IGREJA ADVENTISTA ABRIGA JOVENS CATÓLICOS DA JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE

Rio de Janeiro, RJ … [ASN] No Rio de Janeiro os jovens da Igreja Central deram aula de boa convivência e hospitalidade cristã. Sem ter onde ficar para acompanhar a Jornada Mundial da Juventude, 170 católicos italianos se hospedaram na Igreja Adventista. Eles foram chegando aos poucos, gratos e surpresos pela cordialidade. Recepção no aeroporto, com direito a translado, alimentação e barracas organizadas para a semana de peregrinação. Só pediram um teto, mas receberam muito mais. “Temos nossas diferenças doutrinárias, mas servimos a um Deus que é soberano e deu exemplo de amor ao próximo. Estamos ajudando estes jovens não por causa da sua fé, mas porque são pessoas que precisam e faríamos isto com qualquer outra denominação”, explicou Rômulo Silva, um dos líderes da igreja.

Durante a semana da Jornada Mundial da Juventude, acontece também em várias igrejas adventistas do País a semana de oração jovem, e na Igreja Adventista Central do Rio o pastor convidado para pregar é André Gonçalves, que trabalha nos Estados Unidos. “Vários dos italianos quiseram participar do nosso culto à noite e gostaram do que ouviram”, relatou Silva, que acredita ser o gesto de amor e solidariedade mais forte que qualquer pregação. [Equipe ASN, Fabiana Bertotti]

Fonte: Agência Adventista Sul-Americana de Notícias

PAPA CRITICA ESTRATÉGIA DE PACIFICAÇÃO DAS FAVELAS BRASILEIRAS

por Jamil Chade/Agência Estado
O papa Francisco atacou a estratégia de “pacificação” das favelas no Rio de Janeiro, com o argumento de que, enquanto a desigualdade social não for resolvida, “não há paz duradoura”. Nesta quinta-feira (25) em plena Favela da Varginha, na zona norte da cidade, ele fez um dos discursos de cunho social mais importantes de seu pontificado e convocou os jovens a continuar pressionando por melhorias, em um sinal de seu apoio aos manifestantes que tomaram as ruas do Brasil desde junho. O papa ainda completou: a grandeza de uma nação só pode ser medida a partir de como ela trata seus pobres, numa referência indireta à insistência do governo de vender o Brasil como uma das maiores economias do mundo e, ao mesmo tempo, não dar uma solução às suas favelas. Francisco chega a reconhecer os avanços sociais promovidos pelo governo. Mas alerta que isso ainda não é suficiente e que a pacificação de favelas, como a que ele visita, não pode ser feita com armas. “Quero encorajar os esforços que a sociedade brasileira tem feito para integrar todas as partes do seu corpo, incluindo as mais sofridas e necessitadas, através do combate à fome e à miséria”, disse.
PAPA PEDE A JOVENS QUE NÃO DESANIMEM NEM PERCAM A ESPERANÇA NA LUTA CONTRA A CORRUPÇÃO 
Vitor Abdala e Akemi Nitahara, Agência Brasil
Em discurso durante visita à comunidade de Varginha, no Complexo de Manguinhos, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, o papa Francisco fez um apelo às autoridades públicas, aos mais ricos e à sociedade em geral para que não se cansem de trabalhar por um mundo mais justo e solidário. Ele pediu políticas nas áreas de educação, saúde e segurança e dignidade às pessoas. O pontífice fez um pedido especial aos jovens para que não percam a confiança em um mundo melhor. “Vocês, jovens, têm uma sensibilidade especial diante das injustiças, mas muitas vezes se desiludem com notícias que falam da corrupção de pessoas que, em vez de buscar o bem comum, procuram seu próprio benefício. Nunca desanimem, nunca percam a confiança. Não deixem que se apague a esperança, a realidade pode mudar. O homem podem mudar. Procurem ser vocês os primeiros a procurar o bem”, disse. O papa falou do esforço da sociedade brasileira em combater a fome e a miséria, e destacou que as pessoas não podem virar as costas para os mais pobres. “Nenhum esforço de pacificação será duradouro, não haverá harmonia e felicidade para uma sociedade que abandona na periferia parte de si mesma. Ela simplesmente empobrece. Não deixemos entrar em nossos corações a cultura do descartável, porque somos irmãos e ninguém é descartável”, disse. O discurso foi pontuado por alguns momentos de descontração do papa. Em um trecho, ele disse que gostaria de bater à porta de cada casa brasileira para “dizer bom dia, pedir um copo de água fresca, beber um cafezinho. Não um copo de cachaça”, disse para risos da plateia que se aglomerou no campo de futebol, onde ocorreu o discurso.
BOTE FÉ NA VIDA, DIZ PAPA NO FIM DA FESTA DA ACOLHIDA 
Flávia Villela, Agência Brasil O papa Francisco se despediu do público que compareceu à Festa da Acolhida da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e deixou o palco do evento, na praia de Copacabana. Antes de encerrar a participação na festa, o papa pediu que os jovens tenham fé. “Bote fé, que a vida terá um novo sabor. Bote fé, bote a esperança e bote amor, tudo junto”. Com a chuva forte e o frio, grande parte do público começou a deixar a praia de Copacabana, logo após a saída do pontífice. Os organizadores do evento, pelo microfone, procuram estimular a multidão a permanecer no local e ir saindo aos poucos, para evitar tumultos. No evento, o papa disse que o Rio tornou-se o centro da Igreja nesta semana. Ele agradeceu a presença dos jovens que vieram de longe para vê-lo e aos que queriam ter vindo e não puderam vir para a jornada. “Vim aqui ser contagiado com o entusiasmo de vocês. A todos digo, bem-vindos a esta festa da fé”, disse Francisco. Ele agradeceu a hospitalidade dos cariocas e o apoio das autoridades federais, estaduais e municipais. “Os cariocas sabem receber bem e dar uma boa acolhida”, enfatizou.

PAPA FRANCISCO REZOU COM CRISTÃOS EVANGÉLICOS DA ASSEMBLEIA DE DEUS

O papa falou com o pastor e com as pessoas que estavam lá, e os convidou a rezarem um Pai Nosso

Em sua caminhada pela comunidade de Varginha, no Complexo de Manguinhos, na zona norte da capital fluminense, o papa Francisco parou em uma igreja evangélica da Assembleia de Deus e fez uma oração com o pastor e os cristãos protestantes, informou o padre Márcio Queiroz, que acompanhou o pontífice na visita à favela.

