IMPRENSA INTERNACIONAL REPERCUTE DISCURSO DE DILMA

por Agência Estado
Alguns dos principais veículos de comunicação do mundo repercutiram o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff feito na noite desta sexta-feira (dia 21) em cadeia nacional de rádio e TV. Os norte-americanos The New York Times e Washington Post, os britânicos BBC e The Guardian, e o espanhol El País fizeram matérias sobre a fala de Dilma. Para a BBC, ainda é cedo para avaliar os impactos dos protestos na economia brasileira. O Guardian diz que a presidente ouviu os pedidos dos brasileiros que foram às ruas e anunciou mudanças. O The New York Times ressaltou a descrença dos brasileiros nos partidos e disse que Dilma apresentou medidas que respondem a algumas das demandas. O Washington Post disse que Dilma rompeu o silêncio após mais de uma semana de protestos. Já o jornal espanhol El País disse que Dilma convocou cadeia nacional para prometer “uma grande quantidade de serviços públicos”. As informações são da Agência Brasil.

ENTIDADES CRITICAM ‘IMPORTAÇÃO’ DE MÉDICOS

Renata Veríssimo, Estadão
As entidades médicas nacionais divulgaram neste sábado, 22, nota de repúdio ao anúncio da presidente Dilma Rousseff de que médicos de outros países irão ampliar o atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Em carta aberta aos médicos e à população brasileira, a Associação Médica Brasileira (AMB), a Associação Nacional de Médicos Residentes (ANMR), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) manifestam preocupação com a medida e ameaçam ir à Justiça para evitar a entrada de médicos estrangeiros no País. Afirmam que “o caminho trilhado é de alto risco e simboliza uma vergonha nacional”.

 

TSE LANÇARÁ PORTAL INTERNACIONAL NESTA SEGUNDA-FEIRA (24)

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lança, nesta segunda- feira (24), às 18h, o Portal Internacional que está já está no ar, ainda em caráter experimental. O Portal tem como objetivo principal estabelecer um canal de comunicação com os leitores estrangeiros que não falam a Língua Portuguesa, mas que se interessam pela Justiça Eleitoral brasileira. A página pode ser acessada no endereço http://english.tse.jus.br.
No Portal, além de notícias de interesse internacional relacionadas às atividades do TSE e da Justiça Eleitoral como um todo, o internauta pode se inteirar acerca dos 80 anos de história deste ramo especializado do Poder Judiciário, sobre o sistema eletrônico de votação brasileiro, o recadastramento biométrico do eleitor e a legislação eleitoral.
As informações foram publicadas no site do TSE.

Extraído do Blog Caraúbas HotNews

ATIVISTA NORTE-AMERICANO DIZ QUE SEU PAÍS PRECISA DE PROTESTOS COMO OS DO BRASIL

O ativista Robert Kennedy Jr., sobrinho do ex-presidente norte-americano John Kennedy, defendeu nesta sexta-feira (21), durante a realização do Fórum Mundial de Meio Ambiente em Foz do Iguaçu (PR), os protestos que tomaram conta das ruas do Brasil nos últimos dias. “Precisamos disso nos Estados Unidos também. Temos muitas corporações corrompendo a nossa democracia”, disse o advogado, conhecido pela luta contra empresas poluidoras dos rios nos Estados Unidos. Apesar de condenar a violência e o vandalismo nas manifestações em grandes cidades do país, o ativista ambiental afirmou que a população precisa sentir-se parte da democracia. “O que acontece no Brasil é algo muito bom. As pessoas perceberam que têm direito à transparência, que os políticos precisam estar a serviço do povo”, afirmou. Kennedy Jr. disse ainda que os protestos são, em parte, resultado do sucesso econômico do País. “Visitei o Brasil na década de 1970 e fiquei impressionado com a desigualdade social. Existia uma minoria rica e uma pobreza devastadora. Tinha ido antes para o Chile e Argentina, mas lá existia uma classe média, aqui não. (…) Hoje o Brasil tem classe média, e é de se esperar que esses milhões de pessoas cobrem mais participação no governo, nas decisões”, disse o norte-americano, eleito pela revista americana Time como um dos “heróis do planeta” por sua contribuição na luta contra a poluição dos mananciais.

