GOVERNADORA DO RN DIZ QUE VAI CUMPRIR O PISO NACIONAL DO MAGISTÉRIO

Apesar de reconhecer que o momento não permite impor ao Rio Grande do Norte uma proposta que gere tanto impacto financeiro, a governadora Rosalba Ciarlini reafirmou que vai cumprir o Piso Nacional do Magistério. “Já ficou definido o patamar de 22,22%. Vamos cumprir como fizemos no ano passado quando concedemos 34% para que o Rio grande do Norte cumprisse com a Lei do Piso”, disse a Governadora Rosalba Ciarlini.
Quanto à Lei do Piso do Magistério os governadores, neste Pacto Federativo, alertaram durante encontro na residência da governadora Roseana Sarney, em Brasília, que é preciso refletir melhor e ter uma discussão mais profunda sobre o tema.
Participaram do encontro à governadora Rosalba Ciarlini e os governadores Roseana Sarney (Maranhão), Agnelo Queiroz (Distrito Federal), Silval da Cunha Barbosa (Mato Grosso), Teotônio Vilela Filho (Alagoas), André Puccinelli (Mato Grosso do Sul), Antônio Anastasia (Minas Gerais), Simão Jatene (Pará), Marconi Perilo (Goiás), e Confúcio Moura (Rondônia). Além dos vice-governadores, representando seus estados, Domingos Aguiar Filho (Ceará), Rômulo José Gouveia (Paraíba), João Oliveira (Tocantins) e o deputado federal Átila Lira, que representou do Piauí.

RECURSO DE FÁTIMA BEZERRA FOI DETERMINANTE PARA GARANTIR REAJUSTE DO PISO NACIONAL DO MAGISTÉRIO

Deputada Fátima Bezerra ao lado do presidente da CNTE, Roberto Leão, e outros manifestantes durante mobilização nacional pelos 10% do PIB para Educação em Brasília.
A presidenta da Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados (CEC), Fátima Bezerra (PT), foi entrevistada nesta terça-feira (28) pela TV Câmara e Rádio Câmara sobre o reajuste do Piso Nacional do Magistério. O recurso que ela apresentou ao plenário da Câmara Federal no fim do ano passado para sustar a decisão da Comissão de Finanças e Tributação (CFT) sobre o artigo V da Lei 11.738, que trata do reajuste do piso, foi determinante para que o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, fixasse o reajuste em 22,22%.
A Comissão havia mudado o cálculo do reajuste e considerado apenas como fator o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Assim, ele ficaria em apenas 6%. “O reajuste com base apenas na inflação vai de encontro à meta do Plano Nacional de Educação de equiparar o salário dos professores aos dos outros trabalhadores com igual formação acadêmica”, explicou Fátima Bezerra. “Todos nós sabemos que para avançarmos na qualidade de ensino é preciso dar ao professor salário, plano de carreira e formação”.
O recurso garantiu que o cálculo permanecesse como previsto na lei, considerando, além do INPC, a variação do custo-aluno medida pelo Fundeb. O piso ficou em R$ 1.451. “O piso nacional é lei e deve ser cumprida por governadores e prefeitos de todo o país”, lembrou a deputada federal. “Não adianta dizer que não pode pagar, porque nós previmos na lei a complementação financeira da União”.
A presidenta da CEC parabenizou a mobilização promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e elogiou a atitude de Mercadante. “Ele mostrou sensibilidade, compromisso e firmeza na política de valorização dos professores”.

PROFESSORES DEVERÃO ENTRAR EM GREVE NA PRÓXIMA QUARTA-FEIRA

Publicado por Robson Pires
Os professores e educadores da rede municipal de ensino de Natal decidem em assembleia, na próxima quarta-feira (29), se deflagram greve a partir do próximo dia 2 de março, um dia após o início do ano letivo.
 A secretaria municipal de Educação (SME) e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte-RN) têm exatamente uma semana para negociar um acordo e evitar que mais uma greve prejudique o ano letivo e as férias de 50 mil alunos do ensino infantil e fundamental da capital – a exemplo do que houve ano passado quando os 60 dias de paralisação empurraram as aulas até o final do mês de janeiro deste ano.
Paralelo a isso, muitas escolas enfrentam problemas na estrutura física e ainda passam por reparos. O secretário Walter Fonseca se reúne amanhã, na SME, com os diretores de unidades de ensino para acompanhar o andamento dessas obras.