“Caminhando pela comunidade, chegamos até a igreja evangélica. Eu mostrei a ele que eles estavam no templo, e ele pediu para ir até lá para cumprimentá-los. O papa falou com o pastor e com as pessoas que estavam lá, e os convidou a rezarem um Pai Nosso”, disse.

O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, também comentou a parada do pontífice na Assembleia de Deus. “O papa parou em frente à igreja e rezou com os fiéis da Assembleia de Deus que estavam na porta. Até eles pediram bênção. Foi um momento ecumênico, espontâneo e muito bonito”, ressaltou.

Os padres também deram mais detalhes da visita de Francisco à moradia de uma família da comunidade. Segundo Federico, a casa era muito pequena, de 5 por 4 metros e estava lotada, com mais de 20 pessoas da família.

“Estavam lá todas as gerações de uma família. Foi um momento de muita comoção. Uma das coisas mais bonitas foi que todas as crianças pequenas foram ao colo do papa e ele abençoou uma por uma. No fim, todos fizeram uma oração juntos. Foi um momento de muita espiritualidade”.

O padre Márcio explicou que a casa estava cheia porque a família da dona é da Paraíba, e todos tinham vindo ao Rio para a visita do papa. Segundo ele, havia uma criança de 15 dias de vida e uma idosa de 93 anos, e o pontífice perguntou o grau de parentesco de cada um. “Como tinha medo que alguém enfartasse, tive que ligar na noite anterior e avisar que aquela seria a casa escolhida. Quando contei, ouvi um silêncio e pensei que a dona da casa tinha desmaiado”, brincou o padre.

Outro detalhe da passagem do papa pela favela destacado pelos sacerdotes foi a parte em que o papa entrou em uma capela local. “Ele ficou muito comovido, e tinha lágrimas nos olhos”, disse o porta-voz do Vaticano.

O padre Queiroz informou que apresentou a mãe ao papa, e disse que ela rezava diariamente por todos os sacerdotes. Segundo ele, por causa disso, ela ganhou um terço de presente do pontífice. “Ele [o papa Francisco] estava saindo da capela e voltou para presenteá-la”, declarou.

Fonte: NoMinuto.com

NO 4º DIA, PAPA VISITA FAVELA, CRITICA CORRUPÇÃO E PEDE MAIS SOLIDARIEDADE

Pontífice visitou comunidade carente em Manguinhos e foi até Copacabana.
Francisco acenou aos fiéis, trocou solidéu e bebeu mate de um peregrino.

Papa Francisco ganhou de uma freira o colar com as cores da bandeira do Brasil (Foto: Luca Zennaro/AFP)

A chuva prejudicou parte dos eventos previstos com a presença do Papa Francisco no Rio de Janeiro. A missa e a vigília previstas para ocorrerem no Campo da Fé, Zona Oeste, tiveram de ser transferidas para Copacabana. Mas o frio e a chuva não espantaram os fiéis durante o quarto dia de permanência do pontífice no país. Francisco visitou a comunidade de Varginha, em Manguinhos, entrou na casa de alguns moradores e falou sobre corrupção e fé em discursos aos peregrinos. Em Copacabana, tomou mate de uma cuia e trocou de solidéu. “A fé de vocês é mais forte que o frio e a chuva”, disse Francisco.

Em sua chegada a Varginha pela manhã, o Papa Franciso recebeu um colar com as cores do Brasil, que ele vestiu sobre suas vestes sacerdotais. Antes de discursar em um campo de futebol, ele ainda visitou uma família da comunidade, permanecendo cerca de 10 minutos dentro da casa.

Eu falei: seja bem vindo Papa Francisco, a casa é sua. Ele respondeu que temos uma família linda e que já nos amava antes nos conhecer”, contou a dona de casa Maria da Penha dos Santos, uma das moradoras que recebeu o Papa na casa de número 81 na comunidade.

Francisco falou sobre corrupção em discurso na comunidade e pediu aos jovens que “nunca desanimem, não percam a confiança, não deixem que se apague a esperança” frente as “notícias que falam de corrupção, com pessoas que, em vez de buscar o bem comum, procuram o seu próprio benefício”.

“A realidade pode mudar, o homem pode mudar. Procurem ser vocês os primeiros a praticar o bem, a não se acostumarem ao mal, mas a vencê-lo”, afirmou o pontífice.

Por volta das 17h30, Francisco chegou de helicóptero ao Forte de Copacabana e, de papamóvel, percorreu o trajeto do Posto 6 até o Leme.

Pelas ruas de Copacabana, o papa chegou a trocar seu solidéu branco por um oferecido por um peregrino e tomou um chimarrão esticado a ele por um dos fiéis ao papamóvel. Sempre sorridente, o Papa acenou e beijou crianças pelo caminho.

Na cerimônia de acolhida aos jovens, ele citou seus antecessores, João Paulo II e Bento XVI e pediu um minuto de silêncio em homenagem à estudante Sophie Morinière, que morreu em um acidente na Guiana Francesa em um acidente de um ônibus de peregrinos que vinham para a Jornada Mundial da Juventude na última quarta (17).

“Sempre ouvi dizer que o carioca não gosta de frio e de chuva. A fé de vocês é mais forte que o frio e a chuva. Parabéns!”, disse o Papa, que foi aplaudido. Ele também assistiu à apresentação com a participação da cantora Fafá de Belém, que beijou as mãos do pontífice.

“Bote fé, bote esperança e bote amor”, disse também Papa Francisco durante uma homilia.

Mais cedo, o Papa também recebeu uma camisa da seleção brasileira de presente e abençoou esportistas em cerimônia fechada no Palácio da Cidade, na Zona Sul. Ele recebeu uma camisa do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) das mãos do presidente da entidade, Carlos Arthur Nuzman, e deu a bênção a atletas como o ex-jogador de basquete Oscar Schmidt, que luta contra um câncer no cérebro.

A missa de encerramento da Jornada Mundial da Juventude que estava prevista para domingo (28) no Campo da Fé, em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, foi transferida para a Praia de Copacabana, na Zona Sul.

