DILMA E AÉCIO EVITARÃO CONFRONTO DIRETO COM MARINA

A ex-senadora Marina Silva transformou-se no centro da estratégia do PT e do PSDB para o primeiro debate com os presidenciáveis, que será realizado nesta terça-feira (26), em São Paulo, pela TV Bandeirantes. Enquanto a presidente Dilma Rousseff vê em Marina uma ameaça numa eventual disputa de segundo turno, o tucano Aécio Neves empenha-se em assegurar o segundo lugar na corrida ao Palácio do Planalto.

As duas campanhas chegam ao embate desta noite empenhadas em evitar ataques à ex-senadora. No PT, a ordem é evitar críticas diretas, mas buscar expor as contradições do discurso de Marina. Na tarde da última segunda-feira (25), assessores de Dilma trataram de municiá-la de respostas sobre assuntos que possam causar constrangimento, temas que possam aparecer nas perguntas dos jornalistas que participarão do debate, ou mesmo, eventuais em provocações de Marina.

Também preocupado com Marina, o comando da campanha de Aécio decidiu lidar com a candidata do PSB de forma cuidadosa. Nos bastidores, existe a avaliação que um ataque frontal a Marina neste momento poderia ser muito ruim para a imagem do candidato tucano. O centro da campanha de Aécio esteve reunido na última quinta-feira (22) para tratar de diretrizes da campanha e discutir as estratégias para o debate.

PT VÊ MARINA COMO FAVORITA PARA DISPUTAR 2º TURNO COM DILMA

O comando da campanha de Dilma Rousseff avalia que a candidata do PSB à presidência, Marina Silva, será a principal adversária do PT daqui para a frente e já prepara uma ofensiva com “mais Lula” para enfrentá-la. Se antes havia uma preocupação com a presença exagerada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha, a cúpula do PT diz agora que a associação da imagem dele com Dilma será fundamental, principalmente no Nordeste.

As últimas pesquisas que chegaram ao Planalto mostram que Marina ultrapassou o candidato do PSDB, Aécio Neves, e está agora em segundo lugar, com diferença maior que a margem de erro dos levantamentos. Os números foram discutidos na noite de quarta-feira, 20, durante reunião de coordenação da campanha petista com Dilma e com Lula, no Palácio da Alvorada.

MARINA SILVA QUER FICAR APENAS QUATRO ANOS SE ELEITA

A candidata do PSB à presidência, Marina Silva, pretende ficar apenas quatro anos se for eleita presidente nas eleições do dia 5 de outubro. De acordo com o UOL, Marina pretende alcançar uma aliança com a sociedade e descarta a reeleição. Marina terá como vice o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS). O coordenador da campanha de Eduardo Campos, Carlos Siqueira, decidiu deixar o cargo por não aceitar a linha de raciocínio de Marina.

MARINA: ‘TENHO COMPROMISSO COM O QUE A PERDA DE EDUARDO NOS IMPÕE’

A ex-senadora Marina Silva desembarcou no aeroporto de Recife para acompanhar o velório e enterro de Eduardo Campos, morto na última quarta-feira em decorrência de um acidente aéreo. Ela ainda não confirmou se será mesmo a candidata do PSB à Presidência, mas seu nome é dado como certo e partido já discute quem será o vice. O anúncio oficial da chapa será realizado na quarta-feira, após reunião em Brasília com os caciques do partido.

Assim que pousou na capital pernambucana de um voo comercial, Marina declarou ter senso de responsabilidade, e afirmou que vai manter os compromissos definidos com Campos. Vice do candidato do PSB na disputa pela Presidência da República, ela evitou falar sobre seu futuro político. “Tenho senso de responsabilidade e compromisso com o que a perda de Eduardo nos impõe”, disse Marina a’O Globo.

Vice

O deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS) é o nome preferido do PSB para assumir a vaga de vice na chapa de Marina Silva à Presidência da República, caso se confirme o nome da ex-senadora. Em uma reunião da cúpula do PSB, em São Paulo, na última sexta-feira, o parlamentar aparece como favorito ao posto.

AGORA MARINA É FAVORITA E DILMA PODE NÃO CHEGAR AO SEGUNDO TURNO

“Marina não disputará espaço com Aécio, que ficará com todo o eleitorado conservador para si, mas sim com Dilma: o mapa da mina, para ela, será provar que é mais popular e mais fiel aos ideais históricos petistas do que a própria candidata à reeleição”

Quando a campanha presidencial de 2014 se augurava a mais tediosa e enlameada desde a redemocratização, eis que o Sobrenatural de Almeida, reconhecendo que é impossível desviar o futebol brasileiro de sua marcha para o fundo do poço, resolveu trocar o foco, dando o ar de sua graça na política: com a morte inesperada de Eduardo Campos (PSB), logo no cabalístico 13 de agosto (!), a corrida sucessória virou de pernas pro ar.

