A REDE DE MARINA E A DEBANDADA NO PT

Em meio à maior crise vivida pelo PT em seus 35 anos, a criação da Rede Sustentabilidade da ex-senadora Marina Silva poderá dar início a uma romaria de petistas para se filiar ao novo partido. Ironicamente, Marina tentou criar a Rede para disputar a eleição presidencial de 2014. Não conseguiu. Filiou-se ao PSB. Virou vice de Eduardo Campos e assumiu a candidatura presidencial quando o então candidato morreu num acidente aéreo.

Marina teve dificuldade para criar a Rede, mas, mesmo assim, manteve-se no jogo político de forma relevante. Acabou perdendo a eleição presidencial do ano passado, ficando fora do segundo turno depois de surgir como favorita para ganhar o pleito.

DEPUTADO FEDERAL PUXA DEBANDADA DO PT PARA A REDE

O deputado federal pelo Rio de Janeiro Alessandro Molon deixou o PT e ingressou na Rede, partido capitaneado pela ex-senadora Marina Silva. Deputado mais votado do PT fluminense em 2014, Molon oficializou o ingresso na nova sigla nesta quinta-feira. A saída coincide com a crise política pela qual passam o governo e o próprio partido.

Molon é o segundo parlamentar a optar pela Rede. Nessa semana, Miro Teixeira, que estava no Pros, também anunciou sua filiação. O registro da legenda idealizada por Marina foi concedido nesta terça (22) pela Justiça Federal.

Filiado ao PT por 18 anos e um dos principais nomes da sigla na Câmara até então, Alessandro Molon ia frequentemente à tribuna para defender o governo. Segundo a Folha, ele se cacifou com o Palácio do Planalto e viveu seu momento de maior destaque no ano passado. Molon foi relator do projeto do Marco Civil da Internet, proposta cara ao Palácio do Planalto e aprovada pelo Congresso.

DILMA DIZ QUE VAI CHAMAR AÉCIO E MARINA PARA CONVERSAR

A presidente Dilma afirmou, em entrevista ao ‘Jornal do SBT’ na noite desta terça-feira, que aceita em seu segundo mandato dialogar com os dois candidatos que ameaçaram sua reeleição, Aécio Neves e Marina Silva. ‘Sem a menor sombra de dúvida estou aberta ao diálogo. Acho que a palavra correta no início de um governo é se abrir ao diálogo com todos os setores, o Aécio, a Marina. Sim, posso chamá-los sim’, disse. Ela não eu detalhes de como ou quando esse possível diálogo poderia ser estabelecido.

DILMA ROUSSEFF AMPLIA VOTAÇÃO EM UPANEMA NO SEGUNDO TURNO

aecio-dilmaA candidata à Presidência da República pelo Partido dos Trabalhadores, Dilma Rousseff, reeleita, ampliou sua votação no segundo turno em Upanema neste domingo, 26. Ao todo, foram 547 votos a mais do que os que foram contabilizados no último dia 05 de outubro.

Dilma Rousseff obteve 5.757 votos (73,16%) neste domingo, contra 5.210 dos votos válidos no primeiro turno.

O Senador Aécio Neves, do PSDB, obteve 2.112 votos, o que corresponde a 26,84% dos votos válidos. No primeiro turno, o tucano ficou em terceiro lugar com 994 votos. Foram 1.118 votos a mais neste pleito.

Somando a votação de Aécio Neves com a votação de Marina Silva (PSB) no primeiro turno, totalizam-se 2.338 votos. O resultado mostra que parte do eleitorado de Marina preferiu votar na Dilma do que no Aécio neste segundo turno.

Um resultado que chama bastante atenção, é o número de abstenções. Ao todo, 1.900 eleitores não compareceram às urnas hoje. 138 (1.61%) optaram por votar branco e 568 (6.62%) anularam os votos.

Apuradas as 35 urnas, o número de comparecimento é de 8.575 (81,86%) eleitores, e os votos válidos totalizam os 7.869 (91.77%).

MARINA SILVA ANUNCIA APOIO A AÉCIO NEVES NO SEGUNDO TURNO

A ex-senadora Marina Silva (PSB) confirmou há pouco seu apoio ao candidato do PSDB, Aécio Neves (PSDB), no segundo turno das eleições presidenciais. “Prefiro ser criticada por estar fazendo aquilo que acredito ser o melhor para o país do que ficar presa no labirinto das minhas preferenciais pessoais”, disse Marina, em entrevista a jornalistas em São Paulo, ao lado de Beto Albuquerque (PSB), que era seu vice na chapa pela qual disputou as eleições. A ex-senadora, que terminou o primeiro turno em terceiro lugar, adiou para este domingo seu pronunciamento, previsto anteriormente para quinta-feira. Nesse intervalo, procurou obter o apoio de Aécio a pontos previstos no programa da candidata derrotada.

