CPI APROVA PEDIDO DE QUEBRA DE SIGILO DE INQUÉRITO DA PF

Presidente da CPI adiantou que o grupo deve dar prioridade aos pedidos de quebra de sigilo fiscal e telefônico de empresas com as quais o empresário teria ligação

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, aprovou nesta quinta-feira (17) a quebra do sigilo dos inquéritos das operações Vegas e Monte Carlo, que originaram as suspeitas sobre as atividades do empresário, de acordo com informações da Agência Senado.
Os requerimentos foram apresentados pelo senador Alvaro Dias (PSDB-PR) e os deputados Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e Mendonça Prado (DEM-SE) e serão enviados agora ao ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os parlamentares também iniciaram reunião administrativa para votar mais de 200 requerimentos apresentados. O presidente da CPI, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), adiantou que o grupo deve dar prioridade aos pedidos de quebra de sigilo fiscal e telefônico de empresas com as quais o empresário teria ligação.
Entre os requerimentos também estão pedidos de convocação dos governadores de Goiás (Marconi Perillo, do PSDB), Rio de Janeiro (Sérgio Cabral, do PMDB) e Distrito Federal (Agnelo Queiroz, do PT) para que deponham na CPI. Eles são suspeitos de ter ligações com o contraventor.
Cachoeira, acusado por corrupção e lavagem de dinheiro, dará depoimento na próxima terça-feira. O contraventor permanece preso desde 29 de fevereiro. Na terça-feira a votação do pedido de liberdade por meio de habeas corpus feito por sua defesa foi suspensa na Quinta Turma do STJ.

DEM APOIA SERRA DE OLHO EM VICE

– Publicado por Robson Pires


O presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), sinalizou que após ser oficializado o apoio ao candidato José Serra (PSDB) à Prefeitura de São Paulo, o partido poderá indicar um vice para concorrer junto com o tucano.
Ao ser questionado sobre o assunto ele afirmou: “Essa é a segunda etapa. O assunto da ordem do dia é a aliança com o PSDB, em seguida vem o desdobramento”, afirmou Maia.
Sobre a aliança, o senador avaliou como positiva, já que “a relação entre o PSDB e o DEM já vem de anos”. O anúncio oficial de apoio a Serra será dado nesta quinta (17), onde estarão reunidos integrantes das duas siglas.

FILIAÇÃO AO PMDB VIROU OPÇÃO PARA DEMÓSTENES

Sem partido desde que se desligou do DEM, o senador Demóstenes Torres (GO) dá sinais de que estaria interessado em atender ao convite que chegou a esnobar, antes da denúncia de seu envolvimento com o bicheiro Carlos Cachoeira: filiar-se ao PMDB. O objetivo seria escapar da cassação em troca de uma punição mais branda, como a suspensão temporária do mandato, por exemplo, durante o período de seis meses.

Maior bancada…Maior partido, hoje com 19 senadores, o PMDB tem direito a indicar o futuro presidente da Casa. O PT tem treze senadores, e o PSDB dez.

Quem ganha…A filiação de Demóstenes solidificaria o favoritismo de Renan Calheiros na briga interna no PMDB para indicar o futuro presidente do Senado. 

Fonte: CLÁUDIO HUMBERTO

COPA DO MUNDO: DEM É CONTRA LIBERAÇÃO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS NA COPA

– Publicado por Robson Pires 


O Senado Federal aprovou na quarta-feira (9) o projeto da Lei Geral da Copa. A base governista garantiu que a matéria fosse acatada sem qualquer alteração em relação ao texto votado anteriormente na Câmara dos Deputados. O projeto define regras para a realização da Copa do Mundo em 2014 e da Copa das Confederações, em 2013. A proposta seguirá para a sanção da presidente Dilma Rousseff, que terá 15 dias para assinar a proposta.

A liberação da venda de bebidas alcoólicas, um dos pontos mais polêmicos aprovados e que enfrentou resis­tência da oposição, foi aceita pela maioria dos senadores. A medida deverá ser discutida entre as sedes dos jogos e a Federação Internacional de Futebol (Fifa). Para o líder do Democratas no Senado, José Agripino (RN) – que defen­deu a Lei Geral -, a liberação de bebidas abre uma brecha para incidentes graves entre torcidas. ?Mas a lei em si dá segurança jurídica ao Mundial e tranquilizará os patroci­nadores?, acredita Agripino.

