SOLTEIRÕES DO FORRÓ E WALDONYS NA FESTA DE EMANCIPAÇÃO DE UPANEMA

A Prefeitura de Upanema, através da Coordenadoria de Turismo, anunciou as principais atrações artísticas da festa de 60 anos de emancipação política da cidade. As apresentações serão realizadas de 13 a 15 de setembro.

Na sexta-feira, 13, será realizado o Baile Municipal com a Banda Feras de Natal. No sábado, 14, os shows serão realizados na Praça de Eventos para toda a população, com apresentações do cantor potiguar Nilson Viana e Banda Menina Dengosa e do cearense Waldonys, um dos herdeiros artísticos de Luis Gonzaga.
No domingo, 15, a festa continua com as apresentações do potiguar Roberto e Banda Meus Amores e da banda cearense Solteirões do Forró, um dos principais nomes do forró da atualidade.

A festa de emancipação política de Upanema, dentro da Semana Cultural da cidade, vai contar com uma programação diversificada, que inclui ainda shows religiosos, desfile cívico e inaugurações de obras.

O prefeito Luiz Jairo destacou que esta será uma das maiores comemorações já realizadas em Upanema. “A festa vai ser do tamanho da história de Upanema e do seu povo. Desde já, convidamos a todos os filhos da cidade para celebrar os 60 anos de sua história e também à população dos municípios vizinhos para comemorar conosco”, convocou.

No próximo sábado, 10, Luiz Jairo vai fazer o anúncio oficial da programação completa da festa.

EM DISCURSO A LÍDERES CIVIS, PAPA CITA PROTESTOS E PEDE DIÁLOGO COM O POVO

Fonte: Do G1, no Rio

FRANCISCO COLOCOU COCAR NA CABEÇA APÓS RECEBER ADEREÇO DE LÍDER INDÍGENA.
ANTES, JOVEM DE 28 ANOS FEZ DISCURSO EMOCIONANTE NO THEATRO MUNICIPAL.

O Papa Franscisco pediu neste sábado (27), em encontro com representantes da sociedade civil no Theatro Municipal, no Rio de Janeiro, “diálogo construtivo” para enfrentar o presente. “Entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há uma opção sempre possível: o diálogo. O diálogo entre as gerações, o diálogo com o povo, a capacidade de dar e receber, permanecendo abertos à verdade”, afirmou o pontífice (leia a íntegra do discurso no final da reportagem).

Acompanhe em tempo real o dia do Papa.

“Um país cresce, quando dialogam de modo construtivo as suas diversas riquezas culturais: cultura popular, cultura universitária, cultura juvenil, cultura artística e tecnológica, cultura econômica e cultura familiar e cultura da mídia. É impossível imaginar um futuro para a sociedade, sem uma vigorosa contribuição das energias morais numa democracia que evite o risco de ficar fechada na pura lógica da representação dos interesses constituídos”, disse.

“A única maneira para uma pessoa, uma família, uma sociedade crescer, a única maneira para fazer avançar a vida dos povos é a cultura do encontro; uma cultura segundo a qual todos têm algo de bom para dar, e todos podem receber em troca algo de bom”, completou Francisco.

Ao final do discurso, o Papa beijou crianças no palco, cumprimentou diversos representantes presentes no teatro e colocou um cocar na cabeça após receber o adereço de líder indígena. Antes ddle, o jovem Valmir Júnior, de 28 anos, fez um discurso emocionante, lembrou que foi usuário de drogas e que a igreja o ajudou a se recuperar. Ele destacou ainda que espera que a Jornada Mundial da Juventude “deixe um legado social” para a cidade do Rio de Janeiro.

Missa para bispos
Antes, o pontífice celebrou numa missa a bispos e padres na Catedral Metropolitana de São Sebastião, no Rio de Janeiro, e pediu para os religiosos, citando Madre Tereza de Calcutá, que promovam uma “cultura do encontro” e que sirvam aos pobres nas favelas, tendo “orgulho de nossa vocação”. O pontífice criticou a “cultura da exclusão” na sociedade, na qual “não há lugar para o idoso, para a criança”, e disse que é preciso ir contra essa tendência.

