DELTA CONSTRUÇÕES QUER RECEBER QUASE R$ 1 BILHÃO DE GOVERNOS

Maiá Menezes e Natanael Damasceno, O Globo

Presidente-tampão da Delta, o engenheiro Carlos Alberto Verdini (foto abaixo) afirmou nesta quarta-feira que a construtora, envolvida no escândalo Cachoeira, tem “direito adquirido” sobre os contratos já assinados com o poder público.

Ocupando o lugar de Fernando Cavendish, que se retirou do comando para negociar a transição, Verdini diz que, caso a Delta seja considerada inidônea pelo Tribunal de Contas da União, seria “legítimo” ajuizar uma ação judicial.

VENDA DA DELTA PARA GRUPO JBS DEVE SER ANUNCIADA HOJE

– por Carlos A. Barbosa

A venda da construtora Delta para a J&F, holding do grupo JBS, está prevista para ser anunciada hoje.
Apesar da negociação avançada, a Folha apurou que governo federal está disposto a declarar a empreiteira Delta inidônea, o que esvaziaria ainda mais o atrativo comercial da construtora.
Um ex-diretor da Delta na região Centro-Oeste é apontado por investigações da Polícia Federal como participante do esquema do empresário Carlos Cachoeira.
A PF também indica que dinheiro da construtora foi colocado em empresas fantasmas de Cachoeira. A empreiteira nega envolvimento.
Segundo pessoas envolvidas na negociação, já está montada a arquitetura da venda da construtora. O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles é um dos cotados para assumir o conselho de administração da empresa.
O governo, porém, não vê a operação de venda com bons olhos. Avalia que o JBS não tem expertise na área de construção e preferiria uma empreiteira no comando. (Com informações da Folha de S. Paulo)

BASE DO GOVERNO QUER CONVOCAR PROCURADOR-GERAL NA CPI DO CACHOEIRA

Andre Dusek/AE
“Roberto Gurgel recebeu o caso em 2009, mas o manteve parado até a eclosão do escândalo neste ano”

