GOVERNO REDUZ PREVISÃO DO PIB PARA 0,9%, O PIOR NÍVEL EM CINCO ANOS

 

O governo revisou, mais uma vez, a projeção para o crescimento do país. O cenário de fragilidade da economia, com a atividade em diversos setores apresentando sucessivas quedas, levou à queda na estimativa oficial para o Produto Interno Bruto (PIB), de 1,8% para 0,9%, o pior nível dos últimos cinco anos. Essa é a segunda revisão no ano: no início de 2014, a previsão era de uma expansão de 2,5%. Os dados são do quarto Relatório Bimestral, divulgado ontem pelo Ministério do Planejamento.

Para tentar equilibrar as contas, o governo recorreu ao Fundo Soberano, uma poupança criada para momentos de crise. O saque previsto até o fim do ano é de R$ 3,5 bilhões. Em 2012, essa alternativa já havia sido utilizada. À época, foram retirados R$ 8,8 bilhões.

Os dividendos, a parte do governo no lucro das estatais, também devem dar um empurrãozinho. A projeção foi aumentada em R$ 1,5 bilhão, o que deve resultar em um total de R$ 25,4 bilhões relativos a essa rubrica no fim de 2014. Dessa forma, a expectativa para receitas extraordinárias, no total, foi aumentada em R$ 9,5 bilhões. Destes, R$ 3 bilhões devem vir do Refis.

No relatório anterior, a previsão de receitas extraordinárias de agosto a dezembro era de R$ 27 bilhões, dos quais R$ 18 bilhões em função do Refis. Assim, a previsão é de que R$ 21 bilhões sejam arrecadados com o parcelamento dos débitos tributários das empresas com a Receita Federal. O governo conta com esse programa para reequilibrar o resultado fiscal. Boa parte do dinheiro deveria ter entrado em agosto, já que uma parte da dívida deveria ser adiantada, à vista. Hoje, o Fisco deve divulgar o resultado para o mês.

Mesmo com a alteração para o crescimento de 2014, os dados oficiais não trazem nenhuma modificação na meta de superávit primário, a economia que o governo se compromete a fazer para pagar os juros da dívida pública. A última divulgação oficial previa um resultado primário equivalente a 1,9% do PIB. A expectativa para a inflação e para o câmbio continuam as mesmas do relatório anterior. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ficar em 6,2%. O câmbio, em R$ 2,29.

REALIDADE Apesar da revisão, a expectativa para o PIB não convence o mercado. Após dois trimestres seguidos de recuo no indicador de crescimento do PIB, a projeção dos analistas é de que a economia cresça em torno de 0,3%, segundo relatório Focus do Banco Central. Há quem espere que o crescimento fique estagnado este ano, em zero.

“Essa estimativa do governo ainda é alta. O máximo que podemos conseguir para este ano, sendo otimista, é 0,5%. Os indicadores de produção industrial e varejo não estão bons. A indústria até teve uma recuperação, mas a base foi muito baixa”, analisou a professora Margarida Gutierrez, especialista em contas públicas da Fundação Getulio Vargas (FGV). Para ela, diante do atual cenário, não há chances de cumprimento da meta de superávit primário. “Mesmo considerando receitas extraordinárias da telefonia, antecipação de dividendos, Fundo Soberano, não devemos passar de 0,9% do PIB”, completou.

DECLARAÇÃO DE MARINA SOBRE PASSAR FOME DEIXA DILMA E AÉCIO SEM AÇÃO

Fonte: Terra

“Sei o que é passar fome.”

Como criticar ou ironizar uma declaração tão contundente?

Ao mergulhar de cabeça na apelação emocional, e ressaltar em seu programa eleitoral na TV que viveu uma infância miserável, sentindo no estômago (e na alma) o que é não ter comida na mesa, Marina Silva evaporou o boato de que acabaria com o Bolsa Família e, de quebra, se lançou a um pedestal quase inatingível.

Como Dilma e Aécio podem contra-atacar? Como criticar a representante de uma realidade que foi — e ainda é — conhecida intimamente por milhões de brasileiros.

A petista não poderá repetir que a candidata do PSB se faz de ‘coitadinha’. O tucano pensará duas vezes antes de acusar a ex-senadora de ser vitimista.