Francisco deixou a residência no Sumaré, na Zona Norte, em carro fechado por volta das 8h. Já no Centro da capital, ele embarcou no papamóvel e percorreu o resto do trajeto até a igreja com o papamóvel, de onde acenou para os fiéis e beijou algumas crianças. Centenas de peregrinos correram pelas ruas para acompanhar o veículo, que chegou ao templo pouco antes das 9h.

A missa foi restrita a bispos, padres e convidados que vieram de diversas partes do país para a Jornada Mundial da Juventude. Francisco cumprimentou e conversou com religiosos no interior da Catedral na sua chegada.

Ao fim dos primeiros compromissos oficiais do dia, ele segue para a casa no Sumaré, onde almoça com cardeais e integrantes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Às 19h30, Francisco dá início à vigília em Copacabana.

Mudanças no trânsito
trânsito do Centro e da Zona Sul tem alterações para a caminhada de 9,5 km da Jornada Mundial da Juventude. Os peregrinos que vão participar da vigília e da Missa de Envio irão percorrer da Central do Brasil a Copacabana, onde está montado o palco principal.

O trajeto tem início na Central do Brasil, passando pela Avenida Presidente Vargas, Avenida Rio Branco, Aterro do Flamengo, Enseada de Botafogo e Rua Lauro Sodré, chegando até o bairro de Copacabana pelo Túnel Novo na Rua Princesa Isabel. O bairro será fechado totalmente a partir das 12h, com 24 pontos de bloqueio.

Inicialmente, as cerimônias seriam realizadas em Guaratiba, na Zona Oeste. A transferência para Copacabana foi feita após as chuvas dos últimos dias alagarem o terreno. A caminhada feita pelos jovens até a vigília é uma tradição das Jornadas, e a manutenção dela, fazendo com que os peregrinos andem um longo percurso, foi um pedido feito pela organização (veja no mapa o trajeto da caminhada).

Encenação da Via Sacra
Na sexta (26), o Papa Francisco emocionou os fiéis de Copacabana em seu 5º dia no Brasil, benzendo a estátua de São Francisco de Assis durante sua passagem pela Orla, acenando para os peregrinos rumo à encenação da Via-Sacra e pedindo uma oração em homenagem às vítimas do incêndio da Boate Kiss, ocorrido no início do ano em Santa Maria (RS).

Mais cedo, ele ambém ouviu a confissão de jovens, encontrou menores infratores e rezou o Ângelus, que tratou da importância dos anciãos e das crianças na construção do futuro dos povos. Na mensagem, o pontífice pediu que os jovens presentes enviassem uma saudação aos seus avós.

Confira a íntegra do discurso do Papa:

Excelências,
Senhoras e Senhores!

Agradeço a Deus pela possibilidade de me encontrar com tão respeitável representação dos responsáveis políticos e diplomáticos, culturais e religiosos, acadêmicos e empresariais deste Brasil imenso. Saúdo cordialmente a todos e lhes expresso o meu reconhecimento. Queria lhes falar usando a bela língua portuguesa de vocês mas, para poder me expressar melhor manifestando o que trago no coração, prefiro falar em castelhano. Peço-vos a cortesia de me perdoar! Agradeço as amáveis palavras de boas vindas e de apresentação de Dom Orani e do jovem Walmyr Júnior. Nas senhoras e nos senhores, vejo a memória e a esperança: a memória do caminho e da consciência da sua Pátria e a esperança que esta, sempre aberta à luz que irradia do Evangelho de Jesus Cristo, possa continuar a desenvolver-se no pleno respeito dos princípios éticos fundados na dignidade transcendente da pessoa.

Todos aqueles que possuem um papel de responsabilidade, em uma Nação, são chamados a enfrentar o futuro “com os olhos calmos de quem sabe ver a verdade”, como dizia o pensador brasileiro Alceu Amoroso Lima [“Nosso tempo”, in: A vida sobrenatural e o mundo moderno (Rio de Janeiro 1956), 106]. Queria considerar três aspectos deste olhar calmo, sereno e sábio: primeiro, a originalidade de uma tradição cultural; segundo, a responsabilidade solidária para construir o futuro; e terceiro, o diálogo construtivo para encarar o presente.