A vigília que ocorreria no sábado também mudou de lugar. Segundo o Comitê Organizador da JMJ, o mau tempo tornou a realização impraticável, já que o local amanheceu tomado por lama nesta quinta (25). A informação foi confirmada pelo arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta.

‘Mundo mais justo e mais solidário’
Francisco afirmou ainda que os brasileiros podem “dar para o mundo uma grande lição de solidariedade” e pediu “aos que possuem mais recursos, às autoridades públicas e a todas as pessoas de boa vontade comprometidas com a justiça social” que “não se cansem de trabalhar por um mundo mais justo e mais solidário”.

“Quero encorajar os esforços que a sociedade brasileira tem feito para integrar todas as partes do seu corpo, incluindo as mais sofridas e necessitadas, através do combate à fome e à miséria. Nenhum esforço de ‘pacificação’ será duradouro, não haverá harmonia e felicidade para uma sociedade que ignora, que deixa à margem, que abandona na periferia parte de si mesma”, disse.

‘Somos pobres, pequenos, esquecidos’
Francisco ouviu com atenção o discurso de boas vindas de um jovem de Varginha, que disse que a visita à comunidade marcará a vida de todos os moradores. “A sua vida, Pai Francisco, nos levou à mídia nacional e internacional”, afirmou o jovem, “mas desta vez não nas páginas policiais”. Ele lembrou que, depois do anúncio de que o Papa visitaria Varginha, ruas foram asfaltadas, lixeiras foram melhor distribuídas e outras melhorias foram feitas. “Esperamos que isso continue”, disse ele. “Somos pobres, pequenos, esquecidos”, afirmou o jovem da comunidade.

Leia a íntegra da homilia do Papa em Copacabana:

“Jovens amigos,

‘É bom estarmos aqui’, exclamou Pedro, depois de ter visto o Senhor Jesus transfigurado, revestido de glória. Queremos também nós repetir estas palavras? Penso que sim, porque para todos nós, hoje, é bom estar aqui juntos, unidos em torno de Jesus! Ele que nos acolhe e se faz presente em meio a nós, aqui no Rio.

Mas, no Evangelho, escutamos também as palavras de Deus Pai: ‘Este é o meu Filho, Escutai-o’. Então, se por um lado é Jesus quem nos acolhe, por outro também nós devemos acolhê-lo, ficar à escuta da sua palavra, pois é justamente acolhendo a Jesus Cristo, palavra encarnada, que o Espírito Santo nos transforma, ilumina o caminho do futuro e faz crescer em nós as asas da esperança para caminharmos com alegria.

Mas o que podemos fazer? ‘Bote fé!’ A Cruz da Jornada Mundial da Juventude peregrinou através do Brasil inteiro com este apelo. ‘Bote fé!’ O que significa? Quando se prepara um bom prato e vê que falta o sal, você então ‘bota’ o sal; falta o azeito, então ‘bota’ o azeite… ‘Botar’, ou seja, colocar, derramar. É assim também na nossa vida, queridos jovens: se queremos que ela tenha realmente sentido e plenitude, como vocês mesmos desejam e merecem, digo a cada um e a cada uma de vocês: ‘bote fé’ e a vida terá um sabor novo, terá uma bússola que indica a direção; ‘bote esperança’ e todos os seus serão iluminados e o seu horizonte já não será escuro, mas luminoso; ‘bote amor’ e a sua existência será como uma casa construída sobre a rocha, o seu caminho será alegre, porque encontrará muitos amigos que caminham com você. ‘Bote fé, bote esperança, bote amor!’

Mas quem pode nos dar tudo isso? No Evangelho, escutamos a resposta: Cristo. ‘Este é o meu Filho, o Eleito. Escutai-O!’ Jesus é Aquele que nos traz a Deus e que nos leva a Deus; com Ele toda a nossa vida se transforma, se renova e nós podemos olhar a realidade com novos olhos, a partir da perspectiva de Jesus e com seus olhos. Por isso, hoje, lhes digo com força: ‘Bote Cristo’ na sua vida e você encontrará um amigo em quem sempre confiar; ‘bote Cristo’, e você verá crescer as asas da esperança para percorrer com alegria o caminho do futuro; ‘bote Cristo’ e a sua vida ficará cheia do seu amor, será uma vida fecunda.

Hoje, queria que nos perguntássemos com sinceridade: em quem depositamos a nossa confiança? Em nós mesmos, nas coisas, ou em Jesus? Sentimo-nos tentados a colocar a nós mesmos no centro, a crer que somos somente nós que construímos a nossa vida, ou que ela se encha de felicidade com o possuir, com o dinheiro, com o poder. Mas não é assim! É verdade, o ter, o dinheiro, o poder podem gerar um momento de embriaguez, a ilusão de ser feliz, mas no fim das contas, são eles que nos possuem, e novas a querer ter sempre mais a nunca estar saciados. ‘Bote Cristo’ na sua vida, deposite n’Ele a sua confiança e você nunca se decepcionará! Vejam, queridos amigos, a fé realiza a nossa vida uma revolução que podíamos chamar copernicana, porque nos tira do centro e o restitui a Deus; a fé nos imerge no seu amor que nos dá segurança, força, esperança. Aparentemente não muda nada, mas, no mais íntimo de nós mesmos, tudo muda.

No nosso coração, habita a paz, a mansidão, a ternura, a coragem, a serenidade e a alegria, que são os frutos do Espírito Santo e a nossa existência se transforma, o nosso modo de pensar e agir se transforma, o nosso modo se renova, torna-se o modo de pensar e de agir Jesus, de Deus. No Ano da Fé, esta Jornada Mundial da Juventude é justamente um dom que nos é oferecido para ficarmos ainda mais perto de Deus, para ser seus discípulos e seus missionários, para deixar que Ele renove a nossa vida.

Querido jovem: ‘bote Cristo’ na sua vida. Nestes dias, Ele lhe espera na palavra: escute-O com atenção e o seu coração será inflamado pela sua presença; ‘Bote Cristo: Ele lhe acolhe no Sacramento do perdão, para curar, com a sua misericórdia, as feridas do pecado. Não tenham medo de pedir perdão a Deus. Ele nunca se cansa de nos perdoar, como um pai que nos ama. Deus é pura misericórdia! ‘Bote Cristo’: Ele lhe espera no encontro com a sua Carne na Eucaristia, Sacramento da sua presença, do seu sacrifício de amor, e na humanidade de tantos jovens que vão lhe enriquecer com a sua amizade, lhe encorajar com o seu testemunho de fé, lhe ensinar a linguagem da caridade, da bondade, do serviço. Você também, querido jovem, pode ser uma testemunha jubilosa do seu amor, uma testemunha corajosa do seu Evangelho para levar a este mundo um pouco de luz.

