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PROFESSORES SE REVOLTAM COM PRESSÃO DE GOVERNADORES PARA REDUZIR REAJUSTE SALARIAL

Governadores do Rio, Sérgio Cabral, de Minas, Anastásia, do Espírito Santo, Casagrande, do Ceará, Cid Gomes e da Bahia, Jaques Wagner, mobilizam-se para diminuir o reajuste para os professores.

A pressão dos governadores Sérgio Cabral (RJ), Antônio Anastásia (MG), Renato Casagrande (ES), Cid Gomes (CE) e Jaques Wagner (BA) para que o presidente da Câmara, Marco Maia, determine o regime de urgência na votação do projeto de Lei que reduz o reajuste do piso nacional dos professores dos atuais 22%, este ano, para 6%, é um motivo a mais para que os trabalhadores da Educação parem, por tempo indeterminado, a partir da greve geral marcada entre os dias 14 e 16 de março. Maia confirmou a conversa com os cinco executivos estaduais, na véspera, durante a posse da presidenta da Petrobras, Maria das Graças Foster, mas adiantou que “uma coisa é a pressão dos governadores, outra é a matéria entrar na pauta do Plenário”, disse, por meio de sua assessoria.


Ao tomar conhecimento da ação dos governadores junto ao Legislativo, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Franklin de Leão, repudiou a atitude e avisou que “a greve nacional será o momento em que os professores irão enfrentar estes cinco inimigos da Educação”. O professor da Rede Oficial de Ensino de São Paulo acrescenta que a intenção dos dirigentes estaduais é “de romper um acordo feito no Senado”, que mantinha o reajuste da categoria nas bases definidas pela Lei 11.738, de 2008, assinada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Educação, à época, Fernando Haddad, hoje candidato a prefeito do Município de São Paulo.

Segundo Leão, os senadores mantiveram o parágrafo único do Artigo 5º, que prevê o reajuste dos professores segundo “o mesmo percentual de crescimento do valor anual mínimo por aluno referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano, definido nacionalmente”, segundo os critérios do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB). Por este critério, o piso nacional seria reajustado em 22%, mas os governadores fluminense, mineiro, capixaba, cearense e baiano pressionam para que, na Câmara, este fator seja substituído pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), o que reduziria a 6% a correção dos salários dos mais de 2 milhões de profissionais que atuam apenas no Ensino Básico.

– Lamento profundamente que estes governadores se posicionem contra a valorização do Magistério. Eles se colocam no mesmo nível daqueles que interpuseram um recurso contra a legislação que visa reduzir injustiças históricas contra os professores. Mais lamentável, ainda, é a participação nesse grupo do governador da Bahia, Jaques Wagner, que acaba de enfrentar uma greve das forças de segurança. Ele contradiz tudo aquilo porque o Partido dos Trabalhadores sempre lutou. O mínimo que deveria fazer é se desligar desta legenda e procurar um partido neoliberal – afirmou Leão.

Procurado pelo Correio do Brasil, Wagner não desmentiu ou aquiesceu o que seu vizinho mineiro, Antônio Anastásia, admitiu com ressalvas. Por meio de seus assessores, o Palácio da Liberdade confirmou a conversa com o deputado Maia, durante a solenidade em que esteve presente, no Rio, mas fez questão de frisar que “o problema foi gerado durante o governo do presidente Lula”, disse um porta-voz do governador tucano. Anastásia está na mira dos dirigentes sindicais “desde que o Tribunal de Contas da União constatou que o Estado não aplica nas escolas o que manda a Constituição”, lembrou o presidente do CNTE.
– É importante lembrar, também, que o governador cearense, Cid Gomes, botou a polícia na rua contra os professores – acrescentou Leão.

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, disse estar em uma solenidade e não poderia responder ao CdB e o do Rio, Cabral, negou até mesmo haver participado do grupo que pressionou o presidente da Câmara, embora sua presença tenha sido confirmada tanto por Maia quanto pelo colega mineiro, Anastásia.

