014, ela afirma que o partido tem metas definidas: fazer três deputados estaduais, manter a vaga de deputado federal e lançar um nome ao Senado.Mas, quando o assunto é o Governo, a deputada federal é mais cautelosa. Afirma que é preciso definir o candidato, que ela não descarta ser do PT, com base em critérios de densidade eleitoral e capacidade de agregar.
Ela observa que é legítimo o vice-governador Robinson Faria se colocar na postulação ao Executivo, mas destaca que as definições ocorrerão apenas no próximo ano.
Sem poupar críticas a Governo Rosalba Ciarlini, Fátima Bezerra classificou de equívoco o fato de partidos aliados ao Governo Federal estarem apoiando a administração do Democratas. A deputada disse que espera essas legendas — como PMDB, PP e PR — deixarem a aliança com o DEM no Estado para que possam conversar com o PT sobre uma possível coligação ao pleito de 2014. Taxativa, Fátima disse que não há possibilidades dos petistas dividirem o mesmo palanque com o Democratas ou o PSDB. Confira a entrevista que Fátima Bezerra concedeu a TRIBUNA DO NORTE:
O PT deflagrou reuniões sobre o pleito 2014 com o PDT, PC do B, PSB e PSD. O que está levando para mesa de negociação com esses partidos?
Primeiro, estamos cumprindo a nossa resolução partidária, que foi aprovada pelo diretório estadual em dezembro de 2012. Na ocasião, ficou determinado que a partir do início deste ano nós iríamos deflagrar o processo de diálogo não só com os partidos que dão sustentação ao Governo da presidenta Dilma, mas que, aqui no Rio Grande do Norte, são oposição ao Governo do DEM. Por isso os partidos, com os quais conversamos foram esses que você mencionou. Encerramos a primeira fase. O conteúdo dessas conversas foi a sintonia que ficou demonstrada nas reuniões, tanto no que diz respeito à avaliação do plano nacional, como a avaliação do plano regional. No plano nacional, é o compromisso com o projeto de reeleição da presidenta Dilma. PC do B, liderado pelo vereador George Câmara e por Antenor Roberto, e PDT, liderado pelo prefeito de Natal Carlos Eduardo, já proclamaram o apoio ao projeto de reeleição da presidenta Dilma e, portanto, querem marchar juntos na eleição regional. O PSD, liderado pelo vice-governador Robinson Faria, sinaliza também que a tendência é de apoio à reeleição da presidenta Dilma. O PSB, liderado pela vice-prefeita Wilma de Faria, tem esse detalhe que é não saber se Eduardo Campos (governador de Pernambuco) será candidato ou não.
Se a candidatura do governador Eduardo Campos a presidente se consolidar? Atrapalha a aliança com o PSB no RN?
De qualquer maneira o PSB é aliado histórico do PT no plano nacional e um aliado nosso no plano local, porque faz oposição ao Governo do DEM. Sintonia no plano nacional, compromisso sagrado com a reeleição da presidenta Dilma, e sintonia no plano regional, oposição clara ao Governo do DEM, serão aspectos considerados no diálogo sobre alianças. Nossa tarefa é desencadear o debate junto à sociedade, formular projeto político administrativo capaz de tirar o Estado dessa paralisia. E para tanto nós pretendemos, no segundo semestre, dar continuidade ao debate. No primeiro momento foi a conversa com cada partido, o PT dará continuidade agora ao debate interno. Defendo que no segundo semestre retome as conversas com os partidos e já fazendo de maneira coletiva. Nosso intuito é unir a oposição aqui no Estado.
No aspecto da política estadual, qual o foco do PT com relação aos cargos que estão postos para 2014?
Como essa não é uma eleição solteira, é uma eleição casada, tendo em vista que está em jogo o projeto nacional nosso, é importante ressaltar que a centralidade do PT do Rio Grande do Norte e de todo país é a reeleição da presidenta Dilma. Agora, associado a isso, o PT quer crescer, continuar crescendo. Há um debate no plano nacional que, associado ao desafio maior que é reeleger a presidenta Dilma, é preciso avançar cada vez mais no campo da disputa congressual. O PT, no plano nacional, quer continuar sendo a maior bancada de deputados federais e quer ousar em 2014 chegando ao Senado com a maior bancada de senadores e senadoras. Transplantando para o plano regional o nosso objetivo primeiro é preparar o PT para o que der e vier. Claro que defendemos o caminho da aliança, mas o PT precisar estar preparado para toda e qualquer situação. Então, o foco no Rio Grande do Norte é preparar a nominata de candidatos a deputado estadual. Não só eu, mas o partido está motivado. Temos condições não só de manter a cadeira hoje ocupada brilhantemente pelo deputado Fernando Mineiro como ampliar. Queremos não só resgatar a situação que conquistamos em 2002, quando elegemos dois deputados estaduais. Queremos ousar elegendo três deputados estaduais. Outro foco é desenvolver uma tática que garanta o espaço político que o PT do Rio Grande do Norte conquistou na Câmara Federal. Não é pouca coisa. O Estado só tem oito vagas para federal e por isso a disputa é muito desafiadora. O PT vai desenvolver tática para manter o espaço político conquistado e se inserir fortemente na disputa majoritária. Temos condições em 2014 e todo empenho está sendo feito para que, no próximo ano, o PT vença eleição de caráter majoritário pela primeira vez para que o PT do Rio Grande do Norte acompanhe o crescimento nacional que o partido tem.