‘É bom estarmos aqui’, botando Cristo na nossa vida, botando a fé, a esperança, o amor que Ele nos dá. Queridos amigos, nessa celebração acolhemos a imagem de Nossa Senhora Aparecida. Com Maria, queremos ser discípulos e missionários. Como ela, queremos dizer ‘sim’ a Deus. Peçamos ao seu coração de mãe que interceda por nós, para que os nossos corações estejam disponíveis para amar a Jesus e fazê-lo amar. Ele está esperando por nós e conta conosco! Amém.”

Fonte: Do G1, no Rio de Janeiro

PAPA DIZ QUE LIBERAR USO DA DROGA NÃO VAI REDUZIR IMPACTO DA DEPENDÊNCIA

PAPA DISSE QUE É PRECISO APOIAR QUEM CAIU NA “ESCURIDÃO DA DEPENDÊNCIA”. FRANCISCO CHAMOU HOSPITAL DE ‘SANTUÁRIO DO SOFRIMENTO HUMANO’.

O Papa Francisco afirmou nesta quarta-feira (24), durante inauguração do Hospital São Francisco, na Tijuca, Zona Norte do Rio, que deixar livre o uso das drogas não vai “reduzir a difusão e a influência da dependência química”.

A visita ao centro para tratamento de dependentes na capital fluminense foi a segunda agenda de Francisco no dia. Pela manhã, ele esteve em Aparecida e celebrou missa no Santuário Nacional.

De volta ao Rio, encontrou mais de mil convidados que aguardavam, debaixo de chuva e frio, a cerimônia de inauguração do centro médico. Francisco foi recepcionado por ex-dependentes e discursou pedindo apoio para aqueles que caíram na “escuridão da dependência”.

Francisco foi enfático ao condenar o debate sobre a liberação do uso das drogas e apontou a necessidade de encontrar outros caminhos. “Não é deixando livre o uso das drogas, como se discute em várias partes da América Latina, que se conseguirá reduzir a difusão e a influência da dependência química”, afirmou.

“É necessário enfrentar os problemas que estão na raiz no uso das drogas, promovendo uma maior justiça, educando os jovens para os valores que constróem a vida comum, acompanhando quem está em dificuldade e dando esperança para o futuro”, afirmou.

O Pontífice começou seu pronunciamento afirmando que o hospital que visitava era um “particular santuário do sofrimento humano”. Ele citou São Francisco como modelo de conduta: ele deixou bens materiais para optar pelos pobres. Para o Papa, lembrando que os católicos precisam também abraçar os sofredores. “Precisamos todos aprender a abraçar quem passa necessidades, como fez São Francisco.”

Entretanto, Papa advertiu que este não é o valor que prevalece na sociedade e relacionou o tráfico com o mercado “da morte”. “Frequentemente, porém, nas nossas sociedades, o que prevalece é o egoísmo. São tantos os mercadores de morte que seguem a lógica do poder e do dinheiro a todo custo. A chaga do tráfico de drogas, que favorece a violência e que semeia dor e a morte, exige da inteira sociedade um ato de coragem”, disse.

Em uma mensagem direta aos dependentes que ainda não conseguiram buscar tratamento, disse que é preciso que eles sejam protagonistas da sua vida. “Ninguém pode fazer a sua vida no seu lugar. (…) Não deixem que vos roubem a esperança. Mas digo também, não roubemos a esperança. Pelo contrário, nos tornemos portadores de esperança.”

Na solenidade, o estudante Francisco entregou uma imagem de São Francisco feita por um ex-dependente que se tratou no hospital. O prédio desativado, de 1947, vai comportar 80 leitos, mas só deve ser aberto em agosto.

Gota no oceano
Antes de falar, Papa ouviu discurso de Dom Orani, arcebispo do Rio. “Aqui se concentram vários trabalhos de prevenção, recuperação e inserção para pessoas adictas. Recordando o compromisso da mãe Igreja com seus filhos que sofrem”, comentou Orani. “Sabemos que este trabalho é uma gota no oceano. Peço sua benção para esta obra, para os irmãos que aqui trabalham e para os que vão se recuperar por meio desta rede”, disse o arcebispo.

Visita do papa à Aparecida leva milhares de fiéis ao santuário nacional (Foto: Reprodução/TV Diário)

Emocionados, ex-dependentes químicos deram testemunhos na cerimônia de inauguração do centro de reabilitação. Receberam abraços do Papa. Frei Francisco, diretor do hospital, apresentou ao Papa a missão do centro para tratamento dos dependentes químicos. “Santo Padre, a lepra dos nossos dias se chama droga”, disse. “Peço que nos ajude a construir uma Igreja mais serva, mais irmã, mais ouvinte”, disse o Frei. O Papa recebeu, então, flores e uma escultura feita por internados na instituição.

Aparecida
Em Aparecida (SP), o Papa mobilizou e comoveu milhares de pessoas nesta quarta. Ele celebrou sua primeira missa aberta ao público desde que chegou ao Brasil, e os 12 mil lugares dentro da Basílica foram ocupados logo cedo. Mesmo com a forte onda de frio, muitos fiéis dormiram ao relento para guardar lugar e conseguir ficar perto do Papa. Ele pediu que os jovens construam “um país e um mundo mais justo, solidário e fraterno” e anunciou sua volta à cidade em 2017.

Francisco chegou a Aparecida por volta das 10h15 – após fazer uma viagem de avião do Rio de Janeiro a São José dos Campos e de helicóptero até Aparecida. Após descer no heliponto do Santuário, Francisco seguiu de papamóvel por um curto caminho até a entrada da Basílica, acompanhado do cardeal Arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno de Assis. Muitas pessoas tentaram se aproximar do carro aberto durante o trajeto, e o Papa chegou a beijar uma criança.

Francisco chegou a Aparecida por volta das 10h15 – após fazer uma viagem de avião do Rio de Janeiro a São José dos Campos e de helicóptero até Aparecida. Após descer no heliponto do Santuário, Francisco seguiu de papamóvel por um curto caminho até a entrada da Basílica, acompanhado do cardeal Arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno de Assis. Muitas pessoas tentaram se aproximar do carro aberto durante o trajeto, e o Papa chegou a beijar uma criança.