BRASÍLIA – A base do governo no Congresso pretende usar o depoimento do delegado da Polícia Federal Raul Alexandre Marques para convocar o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, a prestar esclarecimentos à CPI do Cachoeira sobre sua atuação no inquérito que investiga o envolvimento de políticos com a quadrilha do bicheiro.
Líderes do PT e de partidos aliados vão discutir uma possível oitiva de Gurgel, sob o argumento de que na terça-feira, 8, o delegado deixou claro que há indícios de prevaricação por parte do procurador ao tratar informações da Operação Vegas que incriminavam o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e os deputados Carlos Leréia (PSDB-GO) e Sandes Júnior (PP-GO).
Gurgel recebeu o caso em 2009, mas não pediu autorização para investigá-lo ao Supremo Tribunal Federal (STF), tampouco devolveu peças da operação à primeira instância, o que a manteve congelada até este ano, quando foi desencadeada a Operação Monte Carlo.
De acordo com o relato de parlamentares presentes à sessão, Marques disse que a Vegas ficou inconclusa. O inquérito foi remetido ao procurador em 15 de setembro de 2009. A subprocuradora da República Cláudia Sampaio foi designada para analisá-lo e, no mês seguinte, informou ao delegado não ter encontrado elementos jurídicos que fundamentassem um pedido de investigação ao Supremo ‘A partir disso, não podia fazer mais nada’, teria dito o policial à CPI.
Um dos argumentos do governo pela convocação do procurador é que, embora não tenha encontrado indícios em 2009, Gurgel usou este ano, na denúncia apresentada ao STF, após a Operação Monte Carlo, várias peças do inquérito da Vegas.
‘A subprocuradora, em nome do procurador, disse que não tinha elementos que indicassem crime e (o caso) ficou parado até hoje. Foi preciso uma nova operação para a sociedade conhecer essa organização criminosa. Ele(Gurgel) precisa explicar por que não fez nada. Se não tem crime, ele tinha que ter arquivado ou pedido à Justiça novas diligências’, cobrou o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP).
A convocação será discutida nos próximos dias por líderes governistas. Alguns já tratam o depoimento de Gurgel como ‘imperativa’. O senador Fernando Collor (PTB-AL) apresentou requerimento pelo comparecimento. A investida da base aliada desgasta o procurador no ano em que o processo do mensalão será julgado, como informou o presidente do Supremo, ministro Ayres Brito.
Em minoria, a oposição tenta uma saída alternativa: convocar Cláudia Sampaio e solicitar esclarecimentos a Gurgel por escrito. É que, como autor de uma possível denúncia contra políticos envolvidos com Cachoeira no futuro, o procurador não poderia testemunhar à CPI por vedação legal.
Segundo relatos de senadores e deputados, os áudios confirmam o braço político da organização criminosa comandada por Cachoeira. As informações levadas por Marques deixaram claro, conforme integrantes da CPI, que Demóstenes não era um mero beneficiário de favores e dinheiro da quadrilha, mas integrante ativo da organização do contraventor. O senador teria colocado o mandato a disposição da máfia dos
Caça-níqueis. Segundo o delegado, o inquérito da Vegas revela a intensa troca de informações entre Leréia e Cachoeira. Um dos áudios indica que o tucano teria recebido R$ 100 mil do contraventor. Além de recorrer ao bicheiro para o financiamento de uma pesquisa eleitoral, como revelou o Estado, Sandes Júnior teria participado de operação para fraudar licitações no município de Nerópolis, vizinho a Goiânia e uma de suas bases
Eleitorais. O governo tentou ainda blindar a Delta Construções, maior empreiteira do Programa de Aceleração do Crescimento, mas a oposição saiu convicta da necessidade de convocar ex-dirigentes da empresa. ‘Há indícios de que a atuação de Cachoeira era como sócio da Delta São relações que vêm desde 2006’, disse um senador.
Fonte: Estadão

CNBB DIZ QUE CONFLITOS NO CAMPO VÃO AUMENTAR SE CÓDIGO FLORESTAL FOR SANCIONADO

Durante a divulgação do relatório da Comissão Pastoral da Terra (CPT) que registra  aumento de 15% no número de conflitos no campo em 2011 ante 2010,  secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Steiner, disse nessa segunda-feira que se o novo Código Florestal entrar em vigor como foi enviado pelo Congresso para sanção presidencial, “provavelmente aumentará os confrontos”.

A reportagem é de Alex Rodrigues e publicado pela Agência Brasil, 07-05-2012.


Dom Leonardo Steiner defendeu que a presidenta Dilma Rousseff vete o texto como foi aprovado pela Câmara, no final de abril.


“Infelizmente, o Código Florestal aprovado [pela Câmara] não prima pela ética. O texto aprovado visa especialmente ao lucro [dos produtores], vender [produtos primários] para o exterior. Se não for vetado, ele provavelmente aumentará o conflito no campo, e os relatórios [da CPT], no futuro, se tornarão ainda mais pesados”, declarou o secretário-geral da CNBB, crítico do que classifica como um “modelo equivocado de desenvolvimento”, que prioriza o agronegócio em detrimento das populações tradicionais.


“Esperamos que o futuro nos ajude a termos um código que represente, de fato, uma possibilidade de relações harmônicas”, completou. Para a coordenação nacional da CPT, o texto aprovado flexibiliza as leis ambientais e anistia quem desmatou em áreas de proteção ambiental.