De imediato, Marina Silva (PSB) passou a ser a favorita para vencer a disputa que, provavelmente, travará com Aécio Neves (PSDB) no segundo turno. E a candidatura de Dilma Rousseff (PT), que já vinha  mal das pernas em função (principalmente) do desempenho pífio da economia brasileira, pode ter recebido nesta quarta-feira o golpe de misericórdia.

Até agora, os que estavam no páreo pra valer eram a ex-guerrilheira que se tornou tecnoburocrata, o neto do raposão conservador e o neto do grande socialista. Dilma levava a vantagem de ser personagem histórica por mérito próprio e, entre três atores políticos com ínfimo carisma, tendia a ser reeleita porque o poder atrai o poder, na razão direta das ambições e na razão inversa da integridade.

A candidatura de Marina era, potencialmente, a mais perigosa para o situacionismo, tanto que um grande esforço de bastidores foi feito para que ela saísse da disputa. Para o bem da democracia, outra porta se abriu. Pena que isso se deva a uma tragédia, algo que sempre temos de lamentar. Mas, confirmou-se de novo que quem age de má-fé acaba dando tiros pela culatra. Ao invés de ser neutralizada, Marina está mais forte do que nunca.

Com ela no lugar de Campos, Dilma não levará vantagem nenhuma em ser mulher, vai perder de goleada na comparação de quem tem mais a cara e o jeitão do povo sofrido (e, portanto, maior afinidade com o perfil dos primórdios petistas – a trajetória dela lembra a de Lula) e tende a ser esmagada nos debates, pois a decoreba dos marqueteiros de nada servirá contra a autenticidade e espontaneidade messiânicas da companheira de lutas do Chico Mendes.

No tabuleiro político, a quase nenhuma ênfase de Campos no ideário socialista do avô, preferindo defender um capitalismo mitigado, o deixava bem mais próximo de Aécio que de Dilma. Como consequência, os dois netinhos correriam na mesma faixa, tentando, ao mesmo tempo, evitar que a petista ganhasse no primeiro turno e obter uma vaga no segundo, contra Dilma, que se apresentaria como a candidata popular, perseguida pelos ricos e pelo Santander etc. e tal.

Marina, pelo contrário, não disputará espaço com Aécio, que ficará com todo o eleitorado conservador e direitista para si, mas sim com Dilma: o mapa da mina, para Marina, será provar que é mais popular, mais antagônica ao grande capital, melhor defensora do meio ambiente, mais inaceitável para a elite branca e mais fiel aos ideais históricos petistas do que a própria Dilma. Acredito que o conseguirá com um pé nas costas, daí a minha previsão de um segundo turno entre (centro-)direita e (centro-)esquerda, ou seja, entre Aécio e Marina.

E, claro, sem todo o desgaste acumulado pelo petismo em seus três mandatos presidenciais e levando em conta que o eleitorado de direita é aproximadamente metade do de esquerda, Marina só não levaria se o avião dela também caísse.

O perigo, claro, seria chegar ao poder como uma estatura bem maior do que as forças políticas que a estariam apoiando, com óbvios riscos de turbulência institucional (dependendo de como lidasse com um Congresso mui provavelmente adverso). Duas vezes, com Jânio Quadros e com Fernando Collor, tal quadro se revelou funesto.

Mas, temos de levar em conta também que o esgotamento do modelo petista está levando a insatisfação popular perigosamente para as ruas, de forma que os riscos existem igualmente com a permanência da atual pasmaceira desesperançada. Entre um salto no escuro e a decadência inexorável, é sempre preferível o primeiro, que pelo menos nos dá oportunidade de lutarmos para a construção de um presente melhor.

O eleitorado, evidentemente, não equaciona o problema da mesma maneira, mas se mostra visivelmente saturado. Os ventos de mudança começam a soprar e até Deus os parece estar bafejando…

* Jornalista, escritor e ex-preso político. Mantém o blog Náufrago da Utopia.