Fonte:  Correio do Brasil

Eduçação Ensino Lei PSDB

EMENDA QUE PREVÊ 10% DO PIB PARA EDUCAÇÃO É DE ROGÉRIO MARINHO

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados volta a discutir o Plano Nacional de Educação a partir desta terça-feira (14), já na expectativa de levar o projeto para análise no plenário da Casa. Entre os pontos mais polêmicos do projeto, está a emenda apresentada pelo deputado federal Rogério Marinho, que prevê o investimento de 10% do PIB no sistema de ensino brasileiro.

Segundo o relatório apresentado ainda no final do ano passado, feito em acordo com o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), o valor do PIB destinado a Educação deve ficar em 8%. A base governista na Comissão de Educação já adiantou que deverá votar favorável ao relatório.

“É urgente que nós tenhamos uma ação decisiva para garantir os 10% do PIB para a Educação do Brasil”, disse o parlamentar, que é líder do PSDB na Comissão de Educação da Câmara, durante o programa “Pensar Natal” exibido nesta segunda-feira (13) na 96 FM.

Outra emenda apresentada por Rogério Marinho é a reformulação no ensino médio brasileiro. “Propomos a flexibilização e diversificação para reduzir o período do ensino médio de três anos para até um ano e dar mais opções ao jovem que sai do ensino fundamental de ingressar no mercado de trabalho ou na universidade”, disse.

De acordo com o tucano, o Metrópole Digital, projeto que capacita jovens em programação de software e hardware, é um exemplo a ser seguido. “O Metrópole Digital é um exemplo de flexibilização, porque são 1,2 mil horas em quinze meses, e diversificação, por preparar os jovens para o mercado de trabalho”, disse.
Eduçação Ensino Escolas Fafá Rosado Lei Mossoró

CELULAR EM SALA DE AULA PODE? NÃO PODE!

LEI MUNICIPAL PROÍBE O USO DO CELULAR EM SALA DE AULA

O aparelho celular serve para tudo, até para fazer ligação. Não é difícil encontrar na escola adolescentes e jovens, e por vezes, crianças, utilizando o aparelho celular. Nada demais. 
 
O problema é quando a utilização do aparelho é feita na hora da aula, quando o professor está explicando um conteúdo de sua disciplina.
 
Ouvir música, enviar mensagens, dar toques para os colegas e até jogar são ações feitas no momento em que todos deveriam estar prestando atenção à explicação do professor.

Então o professor, que preparou a aula com cuidado, acaba se irritando por conta disso.
 
Muitos não compreendem que não se pode atrapalhar as aulas, porque ao mesmo tempo atrapalha também os colegas.
Com base nessa situação, a prefeita de Mossoró, Maria de Fátima Rosado Nogueira, “Fafá Rosado”, sancionou a lei nº 2829, de 10 de janeiro de 2012, que proíbe a utilização de telefone celular nos estabelecimentos de ensino do município, a exemplo de outros Estados do país.
 
De acordo com a lei, “fica proibida a utilização de aparelhos celulares nas escolas públicas municipais de ensino fundamental localizadas no âmbito do município de Mossoró, durante o horário das aulas, devendo o aparelho permanecer desligado na mochila neste período”.
Ainda conforme a lei, se a lei não for cumprida, o infrator poderá ser punido com prestação de serviços ou a pena recair sob os pais ou responsáveis.
 
Para a gerente da Educação, professora Ieda Chaves, não era preciso uma lei, bastava a consciência de que não se deve usar o aparelho. “É uma iniciativa inteligente. Ela precisa ser trabalhada como uma ação educativa. A lei deveria ter sido mais ampla, como espaços públicos, por exemplo”, diz.
Para ela, a lei também deveria atingir a todas as etapas do ensino.

OBSCURA – Conforme está escrita, a lei não está suficientemente clara com relação a quem será atingido com as medidas, se apenas os alunos, os professores também ou todos da escola.
 
Além disso, quem fiscalizará o infrator, caso ele seja punido com prestação de serviços comunitários? Se ele é menor de idade, como ficará a punição?
A lei diz que a proibição é durante o momento das aulas, mas o aparelho pode ser utilizado nos intervalos. “A operacionalização da lei pode trazer dificuldades para todos. Por isso é preciso uma ação educativa”, diz a gerente.