DIREÇÃO DO SINTE PROTOCOLA AÇÃO NA JUSTIÇA

Fátima Cardoso – Coordenadora do SINTE/RN
Nesta segunda-feira (27), a direção protocola uma nova ação na Justiça, desta vez pedindo o cumprimento integral da Lei 11.738/08, que versa sobre o Piso Salarial Nacional dos Professores. No documento é solicitada, também, que haja repercussão na tabela salarial do Plano de Carreira da categoria. Com isso, o Sinte realiza uma ação preventiva e fundamentada em tudo o que pode garantir o cumprimento, na íntegra, das duas leis.
 
A medida leva em consideração o período que o piso salarial deixou de ser complementado e que, pela lei, passou a ser integral e o governo não cumpriu. Esse período é contado a partir de 1º de janeiro de 2010, data em que se deu a integralização do piso. É justamente por esse motivo que a direção solicita, nesta ação, o pagamento da diferença que foi ignorada pelo governo.
Outro ponto da ação que coincide com a posição da CNTE diz respeito ao valor do piso para o nível médio, levando em consideração a carreira do magistério. A ação cita os profissionais ativos e os aposentados (professores/as e Especialistas em Educação, de acordo com a lei do plano de carreira). Foram destacados também os profissionais do quadro suplementar para que ninguém seja prejudicado.
A ação pede, ainda, a condenação do Estado a atualizar anualmente a matriz Salarial conforme determina a lei 11.738/08. “Consideramos existir uma dívida do Estado para com a categoria. Neste sentido, pedimos o pagamento dos valores retroativos tendo por base a matriz salarial da categoria.”, disse a coordenadora geral do Sinte, Fátima Cardoso.
Fonte: sinte/rn

REAJUSTE DE 22% PARA PROFESSORES ENFRENTA FORTE RESISTÊNCIA DE ESTADOS E MUNICÍPIOS

Antes de deixar a pasta do Ministério da Educação – MEC, o ministro Fernando Haddad ainda teve de enfrentar um último impasse. Governadores e prefeitos expressaram descontentamento com o reajuste de 22%, que será concedido aos professores da rede pública ainda este mês. O novo piso nacional da categoria será de R$ 1.450,00 mensais, conforme previsto em lei.
O governo federal é responsável por apontar o valor do piso nacional, mas cabe aos Estados e municípios a decisão final sobre o índice de reajuste. No entanto, governadores e prefeitos têm apresentado resistência quanto à adoção do novo salário.
Em 2008, o governo enviou ao Congresso um projeto de lei cuja proposta era mudar a fórmula de reajuste. O documento atendia à demanda dos Estados e substituía o valor por aluno do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica – Fundeb pela inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC. Se a proposta tivesse sido aprovada em dezembro de 2011, o piso dos professores da rede pública teria sofrido um reajuste de apenas 6,08%.
Fontes do Palácio do Planalto disseram que é praticamente certo que o governo federal continue adotando a atual fórmula de reajuste, cujo cálculo se baseia na variação do valor mínimo por aluno do Fundeb.
Fonte: O Globo