Papa beija criança no caminho até Basílica de Aparecida (Foto: Stefano Rellandini/Reuters)

Sua primeira parada no Santuário foi a Capela dos 12 Apóstolos, onde teve um momento de veneração da imagem de Nossa Senhora Aparecida. Ele foi acompanhado de diversos religiosos. O Papa tem uma devoção mariana muito forte, e costuma visitar igrejas dedicadas à mãe de Cristo. Ele fez uma oração na qual citou a jornada, e mostrou bastante emoção.

Em seguida o Papa se dirigiu para o altar da Basílica, em um cortejo com cardeais brasileiros e de outros países, além de bispos. O Papa apresentou a imagem de Nossa Senhora para os fiéis e iniciou a missa, celebrada em português.

A liturgia da missa desta quarta foi a mesma da celebrada todos os dias 12 de outubro, dia de Nossa Senhora Aparecida – foi decidido manter as leituras tradicionais da data. O Evangelho – uma leitura do livro de João, tratou do primeiro milagre atribuído a Jesus, a transformação de água em vinho durante um casamento em Caná da Galileia, com a presença da mãe de Cristo.

Durante o Evangelho, Francisco pediu que os pastores do povo de Deus, pais e educadores sejam responsáveis por transmitir aos jovens valores para construir “um país e um mundo mais justo, solidário e fraterno” a partir de posturas “simples”. Francisco também pediu que a juventude seja encorajada e considerada um “motor potente para a Igreja e para a sociedade”.

Benção
Após a celebração, o papa seguiu para a Tribuna Bento XVI, do lado de fora da basílica, onde abençoou os milhares de fiéis que o esperavam. Francisco pediu desculpas por não falar “brasileiro”, disse que falaria em espanhol e de desculpou novamente. Em todos os intervalos de suas falas, foi ovacionado pelo público.

“Uma mãe se esquece de seus filhos? Ela não se esquece de nós. Ela nos quer e nos cuida”, disse o Papa, antes de pegar a imagem de Nossa Senhora em suas mãos e apresentá-la aos fiéis, abençoando-os.

Em seguida, pediu novamente que todos rezassem por ele – uma tradição em seus discursos e uma das primeiras frases ditas por ele quando foi eleito papa. “Eu peço um favor, com jeitinho, rezem por mim. Necessito. Que Deus os abençoe e Nossa Senhora Aparecida cuide de vocês. Até 2017, porque eu vou voltar”.

Em 2017, o Santuário Nacional vai comemorar os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida no Rio Paraíba. O pontífice foi convidado para participar da celebração pelo arcebispo de Aparecida, dom Raymundo Damasceno, e disse ter aceitado.

Pouco antes, quando o pontífice ainda tentava deixar o altar da Basílica, sua conta no Twitter publicou uma mensagem pedindo que os jovens não se esqueçam que a “a Virgem Maria é a nossa Mãe, e é com a sua ajuda que podemos permanecer fiéis a Jesus”.

Trajetos
Após deixar a tribuna, o Papa seguiu de papamóvel aberto – mesmo com o frio – até o Seminário Bom Jesus. O trajeto incluiu parte do estacionamento do Santuário e algumas ruas de Aparecida, e foi todo isolado por grades, para que o público não avançasse sobre o Papa como aconteceu em sua primeira aparição no Rio de Janeiro. Muitos seguranças também cercaram o carro durante todo o trajeto.

O trajeto de 1,1 quilômetro foi acompanhado por milhares de pessoas. No seminário, o Papa almoçou um cardápio bastante simples e regional, composto de salada de alface e tomate, purê de batatas, carne de panela, arroz e feijão, além de doce de abóbora e doce de leite de sobremesa. O almoço foi acompanhado por cerca de 60 pessoas, incluindo parte de sua comitiva e alguns seminaristas.

Ainda no Seminário Bom Jesus, o Papa abençoou uma imagem de oito metros de Frei Galvão que foi retirada da entrada da cidade de Guaratinguetá (SP) especialmente para a benção papal.

Fonte: Do G1, no Rio de Janeiro

PAPA É UM FELICIANO COM MUITO MAIS PODER E O APOIO DA GLOBO

Homofobia, machismo, apego ao dinheiro, religião interferindo no Estado. Os motivos que inspiram o “Fora Feliciano” se aplicam ao papa. Com o agravante de que ele é bem mais poderoso

por Lino Bocchini — publicado 23/07/2013 14:49, última modificação 23/07/2013 16:34
No Jornal Nacional, fiel chora de emoção ajoelhada diante do microfone da Globo

Os evangélicos estão sendo injustiçados. O tsunami de críticas que atingiu Marco Feliciano, Silas Malafaia e demais líderes evangélicos fundamentalistas se aplica ao papa Francisco e à Igreja Católica. Explico: as mesmas bandeiras conservadoras levantadas pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos do Congresso estão no centro da atuação da igreja católica há séculos. E o argentino Mario Bergoglio, agora chamado de Francisco, comunga destes ideais e não se mostra disposto a alterá-los. Pelo contrário.

Vamos por partes:

Primeiro, a homofobia

Muito se reclamou da atuação de Feliciano contra os direitos fundamentais dos homossexuais. A coleção de frases e a atuação do pastor não deixam dúvidas quanto à sua posição. Como é sabido, a igreja católica igualmente condena a homossexualidade, e considera pecado o amor da população LGBT.

O próprio Francisco, pessoalmente, demonstra preocupação com o que chama de “lobby gay” no Vaticano. Conforme revelou o site católico Reflexión y Liberación, o pontífice afirmou o seguinte em uma audiência recente com a diretoria da Confederação Latino-Americana e Caribenha de Religiosos: “Na Cúria há gente santa de verdade. Mas também há uma corrente de corrupção, é verdade. Fala-se de lobby gay, e é verdade, ele está aí… temos que ver o que podemos fazer”.