Professores se dividem entre proibir ou não uso do telefone
 
Prejudicados diariamente com o problema do uso do celular, os professores se agradaram com a nova lei, que pode melhorar o trabalho de sala de aula. Porém, surge uma polêmica com relação a quem vai ser atingido com a lei, se apenas os alunos ou os professores também. “Acho importante essa lei. Na escola a gente tem tido muito problema com a utilização indevida na sala de aula e nos corredores. Os alunos não o utilizam para fazer ou receber ligação, mas para ouvir música, acessar internet, enviar mensagem e passar cola na hora da prova”, diz a professora Selênia Holanda, da Escola Municipal Senador Duarte Filho.
 
A professora relata que muitas vezes já encaminhou o aluno à coordenação escolar por conta do uso do celular. “Às vezes acontece de uma urgência. O aluno pode deixar no silencioso, se for o caso, pedir licença para atender. Nós, como professores, também temos que dar o exemplo, a lei é para todos”, enfatiza a professora.
 
O professor da rede estadual Rogério Gomes é contra a proibição do uso do celular para todos. Para ele, a lei deve ser direcionada ao aluno. “O profissional sabe quando deve ou não atender o celular. Todas as outras categorias atendem, o professor também deveria atender”, diz.
 
Já a professora Solange Pereira, da Escola Municipal Dinarte Mariz, diz que é de acordo com a lei. Segundo ela, não há casos de aluno atendendo o celular em sua aula. “Eu acho legal, desde que a escola tenha meios de se comunicar com os pais em uma necessidade, por exemplo”, ressalta a professora.

Fonte: Gazeta do Oeste
Eduçação Ensino Escolas SEEC/RN

SEEC VAI AMPLIAR O MOVIMENTO ESCOTEIROS DO BRASIL NAS ESCOLAS

Secretaria de Estado da Educação e da Cultura está reformulando o convênio com o Movimento Escoteiros do Brasil. A SEEC pretende ampliar e redimensionar o projeto, por meio da lei 9453, sancionada pela Governadora Rosalba Ciarlini em fevereiro do ano passado, com o objetivo de implantar um grupo de escoteiros em cada escola da rede estadual dentro do Projeto Escola Aberta.     
Desde 2005, a SEEC mantém uma parceria com o movimento formando grupos nas escolas. No início, o trabalho atendia 1.300 estudantes, chegou a 6 mil e com a reformulação pretende atender 10 mil alunos. Contudo, o presidente do movimento no Rio Grande no Norte, Carlos Pinto Lopes, observa que os grupos são abertos a comunidade e que estudantes de outras escolas inclusive das redes municipal e privada também podem participar.


Este ano, o governo do estado vai investir R$ 880 mil. O convênio tem validade de um ano podendo ser prorrogado. Os recursos são destinados a capacitação e a formação dos educadores na prática do escotismo pedagógico com foco na socialização, autodisciplina, formação do caráter, incentivo a leitura e ao aprendizado.

De acordo com Carlos Pinto Lopes, o movimento ganhou força nas unidades escolares porque, ao longo dos anos, criou uma atmosfera de paz nas escolas. “Os estudantes passam a ter uma maior consciência de preservação da sua escola e de preservação do patrimônio público. Já fizemos várias atividades como mutirões para recuperar e limpar as unidades e com isso a participação da comunidade tem sido cada vez maior, permitindo que o movimento aumentasse de 1.300 para 6.000mil participantes”.

Para realização das atividades inerentes ao movimento será permitida a utilização das dependências escolares aos sábados, domingos e feriados. O projeto tem a participação voluntária dos alunos na faixa etária de 07 a 21 anos. Com a reformulação todos os municípios do estado terão uma unidade do movimento em uma escola da rede estadual.