Não dá para desqualificar quem assume ter passado fome. Seria uma atitude vista como desumana e cruel. Bombardear Marina por sua declaração dramática poderia ofender milhões de outras pessoas que também já conheceram (ou ainda sentem) a fome.

Em campanha eleitoral sempre se discute os limites da baixaria, da troca de ofensas, do terrorismo psicológico contra o eleitor. Com Marina, a discussão avança para o campo da emoção. Há um limite para a manipulação emocional?

Por ironia da história, ou, se preferir, do destino, essa guerra eleitoral faz Marina Silva se aproximar virtualmente cada vez mais de Lula, seu ex-mentor e agora novo desafeto.

Na ânsia por se eleger, ambos usaram a origem pobre, o preconceito social e a superação pelo próprio esforço como estandarte da campanha à Presidência da República.

Nos dois casos, a pobreza foi vendida quase como uma virtude, como se ela os fizesse mais merecedores da vitória do que, por exemplo, um candidato de classe média que nunca sentiu a barriga vazia.

“Sei o que é passar fome.”

Depois dessa frase-slogan, não há como apelar mais profundamente ao emocional do telespectador-eleitor.

Ou há?

MARINA: ‘GOVERNO DO PT MANTEVE QUADRILHA NA PETROBRAS’

CANDIDATA DO PSB À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA EVITOU RESPONSABILIZAR DIRETAMENTE A PRESIDENTE E ADVERSÁRIA DILMA ROUSSEFF PELO ‘PETROLÃO’

A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, voltou a responsabilizar nesta segunda-feira o governo federal pelos escândalos que assolam a Petrobras. “Quem manteve toda essa quadrilha que está acabando com a Petrobras foi o atual governo, que, conivente, deixou que todo esse desmando acontecesse em uma das empresas mais importantes do país”, disse.

Marina, entretanto, evitou responsabilizar diretamente a presidente e adversária na disputa eleitoral Dilma Rousseff (PT). “A presidente tem responsabilidades políticas. Eu não seria leviana de dizer que ela tem responsabilidade direta pessoalmente. Prefiro que as investigações aconteçam.”

Veja a matéria completa CLICANDO AQUI

PARA O PT, SEM AÉCIO, MARINA VENCERIA NO 1º TURNO

PT AVALIA QUE SE AÉCIO DESISTIR, MARINA SILVA VENCERÁ NO PRIMEIRO TURNO

Sempre que Aécio Neves (PSDB) critica Marina Silva, o comitê de Dilma (PT) celebra. E não é porque ajuda a “desconstruir” a candidata do PSB, mas porque torna mais distante a possibilidade de um acordo que tira o sono da cúpula do PT: Aécio desistindo da candidatura, ainda no primeiro turno, para apoiar Marina. Projeções do PT indicam que o impacto dessa aliança poderia levar Marina a vencer no primeiro turno.

Mesmo em dificuldades nas pesquisas, e com a tendência de perder ainda mais eleitores para o “voto útil”, Aécio Neves não cogita desistir.

Esta semana, mesmo sem que isso tenha sido anunciado ou noticiado, Aécio negou que pretenda desistir. Disse estar na briga “para ganhar”.

PT e PSDB se uniram na pancadaria contra Marina, na tentativa de estancar seu crescimento. O excesso poderá “vitimizar” a candidata.

Político experiente e avesso a baixarias, o vice-presidente Michel Temer diverge da estratégia da porrada: “Não vejo necessidade disso”. Leia na Coluna Cláudio Humberto.

MAR DE LAMA AMEAÇA A PETROBRAS

A exemplo de Lula no caso do mensalão em 2005, quando Dilma dirá que foi traída e pedirá desculpas aos brasileiros pelo escândalo do mar de lama que entope os dutos da Petrobras, ameaçando tragar a maior empresa do continente? No mínimo, é o que se espera dela, ex-ministra das Minas e Energia, ex-presidente do Conselho de Administração da Petrobras, e presidente da República em final de mandato. Digamos que Dilma compete com Lula para ver quem foi mais feito de bobo por seus subordinados. A auxiliar de mais largo prestígio nos oito anos de Lula no poder, a presidente eleita sem jamais ter sido, sequer, síndica de prédio, Dilma foi surpreendida, assim como o seu mentor, pelo escândalo do mensalão – o pagamento de propina a deputados federais para que votassem conforme a vontade do governo.

