A MISSÃO DE LULA

Merval Pereira, O Globo

A proximidade do julgamento do mensalão parece estar desestabilizando emocionalmente o ex-presidente Lula, que se tem esmerado nos últimos dias em explicitar uma truculência política que antes era dissimulada em público, ou maquiada.

Nessa fase em que trabalha em dois projetos que se cruzam e parecem vitais para seu futuro, tamanha a intensidade com que se dedica a eles, Lula não tem tido cuidados com as aparências, e arrisca-se além do que sua experiência recomendaria.

A eleição de Fernando Haddad para a Prefeitura de São Paulo e a obsessão em desmoralizar o julgamento do mensalão (já que não conseguiu adiá-lo para que seus resultados não interferissem na eleição municipal e, além disso, a prescrição das penas resolvesse grande parte dos problemas judiciais do PT) pareciam as duas grandes tarefas do ex-presidente Lula neste momento.

PRESIDENTE DO PSDB REAGE E ACUSA LULA DE AUTORITARISMO E ARROGÂNCIA

O ex-presidente afirmou que enfrentaria novamente uma disputa presidencial para impedir a volta de um tucano ao comando do país

O presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), classificou, nesta sexta-feira (1º), como uma demonstração de autoritarismo e extrema arrogância adeclaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista em um programa de televisão. Lula afirmou que enfrentaria novamente uma disputa presidencial para impedir a volta de um tucano ao comando do país. Segundo Guerra, não é o ex-presidente que permite ou não que um tucano ou um político de qualquer partido seja eleito presidente da República, mas o povo brasileiro.

“É um sinal grave de desequilíbrio do mesmo ex-presidente que procura ministro do Supremo para evitar o julgamento do mensalão. Não é um presidente que permite que um tucano ou um político de qualquer outro partido governo o país. Quem resolve isso é a população, de acordo com as leis vigentes”, disse Guerra, acrescentando: “São gestos que apontam na direção do autoritarismo e uma atuação que não honra o passado de um ex-presidente. Uma demonstração de extrema arrogância.”
Fonte: Gazeta do Povo

PRESIDENTE DO STF QUER “DEFINIR LOGO” JULGAMENTO DO MENSALÃO

 Dirceu, Delúbio, Genoíno, Silvinho “Land Rover”, Marcos Valério, Duda,
Gushiken e João Paulo, alguns do 38 réus do Mensalão
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ayres Britto, afirmou nesta quarta-feira que é necessário definir “logo” a data do julgamento do mensalão para evitar novos desgastes para o poder Judiciário. Segundo o ministro Ayres Britto, no entanto, uma data somente será estipulada após a o ministro revisor, Ricardo Lewandowski, disponibilizar o processo para pauta de julgamentos. Os ministros esperam há pelo menos três meses o término da revisão de Lewandowski. “Sim. Aí sim (é o caso de definir a data de julgamento para evitar desgaste). É o que estamos tentando. Definir uma data para que a formatação do julgamento se faça de uma vez por todas e, naturalmente, por modo adaptado às possibilidades do próprio relator do ponto de vista físico do ministro Joaquim”, disse Britto. (Último Segundo/Ig)

POLÊMICA: DINAMARCA PROPÔS AO BRASIL EXTINGUIR A POLÍCIA MILITAR

Dinamarca propôs ao Brasil durante sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU a extinção da estrutura nos estados como forma de reduzir a violência policial. 
 
São Paulo – A polêmica a respeito da estrutura policial brasileira e sua relação com violência gratuita e repressiva nada têm a ver com a responsabilidade de uma só instituição policial, ou mesmo, com a herança da ditadura militar, dizem especialistas. Encerrada hoje (30) em Genebra, a série de debates do Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre a situação de cada país sugeriu ao Brasil que acabe com a Polícia Militar. 
 
“Quando se pensa em sistema policial não se pode pensar em uma polícia isolada, ou só a Polícia Militar ou só a Polícia Civil. O mandato de polícia no Brasil é como uma procuração em aberto, é como um cheque em branco. O problema não está no modelo organizacional, está no sistema”, afirmou Jacqueline Muniz, antropóloga e professora da Universidade Cândido Mendes e da Universidade Católica de Brasília.
 
A recomendação partiu da Dinamarca durante a reunião sobre o Exame Periódico Universal (EPU) do Brasil. Durante os debates, todos os países-membros são convidados a apresentar sugestões para melhorar o quadro de direitos humanos nas demais nações. Foram várias as recomendações para que o Estado brasileiro avance no controle dos abusos cometidos pelos policiais. 
 