Além de movimentos sociais e ambientalistas, o projeto da Câmara vem recebendo críticas também de senadores que haviam aprovado, com a participação dos deputados, um projeto considerado mais rigoroso quanto à proteção ambiental

Fonte: Site do Instituto Humanitas Unisinos

FÁTIMA BEZERRA E A REITORA ÂNGELA DEBATEM NO MEC EXPANSÃO DA UFRN

Em pronunciamento realizado na segunda-feira (07), na tribuna da Câmara dos Deputados, a deputada federal Fátima Bezerra (PT) considerou como “muito positivo” a audiência ocorrida na última semana entre a reitora da UFRN, professora Ângela Paiva e o Secretário Executivo do MEC, Henrique Paim. A audiência foi articulada pela deputada e teve como foco a expansão do ensino superior no RN.

Henrique Paim adiantou que por determinação da Presidenta Dilma Rousseff, está sendo elaborada a fase dois do REUNI (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais) e sugeriu que a UFRN apresente um novo plano que trate da ampliação do seu papel no RN.

A professora Ângela reforçou que esse debate já foi iniciado e que pretende em breve apresentar ao MEC uma proposta para aumentar o número de vagas com a criação de novos cursos, ampliando a presença da UFRN no campus central e nos campi do interior.

A deputada Fátima registrou as conquistas no governo Lula e no governo Dilma, citando como exemplos a transformação da ESAM em UFERSA, que está ampliando o seu raio de atuação, e o significativo crescimento da UFRN que duplicou o número de vagas nesse período, saltando de 12 mil (2002) para mais de 36 mil vagas em 2012. Entretanto, Fátima destacou a imperiosa necessidade de avançar nessa área.

No Brasil temos apenas 14% dos nossos jovens (19 a 24 anos) com acesso a universidade. No Nordeste esse percentual e de apenas 7%, o que torna a realidade mais grave. “Temos no plano nacional um governo com perfil desenvolvimentista que tem dado demonstração de compromisso com a educação. Estamos às vésperas de aprovar um novo PNE (Plano Nacional de Educação) que tem como uma das suas metas elevar a taxa de acesso ao ensino superior dos atuais 14% para 33%”, ressalta Fátima.

“Portanto, não podemos desperdiçar está oportunidade. Temos que ousar. Apresentando ao MEC um projeto consistente que consolide o campus central e não perca de vista a necessidade de acelerar o seu processo de interiorização. Há muito que investir nos Campi de Santa Cruz, Nova Cruz. Caicó, Currais Novos, Macau, etc. Acredito muito nessa luta que deve ser abraçada pela comunidade acadêmica e pela sociedade”, acrescenta a deputada.

Na audiência foi tratada ainda a liberação de recursos para a realização das obras complementares do REUNI (fase-01), bem como dos demais projetos da UFRN que estão em analise no MEC.

Fonte: Site de Fátima Bezerra

GREVE NA UFERSA

Os técnicos administrativos da Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA) paralisam as suas atividades nos próximos dias 9 e 10 de maio, quarta e quinta-feira próximos, aderindo à paralisação nacional de todas as universidades federais do Brasil.

Dentro da programação está prevista a realização de uma assembleia no auditório da reitoria da Ufersa na quinta-feira. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Ensino Superior do Rio Grande do Norte (SINTEST/RN), a paralisação faz parte do calendário de lutas aprovado na primeira quinzena de abril.


A pauta de reivindicações consta elevação do piso (para três salários mínimos – hoje o piso é de R$ 1.034,00); Aumento do auxílio-alimentação (equiparação aos do Executivo e Legislativo – hoje o auxílio é R$ 304,00); Racionalização dos Cargos (fazer correções no enquadramento de cargos que ficaram rebaixados em 2005); e Reposicionamento dos aposentados.

