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ragem de Pau dos Ferros está com abastecimento de apenas 4,97%
RESERVATÓRIOS DO RN ESTÃO SECOS E SEM PERSPECTIVAS DE SANGRIA NO INVERNO
Carlos Guerra Júnior/Da Redação
Secos e sem perspectivas de sangria. É assim que se encontram os reservatórios do Rio Grande do Norte. O chefe do departamento de meteorologia da Universidade Federal do Semiárido (Ufersa), José Espínola, aponta que os estudos sobre previsões de chuva para o inverno potiguar não apontam para sangria em nenhum reservatório do Estado.
O reservatório com maior quantidade de água é o de Umari, que abastece a cidade de Upanema e está com 52,16% abastecido, mas trata-se de uma exceção, sendo esse o único com mais de 50% da sua capacidade. Existem locais com menos de 10%, são os casos de Pau dos Ferros, com 4,97% e Lucrécia com 8%.
A Armando Ribeiro, em Assú, está com 33,2%, sendo esse próximo da média do Rio Grande do Norte. Um pouco melhor do que esse número está à barragem de Santa Cruz, em Apodi, com 48,5%.
Nos dias 21 e 22 de fevereiro, os meteorologistas de todo o Brasil estarão reunidos em Natal, para discutir sobre as novas perspectivas de chuvas para o Nordeste, mas o encontro deverá apenas se confirmar de que as chuvas não devem agradar a região em 2014.
Chuvas ainda não foram suficientes para registro
As chuvas que aconteceram no Rio Grande do Norte, entre os meses de janeiro e fevereiro, foram localizadas e de pequena intensidade. Em Mossoró, não foram suficientes sequer para tirarem os equipamentos de medidas pluviométricas da marca zero.
“São chuvas finas, como se fala no popular, que acontece em um bairro e no outro não. Por isso, não foram suficientes para tirar os equipamentos do zero, tanto o nosso como os dois da Emparn (Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte)”, declarou o professor José Espínola.
Essas chuvas de pequena intensidade podem inclusive acontecer no fim de semana, visto que aparece uma pequena nebulosidade na previsão do tempo. “Mas dificilmente será uma chuva mais forte ou que cubra toda a cidade”, declarou.
A média de chuvas de Mossoró é 682mm, mas os estudos apontam que em 2014 se terá uma quantidade menor, com possibilidade para se igualar. “O agricultor espera até o dia 19 de março, que é o dia São José. Às vezes janeiro e fevereiro não chove nada, mas em março acontecem as chuvas”, disse José Espínola.
Fonte: De Fato