1. É importante, antes de tudo, valorizar a originalidade dinâmica que caracteriza a cultura brasileira, com a sua extraordinária capacidade para integrar elementos diversos. O sentir comum de um povo, as bases do seu pensamento e da sua criatividade, os princípios fundamentais da sua vida, os critérios de juízo sobre as prioridades, sobre as normas de
ação, assentam numa visão integral da pessoa humana. Esta visão do homem e da vida, tal como a fez própria o povo brasileiro, muito recebeu da seiva do Evangelho através da Igreja Católica: primeiramente a fé em Jesus Cristo, no amor de Deus e a fraternidade com o próximo. Mas a riqueza desta seiva deve ser plenamente valorizada! Ela pode fecundar um processo cultural fiel à identidade brasileira e construtor de um futuro melhor para todos. Assim se expressou o amado Papa Bento XVI, no discurso de abertura da V
Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, em Aparecida. Fazer que a humanização integral e a cultura do encontro e do relacionamento cresçam é o modo cristão de promover o bem comum, a felicidade de viver. E aqui convergem a fé e a razão, a dimensão religiosa com os diversos aspectos da cultura humana: arte, ciência, trabalho, literatura… O cristianismo une transcendência e encarnação; sempre revitaliza o pensamento e a vida, frente a desilusão e o desencanto que invadem os corações e saltam para a rua.

2. O segundo elemento que queria tocar é a responsabilidade social. Esta exige um certo tipo de paradigma cultural e, consequentemente, de política. Somos responsáveis pela formação de novas gerações, capacitadas na economia e na política, e firmes nos valores éticos. O futuro exige de nós uma visão humanista da economia e uma política que realize cada vez mais e melhor a participação das pessoas, evitando elitismos e erradicando a pobreza. Que ninguém fique privado do necessário, e que a todos sejam asseguradas dignidade, fraternidade e solidariedade: esta é a via a seguir. Já no tempo do profeta Amós era muito forte a advertência de Deus: «Eles vendem o justo por dinheiro, o indigente, por um par de
sandálias; esmagam a cabeça dos fracos no pó da terra e tornam a vida dos oprimidos impossível» (Am 2, 6-7). Os gritos por justiça continuam ainda hoje.

Quem detém uma função de guia deve ter objetivos muito concretos, e buscar os meios específicos para consegui-los. Pode haver, porém, o perigo da desilusão, da amargura, da indiferença, quando as aspirações não se cumprem. A virtude dinâmica da esperança incentiva a ir sempre mais longe, a empregar todas as energias e capacidades a favor das pessoas para quem se trabalha, aceitando os resultados e criando condições para descobrir novos caminhos, dando-se mesmo sem ver resultados, mas mantendo viva a esperança. A liderança sabe escolher a mais justa entre as opções, após tê-las considerado, partindo da própria responsabilidade e do interesse pelo bem comum; esta é a forma para chegar ao centro dos males de uma sociedade e vencêlos com a ousadia de ações corajosas e livres. No exercício da nossa responsabilidade, sempre limitada, é importante abarcar o todo da realidade, observando, medindo, avaliando, para tomar decisões na hora presente, mas estendendo o olhar para o futuro, refletindo sobre as consequências de tais decisões. Quem atua responsavelmente, submete a própria ação aos direitos dos outros e ao juízo de Deus. Este sentido ético aparece, nos nossos dias, como um desafio histórico sem precedentes. Além da racionalidade científica e técnica, na atual situação, impõe-se o vínculo moral com uma responsabilidade social e profundamente solidária.

3. Para completar o “olhar” que me propus, além do humanismo integral, que respeite a cultura original, e da responsabilidade solidária, termino indicando o que tenho como fundamental para enfrentar o presente: o diálogo construtivo. Entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há uma opção sempre possível: o diálogo. O diálogo entre as gerações, o diálogo com o povo, a capacidade de dar e receber, permanecendo abertos à verdade. Um país cresce, quando dialogam de modo construtivo as suas diversas riquezas culturais: cultura popular, cultura universitária, cultura juvenil, cultura artística e tecnológica, cultura econômica e cultura familiar e cultura da mídia. É impossível imaginar um futuro para a sociedade, sem uma vigorosa contribuição das energias morais numa democracia que evite o risco de ficar fechada na pura lógica da representação dos interesses constituídos. Será fundamental a contribuição das grandes tradições religiosas, que desempenham um papel fecundo de fermento da vida social e de animação da democracia. Favorável à pacífica convivência entre religiões diversas é a laicidade do Estado que, sem assumir como própria qualquer posição confessional, respeita e valoriza a presença do fator religioso na sociedade, favorecendo as suas expressões concretas. Quando os líderes dos diferentes setores me pedem um conselho, a minha resposta é sempre a mesma: diálogo, diálogo, diálogo. A única maneira para uma pessoa, uma família, uma sociedade crescer, a única maneira para fazer
avançar a vida dos povos é a cultura do encontro; uma cultura segundo a qual todos têm algo de bom para dar, e todos podem receber em troca algo de bom. O outro tem sempre algo para nos dar, desde que saibamos nos aproximar dele com uma atitude aberta e disponível, sem preconceitos. Só assim pode crescer o bom entendimento entre as culturas e as religiões, a estima de umas pelas outras livre de suposições gratuitas e no respeito pelos direitos de cada uma. Hoje, ou se aposta na cultura do encontro, ou todos perdem; percorrer a estrada justa torna o caminho fecundo e seguro.