Deputada, indo direto ao ponto: a senhora se coloca como pré-candidata ao Senado da República?
Eu vou responder indo direto também. A princípio sou candidata a deputada federal, mas não descarto, de maneira nenhuma, a possibilidade de disputar o Senado. Esse projeto está sendo estudado carinhosamente. Até porque um projeto dessa magnitude não é de natureza pessoal. É coletivo, passa por uma discussão no interior do meu partido nos planos regional e nacional. Ele passa por uma discussão junto aos parceiros, aliados. Agora já disse isso e volto a dizer: desejo muito que isso aconteça (a candidatura ao Senado). Espero que possamos estar em condições de disputar a cadeira em 2014. Mas sem sofreguidão, com serenidade. Até porque tenho clareza de que uma candidatura majoritária do Partido dos Trabalhadores, com o perfil e a origem social que eu tenho, só se sustenta se tiver sentimento e respaldo popular muito forte. Sinto-me motivada porque, por onde tenho andado, da Grande Natal ao Oeste, Trairi e Seridó, as manifestações são crescentes de apoio e incentivo para a gente disponibilizar o nosso nome ao Senado. Isso também é o reconhecimento da nossa trajetória, de luta, de compromisso, de ética. Mas estamos discutindo. Dentro do PT há essa torcida, o desejo para que eu disponibilize o nome ao Senado. E lhe digo que essa hipótese de disputar a cadeira para o Senado está sendo discutida no plano nacional. Até porque o PT, ao lado de eleger a presidenta Dilma, coloca como prioridade a disputa congressual. Esse assunto é objeto de discussão. muito grande que isso se viabilize. Tenho conversado com o presidente nacional do PT, Rui Falcão, e conversei com o presidente Lula. E lhe digo que, por parte do presidente nacional do PT, há um desejo muito grande que isso se viabilize.
Se há um desejo do PT local, do PT nacional e da senhora, então a candidatura ao Senado está confirmada?
A eleição ainda será em outubro do próximo ano. Temos uma longa caminhada pela frente. Não vou negar, me sinto motivada e acho que estou preparada para dar esse passo. Temos feito um mandato importante, parceiro dos municípios, proativo. Podemos fazer muito mais pela luta em defesa da Educação no Senado. Hoje sou candidata a deputada federal e a hipótese de disputar o Senado está colocada, não só no plano local, mas também no nacional.
O vice-governador Robinson Faria se coloca como pré-candidato ao Governo. A senhora como pré-candidata ao Senado. Estaria se desenhando uma chapa de oposição a partir desses nomes?
Esse não é o momento de definição de nomes. Isso só se dará no próximo ano. Claro que é legítimo cada partido ter o seu desejo, suas aspirações. Mas, veja bem, o momento agora é de fazer o debate do ponto de vista programático, a mobilização política. Aproximar os dirigentes, militantes.
O vice-governador foi precipitado para colocar o nome dele como candidato ao Governo?
Não. Esse é um direito que ele tem. Acho legítimo. Assim como no PT, no caso de disputa para o Governo, a quem especule o nome do deputado Fernando Mineiro. Não cabe aqui nenhuma censura. Ele (Robinson Faria) tem andado, afirma que sonha, mas também diz que está aberto ao diálogo. Até porque o processo não pode se dar por imposição. Mas asseguro a vocês o ano de 2013 é para debate programático. O Governo que aí está é o pior Governo da história do Rio Grande do Norte.
Dois nomes que são lembrados para o governo, quais a senhora considera ter viabilidade em uma aliança com o PT e quais os critérios para a escolha?
Temos que ter a capacidade de envolver a sociedade para formular um projeto político e administrativo alternativo a isso que aí está, que tenha como eixos a questão da sustentabilidade, da universalização, de criação das políticas públicas, gestão moderna, eficiente. Nós só vamos fazer isso se tivermos capacidade de mobilizar a sociedade. A escolha do nome (de candidatos da majoritária) deve ser pautada à luz de alguns critérios. Por exemplo, o nome que agregue mais. Tem que levar em consideração também a competitividade eleitoral. Não diria que é só pesquisa. E para nós do PT precisa ser um nome que fortaleça mais o palanque de reeleição da presidenta Dilma.
A senhora afirmou que o seu projeto de candidatura ao Senado já chegou à presidência nacional do partido. O PT nacional está atuando junto ao PMDB local para uma aliança regional?