Segundo, os direitos da mulher

Em entrevista para o livro “Religiões e política”, o deputado do PSC-SP afirmou o seguinte: “Quando você estimula uma mulher a ter os mesmos direitos do homem, ela querendo trabalhar, a sua parcela como mãe começa a ficar anulada, e, para que ela não seja mãe, só há uma maneira que se conhece: ou ela não se casa, ou mantém um casamento, um relacionamento com uma pessoa do mesmo sexo; [assim] você destrói a família, cria-se uma sociedade só com homossexuais, e essa sociedade tende a desaparecer, porque ela não gera filhos”.

A igreja católica sempre tratou a mulher de forma diferenciada. A começar pelo fato de que elas não podem ser ordenadas. Aos homens (padres) cabe orientar os fiéis, ditar os rumos da igreja e do mundo. Às freiras cabem tarefas como cuidar dos enfermos e necessitados e, por exemplo, cozinhar, lavar e passar para o “homem simples de fala mansa” que está entre nós.

Mais: estão sendo distribuídas 2 milhões de cópias de um Manual de Bioética (em PDF) durante a visita do papa ao Brasil, sendo quase a metade da tiragem a versão em português, segundo informações da Confederação Nacional de Bispos Brasileiros. De suas 72 páginas, praticamente a metade traz pilhas de informações “científicas” e julgamentos morais contra o aborto. O restante divide-se entre a condenação de pesquisas com células-tronco, a condenação da inseminação artificial e a condenação da eutanásia.

O direito sobre o próprio corpo, uma questão que o movimento feminista do mundo todo considera vital desde a década de 1960, é classificado como “crime” em diversos pontos do texto. De acordo com o manual, mesmo em caso de estupro ou de inviabilidade do feto, a interrupção da gravidez não pode ser sequer aventada: “O direito de matar o próprio filho não pode ser fonte de liberdade nem de realização pessoal”. Todos os métodos contraceptivos, pílula e DIU inclusive, são considerados abortivos e criminosos.

Em terceiro lugar, o apego ao dinheiro

Causou espécie um vídeo que circulou recentemente, no qual o pastor Marco Feliciano pedia a senha de um cartão de crédito para um fiel, dizendo que, caso a senha não fosse revelada, “o milagre não viria”. Costuma ser igualmente criticada a cobrança do dízimo por parte de igrejas evangélicas –como se a igreja católica não o fizesse.

Tudo isso, contudo, é esmola perto do patrimônio misterioso e incalculável da igreja católica. A revista Exame fez umareportagem bastante reveladora sobre o Banco do Vaticano. Entre diversos casos de lavagem de dinheiro, escândalos sexuais, corrupção e má administração relatados pela publicação, destaco uma informação: o banco gere cerca de 6 bilhões de euros em ativos. Vou repetir: 6 bilhões de euros.

Isso sem contar as milhares de propriedades da igreja católica ao redor do globo todo. Não sou um estudioso do cristianismo, mas acredito que valores como ajuda ao próximo, desapego e amparo aos pobres não combinam com a acumulação de fortunas dessa grandeza. Mesmo que o chefe da instituição prefira andar num fiat “sem luxo” e dormir num “quarto simples”.

Em quarto lugar, a promiscuidade com o poder público

Muito se critica Feliciano e a bancada evangélica por usarem o poder público que detêm para obter vantagens para suas instituições. O que afronta o conceito de estado laico. O catolicismo faz o mesmo.

O amplo uso de estruturas e verbas públicas durante a visita de Francisco; o mesmo lobby para isenções fiscais e outras benesses financeiras; a mesma submissão dos governantes (de Dilma ao vereador de Pindamonhangaba). Mais: há crucifixos em repartições públicas (desrespeitando os evangélicos, inclusive) e mensagens religiosas nas notas de dinheiro, que são um símbolo nacional. E por aí vai.

(Parênteses: pedofilia)

Aqui não há o paralelo com Feliciano, mas vale lembrar das inúmeras acusações de abuso sexual contra padres no mundo inteiro, muitas cometidas contra menores e encobertas pelo Vaticano. A situação é tão grave que a ONU pediu, agora no começo de julho, esclarecimentos sobre os crimes cometidos por padres em todo mundo. Como o vaticano é membro das Nações Unidas e tem a falta de transparência como uma de suas marcas, a ONU quer saber o que a Igreja Católica têm feito de efetivo contra os criminosos que foram descobertos em suas fileiras.

Por fim, o apoio da mídia

Aqui, uma das maiores injustiças com Marco Feliciano. O pastor é hostilizado por todos, TV Globo inclusa. Suas posições, conforme demonstrado, são irmãs siamesas das defendidas por Francisco e pela religião que comanda. E dos dogmas vindos de Roma ninguém reclama.

Pior: a maior TV do país (bem como quase todos os outros veículos de imprensa) ajoelha-se ao mandatário da tv católica. E não acredito ser esta uma decisão baseada somente pela audiência. A missa de domingo está na grade da Globo há décadas –atualmente é celebrada ao vivo pelo Padre Marcelo. E a emissora, apenas recentemente, de olho na perda de audiência e de dinheiro, começou um flerte institucional com os evangélicos, inaugurado com o festival de músicas gospel Promessas.

Pare finalizar, deixo vocês com algumas frases do primeiro bloco do Jornal Nacional desta segunda-feira. Tentem imaginar Marco Feliciano ou qualquer outro líder evangélico sendo tratado desta forma pelo noticioso visto por quase metade da população brasileira toda noite:

“De papamóvel, fez um passeio que vai ficar na memória dos fieis”

“Distribuiu simpatia”

“Mais perto do povo, do jeito que o papa Francisco gosta”

Fiel: “Foi um presente de Deus, eu consegui estar perto dele e pude constatar que ele realmente é esse pastor humilde, amigo do povo e que veio pra resgatar mais fieis pra igreja católica”

“Deixou uma legião de fieis encantados”

“Santo, abençoado, humilde… os elogios vão brotando”

Fiel: “Ele é gente como a gente”

“A cada esquina ele faz novos amigos”

“Os gritos pareciam saídos de um show de rock”

“Se fosse só isso, já valeria a pena, e o papa Francisco acabou de chegar”.

Fonte: Carta Capital

PESQUISA MOSTRA QUEDA NO NÚMERO DOS QUE SE DIZEM CATÓLICOS ENTRE OS JOVENS DE 16 A 24 ANOS

Em meio à Jornada Mundial da Juventude (JMJ) realizada no Rio de Janeiro até o dia 28 e a vinda do papa Francisco ao Brasil, uma pesquisa do Data Popular aponta que menos da metade dos brasileiros entre 16 e 24 anos são católicos. Segundos os dados, 44,2% dos jovens entrevistados se declararam católicos, 37,6% protestantes/evangélicos, 6,7% de outras religiões e 11,5% afirmaram não possuir religião.