Fonte: Seec/rn
Eduçação Ensino MEC São Paulo

MEC COMPRA 900 MIL TABLETS SEM REALIZAR ESTUDO PEDAGÓGICO

O Ministério da Educação (MEC) gastará cerca de R$ 110 milhões na compra de 900 mil tablets para serem utilizados em sala de aula, mesmo sem ter produzido um estudo definitivo sobre o uso pedagógico dos aparelhos. Uma licitação para a aquisição dos equipamentos teve início na semana passada. De acordo com reportagem do jornal Folha de São Paulo, a pasta afirmou que o desenvolvimento do método pedagógico acontecerá, na prática, após a aquisição dos aparelhos. Eles serão usados na formação de núcleos, como parte de um plano piloto, em que professores e alunos trabalharão com os tablets para depois disseminarem o aprendizado. A pesquisadora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Léa Fagundes, coordenadora do programa ministerial na região Sul e no Amazonas, afirma ser favorável ao uso do tablet, mas diz que a discussão sobre a compra do aparelho não passou por pedagogos.
Eduçação ENEM Ensino Fernando Haddad Governo Federal MEC PT Universidade Vergonha

DECISÃO DA JUSTIÇA DIFICULTA EDIÇÃO DO ENEM EM ABRIL, DIZ HADDAD

Justiça do Ceará concedeu aos candidatos acesso à correção da redação.
Para Haddad, será difícil viabilizar duas edições do exame em 2012.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (19) que a decisão da Justiça do Ceará de permitir acesso aos estudantes às provas de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) torna difícil viabilizar edição do Enem em abril, conforme previsto anteriormente. A cinco dias de deixar o Ministério da Educação para se dedicar à disputa pela prefeitura de São Paulo nas eleições de outubro, ele disse que a pasta poderá abrir mão de realizar duas edições do Enem em 2012.
Segundo o ministro, o governo “não pode lançar a ideia” sem ter condições de “atender”. “O coroamento do Enem passa por duas edições por ano, mas não podemos colocar a máquina em fadiga, sobretudo com essas novas exigências que estão sendo feitas pelo Ministério Público”, afirmou em entrevista após participação no programa de rádio “Bom Dia, Ministro”, produzido pela Empresa Brasileira de Comunicação (EBC).
(Correção: ao ser publicada, esta reportagem informava no título e no texto que a decisão citada pelo ministro era do Ministério Público. A decisão pelo acesso de estudantes às provas de redação é da Justiça do Ceará, com base em exigências do Ministério Público. A informação foi corrigida às 10h50.)
Procurado pelo G1, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), responsável pela prova do Enem, disse que apenas o MEC está tratando publicamento do assunto.
Em maio do ano passado, o MEC publicou no “Diário Oficial da União”  uma  portaria que oficializou a realização de pelo menos duas edições do Enem por ano e confirmou as datas das provas do primeiro semestre de 2012 para 28 e 29 de abril.
Segundo Haddad, uma empresa de gestão de risco contratada pelo ministério vai avaliar se, diante das novas exigências da Justiça, a pasta terá condições de manter as datas previstas para o exame neste ano.
“Tem uma empresa de gestão de risco justamente para verificar se há condições de atender a demanda que está sendo feita pelo Ministério Público ou se ainda teremos que manter uma edição por ano”, afirmou Haddad. Indagado se poderá não haver exame do Enem em abril, o ministro afirmou: “Sim [pode não haver]. Eu já disse que é uma decisão técnica.”
