GOVERNO DO PT EMPACA CARREIRA DE MÉDICOS HÁ NOVE ANOS

Apontado nas pesquisas como o principal problema do Brasil, a saúde está longe de ser prioridade no governo PT. A presidente Dilma e seu antecessor Lula — que recebem tratamento vip no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo –, travam há nove anos projeto que cria plano de carreira no Sistema Único de Saúde. A proposta foi elaborada por comissão especial criada, ainda em 2004, pelo Ministério da Saúde.
Ignorada …Em 1990, a Lei nº 8.142 já determinava a elaboração do plano de carreira no SUS para garantir profissionais e verba aos municípios.
Rebelião à vista …Membro de comissão especial da MP ‘Mais Médicos’, Osmar Terra (PMDB-RS) acredita que será “inevitável” aprovação do plano carreira.
Dilma recuou …O governo Dilma já admite voltar atrás na proposta que aumenta em dois anos o curso de Medicina, após enxurrada de críticas no país.
Fonte: Cláudio Huberto – Blog do Zeca

PREFEITO LUIZ JAIRO TEM REUNIÃO COM O DEPUTADO LEONARDO NOGUEIRA

O prefeito Luiz Jairo participou hoje de uma reunião com o deputado estadual Leonardo Nogueira (DEM). O encontro foi realizado na Câmara Municipal e contou com a participação dos vereadores, Ferrari Basílio (DEM), Carlinhos Professor (PR), Ibinha Costa (PR) e Oséias Monthalgan (PMDB); dos secretários municipais Nonato Garcia (Chefe de Gabinete), Hermes Freire (Agricultura e Meio Ambiente); presidente do diretório municipal do DEM, Januário Bezerra, entre outros auxiliares do Município. O objetivo foi à entrega da documentação que garante a emenda parlamentar de Leonardo para a pavimentação de ruas em Upanema, além de discutir projetos que possam ser incluído em emendas para o biênio 2013-2014.

Leonardo Nogueira explicou que está priorizando emendas para infraestrutura por serem mais fáceis de aprovação. “Já enviamos emendas nas áreas da saúde, segurança, entre outras, para Upanema, mas, infelizmente, elas não foram aprovadas”, relatou.

O deputado reiterou que o seu mandato está à disposição do prefeito Luiz Jairo e do povo de Upanema. “Quero reforçar a minha vontade de ajudar a gestão de Luiz Jairo e de trazer ações que possam melhorar a vida do povo de Upanema”, ressaltou.

Luiz Jairo agradeceu o empenho de Leonardo e aproveitou para cobrar uma intervenção do parlamentar para reforçar a segurança em Upanema. “Estamos tendo problemas com assaltos e, principalmente, drogas e precisamos que o Governo do Estado reforce a segurança em nossa cidade”, disse o prefeito.

O deputado pediu um intervalo, ligou para o comandante do 12º Batalhão de Polícia Militar (12° BPM), Major Correia Lima, e agendou uma reunião para a próxima quarta-feira, 31, às 9 horas, na sede do 12° BPM, em Mossoró, com o comandante, Luiz Jairo e vereadores.

Os vereadores também apresentaram pleitos a Leonardo. Carlinhos Professor solicitou a aquisição de material esportivo para as escolas e jovens atletas, enquanto que Ferrari cobrou ações para o homem do campo. O deputado ficou de cobrar pessoalmente, das secretarias responsáveis, as ações apresentadas pelos vereadores.

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Prefeitura Municipal de Upanema

Coordenadoria Municipal de Comunicação Social

PREFEITURA ABRE 528 VAGAS EM CONCURSO PUBLICO

Os concurseiros terão novas oportunidades de ingressar na carreira pública com concurso nas Prefeituras de Goianinha e de Tenente Ananias, com vagas em todos os níveis.

No caso de Goianinha, o concurso terá 431 vagas para nível fundamental, médio e superior com nas áreas de saúde, educação e administrativo. Os salários variam de R$ 678 a R$ 1.527,30 e as inscrições devem ser feitas de 29 de julho a 18 de agosto, no www.funvapi.com.br.

Em Goianinha o concurso está agendado para o dia 22 de setembro, a partir das 8 horas. Já em tenente Ananias, a prova será no dia 6 de outubro.

As vagas de Tenente Ananinas são para a área de nível superior em assistência social, saúde e educação. Os salários oferecidos variam de R$ 678 a R$ 1.200.