PRONUNCIAMENTO DA COLIGAÇÃO UNIDOS PELO BRASIL

“Não vamos desistir do Brasil.” A frase, dita por Eduardo Campos na véspera do acidente que o vitimou, expressa o testemunho e o desejo de um brasileiro que pautou sua vida pelo anseio de ver a nação unida em torno de um projeto que contemple a melhoria de vida de todos os seus cidadãos. Embalava, no presente, o mesmo sonho que alimentou a trajetória de seu avô Miguel Arraes ou, como ele mesmo dizia carinhosamente, do Dr. Arraes.

Interrompeu-se hoje o caminho de um homem que acreditava na renovação da política pela força do povo brasileiro em escrever o seu destino. Morre Eduardo Henrique Accioly Campos, mas fica o seu legado de luta pelos ideais de um Brasil mais democrático, próspero, solidário, sustentável e justo socialmente.

A Coligação Unidos pelo Brasil acredita que a perda de Eduardo encerrou sua vida, mas não seus ideais. Fica a semente da esperança que move diariamente os brasileiros criativos e empreendedores, capazes de transformar em virtuoso seu duro cotidiano.

A Coligação Unidos pelo Brasil se solidariza com a dor irreparável das famílias de Eduardo Campos e de seus companheiros Pedro Valadares, Carlos Percol, Alexandre Severo Gomes da Silva, Marcelo Lyra, Geraldo da Cunha e Marcos Martins. O momento é de luto e impõe o necessário recolhimento.

Santos, 13 de agosto de 2014. 

COLIGAÇÃO UNIDOS PELO BRASIL
PSB, REDE SUSTENTABILIDADE, PPS, PPL, PHS, PRP, PSL

REDE CONFIRMA MARINA SILVA COMO VICE DE CAMPOS

A ex-senadora Marina Silva foi confirmada pela Rede Sustentabilidade, neste sábado, como candidata a vice na chapa do ex-governador pernambucano Eduardo Campos (PSB) na disputa pela Presidência da República. A decisão foi tomada pelos delegados estaduais da Rede, em Brasília, durante o primeiro congresso do partido que Marina tenta criar.

A legenda bateu o martelo, assim, aprovando a coligação PSB-Rede-PPS-PPL. Marina afirmou em discurso para os delegados reunidos no 1º Congresso da Rede Sustentabilidade que a legenda não colocou o posto de vice como condição para apoiar Campos. “Quem colocou a possibilidade de ser vice foi o PSB. E eu dizia que quem ia escolher o vice é o candidato”, disse à Agência Estado.

A pré-candidata a vice disse que procurou José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) para discutir propostas para o programa deles no segundo turno, mas se frustrou com a falta de compromisso. “Eles queriam ter uma garota propagada para dizerem que fariam o que eles não fariam”, lembrou.

PSB ANUNCIA EDUARDO CAMPOS E MARINA SILVA PARA DISPUTA PRESIDENCIAL

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) anunciou nesta segunda-feira (14), em Brasília, a pré-candidatura do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos e da ex-senadora Marina Silva para concorrer à Presidência da República nas eleições de outubro. Presidente nacional do PSB, Campos vai encabeçar a chapa, que terá Marina como vice.

A formalização da chapa socialista, com a homologação das indicações, deve ocorrer somente em junho, durante a Convenção Nacional do PSB. O anúncio da chapa nesta segunda foi feito pelo primeiro-secretário nacional do PSB, Carlos Siqueira.

GIL DECLARA VOTO EM EDUARDO CAMPOS EM APOIO A MARINA

O cantor Gilberto Gil declarou seu voto para presidente ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). O voto foi conquistado por conta do acordo entre Campos e a ex-senadora Marina Silva, líder da Rede, que deve ser anunciada oficialmente no dia 14 de abril como candidata a vice na chapa de Campos.

“Se eles mantiverem a parceria, como tudo indica que manterão, votarei nos dois”, disse Gil para a Folha de S. Paulo. “Gil, o ex-ministro, continua a fazer política quase informalmente. E anda com fé atrás da ex-senadora Marina Silva onde quer ela vá”, completou confirmando seu apoio incondicional a ex-senadora.

MARINA SILVA: “HENRIQUE ALVES REPRESENTA O QUE HÁ DE PIOR NA POLÍTICA BRASILEIRA”

Marina Silva, pré-candidata a vice na chapa do presidenciável Eduardo Campos, não aceita a aliança com o deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB),informou um dirigente nacional da Rede Sustentabilidade, grupo da ex-senadora do Acre. 

Henrique Alves representa o que há de pior na política brasileira e isso vai de encontro ao discurso da nova política que Eduardo Campos e Marina estão apresentando ao Brasil neste momento”, declarou o assessor de Marina Silva.