O líder da minoria, senador Jayme Campos (MT), também votou contrário à venda de bebidas alcoólicas nos estádios. Segundo o parlamentar, as ocorrências poli­ciais e médicas relacionadas a jogos de futebol têm queda considerável quando há proibição de bebidas alcoólicas nos estádios.

Votei contrário à proposta de possibilitar a venda de bebidas alcoólicas nos estádios por considerá-la um retrocesso. Foram a duras penas que o Congresso Nacio­nal concebeu o Estatuto do Torcedor. Não podemos, por conta da Copa do Mundo, mudar essa regra que, entre outras coisas, tem resguardado os amantes de futebol e diminuído a violência nos estádios brasileiros?, disse.

Veja alguns pontos aprovados:

Feriados
O governo terá a permissão de decretar feriados na­cionais quando a seleção brasileira jogar.
Meia entrada

Os preços dos ingressos serão determinados pela Fifa, ficando suspensas as leis estaduais e municipais que permitem descontos e gratuidades. Serão quatro faixas de preços, sendo a ?Categoria 4? a mais barata. Estudantes e participantes de programas federais de transferência de renda, como o Bolsa Família, terão direito à meia-entrada na categoria mais barata. Já os idosos a partir de 60 anos poderão comprar a meia-entrada em qualquer categoria de preço.

Itens vetados
O projeto vetou cobrança de multa de torcedores que desistirem da compra de ingressos e a extensão do visto eletrô­nico para es­trangeiros a outros eventos desportivos, e não apenas à Copa.

SENADORES SE MOBILIZAM POR PISO NACIONAL DOS PROFESSORES

– Publicado por Robson Pires


Diante do número crescente de estados e municípios que não cumprem o piso salarial dos professores,um grupo de trabalho da Comissão de Educação, formado por cinco senadores, resolveu se mobilizar para exigir o cumprimento da Lei 11.738/08, que fixa o valor mínimo para o pagamento dos profissionais do magistério em todo o país.
Em reunião realizada esta semana com o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, os senadores solicitaram que o Ministério Público encaminhe uma representação ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que a lei seja cumprida.
O último levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), concluído em março, mostra que 17 estados (das 27 unidades da Federação) descumprem a determinação legal de pagamento do piso, atualmente de R$ 1.451, aos que iniciam a carreira e aos professores que têm nível médio (veja quadro ao lado).
A Paraíba editou uma medida provisória no final de março que fixa o valor mínimo dos professores em R$ 1.088,26. A decisão foi alvo de severas críticas de Cícero Lucena (PSDB-PB) em pronunciamento no Plenário.
Para o senador, essa medida (MP 193) reduz os salários da categoria e desrespeita as progressões do plano de carreira sancionado pelo ex-governador e hoje senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), que também participa do grupo de trabalho da Comissão de Educação.
— A Paraíba foi surpreendida por um ato ditatorial do governo, mais um golpe de morte na educação pública — protestou Cícero, citando o fechamento de quase 200 escolas estaduais e a tentativa de quebrar a autonomia financeira e sucatear a infraestrutura da Universidade Estadual da Paraíba.
Também fazem parte do grupo da Comissão de Educação Cristovam Buarque (PDT-DF), Ana Amélia (PP-RS) e Pedro Taques (PDT-MT).

SENADO APROVA MP QUE SEGURA O PREÇO DO PÃO ATÉ DEZEMBRO

– Publicado por Robson Pires


O Senado aprovou a medida provisória que prevê redução tributária para trigo, derivados, pães, queijo do reino e massas alimentícias.
O objetivo da proposta, segundo o governo, é segurar os preços desses produtos no varejo e, com eles, a inflação.
A MP 552/11, aprovada na forma do Projeto de Lei de Conversão (PLV) 9/12, prorroga a isenção das contribuições para o PIS-Pasep e para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para importação e venda no mercado interno do trigo, farinha de trigo e pão comum, até dezembro deste ano.
No caso de massas alimentícias, como espaguete e lasanha, essa isenção vai somente até junho. Modificação feita no texto pelos deputados também incluiu o queijo do reino entre os produtos que terão isenção até o fim do ano.