Excelências,
Senhoras e Senhores!

Agradeço-lhes pela atenção. Acolham estas palavras como expressão da minha solicitude de Pastor da Igreja e do amor que nutro pelo povo brasileiro. A fraternidade entre os homens e a colaboração para construir uma sociedade mais justa não constituem uma utopia, mas são o resultado de um esforço harmônico de todos em favor do bem comum. Encorajo os senhores no seu empenho em favor do bem comum, que exige da parte de todos sabedoria, prudência e generosidade.

Confio-lhes ao Pai do Céu, pedindo-lhe, por intercessão de Nossa Senhora Aparecida, que cumule de seus dons a cada um dos presentes, suas respectivas famílias e comunidades humanas de trabalho e, de coração, a todos concedo a minha Bênção.

PREFEITURA DE UPANEMA FECHA PARCERIA PARA REALIZAÇÃO DA CARAVANA ECOLÓGICA

A Prefeitura de Upanema, através da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, fechou parceria para a realização da Caravana Ecológica do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (Idema). A ação será desenvolvida no mês de setembro próximo durante as comemorações dos 60 anos de emancipação política do município de Upanema e contará com o apoio das demais secretarias municipais.

Nesta quinta-feira, 11, foi realizado encontro entre representantes da Prefeitura de Upanema e do Idema na Câmara Municipal para tratar e adotar as primeiras medidas para realização da Caravana Ecológica.

O secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Hermes Freire, afirmou que, com o aval do prefeito Luiz Jairo, a Prefeitura de Upanema vai disponibilizar toda a estrutura necessária para que a ação seja realizada com sucesso. “A Caravana Ecológica vem se somar às muitas atividades que estão sendo preparadas pela Prefeitura para a Semana Cultural de Upanema, que é a festa de emancipação da cidade”, destacou Hermes Freire.

A subcoordenadora de Planejamento e Educação Ambiental do Idema, Silvana Gomes, ressaltou que a Caravana Ecológica tem o objetivo de possibilitar à população local o acesso às informações relacionadas ao meio ambiente contribuindo para as mudanças de hábitos quanto à proteção ambiental e a qualidade de vida da população.

A secretária executiva do Idema, Simone Pereira, acrescentou que as ações de educação ambiental são desenvolvidas através de diversas atividades, como teatro, biblioteca, espaço da ciência, confecções de objetos, cinema na praça, cursos, palestras e atividades pedagógicas.

O encontro contou com a participação do Chefe de Gabinete, Nonato Garcia, secretárias Edimi Medeiros (Administração) e Rivanda Bezerra (Urbanismo e Ação Social), além de outros assessores e servidores da Prefeitura de Upanema. Novos encontros serão realizados para fechar a realização da Caravana Ecológica.

Fonte: Prefeitura de Upanema

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO É ELEITO PARA A ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS

CADEIRA 36 FICOU VAGA COM MORTE DE JOÃO DE SCANTIMBURGO.
ASSESSORIA DA ABL CONFIRMOU INFORMAÇÃO NESTA QUINTA-FEIRA (27).

Fernando Henrique Cardoso foi eleito nesta quinta-feira (27) para a Academia Brasileira de Letras (ABL). Segundo a assessoria de imprensa da ABL, ele recebeu  34 dos 39 votos possíveis e foi nomeado já na primeira votação. Votaram 24 acadêmicos presencialmente e outros 14, por cartas. Houve uma abstenção.