Na última terça-feira (17), a Justiça Federal no Ceará concedeu o direito aos 4 milhões de candidatos de todo o Brasil que fizeram a prova do Enem a terem acesso às cópias das provas de redação, e respectivos espelhos de correção.O Ministério da Educação já anunciou que vai recorrer da decisão por não ter condições técnicas de viabilizar a entrega das redações a todos os estudantes.
O ministro criticou a decisão da Justiça do Ceará e classificou a atuação do Ministério Público, autor da ação, de “ideológica”. “Vestibulares com 30, 40 anos de existência não têm nenhum pleito do Ministério Público. Dá quase impressão de que há uma questão ideológica por trás disso”, afirmou.
O ministro reafirmou também que o Inep não tem condições “tecnológicas” de viabilizar a entrega das provas a todos os estudantes.
“Nós fizemos um acordo com o Ministério Público que foi homologado por um juiz de Brasília. Eu penso que o juiz de Fortaleza desconsiderou a decisão já tomada pelo seu colega aqui em Brasília, e tomada há muitos meses. Então, o Inep não se preparou tecnologicamente para oferecer vista para 4 milhões de pessoas que possam requerer”, disse. 
“Eu até estranho por que isso foi feito agora e não no momento do edital. No edital já estava previsto isso. Tem hora para fazer. A hora para fazer é quando se lança o edital”, completou. 
Vazamento
Mais cedo, durante entrevista ao programa de rádio “Bom Dia, Ministro”, Haddad, que concorrerá neste ano à prefeitura de São Paulo pelo PT, condenou a ação de um professor do Colégio Christus, em Fortaleza, que teria revelado a alunos conteúdo da prova realizada no ano passado.  “É lamentavel a postura de um professor, que exerce a função de coordenador para alunos que não precisa de muleta, que não precisam dessa ajuda criminosa”, disse.
No dia 13, a Polícia Federal de Brasília indiciou um professor e um funcionário que aplicou a prova por estelionato pelo vazamento de 14 questões do Enem de 2011. De acordo com a polícia, as duas pessoas indiciadas foram indicadas para aplicar o pré-teste do Enem. A polícia descarta a hipótese de que a reprodução das questões tenha sido premeditada, e sim, tenha ocorrido por conta de uma oportunidade. Não se sabe ao certo como as perguntas foram copiadas.
Haddad queixou-se do foco da repercussão do vazamento. Ele disse achar “natural” o papel da imprensa em noticiar a revelação irregularidades do conteúdo do exame, mas também defende a condenação dos envolvidos no que ele classificou como “estelionato”. “Em qualquer outro lugar do mundo as atenções estariam voltadas exatamente para o comportamento do criminoso”, disse o ministro.
Ele também voltou a defender a aplicação do exame e sua eficiência. “O Enem era uma prova de autoavaliação e se tornou um prova respeitada do ponto de vista pedagógico.”
O governo anunciou na última quarta-feira (18) que o ministro Fernando Haddad será substituído por Aloizio Mercadante na pasta da Educação. Haddad deixa o governo para disputar, pelo PT, o cargo de prefeito de São Paulo na eleição municipal deste ano.
Para o lugar de Mercadante, atual ministro de Ciência e Tecnologia, vai o atual presidente da Agência Espacial Brasileira, Marco Antonio Raupp, segundo nota divulgada pela Secretaria de Comunicação Social.
Fonte: G1.com
Eduçação Ensino Estudante

