AÉCIO CRESCE E EMPATA COM MARINA NA CORRIDA ELEITORAL

09_07_35_340_file
Senador Aécio Neves foi o único que cresceu em relação ao levantamento Datafolha de março
José Cruz/16.05.2013/ABr

Candidato do PSDB cresce quatro pontos e tem 14% das intenções de voto

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) cresceu quatro pontos na pesquisa de intenção de votos e empatou com a ex-senadora Marina Silva na corrida pela eleição presidencial do ano que vem, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (9).

Segundo o levantamento, realizado com 3.758 entrevistados e publicado pelo jornal Folha de S. Paulo hoje, o candidato tucano aparece com 14% das intenções de voto, enquanto Marina, atualmente engajada na criação de um novo partido político, a Rede Sustentabilidade, continua no segundo lugar da pesquisa, com 16%. Tecnicamente, Aécio e a ex-senadora estão empatados, já que a margem de erro do levantamento é de dois pontos.

De acordo com a pesquisa, Aécio foi o único que cresceu em relação ao levantamento de março. A reportagem cita que o pré-candidato do PSDB, recém-eleito presidente do partido, foi beneficiado pela exposição intensiva da imagem em propagandas no rádio e na televisão, e pelas críticas à inflação — atualmente, uma das maiores preocupações da gestão de Dilma Rousseff.

A presidente Dilma, por sua vez, continua sendo a favorita para vencer a eleição presidencial do ano que vem, com 51% das intenções totais de voto. Apesar de seu governo ter sofrido queda de popularidade pela primeira vez, a petista venceria o pleito de 2014 no primeiro turno, de acordo com a pesquisa Datafolha.

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), aparece em quarto lugar na pesquisa, com 6% das intenções de voto. O índice é o mesmo obtido por ele no último levantamento.

A liderança de Dilma na corrida eleitoral é ainda maior na região Nordeste, onde ela tem 59% das intenções de voto. A região favorece também Eduardo Campos, que obtém índice de dois dígitos na pesquisa, 12%.

Considerando os recortes por renda, idade e escolaridade, Dilma tem o pior desempenho entre os eleitores que declaram ter ensino superior: 34%. Nesse grupo, a eleição seria mais apertada, pois Marina teria 29% e Aécio, 19%.

O Datafolha também fez simulações da disputa com os nomes do ex-presidente Lula e do atual presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa.

De acordo com a pesquisa, Lula, que afirma não ter intenção de disputar em 2014, teria mais favoritismo que Dilma, com 55% das intenções.

Já Barbosa, cuja popularidade aumentou por ter presidido o julgamento do mensalão, teria 8%.

A pesquisa espontânea dá pistas sobre o grau de interesse dos eleitores a um ano e quatro meses do pleito. Ao perguntar pelo candidato preferido sem apresentar nomes de eventuais concorrentes, 50% dos eleitores disseram que ainda não sabem em quem votar.

Nesse tipo de apuração, Dilma é citada por 27% dos eleitores (eram 35% em março); Lula é mencionado por 6%; Aécio, por 4%.

Queda na popularidade

De março para cá, Dilma Rousseff caiu sete pontos percentuais nas intenções de voto. Já a avaliação da gestão como “boa” ou “ótima” sofreu uma queda de oito pontos nos últimos três meses, de acordo com a pesquisa Datafolha, e a aprovação do governo caiu de 65% para 57%.

Essa foi a primeira queda significativa de popularidade de Dilma desde o início de seu mandato, em janeiro de 2011. Já a porcentagem de pessoas que consideram o governo regular subiu de 27% para 33% e o índice daqueles que avaliam a gestão como ruim ou péssima saltou de 7% para 9%.

Fonte: R7.com

MARINA SILVA E SEUS DESAFIOS

Falta apenas 9 dias para que o sonho da ex-ministra e ex-senadora Marina Silva de ver a Rede Sustentabilidade disputar a eleição de 2014 se torne realidade, ou não. O partido já reúne cerca de 463. 146, das 500.000 assinaturas necessárias para protocolar o pedido de registro junto ao Tribunal Superior Eleitoral – TSE.

Caso o sonho se torne realidade, a nova legenda será a 33ª sigla partidária no país.