Ontem, em Pernambuco, o candidato tucano se comprometeu a cumprir grande parte das exigências de Marina. Entre elas, a demarcação de terras indígenas e o fim da reeleição para cargos do Executivo. “Entendo esse documento como compromisso com os brasileiros, e não dirigida a mim, em busca de apoio. Seria um amesquinhamento”, afirmou Marina. Mesmo antes da chegada de Marina ao centro cultural em que fez seu pronunciamento, a presença de tucanos como o deputado estadual Carlos Bezerra Jr. já indicava que Marina fecharia com Aécio.

PSB DE MARINA APROVA APOIO A AÉCIO NEVES NO SEGUNDO TURNO

Aécio Neves, presidenciável do PSDB, que vai receber apoio do PSB de Marina Silva ( Fabio Braga/Folhapress)

A executiva nacional do PSB aprovou nesta quarta-feira (8), por maioria, o apoio do partido a Aécio Neves (PSDB) no segundo turno da eleição presidencial.

A adesão do partido de Marina Silva ao tucano superou os 15 votos necessários na Executiva para a aprovação. Até as 18h10, 21 votaram pelo apoio ao tucano, outros 6 dirigentes votaram pela neutralidade, e 1, pelo apoio a Dilma Rousseff (PT).

Com o resultado, o PSB passa a apoiar Aécio formalmente. É a primeira vez em que o partido se junta ao PSDB em uma corrida presidencial.

Segundo um dirigente da sigla, ficarão liberados os diretórios da Paraíba e do Amapá, Estados em que os governadores são do PSB e tentam a reeleição aliados ao PT.

No primeiro turno, o PSB lançou Marina, que substituiu o ex-governador Eduardo Campos, morto em 13 de agosto. A ex-senadora e seu grupo não têm cargos na direção da legenda e devem anunciar apoio a Aécio nesta quinta-feira (9).

Com a decisão do PSB, os dois partidos de porte da coligação de Marina passam a apoiar Aécio formalmente. O PPS já havia aderido ao tucano nesta terça-feira (7).

NOTA DE ESCLARECIMENTO DE MARINA SILVA EM RELAÇÃO AO 2º TURNO DA ELEIÇÃO PRESIDENCIAL:

A ex-candidata à Presidência da República pela Coligação Unidos pelo Brasil, Marina Silva, vem a público reafirmar o processo definido pelos partidos que integram a aliança para contribuir para o debate do segundo turno da disputa presidencial:

1 – Os resultados das eleições refletiram uma posição de insatisfação com as condições existentes no Brasil expressando sentimentos de mudanças.

2 – Os partidos da Coligação promoverão até amanhã, dia 8 de outubro, reuniões de suas instâncias deliberativas para definirem os pontos que consideram relevantes para a formulação de posicionamento conjunto das legendas aliadas.

3 – Na quinta-feira, dia 9, Marina Silva e as demais lideranças dos partidos aliados participarão de encontro para construir um posicionamento comum da Coligação sobre a continuidade da disputa pela Presidência da República.

4 – Marina Silva também contribuirá para a construção de uma posição da Rede Sustentabilidade nesse processo de unidade da Coligação.

5 – As opiniões individuais de cada partido, dirigentes e lideranças políticas das agremiações neste momento de construção devem ser respeitadas mas não refletem em nenhuma hipótese a opinião da ex-candidata.

Equipe Marina e Beto 40

MARINA SINALIZA APOIO A AÉCIO — MAS NÃO VAI SAIR BARATO

dilma-marinaEX-SENADORA NÃO QUIS CONFIRMAR APOIO AO CANDIDATO TUCANO, MAS SINALIZA QUE DISCUTIRÁ MOVIMENTAR-SE DE FORMA ‘COERENTE’ COM SEU PROGRAMA DE GOVERNO.

Em seus discursos pós-votação neste domingo, os candidatos Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva fizeram um primeiro gesto na direção um do outro. Aécio disse que todos que puderem contribuir com seu projeto “serão muito bem-vindos”. “Tenho enorme respeito pessoal pela ex-ministra e senadora Marina Silva”, afirmou o presidenciável, que terminou o primeiro turno com 33% dos votos. Já Marina, em evento na capital paulista na noite deste domingo, lançou mão do ‘marinês’ para sinalizar que um apoio é possível, mas apenas se houver “coerência” com seu programa de governo. “Nossos partidos vão tomar uma decisão. Mas temos de ser coerentes com o sentimento de uma mudança qualificada. A sociedade brasileira está dizendo que não quer o que está ai”, afirmou a ex-senadora, sugerindo que seu apoio terá um preço. “Vamos nos manter fiéis ao nosso programa”, afirmou a senadora.