Foi surpreendida de novo quando chefiou a Casa Civil da presidência da República e ficou sabendo que um dos seus funcionários confeccionara um dossiê sobre o uso de cartões corporativos pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e sua mulher, dona Ruth. Dilma pediu desculpas ao casal. O autor do dossiê conseguiu manter-se na órbita do serviço público. Outra vez, Dilma foi surpreendida pela suspeita de malfeitos praticados por Erenice Guerra, seu braço direito na Casa Civil e, mais tarde, sucessora no comando do ministério. Na ocasião, Dilma estava em campanha pela vaga de Lula. Para evitar danos à sua candidatura, Erenice pediu demissão. Dali a dois anos, a Justiça a inocentou por falta de provas de que roubara e deixara roubar.

Quase ao término do seu primeiro ano de governo, batizada por assessores de “a faxineira ética”, Dilma degolou seis ministros de Estado. Pesaram contra eles acusações de corrupção publicadas pela imprensa. De lá para cá, ministérios e cargos públicos foram entregues por Dilma aos ex-ministros degolados ou a grupos políticos ligados a eles. A “faxineira ética” baixou à sepultura. Por ora, Dilma está atônita e se recusa a falar sobre o mais novo escândalo que bate à sua porta. Paulo Roberto Costa, chamado de Paulinho por Lula, preso em março último pela Polícia Federal como um dos cérebros da quadrilha acusada de roubar a Petrobras, começou a contar o que sabe – ou o que diz saber. Em troca, quer o perdão judicial para não ter que amargar até 50 anos de cadeia.

Dilma sabe muito bem quem é Paulinho, nomeado por Lula em 2004 para a diretoria de Abastecimento da Petrobras. Saiu dali só em 2012. No período, compartilharam decisões, algumas delas, responsáveis por prejuízos bilionários causados à Petrobras.Dilma mandou diretamente na empresa enquanto foi ministra das Minas e Energia e chefe da Casa Civil. Manda, hoje, via o ministro Edison Lobão, das Minas e Energia. Lobão foi citado por Paulinho como um dos políticos integrantes da mais nova e “sofisticada organização criminosa” da praça, juntamente com mais seis senadores, 25 deputados federais e três ex-governadores. A organização superfaturava licitações da Petrobras e desviava dinheiro para um caixa que financiava campanhas de políticos da base de apoio ao governo. Por suposto, nem Lula nem Dilma sabiam disso.

O que é mais notável: entra campanha e sai campanha da Era PT, e os adversários do governo são acusados por Lula e Dilma de se valerem da Petrobras como arma política. Pois bem, debaixo do nariz deles, camaradas deles usaram a Petrobras como arma para enriquecer.

Por Ricardo Noblat

PT ADMITE DANOS À CAMPANHA DE DILMA COM DELAÇÃO DE EX-DIRETOR DA PETROBRAS

Os dirigentes do PT admitiram nesta sexta-feira (5) que a revelação dos nomes apontados pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa nos esquemas de desvios e lavagem de dinheiro pode deixar a candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) na defensiva nestes próximos dias.
De acordo com a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, a torcida dos aliados da presidente é para que o impacto da denúncia se dilua entre os parlamentares citados pelo ex-diretor da estatal.
Porém, o envolvimento de políticos da base da presidente certamente irá prejudicar a campanha.
Dilma tentará, segundo auxiliares, retomar o discurso de combate à corrupção e evocar a “faxina ética” como fizera no início de seu governo, em 2011, quando afastou seis ministros.
Já o comitê de Aécio Neves (PSDB) ficou animado com os possíveis danos se estenderem à candidatura de Marina Silva (PSB/Rede), principalmente com a delação do nome de Eduardo Campos, antigo presidente nacional da sigla. Bahia Notícias

SENSUS: MARINA ESTÁ EMPATADA COM A PRESIDENTE DILMA

A primeira pesquisa realizada pelo Instituto Sensus depois da morte do presidenciável Eduardo Campos (PSB) e com a entrada de Marina Silva na disputa mostrou que, mesmo com a candidata atraindo votos de indecisos e dos que querem mudanças, a eleição não está definida, já que 44,4% dos eleitores admitiram poder mudar de voto até a eleição. A pesquisa foi publicada na revista Istoé.