Fonte: Carlos Skarlack

BANCOS DUVIDAM DE ESTRATÉGIA DE DILMA NO CRÉDITO. GOVERNO REAGE

SÃO PAULO e BRASÍLIA — Uma semana depois de terem se transformado em alvo da artilharia da presidente Dilma Rousseff para reduzir os juros, os bancos reagiram. Na véspera do Dia do Trabalho, a presidente foi à TV no horário nobre e criticou a “lógica perversa” do sistema financeiro, chamou de “roubo” as tarifas cobradas para administrar fundos de investimento e pediu queda urgente das taxas cobradas a consumidores e empresas. Ontem, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), enfim, se pronunciou. E não hesitou em apelar para a metáfora:

“Alguém já disse que você pode levar um cavalo até a beira do rio, mas não conseguirá obrigá-lo a beber a água”, escreveu Rubens Sardenberg, economista-chefe da federação, que divulgou ontem um relatório e pôs em dúvida a eficácia das medidas oficiais para estimular a concessão de empréstimos e aquecer a economia. Interlocutores da presidente Dilma reagiram com ironia ao relatório. 

Fonte: O GLOBO

PROGRAMA BRASIL CARINHOSO É UMA BOLSA SOB MEDIDA PARA O PT NAS ELEIÇÕES

– Publicado por Robson Pires


O Correio Braziliense informa que a dois meses do início das eleições municipais, o Palácio do Planalto lançará no fim de semana uma ampliação do programa Bolsa Família tendo como foco famílias do Norte e do Nordeste. Nas duas regiões, a presidente Dilma Rousseff teve quase 12 milhões de votos a mais do que José Serra (PSDB) nas eleições de 2010 — nas outras três, a vantagem foi inferior a 300 mil votos.

Com o nome guardado em sigilo pelo governo, o Brasil Carinhoso garantirá renda mínima de R$ 70 para cada membro de famílias extremamente pobres, desde que tenham ao menos uma criança menor de 6 anos.

O programa será anunciado em rádio e tevê, durante horário nobre, em homenagem ao Dia das Mães. Em princípio, o Brasil Carinhoso terá três eixos. O primeiro é o reforço ao Bolsa Família. O segundo será a ampliação dos programas de saúde para crianças de até 6 anos — com controle de anemia e de suplementação de vitamina A —, além da inserção de remédios gratuitos para asma em unidades do Farmácia Popular.

Por último, o aumento do acesso de crianças de famílias extremamente pobres a creches. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, apenas 3,6% das pessoas na primeira infância inscritas no Bolsa Família frenquentam creches.

DELTA MANTEVE CONTRATOS DE R$ 170 MILHÕES NA GESTÃO DO PR NO DNIT

Do Novo Jornal
A empresa Delta Construções S/A manteve R$ 170 milhões em contratos com o DNIT entre 2003 a 2010, período em que o órgão foi controlado pelo PR. A construtora é investigada pela Polícia Federal por suspeita de corrupção e envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Das oito obras tocadas no período, apenas duas ainda não foram concluídas: o serviço de construção e adequação da BR-110, no trecho que liga Mossoró a Campo Grande, orçada em R$ 84,3 milhões; e o trabalho de manutenção da BR-304, etapa entre Natal e Angicos, avaliado em R$ R$ 44,3 milhões.
No caso da obra da BR-110, o contrato foi firmado em dezembro de 2010, quando a gestão ligada ao PR já havia sido exonerada do órgão. No entanto, a Delta venceu a licitação ainda na época em que o superintendente do DNIT era Fernando Rocha.
Na BR-304, a atual direção do DNIT, formada por técnicos concursados, identificou algumas irregularidades como a não inclusão de uma fibra vegetal que deveria ser usada como insumo no microinvestimento asfáltico. A Delta recebeu R$ 682.583,41 referente ao uso da fibra e nunca usou por um motivo simples: a fibra deixou de ser produzida em 2008, um ano antes do início do contrato, em 10 de junho de 2009.
Nessa época, o DNIT ainda era dirigido pela cúpula ligada ao deputado federal João Maia (PR) e que foi presa na operação Via Ápia, entre eles o ex-superintendente do DNIT, Fernando Rocha, e o ex-chefe de engenharia Glédson Golbery de Araújo Maia, sobrinho do deputado.
– Publicado por Robson Pires

RELATOR PEDE PROCESSO DISCIPLINAR CONTRA DEMÓSTENES

Governo deve anunciar hoje mudanças que reduzem a rentabilidade da caderneta. Objetivo é permitir quedas maiores nos juros

A presidente Dilma Rousseff deve anunciar hoje mudanças nas regras da poupança, que, na prática, deverá ter sua rentabilidade reduzida. Segundo o governo, a remuneração da aplicação mais popular do país é uma das principais barreiras para uma queda mais acentuada nas taxas de juros.