Fonte: Portal Terra – Extraído do Blog do Zeca.

MANIFESTANTES INVADEM COBERTURA DO CONGRESSO NACIONAL

MILHARES SE REUNIRAM DIANTE DO CONGRESSO, E UMA PARTE OCUPOU MARQUISE.
SEGURANÇAS TENTARAM, MAS NÃO CONSEGUIRAM CONTER ACESSO DA MULTIDÃO.

Manifestantes ocupam a cobertura do Congresso Nacional (Foto: Fabiano Costa / G1)

Manifestantes romperam na noite desta segunda (17) o cordão de isolamento da Polícia Militar e ocuparam a marquise do Congresso Nacional onde ficam as cúpulas da Câmara e do Senado, em Brasília.

Inicialmente, os seguranças do Congresso conseguiram conter o acesso dos manifestantes, que subiram na marquise por uma das laterais do prédio (veja no vídeo abaixo o momento da invasão).

Mas, em grande número, os manifestantes retornaram, e os seguranças não conseguiram mais evitar. O acesso à cobertura do Congresso não é permitido. Abaixo, a uma altura de cerca de cinco metros, há um espelho d’água. Por volta das 19h45, parte dos participantes do protesto começou a deixar a marquise.

A ação foi parte do protesto que reuniu milhares de pessoas em frente ao Congresso Nacional contra os gastos do pais com as copas das Confederações e do Mundo e em apoio às manifestações em São Paulo contra o reajuste das tarifas do transporte público. A Polícia Militar estimou em 5,2 mil o número de participantes da manifestação em Brasília.

O protesto em Brasília teve início às 17h. Os manifestantes saíram do Museu da República em direção ao Congresso Nacional. No trajeto, eles chegaram a fechar as seis faixas do Eixo Monumental.

Por volta das 20h, os manifestantes conseguiram furar parte do bloqueio policial e chegaram a cinco metros da entrada principal do Congresso. Uma barreira de policiais militares se posicionou na porta de entrada para evitar a entrada.

A cada momento os manifestantes entoam palavras de ordem contra um tema diferente. Entre os alvos do protesto está a PEC 37, que limita o poder de investigação do Ministério Público e está em tramitação na Câmara. Os manifestantes gritaram ainda: “Fora Feliciano!” e “fora mensaleiros!”

Com máscaras no rosto, muitos seguravam bandeiras brancas e cartazes com dizeres como “Não à violência”. Cerca de meia hora antes da invasão da marquise, pelo menos doismanifestantes haviam sido presos por jogar água em policiais.

A invasão da marquise do Congresso ocorreu depois de os manifestantes prometerem ao policiamento voltar ao Eixo Monumental e seguir em direção à Rodoviária do Plano Piloto, no sentido contrário ao Congresso.

De cima do edifício, manifestantes pediam para que os demais integrantes da marcha também subissem à marquise. Um cordão da Polícia Militar se posicionou na rampa do Congresso, isolando o acesso à área do Senado – os manifestantes estavam concentrados na área da Câmara.

Observados por manifestantes, policiais fazem cordão de isolamento na Chapelaria, no Congresso Nacional (Foto: Fabiano Costa/G1)

Muitos acenderam luzes dos celulares e tochas, improvisadas com recipientes de desodorantes em spray. Também gritavam palavras de ordem.  “Ih, ferrou, o gigante acordou, o povo acordou”.

O deputado André Vargas (PT-PR), vice-presidente da Câmara e presidente em exercício da Casa nesta semana, chegou a solicitar reforço do efetivo policial ao governador Agnelo Queiroz.

O presidente em exercício da Câmara, André Vargas (PT-PR), se reuniu com o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, para pedir reforço no policiamento no Congresso. Em nota, a Câmara disse que Vargas “entende ser legítima toda a forma de manifestação democrática”, mas diz que “no entanto, sua maior preocupação é garantir a segurança de manifestantes, dos servidores e do patrimônio público”.

Às 19h50, a cavalaria da PM impedia os manifestantes que estavam no Eixo Monumental de descer em direção ao gramado do Congresso Nacional. Policiais militares também impediam que outros grupos de manifestantes seguissem da Rodoviária do Plano Piloto em direção ao Legislativo.