O ex-presidente – que teve dois mandatos, entre 1995 e 1998 e entre 1999 e 2002 – assume a cadeira 36, antes ocupada pelo jornalista e escritor paulista João de Scantimburgo, morto em março deste ano.

No mesmo mês, FHC oficializou em carta sua candidatura. A carta foi entregue pessoalmente, em nome do ex-presidente do Brasil, pelo imortal Celso Lafer, a Geraldo Holanda Cavalcanti. Ele era substituto temporário nas funções da presidente da ABL, a escritora Ana Maria Machado, que estava em viagem ao exterior. Lafer é ex-chanceler e ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do governo do PSDB.

Outros dois ex-presidentes eleitos para a ABL anteriormente foram Getúlio Vargas (nomeado em 1941 para a cadeira 37) e José Sarney (nomeado em 1980 para a cadeira 38).

Segundo nota oficial da ABL, assim que saiu o resultado da eleição, FHC recebeu na Fundação Eva Klabin, no Rio, seus novos colegas e amigos. O texto reproduz ainda uma declaração de Marcos Vinicios Villaça, presidente da instituição: “Essa eleição é um ato de respeito da Academia Brasileira de Letras à inteligência brasileira. A grande obra de Fernando Henrique Cardoso de sociólogo e cientista dá ainda mais corpo à Academia”.

Fonte: Do G1, em São Paulo

O GOLPE NO BRASIL JÁ TEM ROTEIRO

Crédito : Reprodução Facebook

O movimento conservador e “antipartidário” que se infiltrou nas manifestações de rua nos últimos dias já defende abertamente um golpe de estado,conforme este Portal apontou mais cedo, e começa a pedir o afastamento da presidenta Dilma Rousseff e a clamar pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Joaquim Barbosa, como o “salvador da pátria”. Nas redes sociais, já há até mesmo um “roteiro” para o golpe, conforme conta reportagem da Rede Brasil Atual. Leia abaixo na íntegra.

Movimento ‘antipolítica’ antecipa o roteiro do golpe nas redes sociais

Da Rede Brasil Atual – Com a apropriação da onda de manifestações em várias cidades brasileiras por pautas conservadoras, as redes sociais ligadas a esses grupos já começam a traçar uma espécie de “roteiro do golpe”. De um lado, defendem o afastamento da presidenta Dilma Rousseff, de “todos os políticos” e de “todos os partidos”. De outro, clamam para que o presidente do STF, Joaquim Barbosa, assuma o comando do país para que as forças armadas ajam “em defesa da população que se manifesta nas ruas”.

Embora sejam difusamente compartilhadas, as campanhas atingem um número relevante de pessoas. Uma delas, com a foto de Barbosa pedindo que assuma a presidência do país, já passa de 270 mil compartilhamentos.

Outra, no site Avaaz.org, pede o impeachment de Dilma e tem 315 mil assinaturas. Junto a elas, comentários pedindo o fim dos partidos, ação das forças armadas, separação de São Paulo do restante do país etc.

Em outra ação, os grupos de direita criaram um evento no Facebook convocando greve geral para 1º de julho. Na pauta de reivindicações estão o “fim da roubalheira”, a “auditoria no caixa do governo” e a “punição para os corruptos”, entre outros nove temas. O ato contava 390 mil confirmações até as 13h de hoje.

Um vídeo da organização Anonymous, publicado na terça (18), chegou à marca de 1,4 milhão de compartilhamentos. O filme divulga “as cinco causas diretas, sem cunho religioso ou ideológico, sem bandeiras partidárias ou subjetividades”. As ideias propostas como de “cunho moral” e “unanimemente aceitas” são: Não à PEC 37; saída de Renan Calheiros da presidência do Congresso Nacional — ele é presidente do Senado — investigação e punição das irregularidades na organização da Copa do Mundo;  lei que torne a corrupção crime hediondo; e fim do foro privilegiado.

Na noite de ontem (20), o site do jornal Brasil de Fato denunciava a realização de uma pesquisa pelo Instituto Datafolha, que perguntava às pessoas qual afirmação ela se identificava mais: “a democracia é sempre melhor que qualquer forma de governo”; “em certas circunstâncias, é melhor uma ditadura do que um regime democrático”; ou “tanto faz se o governo é uma democracia ou uma ditadura”.