Os números divergem do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontava para um percentual de 63% de católicos entre jovens com idade entre 15 e 24 anos. No entanto, ainda segundo o órgão, o percentual de católicos no país recuou de 73,6% em 2000 para 64,6% em 2010.

A nova pesquisa do Data Popular mostra que entre os brasileiros com mais de 50 anos, o percentual de católicos é maior, quando 57,9% dizem que pertencem a essa religião. 27% são evangélicos/protestantes, 11,1% de outras religiões e 4% não possuem.
A pesquisa também mostra que os católicos são os menos assíduos à igreja entre o público com 18 anos ou mais. Nessa religião, 48% afirmaram não ter ido nenhuma vez à igreja no último mês. Entre os evangélicos, esse percentual cai para 14%. Entre os de outras religiões, o número é de 16%.

Outro dado revelado pela pesquisa é o posicionamento dos católicos com relação a temas polêmicos como aborto, pena de morte, legalização do uso de drogas e direitos de casais homoafetivos. Entre os católicos, 25% afirmaram ser a favor do aborto e 45% são favoráveis à pena de morte. A legalização da maconha recebeu o apoio de 19% dos católicos. 48% também concordam que casais do mesmo sexo tenham os mesmos direitos de casais tradicionais.

Para o padre Charles Lamartine, não é assustador a queda do número de católicos. “Antigamente, quando se perguntava sobre religião, todos diziam ser católicos. Hoje não. Quando elas dizem ser católicos, é porque realmente o são. Quantidade nem sempre é bom, mas sim a qualidade”, explica.

Sobre as diferenças de pensamento dos fiéis com relação aos dogmas da Igreja Católica, o padre diz que isso é normal. “A Igreja não constrói muros, mas sim pontes. Nós acolhemos as diferenças como Jesus manda. A Igreja já fez grandes progressos através da diferença”, esclarece.

JMJ
Mais de 500 peregrinos da Diocese de Mossoró, incluindo o bispo diocesano dom Mariano Manzana e vários sacerdotes, participam da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, que tem início hoje e segue até o dia 28 de julho. O coordenador diocesano do setor de juventude, Fabiano Brito, foi um dos jovens escolhidos para ficar no palco ao lado do papa Francisco.

Com o tema “Ide e fazei discípulos entre todas as nações”, o evento espera reunir 2,5 milhões de pessoas de vários países. Essa é a primeira vez que o evento, criado pelo papa João Paulo II em 1985, é realizado no Brasil. A cada dois ou três anos, um encontro internacional dos jovens com o papa é realizado. Serão catequeses, testemunhos, partilhas, exemplos de amor ao próximo e à Igreja, festivais de música e atividades culturais entre os fiéis.

Fonte: Jornal O Mossoroense

PAPA E POVO TÊM ENCONTRO FRATERNO NO CENTRO DO RIO

O primeiro dia do papa Francisco no Brasil foi marcado por sua simpatia, atenção e seu cuidado com os fiéis. Falando em um português claro, ele abençoou a todos e disse que “bota fé nos jovens”, usando uma expressão informal. Antes, o papa fez questão de estar o mais perto o possível das pessoas que se aglomeraram nas ruas do Rio para vê-lo.

A bordo do avião, no caminho para o Brasil, Francisco, que nasceu na Argentina, brincou indiretamente com a disputa que envolve brasileiros e argentinos. Bem-humorado, ele lembrou que no Brasil dizem que Deus é brasileiro, permitindo assim que o papa seja de outra nacionalidade.

Com o vidro do carro aberto, Francisco se deixou ser visto e muitos que conseguiram vencer o bloqueio dos seguranças chegaram perto dele. Sorridente, o papa acenou, cumprimentou e beijou crianças, inclusive um bebê de colo. A emoção dos fiéis foi retribuída por ele com sorrisos e respeito.

No papamóvel, Francisco ficou de pé o tempo todo e sorriu quase todo o tempo. Acostumados com o estilo do papa, os seguranças que o acompanham atendiam quando ele queria que o carro reduzisse a velocidade para que pudesse chegar mais perto das pessoas.

Um torcedor do Fluminense conseguiu chegar perto do papa e presenteá-lo com uma camisa do time. Apaixonado por futebol, Francisco, que é torcedor do San Lorenzo e disse com orgulho, em várias ocasiões, que guarda uma foto vestido com a camisa do time argentino, agradeceu o presente.

Fonte: Robson Pires

ATIVISMO GAY DIVULGA LISTA DE ÓDIO: PR. SILAS MALAFAIA ESTÁ ENTRE OS 10

Publicação voltada para o público homossexual no Brasil, Lado A, divulga anualmente uma lista com dez nomes de pessoas consideradas “inimigos públicos” do movimento gay no país. Este ano, a mesma é formada em sua maioria por cristãos, entre eles o pastor Silas Malafaia.

A presidente Dilma Rousseff também aparece, por desagradar a diversos setores sociais. Se por um lado, os políticos evangélicos se queixam de seu governo estimular e patrocinar a militância homossexual, pelo outro lado os ativistas gays a veem como inimiga por não autorizar o “kit gay” nas escolas.

Confira a lista:

Presidente Dilma Rousseff (PT): A lista de queixas dos ativistas gays com a presidente é extensa: “Não dirigiu palavra aos homossexuais desde que assumiu seu mandato e parece ignorar o cotidiano de homossexuais no país […] Ao vetar o projeto Escola sem Homofobia, em 2011, a presidenta deixou claro que seu governo não faria propaganda de opção sexual que fosse. Dilma também não se manifestou com as decisões favoráveis aos gays da Justiça Brasileira, ou contra políticos homofóbicos”.

Pr. Silas Malafaia: a referência ao líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) se estende às suas declarações. Segundo a publicação: “Um dos pastores evangélicos mais ricos do país, Silas Malafaia adora usar o tema da homossexualidade para se projetar. Fã do termo ‘ditadura gay’, psicólogo por formação, é a favor do projeto de cura gay. Aliás, ele mesmo defende que a homossexualidade é um comportamento que pode ser modificado”.