Marina Silva disputou pelo PV as últimas eleições presidenciais, onde conseguiu grande número de eleitores, tornando-se o destaque da eleição. Após deixar o PV, Marina ganhou o apoio de várias lideranças políticas do pais, inclusive, o apoio de Heloisa Helena (ex-PSOL).

Marina é defensora da sustentabilidade, muitos dos seus eleitores foram justamente adeptos dessa causa, como também evangélicos que não aceitavam o fato de que tanto o PT, como o PSDB apoiavam as causas homossexuais e a legalização do aborto no Brasil. O PV é um dos maiores defensores da descriminalização da maconha…

 

AÉCIO É ELEITO PRESIDENTE DO PSDB COM 97,3% DOS VOTOS DO PARTIDO

Do total de 535 votos da eleição partidária, senador mineiro obteve 521.
Delegados tucanos participaram de convenção nacional neste sábado.

Com 97,3% dos votos dos integrantes do partido, o senador Aécio Neves (MG) foi eleito neste sábado (18) presidente nacional do PSDB. A convenção nacional da legenda oposicionista lotou o centro de convenções de um hotel de Brasília. Segundo a assessoria da sigla, entre governadores, parlamentares, prefeitos e militantes, cerca de 4 mil tucanos compareceram ao evento partidário.

Senador Aécio Neves (MG) é saudado por correligionários durante convenção nacional do PSDB em Brasília, neste sábado (18) (Foto: Ed Ferreira/ Estadão Conteúdo)

Potencial candidato do PSDB à Presidência da República em 2014, Aécio obteve 521 dos 535 votos dos delegados eleitos para escolher o sucessor do deputado federal Sérgio Guerra (PE) no comando do partido. O presidente do PSDB tem como função liderar as ações da sigla em época de eleição, administrar divergências internas e articular alianças nacionais e regionais.

Em um discurso de 25 minutos (veja íntegra), Aécio agradeceu a presença da militância e o voto de confiança para que ele conduza o partido em meio à eleição presidencial de 2014. Ovacionado pelos correligionários, o parlamentar mineiro teceu uma série de críticas à administração petista no governo federal e avaliou as dificuldades que a oposição irá enfrentar na tentativa de derrotar Dilma nas urnas.

“Não será fácil a nossa missão, mas está longe de ser impossível. Não vamos enfrentar apenas um partido, mas um partido que se encastelou no poder”, afirmou. “Hoje, vocês podem imaginar, é um dia diferente. Hoje, presidente Fernando Henrique, não realizamos apenas mais uma convenção. Hoje, nós nos reencontramos com a nossa história”, disse.

A eleição que alçou Aécio ao principal posto do PSDB reuniu os principais expoentes da legenda, inclusive o ex-governador paulista José Serra, um dos principais rivais do novo presidente do PSDB, e o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso. Aliados históricos do DEM e PPS também prestigiaram o evento.

Fernando Henrique Cardoso ficou sentado à direita do senador mineiro, na primeira fila do palco reservado aos dirigentes, durante todo o evento. Já na cadeira posicionada à esquerda de Aécio estava o governador de São Paulo,Geraldo Alckmin, tucano que administra o estado mais populoso e rico do país.

Ainda que, oficialmente, a eleição tucana fosse apenas um evento de troca de comando interno, ela ganhou ares de campanha eleitoral para a corrida pelo Palácio do Planalto. Praticamente, todos os oradores aproveitaram os holofotes para defender a candidatura de Aécio para a sucessão da presidente Dilma Rousseff e criticar a gestão do PT.

PSDB tem hoje a terceira maior bancada na Câmara dos Deputados, com 49 representantes, e 12 parlamentares no Senado, mesmo número de cadeiras ocupadas pelo PT – atrás apenas do PMDB, que possui 20 senadores. O partido é a principal sigla da oposição nas duas Casas. Nas cinco regiões do país, os tucanos têm oito governadores eleitos, incluindo o estado de São Paulo, unidade federativa mais populosa e rica.