RELACIONAR DISCIPLINA AO COTIDIANO ESTIMULA PARTICIPAÇÃO DE ALUNO

O estudo, centrado na disciplina de geografia, é da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP. Ele mostra que a geografia pode se tornar um instrumento de transformação social junto aos alunos, a partir do trabalho desenvolvido em sala de aula.
O trabalho da pesquisadora Sandra Castro Pereira verificou que a realização de atividades que relacionem a geografia ao cotidiano do local que os alunos vivem leva a um maior interesse e participação nas aulas. Ao mesmo tempo, as propostas curriculares oficiais têm sido voltadas, principalmente, para melhorar a posição das escolas em rankings de desempenho, podendo não representar aprendizado efetivo.

A pesquisa acompanhou a aplicação da proposta curricular implantada pelo governo do Estado de São Paulo em 2008 em uma classe da 5a série do ensino fundamental, numa escola de São Paulo.
“Na ocasião havia apenas o caderno do professor, por isso a aplicação dependia do livro didático fornecido pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), do governo federal, ou da matéria passada na lousa”, conta a pesquisadora.
O conteúdo do livro, constatou Sandra, “era divergente das diretrizes e, devido à múltipla jornada de trabalho dos professores, não havia tempo para buscar outros textos, além de faltar recursos para reproduzi-los e preparar melhor as aulas.”
A escolha da 5a série se deve ao fato de ser o início de um novo ciclo no ensino fundamental e o primeiro contato dos alunos com a geografia por intermédio de um professor especialista.
“Ao mesmo tempo, outros professores relataram dificuldades em trabalhar com essa série”, diz Sandra.
Uma recuperação realizada em todo o Estado de São Paulo, no início do ano letivo, focou o conteúdo de geografia vinculado à matemática (escala), o que dificultou a aplicação, segundo Sandra, “pois os alunos ainda não haviam aprendido as operações necesssárias para tal realização, além das atividades não apresentarem uma contextualização com o cotidiano do estudante, o que inevitavelmente levou a uma grande indiferença diante da proposta de recuperação”.
Participação
A indiferença começou a ser rompida com um trabalho diferenciado em sala de aula. “Os conceitos de geografia passaram a ser trabalhados visando ao entendimento das questões referentes ao bairro em que os alunos viviam”, aponta a pesquisadora.
O conteúdo focalizado aumentou o interesse dos alunos, que em seguida realizaram um trabalho de elaboração de maquetes. “Durante a montagem, a classe demonstrou grande criatividade.”
Durante um bimestre, os estudantes tiveram aulas sobre os setores das atividades econômicas. “Pelas diretrizes oficiais, o curso deveria focar em alguma cadeia de produção específica, como a da indústria automobilística ou da laranja”, diz Sandra. “No entanto, como os alunos não dominavam os aspectos mais gerais sobre o tema, optou-se por um enfoque amplo da atividade econômica.”
De acordo com a pesquisadora, o governo do Estado também implantou estratégias que assegurem a aplicação de sua proposta curricular. “Os professores não efetivos fazem uma prova com base nas diretrizes para que possam dar aulas e os concursos públicos agora incluem um curso de quatro meses sobre o currículo oficial”, afirma.
“Existe todo um sistema de promoções por mérito e bonificações, atrelado ao Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp), que faz com que os professores sigam as diretrizes, num esforço para obter um melhor desempenho na avaliação”, avalia Sandra.
A pressão por resultados acaba levando à promoção automática dos alunos, mesmo que não tenham aprendido os conteúdos ensinados ao longo do ano. “A experiência com a classe de geografia demonstrou que é possível fazer da sala de aula um espaço transformador, mesmo com as exigências das propostas curriculares, muitas vezes voltadas apenas para melhorar o desempenho das escolas nas avaliações oficiais do ensino”, conclui Sandra.
Fonte: Agência USP
Eduçação Ensino Ensino Médio Estudante Jovem

PORTAL ‘EMDIÁLOGO’ CONVOCA ESTUDANTES A AJUDAR A MELHORAR O ENSINO MÉDIO

Iniciativa dos Observatórios Jovem da UFF e da Juventude da UFMG, o Emdiálogo foi lançado este ano, com a proposta de estimular e contribuir para a troca de ideias entre todos os interessados na melhoria das condições da escola pública de ensino médio no Brasil, mas o foco maior de atenção, ressaltam os organizadores, é “para a escuta e a participação dos jovens e das jovens estudantes”.
Para ativar o debate, o portal lança perguntas: Como vai sua escola? Você acha que ela está ajudando para a construção de seu futuro? Dizem que a escola de ensino médio precisa ter qualidade, mas o que é qualidade para você? “Acreditamos que as respostas para estas e outras perguntas sairão de diálogos. E é a serviço do diálogo entre os jovens e com os jovens que as seções e conteúdos do portal estarão à disposição”, ressalta o texto de apresentação do novo portal.