APROVADA URGÊNCIA PARA VOTAÇÃO DA LEI GERAL DA COPA

Paola Lima
Foi aprovado nesta terça-feira (8) requerimento para tramitação em regime de urgência do Projeto de Lei da Câmara 10/2012, a Lei Geral da Copa. O requerimento dispensou a análise da matéria pelas comissões temáticas do Senado. Pelo Regimento Interno, porém, o projeto só deve ser votado na segunda sessão deliberativa após a aprovação da urgência, ou seja, na sessão da próxima quinta-feira (10). Líderes partidários trabalham para antecipar a votação, por acordo de lideranças, já para esta quarta-feira (9).
Pela manhã, o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), disse que o texto do projeto da Lei Geral da Copa deve passar sem modificações pela Casa para ir diretamente à sanção presidencial, sem novo exame na Câmara. Ele anunciou que a intenção é barrar a retirada do ponto até agora mais polêmico: a autorização para a venda de bebidas alcoólicas nos estádios em dias de jogos.
Na sessão de quarta, os senadores já se comprometeram a apreciar a Medida Provisória 553/2012, que abriu crédito extraordinário de R$ 533 milhões para os ministérios da Defesa, Integração Nacional e Ciência, Tecnologia e Inovação. A matéria é relatada pelo senador Lobão Filho (PMDB-MA).
Agência Senado

SENADORES TENTAM DERRUBAR SIGILO DE INQUÉRITOS

– Publicado por Robson Pires
O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) apresentará nesta terça-feira (8) à CPI do Cachoeira um requerimento para acabar com o sigilo imposto aos inquéritos das Operações Vegas e Monte Carlo, realizadas pela Polícia Federal para investigar as relações do contraventor Carlinhos Cachoeira com parlamentares e agentes públicos e privados. Os documentos estão guardados em uma sala-cofre, já apelidada de “batcaverna”, com regras rígidas de acesso e permanência para consulta. Para o senador, as medidas representam uma afronta à atividade parlamentar.
O senador também pede acesso a todas as gravações que estão em posse da Justiça. Em seu requerimento, o tucano explica que os interesses judiciários e políticos sobre o caso são distintos e, por isso, os parlamentares devem ter acesso ao conteúdo integral das gravações que foram realizadas pela PF. “Anote-se que aqui tem-se uma investigação política com efeitos diversos do interesse primário e que alcançam, por suposto, agentes políticos que podem ser ‘julgados’ – em extensão plena da palavra, por uma das Casas do Congresso Nacional”, afirma no documento.
Cássio Cunha Lima também afirma ser inadimissível “restringir-se, de quaisquer formas, a ação parlamentar, especialmente no ambiente interno – doméstico – do Congresso Nacional”, já que deputados e senadores possuem inviolabilidade parlamentar, prerrogativa constitucional que os protegem no tocante às suas opiniões, palavras e votos. Para Cássio Cunha Lima, “a quebra de tal inviolabilidade significa a inviabilidade da CPI” e não pode ser admitida em uma situação política em que não se coloque em risco a segurança da nação ou de suas instituições.

CONSELHO DE ÉTICA APROVA PROCESSO CONTRA DEMÓSTENES

Foram 15 votos favoráveis à abertura do processo. Senador é suspeito de envolvimento com o contraventor Carlinhos Cachoeira

Conselho de Ética do Senado aprovou nesta terça-feira (8), por unanimidade, a abertura de processo disciplinar contra o senadorDemóstenes Torres (sem partido-GO). Demóstenes é suspeito de envolvimento com Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Foram 15 votos favoráveis à abertura do processo.
Antes da votação, o presidente do Conselho de Ética, Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), negou pedido de Demóstenes de mais 10 dias de prazo para apresentação da defesa. Após a decisão, deu-se início a votação do relatório do senador Humberto Costa (PT-PE), que pedia a abertura de processo disciplinar contra o senador.

LIGAÇÕES SUSPEITAS

VOTO SECRETO PODE SER A ÚLTIMA BRECHA PARA O FUTURO POLÍTICO DE DEMÓSTENES

Demóstenes Torres: pela regra atual, mandato do senador só poderá ser cassado em uma votação secreta

Conselho de Ética do Senado decide hoje se abre processo disciplinar contra o senador, acusado de defender interesses do bicheiro Carlinhos Cachoeira.