Fonte: Do G1

 

MARINA SILVA SE REUNIU HOJE COM O PRESIDENTE DO STF, MINISTRO JOAQUIM BARBOSA

A batalha pela democratização da democracia continua em curso. Hoje, Marina Silva e parlamentares que apoiam a criação do partido Rede Sustentatabilidade têm reunião marcada com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, às 18h. A conversa tem como objetivo apresentar os argumentos que demonstram o casuísmo e a postura antidemocrática do governo ao articular a aprovação do Projeto de Lei que acaba com o fundo partidário e o tempo de TV para os novos partidos.

Depois de aprovado na Câmara, o PL 4470/12, do deputado Edinho Araújo (PMDB-SP), teve sua tramitação suspensa pelo ministro do STF, Gilmar Mendes, no último dia 24, mesmo data em que a proposta enfrentava a resistência de senadores – alguns da própria base governista – para ser votada.

Na ocasião, Pedro Simon (PMDB-RS) defendeu com veemência na tribuna sua posição contrária à aprovação do projeto. Em seu discurso, ele comparou a articulação do governo para a aprovação da proposta ao Pacote de Abril de 1977, imposto pelo então presidente Ernesto Geisel. “Isso que está aí é um Pacote de Abril de quinta categoria. Havia uma ditadura, um ato institucional, havia cassações, havia marechais, havia todo mundo”, afirmou Simon. À época, a medida criou a figura do senador biônico para impedir a vitória do MDB, o único partido de oposição.

Com Marina Silva, ele e seu colega de casa Rodrigo Rollemberg, além dos deputados federais Antônio Reguffe, Alfredo Sirks, Walter Feldman, Domingos Dutra, Roberto Freire, Paulinho da Força e o deputado distrital Joe Valle, farão o mesmo hoje diante de Joaquim Barbosa. Defenderão a democracia com a convicção de que o plenário do STF, ao avaliar a decisão de Gilmar Mendes, primará pelo bom senso.

#golpenão! Vamos #democratizar a democracia!

Fonte: Site Brasil em Rede

DEPUTADOS: ESCOLHAM O SEU PARTIDO

Estão em formação no país 27 partidos, além da Rede, de Marina Silva, e do Solidariedade, do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP). A maioria, na fase de coleta de assinaturas e checagem nos cartórios eleitorais. Apenas um, o PLB (Partido Liberal Brasileiro), já pediu ao TSE seu registro. Há partidos para todos os gostos, como o PSPB: Partido dos Servidores Públicos e dos Trabalhadores da Iniciativa Privada. Tem a volta da Arena (Aliança Renovadora Nacional) e dois PMBs, um para as Mulheres do Brasil e outro para os Militares do Brasil. Tem também o PEC, o Partido Ecológico Cristão, e o PN, cuja sigla quer dizer, simplesmente, Partido Novo. Que tal?
Fonte: Ilimar Franco, O Globo 
 Já imaginaram 27 partidos a mais…?

SENADOR PAULO DAVIM (PV-RN) ASSINA FICHA DE APOIO À CRIAÇÃO DA REDE SUSTENTABILIDADE

Reunidos no gabinete do senador Pedro Simon (PMDB-RS), senadores e deputados que apoiam a #Rede Sustentabilidade, com parlamentares do PSB, PDT, PSDB, PV, PMDB, PSOL e PPS

Deputado Federal Domingos Dutra (PT-MA), deputada Rosane Ferreira (PV-PR), senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), senador Aécio Neves (PSDB-MG), senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Marina Silva, senador Pedro Simon (PMDB-RS) e deputado Walter Feldman (PSDB-SP).

MARINA SILVA E O NOVO ATIVISMO

A Rede busca trabalhar com quem não deseja ser apenas observador da política tradicional e não aceita os partidos tais quais eles estão aí, monopolizando a cena e jogando um jogo de cartas marcadas e acordos espúrios

Em recente ato público, com o objetivo de mobilizar voluntários para buscar as assinaturas necessárias para a criação da Rede, Marina Silva declarou: “Vivemos uma crise de múltiplas crises, uma crise civilizatória que não é fácil de ser enfrentada”. A ex-senadora e ex-ministra destacou que estamos vivendo um momento muito sério e que a crise não é só do Brasil, e sim uma crise mundial, gerada pela busca do poder pelo poder, do dinheiro pelo dinheiro.

