Após a polêmica em torno da psicóloga cristã Marisa Lobo, a Frente Parlamentar Evangélica está propondo um projeto de decreto legislativo para suspender dois artigos do código de ética do Conselho Federal de Psicologia que proíbem os psicólogos de emitir opinião pública e de tratar a homossexualidade como um transtorno.
O deputado João Campos (foto), do PSDB de Goiás, presidente da Frente Parlamentar Evangélica e autor do projeto afirmou que quando o Conselho Federal de Psicologia elaborou seu código de ética, em 1999, “extrapolou seu poder regulamentar” ao “restringir o trabalho dos profissionais e o direito da pessoa de receber orientação profissional”, de acordo com informações da Folha.
O presidente do Conselho Federal de Psicologia entende que o decreto legislativo não tem poder sobre o órgão, e afirma que o código possui normas elaboradas para combater uma “intolerância histórica”, em relação aos homossexuais.
Para o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLBT), Tony Reis, homossexualidade não deve ser objeto de tratamento e o que precisa ser curado é a “síndrome de patinho feio”, pois para ele, o que leva um homossexual a buscar tratamento psicológico é o preconceito.
O relator do projeto, o deputado e pastor Roberto de Lucena (PV-SP) é cruel deixar “um homem em conflito” sem orientação de um psicológico. Ele defende que o projeto seja debatido em audiências públicas, após a análise da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados.
Fonte: Gospel+