A ideia do governo é abrir espaço para que o juro real (descontada a inflação) da economia possa recuar para 2% ao ano no médio prazo. Atualmente, com a taxa básica (Selic) em 9% ao ano, o juro real é de aproximadamente 3,3%. Entre as possibilidades em discussão está tributar o investimento – hoje isento de Imposto de Renda (IR) – ou atrelar a sua remuneração à Selic.
Determinado por lei, o rendimento mínimo da poupança equivale à variação da TR (Taxa Referencial) mais 6,17% ao ano. Mas, com a queda da taxa básica determinada pelo Banco Central, a caderneta ficará cada vez mais atraente em relação a outras aplicações, como fundo de investimento de renda fixa, que pagam Imposto de Renda e taxa administrativa.
Na avaliação do governo, essa vantagem provocaria fuga de recursos dos fundos em direção à poupança e criaria desequilíbrios no mercado, com problemas para os bancos e dificuldades também para o próprio governo financiar suas contas. Os fundos estão entre os principais compradores de títulos da dívida do governo.
“Com a queda mais acentuada da taxa de juros e a projeção de novas reduções no futuro, esse passa a ser um problema real. Essa mudança [na poupança] é inevitável”, diz Miguel José Ribeiro Oliveira, diretor da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

Alternativas

Pelo menos duas alterações estão sendo estudadas pelo governo, segundo informações que circularam ontem no mercado. A escolha mais provável é a que prevê um redutor de 20% sobre a taxa básica de juros. O aplicador receberia o equivalente a 80% da Selic mais a TR, mas continuaria isento de Imposto de Renda (IR).
O segundo projeto prevê o fim dos juros fixos e também da TR. A remuneração da caderneta passaria a ser distribuída em “faixas”, que seriam aplicadas conforme o patamar da Selic – haveria um piso de 0,23% ao mês até o teto de 0,63% ao mês.
Reações
As mudanças devem sofrer forte resistência. Não é de hoje que o governo pensa em alterar a caderneta de poupança, mas a medida sempre esbarrou no peso político de adotar uma medida impopular principalmente para os pequenos poupadores.
Em 2009, o governo chegou a apresentar uma proposta que previa a cobrança de Imposto de Renda (IR) para depósitos acima de R$ 50 mil, mas o projeto não vingou. Na época, a taxa Selic estava em 10,25% ao ano, mais alta que a atual.
Para Oliveira, o governo errou ao demorar para mudar as regras da poupança. “A alteração poderia ter sido feita quando a taxa de juros era mais alta. Hoje ela provocará reações dos poupadores, que vão dizer que o governo mexe justamente quando a aplicação se tornava mais atrativa”, diz.
Ponto positivo
Mas, se por um lado o consumidor terá uma rentabilidade menor na poupança, por outro vai pagar menos juros quando comprar ou contratar um empréstimo. “No geral medida é benéfica, porque possibilitará ao país migrar para taxas de juros de primeiro mundo”, acrescenta Oliveira.
Para professor José Gui­lherme Silva Vieira, do De­par­­tamento de Economia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o poupador terá que se acostumar com taxas de juros mais baixas. “Em geral, o consumidor quer pagar taxas baixas quando contrata um financiamento ou compra um bem, mas quer taxas altas quando se fala em aplicações financeiras. Não dá para ter tudo ao mesmo tempo. E essa cultura terá que mudar”, avisa.
Fonte: Gazeta do Povo