A verdade é que o ativismo tradicional está absolutamente ultrapassado, pois entramos na era do ativismo autoral – em que ninguém mais é mero espectador da política. Nesse contexto, a internet é, ao mesmo tempo, mobilizadora e desmobilizadora. Se, por um lado, são infinitas as possibilidades de articulação da sociedade por meio da web, por outro, corre-se o risco de se criar um ativismo superficial, em que a cidadania se expressa através de um simples clique, mas não é capaz de gerar ações mais concretas para além das casas das pessoas.

No caso da criação de um partido, são necessárias as fichas físicas. A própria natureza nova da proposta partidária de Marina conta apenas com a boa vontade dos voluntários e não envolve esquemas e estruturas públicas, religiosas, sindicais ou corporativas no processo de coleta, como aconteceu na grande maioria dos casos de criação de partidos até aqui.

O projeto de criação da Rede é um bom exemplo dessa dualidade da internet. Nas últimas eleições, Marina claramente mobilizou corações e mentes com a ajuda das redes sociais, e o voto obrigatório transformou essa movimentação em um expressivo resultado eleitoral. Mas será que o voluntariado de hoje em torno do novo partido pode ultrapassar a barreira do clique e fazer com que haja a coleta de assinaturas físicas necessárias para que ele seja criado?

FORA DA ZONA DE CONFORTO

De qualquer maneira, o processo desencadeado pela Rede aqui no Brasil e por outros movimentos espalhados pelo mundo busca trabalhar com quem não aceita ser apenas observador da política tradicional e não aceita os partidos tais quais eles estão aí, monopolizando a cena e jogando um jogo velho, de cartas marcadas e acordos espúrios.

A prerrogativa do ato político tem que ser devolvida ao cidadão, e a busca por um novo modelo de ativismo passa por uma mudança profunda de mentalidade, para podermos nos distanciar do fisiologismo e do pragmatismo que contaminam dos partidos aos movimentos sociais.

A coragem de quem sai da zona de conforto para lutar por ideias que vão contra a corrente e questionar o status quo deve ser valorizada. Esse é, para mim, o verdadeiro novo ativismo, tão necessário nos dias de hoje.

Fonte: Revista Trip – por Alê Youssef

MARINA SILVA TERÁ VENDEDORES PARA CAÇAR ASSINATURAS PARA SEU NOVO PARTIDO, A REDE.

Com dificuldades para conseguir as mais de 500 mil assinaturas necessárias para criar um partido que possa disputar as eleições de 2014, o grupo capitaneado pela ex-senadora Marina Silva resolveu profissionalizar o processo e contratar pessoas para fazer esse trabalho. Até agora, as assinaturas estavam sendo recolhidas apenas por voluntários.

“A ideia é colocar essas pessoas contratadas nas ruas já a partir da semana que vem. A combinação desses dois atores, com a preponderância do voluntariado, é que vai produzir o resultado que esperamos”, afirmou Cássio Martinho, um dos porta-vozes da Rede Sustentabilidade.

Para bancar esse custo extra com a contratação de pessoal, serão realizados eventos para arrecadar fundos. O primeiro deles vai ser um café da manhã, em São Paulo, na próxima quinta-feira. No dia seguinte, em Brasília, haverá um jantar. Os convites estão sendo vendidos a R$ 100. O local escolhido, um restaurante na asa norte da capital federal, tem capacidade para aproximadamente 300 pessoas.