Acuado pela lei da Ficha Limpa por um lado e pela divulgação de cada vez mais vínculos com o bicheiro Carlinhos Cachoeira de outro, o futuro político do senador goiano Demóstenes Torres (ex-DEM, atualmente sem partido) pode ter como última brecha o voto secreto em plenário. Em 186 anos de história do Senado, apenas Luiz Estevão (PMDB-DF), em 2000, foi cassado pelos colegas por quebra de decoro. Os julgamentos mais recentes do gênero realizados pela Casa acabaram em duas absolvições de Renan Calheiros (PMDB-AL) em 2007.
Hoje o Conselho de Ética do Senado deve decidir se abre processo disciplinar contra Demóstenes. De acordo com enquete publicada pelo jornal Folha de S. Paulo no último sábado, 12 dos 15 conselheiros disseram que vão seguir o parecer do relator do caso, Humberto Costa (PT-PE), favorável ao início das investigações. Após ser processado “às claras” no conselho, Demóstenes só poderá ser cassado por uma deliberação secreta em plenário, conforme manda a Constituição de 1988.
“Esse sigilo não cabe mais nos dias de hoje”, diz o senador paranaense Alvaro Dias. Líder do PSDB, ele é autor de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que acaba com o voto secreto no Poder Legislativo. O texto espera pela apreciação no plenário do Senado há dois anos. Se aprovado, ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados.
“Parece um longo caminho, mas quando há pressão popular esse tipo de proposta costuma andar”, diz Alvaro. O tucano já pediu na semana passada a inclusão do projeto na pauta ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Não há consenso, entretanto, sobre o formato final do substitutivo ao texto que será apresentado pelo senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE).
O sergipano apensou à proposta original de Alvaro duas sugestões que acabam com o sigilo em votações referentes à quebra de decoro, mas que mantém o segredo no caso de escolha de autoridades e na eleição para a Mesa Diretora. A manutenção nesses dois casos também é polêmica. Em março deste ano, em uma “rebelião” de parlamentares da base aliada mais por motivos políticos do que técnicos, o Senado rejeitou por 36 votos a 31 a recondução ao cargo do então diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres, Bernardo Figueiredo.

Atualização

Doutor em Direito Cons­­titucional e professor da Universidade de Brasília (UnB), Cristiano Paixão diz que o fim do voto secreto funcionaria como uma “atualização” da Constituição. “É uma daquelas práticas parlamentares antigas, do tempo em que havia uma ideia de que o sigilo garantiria aos senadores uma maior liberdade para trabalhar sem sofrer retaliações do Executivo. Mais de duas décadas depois e com o amadurecimento da nossa democracia, é uma tese que não faz mais sentido”, avalia o professor.

Após reclamações, sala da CPMI terá mais computadores

Folhapress
O presidente da CPMI do Cachoeira, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), determinou ontem que sejam instalados mais sete computadores para que os integrantes do colegiado tenham acesso ao material das Operações Vegas e Monte Carlo, encaminhado aos parlamentares pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A determinação é uma tentativa de diminuir as queixas dos congressistas contrariados com as medidas de seguranças adotadas por Rêgo para evitar que o material seja vazado. Entre as restrições estabelecidas está o acesso de assessores, cópia do material e o uso de celular dentro da sala.
As novas máquinas devem ocupar o espaço onde fica a Comissão Permanente de Desenvolvimento Regional e Turismo, localizada ao lado da sala cofre, onde se encontram outros três computadores, distribuídos em 15 metros quadrados. Integrante da CPMI, a deputada Iris de Araújo (PMDB-GO) foi a primeira a utilizar o terminal. Ela chegou ontem por volta das 7h45, antes mesmo da abertura da sala.
“Fiquei lá três horas tentando fazer o link de um assunto com o outro. Vamos sugerir ao presidente que possamos contar com pelo menos um assessor credenciado para ter acesso aos autos”, disse a deputada.
Também estiveram no local, até o início da tarde de ontem, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e os deputados Luiz Pitiman (PMDB-DF) e Carlos Sampaio (PSDB-SP). Em meio à busca feita nos terminais, Sampaio se queixou de não conseguir acessar os áudios das investigações. Segundo assessores da comissão em razão de “problemas técnicos” os diálogos registrados durante as operações ainda não estão disponíveis.

Dê sua opinião

Em quais casos as votações no plenário do Senado devem ser secretas? Por quê?
As cartas selecionadas serão publicadas na Coluna do Leitor.

Fonte: Gazeta do Povo