Em Tenente Ananias s inscrições deverão ser feitas de 29 de julho a 29 de agosto, por meio do sitewww.conpass.com.br.

Fonte: NoMinuto.com

JORNADA INJETA R$ 1,8 BILHÃO NO RIO

CRISTINA TARDÁGUILA/ADALBERTO NETO, G1/ RIO
A multidão de fiéis que passou pelo Rio de Janeiro durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) parecia, a princípio, heterogênea e indecifrável. Mas só a princípio. O peregrino que esteve na cidade era, em sua maioria, mulher, nascida em São Paulo, com idade entre 21 e 24 anos e aluna do ensino superior. Além disso, nunca havia estado no Rio. Durante o evento, desembolsou uma média diária de R$ 49,70 — e isso, somado aos gastos dos estrangeiros, resultou em um impacto econômico na cidade 17 vezes maior do que a Copa das Confederações, realizada em junho. Foram estas as conclusões de pesquisa feita por cinco professores e 20 alunos da Faculdade de Turismo da Universidade Federal Fluminense (UFF), em parceria com a Secretaria estadual de Turismo, entre os dias 23 e 25 deste mês, com os peregrinos que circularam por Copacabana e Quinta da Boa Vista. A pesquisa ouviu 1.358 fiéis e conseguiu, além de descobrir o perfil do peregrino, calcular o volume de recursos injetado na cidade.
Fonte: Blog do Zeca

HOJE É O DIA DO AGRICULTOR

Por traz do desenvolvimento de uma cidade existe uma força humana no exercício de uma atividade pouco reconhecida, mas de grande importância no dia-a-dia de cada brasileiro. Nem sempre lembrados, eles são responsáveis pela geração de emprego e renda, movimentam a economia e tornam a agricultura competitiva. São os agricultores os responsáveis pelo importante processo de produção de alimentos. O preparo do solo para o plantio, o cuidado com a lavoura, a colheita dos frutos.

Pessoas que não tem horário para trabalhar. Começam no batente muitas vezes antes do amanhecer do dia e encerram as atividades quando o sol já se foi.

Trabalhadores honestos, que muito se esforçam, sem se cansar de lutar por melhorias no campo, sempre em busca de novas alternativas para o aumento da produtividade.

Mulheres, homens e jovens que dia após dia, ano após ano, enfrentando todas as diversidades, cultivando suas terras, produzindo, gerando empregos e riquezas vão construindo, em silêncio, a grandeza de um povo. A singular relação entre o homem e o campo. A paixão pelo que produzem, o orgulho da colheita, numa terra em que tudo se planta e cria.

Fonte: Robson Pires

SE FOSSE CANDIDATO, LULA NÃO SERIA ELEITO EM 2014

 Só um milagre do papa Francisco ou o descolamento do “criador” da “criatura” elegeriam o ex-presidente Lula numa possível candidatura presidencial em 2014, revelam os números da pesquisa Ibope/CNI mostrando Dilma com 31% de avaliação positiva. Na comparação do governo do ex com o atual, Lula se equivale a Dilma, com 42%, chegando a 50% no Ceará, com o governador Cid Gomes (PSB) bem avaliado. Dilma é melhor que Lula para 10% dos entrevistados.

Fonte: Cláudio Humberto

MCCE QUER REFORMA POLÍTICA SEM MUDAR CONSTITUIÇÃO

José Roberto Castro e Pedro Venceslau
A aposta para viabilizar a reforma política já para 2014 do juiz Márlon Reis, um dos coordenadores do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, é um projeto que não exija mudanças na Constituição. Sem alterar a Constituição, em vez de três quintos dos votos, é necessário apenas maioria simples dos votos na Câmara e no Senado, metade mais um. O objetivo é conseguir 1,5 milhão de assinaturas até o dia 4 de agosto, o que faria com que o projeto de reforma do Movimento Eleições Limpas chegasse ao Congresso Nacional com um tempo razoável para ser aprovado. Para valer em 2014, o projeto de iniciativa popular precisa ser aprovado na Câmara e no Senado até o dia 4 de outubro, um ano antes da eleição. O número de assinaturas obtidas até o momento é um mistério, já que o movimento não tem como contabilizar o número coletado pelas diversas frentes de divulgação do movimento, como igrejas, OABs e Maçonaria, por exemplo. As assinaturas eletrônicas, colhidas pelo site do movimento somam cerca de 70 mil. “O tempo do Congresso é um tempo político. Se a sociedade mostrar com as assinaturas que esta é uma demanda, é possível aprovar em um tempo menor que esse”, afirma.