Fonte: Robson Pires

MARINA SILVA: LUZ NO APAGÃO

O sonho de ter 10% do PIB investidos em educação pode se tornar realidade. Ele está no Plano Nacional de Educação (PNE) que a Câmara votou e vai para o Senado.
De fato, 10% do PIB brasileiro não é pouca coisa. Claro, se for apenas distribuído no atual sistema, vai escoar pelos ralos de sempre. Ter recursos sem boa gestão gera até desalento. Mas, com uma política séria, de valorização dos professores e atenção aos alunos, modernização dos processos educacionais, incentivo à inovação, criatividade e inteligência, seria a revolução educacional de que o Brasil precisa e que foi sonhada por Paulo Freire, Anísio Teixeira, Darcy Ribeiro e Rubem Alves.
Sonho herdado por cristovam Buarque e Maria Alice Setubal, que listou na semana passada, aqui na Folha, os consensos necessários a um pacto nacional pela educação.
O noticiário é desfavorável. A greve dos professores universitários se estende sem a devida atenção do governo. É precária a situação das instituições públicas de ensino, do nível básico ao superior. Tristes são os hospitais universitários. É possível mudar? A resposta é sim, basta olhar mais de perto para enxergar mais longe.
A Coreia do Sul era um país pobre, teve uma longa guerra e só a partir de 1987 fez eleições democráticas. Tornou-se, em 25 anos, a 13ª economia do mundo, avançado tecnologicamente, líder na produção de eletrônicos e na indústria naval. Seus 50 milhões de habitantes dividem 99.720 km². Quase todos (99%) são alfabetizados, 97% dos jovens têm o ensino médio concluído e 60% cursam universidades. Por isso, não espanta o seu alto IDH, de 0,897. O crescimento econômico foi precedido e orientado pela construção de um sólido sistema educacional.
Os limites materiais, fixados pela capacidade do planeta, podem ser estendidos pela criatividade ilimitada da cultura. No Brasil, uma população de 190 milhões compartilha 8,5 milhões de km² de terras e 55 mil km² de águas. Tudo é grande, mas, mesmo tendo melhorado nas últimas décadas, ainda estamos longe da Coreia do Sul com nosso IDH de 0,718.
O motivo do atraso? Quando 95% das universidades entram em greve e quase não se percebe é porque o “foco” do país não está na formação da juventude. E todos sabemos que o investimento na educação pode reduzir gastos com saúde e segurança, entre outros efeitos socioeconômicos.
O Brasil pode reter mais uma geração no analfabetismo e na peneira do ensino médio, num longo apagão de força de trabalho qualificada. Ou pode ir pelo caminho certo. A aprovação do PNE reacende as esperanças de velhos e novos sonhadores. E os recursos? Se podemos investir bilhões para acelerar o crescimento a qualquer custo, por que não investir o necessário em educação para frear o atraso?
MARINA SILVA escreve às sextas-feiras nesta coluna.
Fonte: Folha de São Paulo

“VETO PARCIAL SERIA UM ENGODO”, DIZ MARINA SILVA

Marina: “O texto inteiro promove o desmatamento e anistia desmatadores”

A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva defende o veto total da presidente Dilma Rousseff ao Código Florestal e rechaça a possibilidade de que apenas parte do texto seja vetado. “O veto parcial seria um engodo. O texto inteiro promove o desmatamento e anistia desmatadores”, afirmou, na semana passada, apontando como alternativa a apresentação de projetos voltados ao desenvolvimento sustentável. O prazo para que a presidente Dilma se manifeste termina na próxima sexta-feira.
A ex-senadora pelo Acre, que apoia o movimento ambientalista “Veta, Dilma”, disse ainda acreditar que a presidente atenderá ao apelo da maioria da população derrubando a proposta. “O texto do novo Código Florestal é péssimo e deve ser integralmente vetado pela presidente Dilma para atender as expectativas dos mais de 84% dos brasileiros que não querem este texto”, comentou referindo-se à pesquisa do Instituto Datafolha sobre a parcela da população que não votaria em parlamentares favoráveis ao perdão aos desmatadores. A campanha pelo veto total será reforçada pelo Fórum dos Ex-Ministros do Meio Ambiente, criado para discutir o Código.
Futuro político
Questionada sobre a possibilidade de voltar a concorrer a um cargo público, ela declarou não saber dizer se seria novamente candidata. “Hoje, estou em um movimento transpartidário, com várias pessoas, algumas da academia, algumas que pensam da política partidária e outras que não são e não querem saber de partido. E, se isso tiver profundidade para parte se transformar em um partido, pode até ser que no futuro o seja.”
Marina deixou o PV em junho do ano passado e desde então rumores apontam que ela estaria se mobilizando para criar uma nova sigla. “Naquela época, seria muito prematuro criar um partido pensando nas eleições de 2012. A prioridade neste momento é fazer uma discussão sobre a crise política pela qual o Brasil está passando e ver quais saídas se pode apresentar.”
A ex-ministra falou sobre política e Código Florestal na semana passada, em Foz do Iguaçu, quando participou do 2.° Fórum Político Nacional Unimed.
Fonte: Gazeta do Povo