Informação em rede
O portal funciona também como agência de notícias voltada para o que está acontecendo no ensino médio. “Para que o diálogo possa acontecer, a informação é fundamental. Nossa atenção é direcionada tanto para o que ocorre nas políticas públicas e nos sistemas educacionais quanto para o dia-a-dia das escolas”, destaca a equipe do portal, que quer ver a notícia vindo de “baixo para cima”, a partir do crescimento de uma rede de estudantes observadores de escolas. Para integrar o grupo como um observador, basta entrar em contato pelo e-mail: emdialogo@gmail.com.
O EmDiálogo tem interação com redes sociais já utilizadas pelos estudantes do ensino médio, como Orkut, Facebook e Twitter, e também mantém comunidades virtuais como Feito EM Diálogo e Escola da Vez. Mas o grupo quer fomentar ainda mais a participação dos estudantes e incentiva-os a criar suas próprias comunidades, “um canal próprio para o compartilhamento de notícias, para a expressão de opiniões, a troca de interesses e conhecimentos e lugar para fazer amizades com jovens de todo o Brasil”.
O importante, diz a equipe do portal, é que cada um possa contar como anda a sua vida na escola. “Dê seu recado, aponte os problemas e ajude a encontrar as soluções. Divulgue também aquilo que está dando certo em sua escola e que pode virar boa realidade em outra escola.”
Professor
Parte importante do diálogo para pensar e transformar o ensino médio, o professor, assim como outros parceiros de interesse no território escolar, também é convidado a expressar suas opiniões no EMdiálogo, abordando, por exemplo, sua visão sobre a escola, seus problemas e as soluções que estão encontrando para fazer do colégio um bom lugar para se estar. “Pensem neste espaço de troca como aquele papo amigo que gostamos de ter com os professores, na sala, no recreio ou mesmo quando nos encontramos fora da escola”, sugere a equipe, deixando um recado final:
“Queremos estimular mais e melhores diálogos nas escolas e também abrir espaços para que as boas práticas já existentes circulem e que surjam novas experiências de conversação, entendimento e busca de soluções para os graves problemas encontrados nas escolas de ensino médio público no Brasil.”
Fonte: Portal EmDiálogo
Campo Grande Eduçação Ensino FNDE ônibus Transporte Escolar

PROGRAMA CAMINHOS DA ESCOLA CHEGA A CAMPO GRANDE

A vizinha cidade de Campo Grande foi contemplada com dois ônibus do programa CAMINHOS DA ESCOLA, a cidade era uma das poucas da região que não tinha sido beneficiada, agora os estudantes de Campo Grande terão mais conforto e segurança no transporte escolar, é o fim dos tempos do pau de arara chegando a região oeste.


SOBRE O PROGRAMA

O programa Caminho da Escola foi criado em 2007 com o objetivo de renovar a frota de veículos escolares, garantir segurança e qualidade ao transporte dos estudantes e contribuir para a redução da evasão escolar, ampliando, por meio do transporte diário, o acesso e a permanência na escola dos estudantes matriculados na educação básica da zona rural das redes estaduais e municipais. O programa também visa à padronização dos veículos de transporte escolar, à redução dos preços dos veículos e ao aumento da transparência nessas aquisições.


O governo federal, por meio do FNDE e em parceria com o Inmetro, oferece um veículo com especificações exclusivas, próprias para o transporte de estudantes, e adequado às condições de trafegabilidade das vias das zonas rural e urbana brasileira.

Fonte: Blog do Enock Douglas

Eduçação Ensino UFRN Universidade

UFRN CONSEGUE O MELHOR INDÍCE DE PÓS-GRADUAÇÃO NO NORTE-NORDESTE

 
Apesar da Universidade Federal do Rio grande do Norte (UFRN) não conseguir alcançar a nota máxima, na avaliação feita entre os 108 programas de pós-graduação existentes no Brasil, a instituição foi um dos destaques da pesquisa. Junto com as cidades do Rio de Janeiro e Minas Gerais despontam na frente com nota sete, a nível norte e nordeste, a melhor avaliação veio da UFRN, com média cinco.

Levando em consideração que apenas três dos 108 programas de pós do Brasil tem nota máxima, a situação é mais preocupante do que parece. O Norte e Nordeste continuam na lanterna. A região não registra um único programa de Pós-graduação com nota seis ou sete (máxima). A melhor avaliação vem da UFRN, com média cinco. Ainda assim, 50% dos doutores titulados na América Latina são do Brasil.

“Por isso a luta por 10% do PIB. Precisamos de mais valorização docente e que o governo nos dê mais ferramentas de crescimento”, acrescenta Dalila Andrade, presidente da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd), entidade criada em 1976 para fazer frente a luta por um ensino de qualidade.

34ª Reunião da ANPEd

É dentro dessa expectativa de mudanças que a 34ª Reunião da ANPEd acontece entre os dias 02 e 05 de outubro, no Centro de Convenções de Natal. Serão quatro dias de produção de conhecimento e divulgação de trabalhos produzidos por especialistas brasileiros, europeus e americanos. Ao todo, três mil pessoas estarão reunidas em torno do tema Educação e Justiça Social.

Fonte: DN Online

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