Senador Magno Malta (PR/ES): Tido como “velho conhecido” da lista, o senador capixaba é apontado como alguém que é inimigo do movimento homossexual pois “se manifesta contra o casamento gay e prometeu mover ação de inconstitucionalidade contra o STF e o CNJ por causa do casamento gay”.

Dep. federal João Campos (PSDB/GO): Foi lembrado pelo mais polêmico de seus projetos: “Este tucano é autor do Decreto Legislativo PDC 234/11, que visa suspender artigos de resolução (Resolução 1/99) do Conselho Federal de Psicologia que proíbem psicólogos de propor tratamento da homossexualidade, o chamado ‘cura gay’”.

Pr. e Dep. federal Marco Feliciano (PSC/SP): A publicação diz que o deputado é “dono de sua própria rede de igrejas” e “conhecido por suas declarações racistas e homofóbicas”. Feliciano já esteve em listas anteriores da revista, e afirma que o pastor “galgou a presidência da Comissão de Direitos Humanos na Câmara para pregar sua fé e defender projetos como o da ‘cura gay’ e a derrubada da decisão do Conselho Nacional de Justiça que permitiu o casamento gay em todo o país”. Segundo a Lado A, Marco Feliciano seria o autor de um projeto para a criação do “Dia do Orgulho Hétero”.

Dep. federal Jair Bolsonaro (PP/RJ): é classificado como o “autor de termos como ‘Ditadura Gay’ e ‘Cartilha gay’” e suas frases foram o principal mote de sua indicação, segundo a revista: “Ele quem começou toda esta onda de usar a mídia com declarações homofóbicas para se auto promover. Apesar de discreto nos últimos tempos, ele e seus filhos, um é vereador e outro deputado no Rio, não perdem uma chance de fazer chacota com homossexuais e a posar de macho alpha”, diz o texto.

Dep. federal Anthony Garotinho (PR/RJ): A atuação do ex-governador na questão do chamado “kit gay” foi alvo da ira dos ativistas gays: “Chegou a chantagear o governo federal para a retirada do Kit Escola Sem Homofobia, causando uma crise no governo. O kit foi retirado e até hoje as escolas não possuem um programa de combate a discriminação e ao bullying. O deputado vota contra todo projeto de lei a favor da comunidade gay e articula com a bancada evangélica as ações, mas não coloca mais a cara à frente na maioria das vezes, já que tem ambições políticas grandes”.

Marisa Lobo, psicóloga: integra a lista por defende publicamente a “reversão da homossexualidade”. A publicação diz que a psicóloga “afirmou que não considera a homossexualidade normal”.

Joelma Mendes, da Banda Calypso: A cantora, declaradamente evangélica, foi incluída por suas declarações contrárias ao casamento gay: “Disse que conhece pessoas que deixaram de ser homossexuais, mas que a recuperação era como a de drogados, e que a Bíblia diz que não é correto ser gay”.

Emerson Eduardo Rodrigues Setim, blogueiro: foi condenado por crimes de ódio e preconceito, e foi indicado por ser um dos autores de um blog que, segundo a revista, “defendia a pedofilia, estupro de lésbicas, e outros pensamentos racistas e homofóbicos”.

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Fonte: GM

EVANGÉLICOS SÃO O MAIOR DESAFIO DO PAPA, DIZ IMPRENSA INTERNACIONAL

A imprensa internacional tem destacado a visita do papa Francisco ao Brasil durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) sob dois aspectos. A primeira viagem internacional do pontífice será ao país com maior número de católicos no mundo, e que também é palco da maior taxa de crescimento dos evangélicos, superando 60% na primeira década do novo século.

A revista norte-americana Newsweek destaca que “a primeira grande viagem internacional de Francisco é carregada de significado para uma igreja em tumulto”, fazendo referência aos escândalos de pedofilia e má gestão financeira, que conturbam a já tumultuada Igreja Católica, que tem perdido fiéis devido à sua “liturgia desatualizada”.

Segundo a mesma publicação, o crescimento dos evangélicos enfraqueceu ainda mais a Igreja Católica no país: “No Brasil, nominalmente, o maior país católico do mundo, as lutas da Igreja têm proporcionado uma abertura para igrejas evangélicas protestantes, cujos televangelistas cortejam os pobres e esquecidos em templos que se espalharam como franquias de fast-food”.

Citado pela revista como uma das cartas na manga do Vaticano para estancar a perda de fiéis, padre Marcelo Rossi afirma que a Igreja Católica precisa se mexer: “Nós não podemos sentar e esperar que as pessoas venham à igreja”, diz ele. “A igreja tem que chegar e trazer as pessoas de volta”.

Porém, a ideia de que a visita do papa ao Brasil possa reverter a perda de fiéis é questionada por outros veículos de imprensa. Na França, o jornal Le Monde publicou uma matéria especial sobre a viagem de Francisco para a JMJ e sua missão de reconquistar o público.

“De um lado, ela [a Igreja Católica] não conseguiu evitar sua erosão numérica diante das igrejas evangélicas, cuja inventividade, proximidade e dinâmica de crescimento não cessam de preocupar os bispos. De outro lado, ela teve sua imagem prejudicada pelos escândalos de pedofilia e corrupção em série”, constata o jornal francês.

As estatísticas são apontadas como evidência do crescimento e da força das igrejas evangélicas: “Enquanto eram apenas 6,6% da população em 1980, os evangélicos, em seu conjunto, passaram para quase 25% da população, ou seja mais de 16 milhões de novos fieis”.

O jornal destaca ainda que, apesar da estratégia do papa em visitar lugares onde a Igreja Católica é ausente, como Guaratiba e Varginha, comunidades carentes do Rio de Janeiro, o desafio se faz maior pela falta de padres na denominação. Segundo o Le Monde, o déficit de sacerdotes chega a 20 mil só no Brasil.

“Em termos de estratégia, o papa Francisco escolheu visitar duas localidades do Rio de Janeiro – Guaratiba no Oeste e a favela de Varginha na zona Norte – onde os evangélicos proliferam. Dois lugares onde, como em tantos outros, a Igreja Romana parece distante, quando não ausente. Lugares que permitirão medir o tamanho da tarefa a ser executada pelo novo papa nesse que ainda é, apesar de tudo, o maior país católico do planeta”, conclui o jornal.

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Fonte: GH