Com menos de um mês de campanha, Marina tem 29,5% das intenções de voto no primeiro turno, empatada tecnicamente com a presidenta Dilma Rousseff (PT), que tem 29,8% das intenções de voto. Em um eventual segundo turno, Marina venceria Dilma, com 47,6% contra 32,8% dos votos válidos, uma diferença de 14,8 pontos percentuais. Já Aécio Neves (PSDB) caiu 6,2 pontos percentuais em relação à última pesquisa, passando de 21,4% para 15,2%. Numa simulação de segundo turno com a candidata petista, Dilma aparece com 39,3% ds votos enquanto Aécio aparece com 35,4%.

INFLAÇÃO AVANÇA 0,25% EM AGOSTO E ESTOURA (DE NOVO) TETO DA META

20140526101851_54923490

SEGUNDO IBGE, EM 12 MESES ATÉ AGOSTO O IPCA ACUMULOU ALTA DE 6,51%. NO ANO, PREÇOS JÁ SOBEM MAIS DE 4%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acelerou 0,25% em agosto, depois de ficar estável em julho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. O indicador prévio (IPCA-15) do mês havia desacelerado para 0,14%. Em agosto do ano passado, a inflação variou 0,24%.

Com isso, o acumulado em doze meses é de 6,51%, pouco acima dos 6,50% registrados no mesmo período até julho. Assim, o indicador ultrapassou, de novo, o limite da inflação “aceitável” pelo governo, cuja meta vai de 2,5% (mínimo) a 6,5% (máximo), com centro de 4,5%. Em junho, ele já havia batido 6,52% na mesma base de comparação. No acumulado dos oito primeiros meses do ano, a alta é de 4,02%

IBOPE: DILMA TEM 37% E MARINA, 33%

candidatos-marinaPETISTA CRESCE TRÊS PONTOS EM UMA SEMANA, MAS CANDIDATA DO PSB SOBE QUATRO. NA SIMULAÇÃO DO SEGUNDO TURNO, EX-SENADORA BATE DILMA COM 46% A 39%. REJEIÇÃO A DILMA CAI CINCO PONTOS

Pesquisa Ibope divulgada na noite desta quarta-feira (3) reforça o cenário de polarização entre as candidatas Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) e queda do tucano Aécio Neves. Dilma recuperou três pontos em uma semana, mas Marina cresceu quatro no mesmo período. A candidata à reeleição aparece à frente, com 37% das intenções de voto, contra 33% da ex-ministra do Meio Ambiente. As duas estão empatadas tecnicamente, já que a margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

Já Aécio perdeu quatro pontos – caiu de 19% para 15%. Pastor Everaldo (PSC) segue com 1%. Os demais sete candidatos somam 2%. A exemplo do levantamento da semana passada, Marina desponta como favorita para vencer a disputa em segundo turno. Na nova simulação, ela tem 46% da preferência; Dilma, 39%. A petista tinha 36% na pesquisa passada, e Marina, 45%.  O percentual de indecisos, no primeiro turno, caiu de 8% para 5%. Já os votos brancos e nulos se mantiveram em 7%.

A pesquisa, encomendada pelo jornal O Estado de S. Paulo e pela Rede Globo, ouviu 2.506 eleitores entre domingo (31 de agosto) e terça-feira (2).

Avaliação do governo

A avaliação do governo Dilma teve ligeira melhora na última semana. Em comparação com o levantamento anterior, subiu de 34% para 36% o percentual de entrevistados que consideram a atual gestão ótima ou boa. E caiu de 27% para 26% o total daqueles que avaliam negativamente a administração. O total dos que acham o governo regular oscilou de 36% para 37%. As variações estão dentro da margem de erro. Em julho, 31% achavam ótima ou boa a gestão de Dilma, e 33%, ruim ou péssima.

A rejeição à petista caiu cinco pontos desde a última semana, de 36% para 31%. O índice dos que não admitem votar em Marina cresceu de 10% para 12%. Os que não aceitam votar em Aécio se mantiveram em 18%.

De acordo com o Estadão, a candidata do PSB tem seus melhores resultados no eleitorado de até 24 anos (37%), com curso superior (37%) e na região Sul (40%). Marina tem o apoio, segundo o Ibope, de 43% dos evangélicos. Dilma, por sua vez, tem melhor aceitação entre eleitores com mais de 55 anos (41%), até quatro anos de estudo (50%) e que vivem no Nordeste (48%).

A pesquisa, que tem intervalo de 95% de confiança, está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-00514/2014.

Fonte: Congresso em Foco