EM DISCURSO A LÍDERES CIVIS, PAPA CITA PROTESTOS E PEDE DIÁLOGO COM O POVO

Fonte: Do G1, no Rio

FRANCISCO COLOCOU COCAR NA CABEÇA APÓS RECEBER ADEREÇO DE LÍDER INDÍGENA.
ANTES, JOVEM DE 28 ANOS FEZ DISCURSO EMOCIONANTE NO THEATRO MUNICIPAL.

O Papa Franscisco pediu neste sábado (27), em encontro com representantes da sociedade civil no Theatro Municipal, no Rio de Janeiro, “diálogo construtivo” para enfrentar o presente. “Entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há uma opção sempre possível: o diálogo. O diálogo entre as gerações, o diálogo com o povo, a capacidade de dar e receber, permanecendo abertos à verdade”, afirmou o pontífice (leia a íntegra do discurso no final da reportagem).

Acompanhe em tempo real o dia do Papa.

“Um país cresce, quando dialogam de modo construtivo as suas diversas riquezas culturais: cultura popular, cultura universitária, cultura juvenil, cultura artística e tecnológica, cultura econômica e cultura familiar e cultura da mídia. É impossível imaginar um futuro para a sociedade, sem uma vigorosa contribuição das energias morais numa democracia que evite o risco de ficar fechada na pura lógica da representação dos interesses constituídos”, disse.

“A única maneira para uma pessoa, uma família, uma sociedade crescer, a única maneira para fazer avançar a vida dos povos é a cultura do encontro; uma cultura segundo a qual todos têm algo de bom para dar, e todos podem receber em troca algo de bom”, completou Francisco.

Ao final do discurso, o Papa beijou crianças no palco, cumprimentou diversos representantes presentes no teatro e colocou um cocar na cabeça após receber o adereço de líder indígena. Antes ddle, o jovem Valmir Júnior, de 28 anos, fez um discurso emocionante, lembrou que foi usuário de drogas e que a igreja o ajudou a se recuperar. Ele destacou ainda que espera que a Jornada Mundial da Juventude “deixe um legado social” para a cidade do Rio de Janeiro.

Missa para bispos
Antes, o pontífice celebrou numa missa a bispos e padres na Catedral Metropolitana de São Sebastião, no Rio de Janeiro, e pediu para os religiosos, citando Madre Tereza de Calcutá, que promovam uma “cultura do encontro” e que sirvam aos pobres nas favelas, tendo “orgulho de nossa vocação”. O pontífice criticou a “cultura da exclusão” na sociedade, na qual “não há lugar para o idoso, para a criança”, e disse que é preciso ir contra essa tendência.

Francisco deixou a residência no Sumaré, na Zona Norte, em carro fechado por volta das 8h. Já no Centro da capital, ele embarcou no papamóvel e percorreu o resto do trajeto até a igreja com o papamóvel, de onde acenou para os fiéis e beijou algumas crianças. Centenas de peregrinos correram pelas ruas para acompanhar o veículo, que chegou ao templo pouco antes das 9h.

A missa foi restrita a bispos, padres e convidados que vieram de diversas partes do país para a Jornada Mundial da Juventude. Francisco cumprimentou e conversou com religiosos no interior da Catedral na sua chegada.

Ao fim dos primeiros compromissos oficiais do dia, ele segue para a casa no Sumaré, onde almoça com cardeais e integrantes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Às 19h30, Francisco dá início à vigília em Copacabana.

Mudanças no trânsito
trânsito do Centro e da Zona Sul tem alterações para a caminhada de 9,5 km da Jornada Mundial da Juventude. Os peregrinos que vão participar da vigília e da Missa de Envio irão percorrer da Central do Brasil a Copacabana, onde está montado o palco principal.

O trajeto tem início na Central do Brasil, passando pela Avenida Presidente Vargas, Avenida Rio Branco, Aterro do Flamengo, Enseada de Botafogo e Rua Lauro Sodré, chegando até o bairro de Copacabana pelo Túnel Novo na Rua Princesa Isabel. O bairro será fechado totalmente a partir das 12h, com 24 pontos de bloqueio.

