Mais três pessoas foram flagradas andando pelas por vias importantes de Porto Alegre – Reprodução-Doni Maciel/Fatopress/Estadão Conteúdo-Reprodução/Rede Record
PROTESTOS E PROBLEMAS MENTAIS ESTÃO ENTRE OS MOTIVOS; OUTROS DOIS CASOS FORAM REGISTRADOS
Despidas de preconceito em relação à nudez, mais duas pessoas foram flagradas circulando sem roupas pelas ruas da capital gaúcha no último domingo (9). Na avenida Carlos Gomes, conhecida com Terceira Perimetral, via importante e bem movimentada que atravessa Porto Alegre de norte a sul, um ciclista caminhou nu em um protesto solitário.
Nas imediações do Palácio Piratini, no centro da cidade, uma corredora foi vista usando nada mais do que boné e tênis. As câmeras de monitoramento das ruas por onde ela passou não estavam funcionando. A Brigada Militar informou que não foi chamada para atender a ocorrência. Ao contrário de outros casos recentes, tanto a jovem quanto o homem não apresentavam sinais transtorno ou desorientação mental.
Coincidência ou não, um evento chamado de “Corrida pelada na Carlos Gomes” foi marcado no Facebook para a mesma data. Dezesseis mil internautas foram convidados para a “maratona nudista”, que teve, no ambiente digital, a confirmação de 3.500 pessoas. A proposta carregava um cunho social. “Vamos levar alimentos não perecíveis ou brinquedos para doação”, pediu o organizador do evento em post na rede social.
Na vida real, a adesão foi bem mais modesta. Em novo post publicado na página do evento na noite de domingo, o organizador agradeceu “aos poucos que compareceram, que curtiram, que compartilharam, que de qualquer forma se envolveram” com a causa. Ele justificou: “Pouco a pouco vamos conquistando nosso espaço. Tudo é um processo, uma construção. Não se muda o mundo da noite para o dia.”
Apesar da baixa participação, ele considerou o “saldo positivo”, já que alimentos foram recolhidos e serão doados para um asilo da cidade.
“Não contrario os poucos que foram e que não ficaram nus, embora estivessem lá para isso. Eu os entendo, pois também não fiquei nu. Havia um batalhão de jornalistas e fotógrafos. Ninguém quer ser o rosto do evento. Nem eu. Poucos sabem lidar com toda essa exposição. De qualquer forma vejo que o saldo foi positivo.”
Otimista, ele apostou, segundo o texto, que o “movimento só tende a crescer” e avisou que outros eventos virão.
“Percebo que há um número significativo de pessoas que compartilham desta filosofia, de entender o nu como algo humano e natural. Talvez falte a essas pessoas um estímulo, ou quem sabe uma oportunidade para dar um passo a frente.Conheci muitas pessoas, cada qual com o seu motivo para ter estado lá. O movimento só tende a crescer. É uma obra coletiva. Estamos nos reunindo, nos conhecendo e nos organizando.”
Fonte: R7.com – Continue lendo clicando AQUI