Todas essas iniciativas incendeiam ainda mais o cenário de temeridade formado pela tomada do movimento que ganhou as ruas nos últimos dias pelas pautas identificadas com a direita política. O Movimento Passe Livre declarou na manhã de hoje que não convocará mais protestos, pois alcançou a vitória almejada, e criticou a violência contra organizações políticas ocorridas na manifestação de ontem (20) na avenida Paulista.

Fonte: Portal em Pauta

‘ESTÁ DIFÍCIL DE ENTENDER’, DIZ GILBERTO CARVALHO SOBRE MANIFESTAÇÕES

PARA MINISTRO, É ‘PRETENSÃO’ DIZER QUE JÁ COMPREENDE OS PROTESTOS PELO PAÍS.
ELE DISSE QUE SE FECHAR PARA AS REIVINDICAÇÕES É IR NA CONTRAMÃO DA HISTÓRIA.

O ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, afirmou nesta terça-feira (18) que busca compreender os protestos organizados pelo país na segunda e que, no momento, ainda não tem uma “resposta”. Carvalho participou de uma sessão da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado.

“De fato, está difícil entender. Nós somos acostumados com mobilização com carro de som, com organização, com gente com quem negociar e liderança com quem negociar e poder fazer um tipo de acordo. Agora eles mesmo dizem ‘nós não temos uma liderança, são múltiplas lideranças, nós não temos carro de som’. Não tem um comando, um comando único, e portanto se  torna extremamente complexo o proceso de compreensão ,de entendimento e de multiplicidade das manifestações internas”, afirmou o ministro.

Ministro Carvalho participa de sessão na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (Foto: Geraldo Magela/ Agência Senado )

“Seria muita pretensão achar que a gente compreende já o que está acontecendo. A primeira atitude de humildade é buscar entender a complexidade do que está ocorrendo”, completou.

Para Carvalho, o fato de tantas pessoas terem aderido aos protestos em diversas cidades mostra que há uma “base material de descontentamento”.

“Do ponto de vista do conteúdo [das manifestações] nós que estamos em funções de Parlamento e Executivo temos que estar atentos para entende o porquê de uma adesão tão ampla e massiva. Se há essa adesão, há uma base material de descontentamento, há uma base material que se expressa neste momento.”

Carvalho ainda manifestou apoio pelo fato de as polícias militares no DF e em São Paulo não terem usado balas de borracha nas manifestações desta segunda. “O comportamento da PM em São Paulo ontem foi exemplar e adequado até o final. Aqui em Brasília aconteceu a mesma coisa. Houve um problema no sábado. Nós detectamos que houve uso da balas de borracha, que a nosso juízo nao era necessário, e ontem todo processo foi de maneira adequada”, disse o ministro se referindo à manifestação antes do jogo da seleção brasileira no sábado, quando a PM do DF dispersou os manifestantes fazendo uso de balas de borracha.

Reivindicações
Carvalho disse também que tem conversado com algum dos manifestantes e reconheceu que o transporte coletivo, um dos pontos reclamados nos protestos, necessita de melhoria. Ele afirmou ainda que o governo deve estar atento à questão da Copa do Mundo, já que muitos manifestantes defendem que o dinheiro usado para o torneio deveria ser investido em outras áreas do país.

“Na questão da mobilidade urbana nós realmente temos problema. A frota de ônibus de São Paulo é mais ou menos a mesma de 7, 8 anos atrás, com número muito maior de passageiros. Temos um problema grave no transporte aqui em Brasília. A questão da Copa. Nós temos que estar atentos. Os jovens me jogavam na cara ontem: ‘O Mané garrincha fica a 2km do Hran, um hospital aqui em Brasília. No Mané vocês gastaram R$ 1 bilhão e o Hran está cheio de problema.’ ”

Para o ministro, quem “se fechar” para o movimento dos protestos e para as reivindicações que estão sendo feitas vai andar na “contramão da História”.

“Então se a gente não for sensível, se a gente se fechar a esse tipo de reivindiciação, nós vamos na contramão da História. Temos que estar sensíveis, temos que acompanhar,  tentar entender e abrir canais de conversa, mesmo que mais complexos, mais difíceis, porque, insisto, são múltilplas expressões.”