Inicialmente, as cerimônias seriam realizadas em Guaratiba, na Zona Oeste. A transferência para Copacabana foi feita após as chuvas dos últimos dias alagarem o terreno. A caminhada feita pelos jovens até a vigília é uma tradição das Jornadas, e a manutenção dela, fazendo com que os peregrinos andem um longo percurso, foi um pedido feito pela organização (veja no mapa o trajeto da caminhada).

Encenação da Via Sacra
Na sexta (26), o Papa Francisco emocionou os fiéis de Copacabana em seu 5º dia no Brasil, benzendo a estátua de São Francisco de Assis durante sua passagem pela Orla, acenando para os peregrinos rumo à encenação da Via-Sacra e pedindo uma oração em homenagem às vítimas do incêndio da Boate Kiss, ocorrido no início do ano em Santa Maria (RS).

Mais cedo, ele ambém ouviu a confissão de jovens, encontrou menores infratores e rezou o Ângelus, que tratou da importância dos anciãos e das crianças na construção do futuro dos povos. Na mensagem, o pontífice pediu que os jovens presentes enviassem uma saudação aos seus avós.

Confira a íntegra do discurso do Papa:

Excelências,
Senhoras e Senhores!

Agradeço a Deus pela possibilidade de me encontrar com tão respeitável representação dos responsáveis políticos e diplomáticos, culturais e religiosos, acadêmicos e empresariais deste Brasil imenso. Saúdo cordialmente a todos e lhes expresso o meu reconhecimento. Queria lhes falar usando a bela língua portuguesa de vocês mas, para poder me expressar melhor manifestando o que trago no coração, prefiro falar em castelhano. Peço-vos a cortesia de me perdoar! Agradeço as amáveis palavras de boas vindas e de apresentação de Dom Orani e do jovem Walmyr Júnior. Nas senhoras e nos senhores, vejo a memória e a esperança: a memória do caminho e da consciência da sua Pátria e a esperança que esta, sempre aberta à luz que irradia do Evangelho de Jesus Cristo, possa continuar a desenvolver-se no pleno respeito dos princípios éticos fundados na dignidade transcendente da pessoa.

Todos aqueles que possuem um papel de responsabilidade, em uma Nação, são chamados a enfrentar o futuro “com os olhos calmos de quem sabe ver a verdade”, como dizia o pensador brasileiro Alceu Amoroso Lima [“Nosso tempo”, in: A vida sobrenatural e o mundo moderno (Rio de Janeiro 1956), 106]. Queria considerar três aspectos deste olhar calmo, sereno e sábio: primeiro, a originalidade de uma tradição cultural; segundo, a responsabilidade solidária para construir o futuro; e terceiro, o diálogo construtivo para encarar o presente.

1. É importante, antes de tudo, valorizar a originalidade dinâmica que caracteriza a cultura brasileira, com a sua extraordinária capacidade para integrar elementos diversos. O sentir comum de um povo, as bases do seu pensamento e da sua criatividade, os princípios fundamentais da sua vida, os critérios de juízo sobre as prioridades, sobre as normas de
ação, assentam numa visão integral da pessoa humana. Esta visão do homem e da vida, tal como a fez própria o povo brasileiro, muito recebeu da seiva do Evangelho através da Igreja Católica: primeiramente a fé em Jesus Cristo, no amor de Deus e a fraternidade com o próximo. Mas a riqueza desta seiva deve ser plenamente valorizada! Ela pode fecundar um processo cultural fiel à identidade brasileira e construtor de um futuro melhor para todos. Assim se expressou o amado Papa Bento XVI, no discurso de abertura da V
Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, em Aparecida. Fazer que a humanização integral e a cultura do encontro e do relacionamento cresçam é o modo cristão de promover o bem comum, a felicidade de viver. E aqui convergem a fé e a razão, a dimensão religiosa com os diversos aspectos da cultura humana: arte, ciência, trabalho, literatura… O cristianismo une transcendência e encarnação; sempre revitaliza o pensamento e a vida, frente a desilusão e o desencanto que invadem os corações e saltam para a rua.

2. O segundo elemento que queria tocar é a responsabilidade social. Esta exige um certo tipo de paradigma cultural e, consequentemente, de política. Somos responsáveis pela formação de novas gerações, capacitadas na economia e na política, e firmes nos valores éticos. O futuro exige de nós uma visão humanista da economia e uma política que realize cada vez mais e melhor a participação das pessoas, evitando elitismos e erradicando a pobreza. Que ninguém fique privado do necessário, e que a todos sejam asseguradas dignidade, fraternidade e solidariedade: esta é a via a seguir. Já no tempo do profeta Amós era muito forte a advertência de Deus: «Eles vendem o justo por dinheiro, o indigente, por um par de
sandálias; esmagam a cabeça dos fracos no pó da terra e tornam a vida dos oprimidos impossível» (Am 2, 6-7). Os gritos por justiça continuam ainda hoje.