Que pergunta difícil. Veja bem, claro que no plano nacional temos uma aliança com o PMDB muito sólida. O PMDB é um partido estratégico do ponto de vista da sustentação pela expressão e capilaridade que tem. É o partido do vice-presidente, tem seis ministros no Governo da presidenta Dilma. O PMDB do Rio Grande do Norte tem o presidente da Câmara dos Deputados, o deputado federal Henrique Eduardo Alves, e o ministro da Previdência, Garibaldi Filho. Em nome da reeleição da presidenta Dilma, lógico que o PT em nível nacional gostaria que quanto mais for possível PT e PMDB estarem juntos nos planos estaduais melhor. Mas nem sempre isso é possível por conta das peculiaridades regionais. No Rio Grande do Norte, o que nos separa é a opção que o PMDB fez de aliança com o Governo do DEM, até o presente momento. Naturalmente, o PT não vai participar de nenhuma aliança no plano local onde esteja o DEM. Isso nos separa no plano da aliança regional, PMDB e PT. Claro que se o PMDB romper os laços políticos com esse governo desastroso que está aí seria muito bom. E já que é aliado nosso no plano nacional, seria bom se no plano regional viesse a fazer parte do bloco de oposição ao Governo do DEM.
Qual a condição para formar uma aliança com o PT do RN?
Se ocorrer (o rompimento PMDB e DEM no Estado) vou defender que abra a conversa. Aliás, isso não vale só para o PMDB, vale para o PR, liderado pelo deputado federal João Maia, para o PP, PHS e todos os partidos que estão no arco de sustentação do Governo Dilma. Até na condição de quem tem responsabilidade de quem é segunda vice-presidente nacional do PT, se dependesse de mim o ideal seria que juntasse todo mundo, com exceção do DEM e do PSDB no Estado. Um palanque só. Mas coloco que o PMDB, PR, PP e os demais partidos rompam os laços políticos com o Governo que aí está e não foi possível de atender a expectativa do Rio Grande do Norte. É um equívoco político esses partidos estarem dando sustentação ao Governo que aí está.
Como a senhora avalia a declaração da governadora Rosalba, sinalizando que poderá votar na presidente Dilma?
O voto é opção de caráter estritamente pessoal. Respeito a decisão das pessoas. Se isso vier ocorrer não vamos rejeitar apoio e nem voto de ninguém. Seria uma postura muito intolerante. Qualquer iniciativa neste sentido, de possível apoio a reeleição da presidenta Dilma, não muda em nada a posição do PT no Rio Grande do Norte. O PT é e continuará sendo oposição ao Governo desastroso do DEM que aí está. Chance zero do PT se aliar ao DEM no Estado. Quem deve estar desconfortável com a declaração da governadora é o presidente do partido dela, o senador José Agripino.
Em entrevista a Lázaro Ramos, ao ser questionado sobre a sugestão de seu nome para a candidatura à Presidência da República, Joaquim Barbosa afirmou que, apesar de não ter “vontade” de ser presidente da República, é uma pessoa realista e que sabe que pode inclusive ser convocado para tal.
Asseverou, em seguida, que entende que, infelizmente, a política no Brasil é feita “com dinheiro, com muito dinheiro. Ou a pessoa tem para jogar nisso ou tem muita gente com dinheiro atrás de si. Eu não tenho nada disso. Não tenho sequer inserção em qualquer movimento social em qualquer partido político, de maneira que isso é uma utopia”.
Quanto às bandeiras que teria como presidente, afirmou que iria criar um “capitalismo de verdade”, com feições sociais. Criticou o modelo econômico brasileiro: “é cheio de jeitinho. Eu teria um olhar bem preciso sobre essas questões. A questão da educação deveria ser reestruturada, assim como o Estado brasileiro, a cultura de gastos e mais gastos, desperdícios de dinheiro (…) Inclusive tenho apelido de ranzinza”.
Asseriu, também, que é extremamente favorável ao voto distrital, o que evitaria, em grande medida, que se elegessem oportunistas.
Lígia Ferreira é analista de sócio-mecanismos – Extraído da Folha Política
Segundo informações do presidente do PMB – Partido Militar Brasileiro -, capitão Augusto Rosa, o ministro Joaquim Barbosa é o favorito para se tornar candidato a presidente pelo partido nas eleições de 2014.
Para Rosa, seu valor para a moralidade é relevante e o torna destaque: “A postura do ministro diante de grandes escândalos, como no caso do mensalão, comprova a intolerância de Barbosa quanto à corrupção. Essa postura vem ao encontro aos ideais do PMB, que está em busca de candidatos que possam resgatar a moralidade na política nacional”. Segundo os responsáveis, o convite será oficializado a Joaquim Barbosa em reunião pessoal a ser marcada com o ministro.
Ainda que o registro no TSE esteja pendente, o ânimo dos partidários é grande. O estatuto já foi publicado no Diário Oficial da União, já adquiriu CNPJ e já tem mais de 300 mil assinaturas coletadas (das 485 mil exigidas pelas regras do TSE).
Joaquim Barbosa tem despertado a simpatia de setores e cidadãos que clamam por uma eficaz, eficiente e substancial moralização da política nacional. Qual é a sua opinião a respeito? Uma escolha legítima ou um erro? O que pensa a respeito de sua associação ao Partido Militar, seria razoável?
Lígia Ferreira é analista de sócio-mecanismos – Extraído da Folha Política