Fonte: G1, em Brasília

LIDERANÇAS EVANGÉLICAS DIZEM QUE IGREJAS DEVEM “ESTAR AO LADO DOS OPRIMIDOS” E CONVOCAM FIÉIS PARA IREM ÀS RUAS NOS PROTESTOS SOCIAIS

Os movimentos sociais que saíram às ruas nos últimos dias nas capitais para se posicionar contra o aumento das tarifas do transporte público e outras mazelas da sociedade começam a receber o apoio de pastores e líderes evangélicos.

O reverendo Hermes C. Fernandes publicou um artigo em seu blog Cristianismo Subversivo e falou a respeito da reação policial às manifestações. De acordo com o reverendo, “a abordagem truculenta da polícia nos remeteu aos tempos da ditadura militar”.

“Sobrou até para jornalistas que cobriam o protesto. Alguns tentaram ridicularizar o movimento, dizendo que não valia a pena lutar por míseros vinte centavos. Os grandes veículos de comunicação anunciaram em tom jocoso”, comentou Fernandes.

A respeito da opinião pública, que em parte reprovou as manifestações, Fernandes chama atenção para o surgimento de um movimento semelhante aos organizados em países do Oriente Médio, em que a população protestou contra as ditaduras.

“Para uns, os manifestantes não passavam de baderneiros. Para outros, um bando de esquerdistas e anarquistas. Mas o que eu vi foi o despertar de um gigante, quiçá, semelhante ao que se levantou no mundo árabe recentemente, e que atendeu pela alcunha de ‘Primavera Árabe’. Convém lembrar que, coincidentemente, o estopim do grande movimento pelos direitos civis nos EUA encabeçado por Martin Luther King, Jr. foi uma crise entre a população negra de uma cidade e as empresas de ônibus”, relembrou.

Hermes C. Fernandes se diz favorável às manifestações por seguir o exemplo de Jesus: “Como pregador das boas novas do reino, não posso deixar de me posicionar. E sinceramente, jamais me posicionaria ao lado dos poderosos, dos que oprimem a população, dos empresários de ônibus e dos governos corruptos e hipócritas que só lembram do povo em época de eleição.  Seria como se os discípulos de Jesus se posicionassem por Herodes, Pilatos ou mesmo por César. Prefiro estar ao lado dos oprimidos, dos explorados, que cansados saem às ruas em busca de justiça”.

Outro pastor, Ariovaldo Jr, idealizador da Bíblia Freestyle e colunista do Gospel+, publicou um vídeo criticando a postura das pessoas que reprovam os protestos. Segundo ele, a lógica desse pensamento é que é “inútil” protestar contra pequenas coisas, porém o acúmulo de pequenos motivos levou o povo às ruas. Assista:

[youtube]http://youtu.be/eURBYYVwWXs[/youtube]

Isaac Palma, integrante da Rede Fale, publicou um artigo no blog do movimento relatando sua experiência durante a manifestação do último dia 11 de junho. No texto, Palma pondera que há diversas reclamações levada às ruas pelos manifestantes, e que o aumento das tarifas foi apenas o estopim.

“Invariavelmente, não foram os 20 centavos que nos levaram as ruas de São Paulo, apesar de existirem razões cabíveis para protestar por esses 20 centavos. Definitivamente não são apenas os valores das passagens que tem levado pessoas as ruas, não só em São Paulo, mas em várias cidades do Brasil. Existe algo simbólico em todo levante popular, não significa que o que o Estado fez nunca foi feito, mas que chegou ao nível de ser intolerável, não saímos as ruas por esse último aumento, mas por todos os que tiveram até agora e em um tipo de esperança de que eles não sejam mais uma realidade entre nós, graças a uma indignação constante”.

O ativista acredita que as manifestações podem ser o início de uma mudança de postura da sociedade em relação à cobrança que deve ser feita ao governo, e que, mesmo com demandas diferentes, os diversos grupos sociais que se uniram na Revolta do Vinagre representam a democracia: “Não podemos ser ingênuos a ponto de acreditar que mudaremos o Brasil de uma hora pra outra, ou que todos temos o mesmo sentimento, que todos os que foram as ruas acreditam nas mesmas coisas, esses movimentos aglutinam forças opostas dentro de si, e isso deve ser ressaltado, mas é justamente na contradição que emana a beleza dessa luta, somos sim contraditórios e múltiplos: plurais. Existem brigas e divisões, mas em comum decidimos Sonhar”.

Por Tiago Chagas, para o Gospel+