Quem detém uma função de guia deve ter objetivos muito concretos, e buscar os meios específicos para consegui-los. Pode haver, porém, o perigo da desilusão, da amargura, da indiferença, quando as aspirações não se cumprem. A virtude dinâmica da esperança incentiva a ir sempre mais longe, a empregar todas as energias e capacidades a favor das pessoas para quem se trabalha, aceitando os resultados e criando condições para descobrir novos caminhos, dando-se mesmo sem ver resultados, mas mantendo viva a esperança. A liderança sabe escolher a mais justa entre as opções, após tê-las considerado, partindo da própria responsabilidade e do interesse pelo bem comum; esta é a forma para chegar ao centro dos males de uma sociedade e vencêlos com a ousadia de ações corajosas e livres. No exercício da nossa responsabilidade, sempre limitada, é importante abarcar o todo da realidade, observando, medindo, avaliando, para tomar decisões na hora presente, mas estendendo o olhar para o futuro, refletindo sobre as consequências de tais decisões. Quem atua responsavelmente, submete a própria ação aos direitos dos outros e ao juízo de Deus. Este sentido ético aparece, nos nossos dias, como um desafio histórico sem precedentes. Além da racionalidade científica e técnica, na atual situação, impõe-se o vínculo moral com uma responsabilidade social e profundamente solidária.

3. Para completar o “olhar” que me propus, além do humanismo integral, que respeite a cultura original, e da responsabilidade solidária, termino indicando o que tenho como fundamental para enfrentar o presente: o diálogo construtivo. Entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há uma opção sempre possível: o diálogo. O diálogo entre as gerações, o diálogo com o povo, a capacidade de dar e receber, permanecendo abertos à verdade. Um país cresce, quando dialogam de modo construtivo as suas diversas riquezas culturais: cultura popular, cultura universitária, cultura juvenil, cultura artística e tecnológica, cultura econômica e cultura familiar e cultura da mídia. É impossível imaginar um futuro para a sociedade, sem uma vigorosa contribuição das energias morais numa democracia que evite o risco de ficar fechada na pura lógica da representação dos interesses constituídos. Será fundamental a contribuição das grandes tradições religiosas, que desempenham um papel fecundo de fermento da vida social e de animação da democracia. Favorável à pacífica convivência entre religiões diversas é a laicidade do Estado que, sem assumir como própria qualquer posição confessional, respeita e valoriza a presença do fator religioso na sociedade, favorecendo as suas expressões concretas. Quando os líderes dos diferentes setores me pedem um conselho, a minha resposta é sempre a mesma: diálogo, diálogo, diálogo. A única maneira para uma pessoa, uma família, uma sociedade crescer, a única maneira para fazer
avançar a vida dos povos é a cultura do encontro; uma cultura segundo a qual todos têm algo de bom para dar, e todos podem receber em troca algo de bom. O outro tem sempre algo para nos dar, desde que saibamos nos aproximar dele com uma atitude aberta e disponível, sem preconceitos. Só assim pode crescer o bom entendimento entre as culturas e as religiões, a estima de umas pelas outras livre de suposições gratuitas e no respeito pelos direitos de cada uma. Hoje, ou se aposta na cultura do encontro, ou todos perdem; percorrer a estrada justa torna o caminho fecundo e seguro.

Excelências,
Senhoras e Senhores!

Agradeço-lhes pela atenção. Acolham estas palavras como expressão da minha solicitude de Pastor da Igreja e do amor que nutro pelo povo brasileiro. A fraternidade entre os homens e a colaboração para construir uma sociedade mais justa não constituem uma utopia, mas são o resultado de um esforço harmônico de todos em favor do bem comum. Encorajo os senhores no seu empenho em favor do bem comum, que exige da parte de todos sabedoria, prudência e generosidade.

Confio-lhes ao Pai do Céu, pedindo-lhe, por intercessão de Nossa Senhora Aparecida, que cumule de seus dons a cada um dos presentes, suas respectivas famílias e comunidades humanas de trabalho e, de coração, a todos concedo a minha Bênção.