“Acho que essa recomendação é inadequada. Reflete uma compreensão equivocada da realidade da segurança pública no Brasil. A cultura militar não é a principal causa para a violência policial no Brasil. Não explica a violência extrajudicial, um fenômeno que atinge ambas polícias, Civil e Militar, e reflete muito mais uma cultura autoritária de fazer polícia que é muito recorrente”, defendeu Luiz Flávio Sapori, ex-secretário de Segurança de Minas Gerais e coordenador do Centro de Pesquisas em Segurança Pública da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/MG).
 
Para Jacqueline Muniz, a estrutura do sistema de segurança no Brasil, datada de 1968, passou por poucas mudanças. Ela defende um modelo de repactuação federativa dos mandatos policiais, como ocorreu com a educação e a saúde, que houve uma redistribuição de poder, ou seja, é necessário, segundo ela, que sentem-se à mesa a União, os estados e os municípios para discutir o desenho federativo policial do Brasil contemporâneo.
 
“Essa estrutura político-administrativa permanece quase que inalterada. É preciso discutir as competências da União, dos estados e municípios. Só assim poderá discutir a pertinência dos desenhos dos modelos organizacionais das policias. E dividir quais as competências exclusivas, sobrepostas e partilhadas entre as esferas”, afirmou.
 
Luiz Flávio Sapori defende que a melhor maneira de acabar com a violência policial é a criação de um mecanismo de controle externo da força policial.  “É fortalecer as ouvidorias, hoje muito fracas, dando poder de investigação a elas, um poder de denúncia junto ao Minitério Público Estadual para colaborar com os trabalhos da corregedoria”, disse.

Fonte: Rede Brasil Atual – Patu News

AYRES BRITTO QUER JULGAMENTO DO MENSALÃO EM JUNHO OU AGOSTO

– Publicado por Robson Pires


O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Carlos Ayres Britto (foto), preparou dois cronogramas para o julgamento da Ação Penal 470, o processo do mensalão. No primeiro cenário, o início é previsto para junho, e na segunda opção, o julgamento começa em agosto.
Na primeira simulação, o julgamento começa no dia 4 de junho e termina no dia 22 de agosto, com oito semanas e 105 horas de duração. O recesso de julho é respeitado, mas os ministros têm que trabalhar no feriado de Corpus Christi.
Na segunda hipótese, o julgamento começa no dia 6 de agosto e termina no dia 20 de setembro, totalizando sete semanas. Essa versão prejudica a participação do ministro Cezar Peluso, que tem que se aposentar compulsoriamente até o dia 3 de setembro.
Nos dois cenários, as sessões ocorrem às segundas-feiras, quartas-feiras e quintas-feiras, com 5 horas de duração no período da tarde. Essa disposição de dias foi sugerida ontem pelo relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, que sofre de problemas na coluna e não consegue ficar sentado por muitas horas.
O gabinete do presidente, responsável pelo estudo, ressalta que as simulações têm caráter informal, já que a data oficial só pode ser marcada pelo revisor do processo, ministro Ricardo Lewandowski.

GREVE DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS CONTINUA

– Publicado por Robson Pires


Depois do apelo feito pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, para que os professores das instituições federais de ensino superior suspendam a greve, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES) declarou, no fim da tarde de hoje, que a paralisação continua até que o governo apresente uma nova proposta para suas reivindicações.

A presidente do Andes, Marina Barbosa (foto), afirmou que o fato de o ministro ter feito o apelo demonstra a força da greve, que já conta com a adesão de 44 instituições, apoio de estudantes e discussão entre os docentes. De acordo com Marina, não houve nenhum fato novo que alterasse o curso da paralisação.
“O debate está acontecendo desde agosto de 2010. O dia 31 de março era o prazo definitivo para o governo apresentar a reestruturação da carreira, fechado a partir de um acordo emergencial feito em agosto de 2011. O processo corrido não justifica o atraso que ocorreu, nem a posição irredutível que o governo tem mantido na mesa de negociação. Não apresentaram nenhuma proposta”.

CHICO BENTO PEDE PARA ‘DIRMA’ VETAR CÓDIGO FLORESTAL

 – São Paulo

Mauricio de Sousa criou um quadrinho em que seu famoso personagem Chico Bento pede para a presidente Dilma Rousseff vetar o novo Código Florestal. A presidente tem até a próxima sexta-feira (25) para decidir sobre os possíveis vetos ao projeto aprovado pela Câmara.