PRÓS

Emissários tucanos já se movimentam para abordar lideranças da Rede e do PSB.

O economista Eduardo Giannetti, um dos principais conselheiros de Marina, já declarou apoio a Aécio.

Outro “marineiro” que pode ajudar a costurar um entendimento com o PSDB é o deputado federal Walter Feldman, ex-tucano.

No PSB, a viúva de Eduardo Campos, Renata Campos, pode dar testemunho da amizade entre seu marido e Aécio, e abrir um palanque para o PSDB em Pernambuco

CONTRAS

Presidente interino do PSB (e amigo de longa data do ex-presidente Lula), o pernambucano Roberto Amaral preferiu não se manifestar sobre os rumos do partido no segundo turno, mas deixou claro que as discussões começam imediatamente. “As pressões podem vir, mas quem vai decidir pelo PSB é o PSB, a partir de uma consulta que eu começo amanhã”, disse

ACENO A AÉCIO

Em sua coletiva à imprensa em Belo Horizonte, uma das primeiras frases proferidas pelo presidenciável tucano foi em homenagem a Eduardo Campos. Para o tucano, seu desempenho eleitoral na casa dos 33% revelou “números muito acima das melhores expectativas”. E ele emendou: “É hora de unirmos as forças. A minha candidatura não é mais a candidatura de um partido político ou de um conjunto de alianças. É o sentimento mais puro de todos os brasileiros que ainda têm a capacidade de se indignar, mas principalmente a capacidade de sonhar. Vamos acreditar que é possível, como sempre acreditei, dar ao Brasil um governo que una decência e eficiência.” Sonhático. Ou quase.

Fonte: Veja – Talita Fernandes

DECLARAÇÃO DE MARINA SOBRE PASSAR FOME DEIXA DILMA E AÉCIO SEM AÇÃO

Fonte: Terra

“Sei o que é passar fome.”

Como criticar ou ironizar uma declaração tão contundente?

Ao mergulhar de cabeça na apelação emocional, e ressaltar em seu programa eleitoral na TV que viveu uma infância miserável, sentindo no estômago (e na alma) o que é não ter comida na mesa, Marina Silva evaporou o boato de que acabaria com o Bolsa Família e, de quebra, se lançou a um pedestal quase inatingível.

Como Dilma e Aécio podem contra-atacar? Como criticar a representante de uma realidade que foi — e ainda é — conhecida intimamente por milhões de brasileiros.

A petista não poderá repetir que a candidata do PSB se faz de ‘coitadinha’. O tucano pensará duas vezes antes de acusar a ex-senadora de ser vitimista.

Não dá para desqualificar quem assume ter passado fome. Seria uma atitude vista como desumana e cruel. Bombardear Marina por sua declaração dramática poderia ofender milhões de outras pessoas que também já conheceram (ou ainda sentem) a fome.

Em campanha eleitoral sempre se discute os limites da baixaria, da troca de ofensas, do terrorismo psicológico contra o eleitor. Com Marina, a discussão avança para o campo da emoção. Há um limite para a manipulação emocional?

Por ironia da história, ou, se preferir, do destino, essa guerra eleitoral faz Marina Silva se aproximar virtualmente cada vez mais de Lula, seu ex-mentor e agora novo desafeto.

Na ânsia por se eleger, ambos usaram a origem pobre, o preconceito social e a superação pelo próprio esforço como estandarte da campanha à Presidência da República.

Nos dois casos, a pobreza foi vendida quase como uma virtude, como se ela os fizesse mais merecedores da vitória do que, por exemplo, um candidato de classe média que nunca sentiu a barriga vazia.

“Sei o que é passar fome.”

Depois dessa frase-slogan, não há como apelar mais profundamente ao emocional do telespectador-eleitor.

Ou há?

MARINA: ‘GOVERNO DO PT MANTEVE QUADRILHA NA PETROBRAS’

CANDIDATA DO PSB À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA EVITOU RESPONSABILIZAR DIRETAMENTE A PRESIDENTE E ADVERSÁRIA DILMA ROUSSEFF PELO ‘PETROLÃO’

A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, voltou a responsabilizar nesta segunda-feira o governo federal pelos escândalos que assolam a Petrobras. “Quem manteve toda essa quadrilha que está acabando com a Petrobras foi o atual governo, que, conivente, deixou que todo esse desmando acontecesse em uma das empresas mais importantes do país”, disse.

Marina, entretanto, evitou responsabilizar diretamente a presidente e adversária na disputa eleitoral Dilma Rousseff (PT). “A presidente tem responsabilidades políticas. Eu não seria leviana de dizer que ela tem responsabilidade direta pessoalmente. Prefiro que as investigações aconteçam.”

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