Um vidro do gabinete da 1ª vice-presidência da Câmara foi quebrado com uma pedra. Pelo menos 25 policiais da Casa atuavam na entrada e na Chapelaria e os demais nas outras entradas e anexos.

Às 20h50, três manifestantes foram levados para dentro do Congresso para negociar com a Polícia Legislativa. Quem comandou a conversa foi Paulo de Tarso, representante da Polícia Legislativa.

Alguns manifestantes invadiram o espelho d’água do Congresso Nacional, em Brasília, gritando palavras de ordem como “Fora Feliciano”, “Não, não me representa”, “Esse Congresso é a vergonha do Brasil” e “Sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor”. (Foto: Fabiano Costa/G1)

O jovem Pedro Henrichs, de 27 anos, disse que faria uma lista de pedidos e estabeleceu três prioridades: punição aos policiais que agrediram manifestantes em SP, a abertura na Câmara de um procedimento de investigação de abusos por parte da polícia, e garantia de liberdade de manifestação.

Outro jovem chamado a negociar pediu uma “posição do governo” em relação à PEC 37, que limita o poder do Ministério Público, e uma reunião com deputados do DF e de cada estado da federação.

O representante da Polícia Legislativa disse que entregaria as demandas aos parlamentares e pediu que os jovens negociassem a saída dos manifestantes da porta da Câmara. No entanto, até as 21h10, centenas de jovens se aglomeravam na entrada principal diante do cordão de isolamento da polícia.

Diretor-geral da Câmara dos Deputados, Sérgio Sampaio, acompanhado de oficiais da PM, tentava sair para ver qual era a situação fora do edifício quando manifestantes o reconheceram e começaram a intimidá-lo. Os manifestantes romperam o cordão de policiais e, quando Sampaio viu que não ia conseguir deixar o prédio, recuou. Manifestantes cuspiram nele e o chutaram.

Manifestantes e policiais se enfrentaram às 21h50, depois que um grupo tentou invadir a Chapelaria. Os policiais usaram cassetetes e spray de pimenta para dissolver a multidão. Os manifestantes jogaram um skate e pedras em direção aos policiais. O confronto durou menos de cinco minutos. Ninguém foi preso.

Fonte: Do G1, em Brasília.

MANIFESTAÇÕES NA IRLANDA DECLARAM APOIO AO BRASIL E REPÚDIO À CORRUPÇÃO

Manifestação na O’Connel Street. Imagem: Enviada por Antonio Galdino

Neste domingo, centenas de manifestantes organizaram-se pelas redes sociais e compareceram ao Spire, em Dublin. Houve apoio de mídias locais e da Guarda, polícia local.

A manifestação foi marcada pelo apoio aos brasileiros, sobretudo em decorrência da violência estatal contra manifestantes, ocorrida em recentes protestos. Nos cartazes, lia-se: “Policiais, vocês têm o dever de prender os políticos que estão te roubando”, “Brasil contra corrupção em tudo. Prioridade a saúde, educação e infraestrutura”, “A Ditadura acabou, só faltou avisar a polícia”, “Sorria, você está sendo explorado”, “Police violence against the people in Brazil”, “Verás que um filho teu não foge à luta”, “Brasil, entre outras mil, é tu Brasil, a mais roubada”, “São Paulo, tamo junto”, “No PEC 37”, “Corrupção Mata!”, “Não: PEC 33 e PEC 37”, “Tired of corruption”, “Viemos para a Rua”, “This is not a crime, it’s your right”, “Down with this sort of thing, Brazil”, “Cadê o dinheiro?”, “Não parem de lutar!”, “Estude, essa é a sua única arma contra eles e eles têm medo disso”, “Estamos com vocês”, “Hey, reclamão, o que você faz para mudar o governo do Brasil?”, entre outros.

Há, também, atos sendo organizados nos EUA e em outros países europeus, como França, Alemanha, Espanha, Itália, Portugal e outros.

Abaixo, algumas imagens de Angelo Brandes:

Lígia Ferreira é analista de sócio-mecanismos.
 
Agradecimentos a Antonio Galdino, Angelo Brandes, Dublin para Brasileiros, Simone Lopes e Movimento Contra Corrupção.

 Fonte: Folha Política