Ele começa o quadrinho dizendo “licença, dona Dirma!”.

“A gente num intendi muito das coisa da lei mais intendi da nossa necessidade”, fala o personagem. “I nóis percisa das mata, dos rio, dos peixe… I tá todo mundo achando qui isso vai sê mexido pra pior.”

O apelo foi postado pelo cartunista em seu perfil no microblogo Twitter.

Fonte: Folha.com

“VETA, DILMA” VIRA FEBRE NA INTERNET

– Publicado por Robson Pires


Geralmente, são os vídeos caseiros humorísticos postados no YouTube e no Tumblrs que se tornam virais na internet. Porém, as redes sociais mobilizam cada vez mais adeptos para ações de cunho político. O último e maior exemplo é a campanha Veta, Dilma. Ela dispersa na web o desejo de que a versão do novo Código Florestal, aprovada pela Câmara dos Deputados no fim de abril, seja vetada pela presidente.
No Twitter, as hashtags #vetadilma, #vetatudodilma e #dilmavetatudo, além das frases separadas, foram citadas mais de 34 mil vezes. O fim do prazo para a presidente sancionar o novo código é na próxima sexta-feira.
O burburinho também não para no Facebook. O perfil Veta, Dilma já foi curtido por 10 mil pessoas e, todos os dias, campanhas são compartilhadas e repercutidas pelos usuários.

“VETO PARCIAL SERIA UM ENGODO”, DIZ MARINA SILVA

Marina: “O texto inteiro promove o desmatamento e anistia desmatadores”

A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva defende o veto total da presidente Dilma Rousseff ao Código Florestal e rechaça a possibilidade de que apenas parte do texto seja vetado. “O veto parcial seria um engodo. O texto inteiro promove o desmatamento e anistia desmatadores”, afirmou, na semana passada, apontando como alternativa a apresentação de projetos voltados ao desenvolvimento sustentável. O prazo para que a presidente Dilma se manifeste termina na próxima sexta-feira.
A ex-senadora pelo Acre, que apoia o movimento ambientalista “Veta, Dilma”, disse ainda acreditar que a presidente atenderá ao apelo da maioria da população derrubando a proposta. “O texto do novo Código Florestal é péssimo e deve ser integralmente vetado pela presidente Dilma para atender as expectativas dos mais de 84% dos brasileiros que não querem este texto”, comentou referindo-se à pesquisa do Instituto Datafolha sobre a parcela da população que não votaria em parlamentares favoráveis ao perdão aos desmatadores. A campanha pelo veto total será reforçada pelo Fórum dos Ex-Ministros do Meio Ambiente, criado para discutir o Código.
Futuro político
Questionada sobre a possibilidade de voltar a concorrer a um cargo público, ela declarou não saber dizer se seria novamente candidata. “Hoje, estou em um movimento transpartidário, com várias pessoas, algumas da academia, algumas que pensam da política partidária e outras que não são e não querem saber de partido. E, se isso tiver profundidade para parte se transformar em um partido, pode até ser que no futuro o seja.”
Marina deixou o PV em junho do ano passado e desde então rumores apontam que ela estaria se mobilizando para criar uma nova sigla. “Naquela época, seria muito prematuro criar um partido pensando nas eleições de 2012. A prioridade neste momento é fazer uma discussão sobre a crise política pela qual o Brasil está passando e ver quais saídas se pode apresentar.”
A ex-ministra falou sobre política e Código Florestal na semana passada, em Foz do Iguaçu, quando participou do 2.° Fórum Político Nacional Unimed.
Fonte: Gazeta do Povo

DILMA VETA VENDA DE MEDICAMENTOS EM SUPERMERCADOS

– Publicado por Robson Pires

O Diário Oficial da União publica hoje (18) o veto da presidenta Dilma Rousseff à venda de remédios que não exijam prescrição médica em supermercados, armazéns, empórios, lojas de conveniência e similares.
De acordo com o texto, a liberação dificultaria o controle sobre a comercialização, assim como poderia estimular a automedicação e o uso indiscriminado, prejudicando a saúde pública. A decisão considerou a análise dos ministérios da Saúde e da Justiça.
A possível liberação da venda de medicamentos sem prescrição em supermercados preocupou o setor farmacêutico. O Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de São Paulo (Sincofarma) ameaçou recorrer ao Judiciário, caso a presidenta não vetasse parte do Projeto de Lei de Conversão (PLV) 7/2012.