PAPA CRITICA ESTRATÉGIA DE PACIFICAÇÃO DAS FAVELAS BRASILEIRAS

por Jamil Chade/Agência Estado
O papa Francisco atacou a estratégia de “pacificação” das favelas no Rio de Janeiro, com o argumento de que, enquanto a desigualdade social não for resolvida, “não há paz duradoura”. Nesta quinta-feira (25) em plena Favela da Varginha, na zona norte da cidade, ele fez um dos discursos de cunho social mais importantes de seu pontificado e convocou os jovens a continuar pressionando por melhorias, em um sinal de seu apoio aos manifestantes que tomaram as ruas do Brasil desde junho. O papa ainda completou: a grandeza de uma nação só pode ser medida a partir de como ela trata seus pobres, numa referência indireta à insistência do governo de vender o Brasil como uma das maiores economias do mundo e, ao mesmo tempo, não dar uma solução às suas favelas. Francisco chega a reconhecer os avanços sociais promovidos pelo governo. Mas alerta que isso ainda não é suficiente e que a pacificação de favelas, como a que ele visita, não pode ser feita com armas. “Quero encorajar os esforços que a sociedade brasileira tem feito para integrar todas as partes do seu corpo, incluindo as mais sofridas e necessitadas, através do combate à fome e à miséria”, disse.
PAPA PEDE A JOVENS QUE NÃO DESANIMEM NEM PERCAM A ESPERANÇA NA LUTA CONTRA A CORRUPÇÃO 
Vitor Abdala e Akemi Nitahara, Agência Brasil
Em discurso durante visita à comunidade de Varginha, no Complexo de Manguinhos, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, o papa Francisco fez um apelo às autoridades públicas, aos mais ricos e à sociedade em geral para que não se cansem de trabalhar por um mundo mais justo e solidário. Ele pediu políticas nas áreas de educação, saúde e segurança e dignidade às pessoas. O pontífice fez um pedido especial aos jovens para que não percam a confiança em um mundo melhor. “Vocês, jovens, têm uma sensibilidade especial diante das injustiças, mas muitas vezes se desiludem com notícias que falam da corrupção de pessoas que, em vez de buscar o bem comum, procuram seu próprio benefício. Nunca desanimem, nunca percam a confiança. Não deixem que se apague a esperança, a realidade pode mudar. O homem podem mudar. Procurem ser vocês os primeiros a procurar o bem”, disse. O papa falou do esforço da sociedade brasileira em combater a fome e a miséria, e destacou que as pessoas não podem virar as costas para os mais pobres. “Nenhum esforço de pacificação será duradouro, não haverá harmonia e felicidade para uma sociedade que abandona na periferia parte de si mesma. Ela simplesmente empobrece. Não deixemos entrar em nossos corações a cultura do descartável, porque somos irmãos e ninguém é descartável”, disse. O discurso foi pontuado por alguns momentos de descontração do papa. Em um trecho, ele disse que gostaria de bater à porta de cada casa brasileira para “dizer bom dia, pedir um copo de água fresca, beber um cafezinho. Não um copo de cachaça”, disse para risos da plateia que se aglomerou no campo de futebol, onde ocorreu o discurso.
BOTE FÉ NA VIDA, DIZ PAPA NO FIM DA FESTA DA ACOLHIDA 
Flávia Villela, Agência Brasil O papa Francisco se despediu do público que compareceu à Festa da Acolhida da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e deixou o palco do evento, na praia de Copacabana. Antes de encerrar a participação na festa, o papa pediu que os jovens tenham fé. “Bote fé, que a vida terá um novo sabor. Bote fé, bote a esperança e bote amor, tudo junto”. Com a chuva forte e o frio, grande parte do público começou a deixar a praia de Copacabana, logo após a saída do pontífice. Os organizadores do evento, pelo microfone, procuram estimular a multidão a permanecer no local e ir saindo aos poucos, para evitar tumultos. No evento, o papa disse que o Rio tornou-se o centro da Igreja nesta semana. Ele agradeceu a presença dos jovens que vieram de longe para vê-lo e aos que queriam ter vindo e não puderam vir para a jornada. “Vim aqui ser contagiado com o entusiasmo de vocês. A todos digo, bem-vindos a esta festa da fé”, disse Francisco. Ele agradeceu a hospitalidade dos cariocas e o apoio das autoridades federais, estaduais e municipais. “Os cariocas sabem receber bem e dar uma boa acolhida”, enfatizou.