NO GOVERNO DO PT, POLICIAIS SÃO TRATADOS COMO BANDIDOS

Por Sd Glaucia, via Portal BO
Após a greve da Polícia Militar do Estado da Bahia, policiais militares, não apenas daquele Estado mas de todo o país, estão sendo tachados de bandidos, terroristas e vândalos, sem citar os demais adjetivos pejorativos contra os militares estaduais.
Uma revista nacional trouxe como título de uma reportagem “Polícia Terrorista”, já outra revista, também de circulação nacional, em sua matéria de capa teve como título “Reféns da Polícia: Como chegamos a este ponto?”. Em ambas as matérias, o adjetivo de menor grau ofensivo utilizado para qualificar os policiais militares foi o de “bandido”. Em um dos periódicos ainda foi declarado que “estabeleceu-se um ambiente de anarquia nos quartéis das Polícias Militares”.
As ações de alguns – e frise-se que apenas alguns, policiais militares, que em um ato extremo, realizaram algumas ações que confrontam com a Lei e a Ordem. Contudo, não podemos cometer o erro de generalizar essas ações para as demais Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, como muitos andam fazendo.
Estamos assistindo, recentemente, os defensores da Ordem Pública serem tachados em todo o país de bandidos, terroristas, anarquistas, vândalos e delinquentes e serem conduzidos à Presídios, antes mesmo de serem condenados pela Justiça.
Costuma-se dizer que todos têm direito à ampla defesa; no entanto, antes de serem julgados, os policiais já são condenados, o resto faz parte apenas de uma burocracia onde todos já sabem o resultado do julgamento.

CNTE QUER PUXAR GREVE NACIONAL PARA GARANTIR PISO DO MAGISTÉRIO

A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação – CNTE e sindicatos filiados estão na luta para fazer valer a Lei do Piso Nacional. Eles querem que seja garantido a partir de janeiro próximo passado o reajuste de 22,3% dos salários dos professores. 
 
Heleno Araújo, que é Secretário Nacional da CNTE para Assuntos da Educação, está no Piauí e falou com exclusividade ao Acessepiauí, da polêmica travada no Congresso Nacional onde duas propostas tramitam, uma que assegura o reajuste o piso com base no custo aluno e a outra pelo INPC.
 
“Quando a CNTE indica que é o reajuste projetado conforme a lei, por exemplo, o custo aluno projetado em 2011 para 2012 é de 21,7%, portanto este é o percentual a ser aplicado pela lei do piso. Só que o Ministério da Educação utilizou os percentuais do ano anterior e no ano anterior foi 22,3%, então são esses 22,3% que nós falamos em cima do que o próprio Ministério da Educação aplicou nos últimos dois anos, a partir do parecer da Advocacia Geral da União. Então, não se tem mais dúvida nenhuma, todos os estados e municípios têm a obrigação, de acordo com a lei federal, de aplicar 22,3% nos salários em janeiro de 2012″, argumenta Heleno.
“Se os prefeitos e governadores não aplicarem a lei do piso vamos mobilizar nos estados para iniciarmos uma greve nacional”, ressalta.
 
Polêmica sobre reajuste do Piso Salarial
 
Na verdade quando a lei foi aprovada em 2008 o Ministério da Fazenda não aceitou o que estava escrito no parágrafo único do artigo 5º da lei, que trata do percentual que vai reajustar o piso e faz uma referencia ao custo aluno projetado de um ano para o outro. Na sequencia, o governo federal enviou um projeto lei alterando este parágrafo e colocando apenas o INPC. Nós resistimos e seguramos por um longo período a aprovação dessa alteração da Lei do Piso. Em 2010 foi aprovado na Câmara e seguiu para o Senado e com isto conseguimos fazer um acordo com o relator, ou seja, com o senador Cristóvão Buarque, de garantir o custo aluno ano. Só que o custo aluno consolidado, o que é publicado no mês de abril empurraria o reajuste que é dado em janeiro para maio. 
Definiu-se também que no ato,  o Ministério da Educação indicava o percentual do valor do piso. Com essa alteração no Senado, o projeto voltou para a Câmara e lá não tem mais o que mexer. Ou fica o projeto da Câmara que prevê reajuste conforme o INPC ou fica o do senado onde o cálculo é feito custo aluno consolidado. No final de 2011 a Comissão de Tributação e Finanças da Câmara aprovou o projeto da Câmara, que prevê reajuste pelo INPC. Como o projeto tramitava em caráter terminativo nas próprias comissões ele seguiria direto para a sanção da presidenta Dilma. Só que nós da CNTE nos mobilizamos e com a ajuda da deputada Fátima Bezerra conseguimos 58 assinaturas de parlamentares e entramos com um recurso. Com isto o projeto deverá ser apreciado pelo plenário da Câmara. Como não deu tempo o ano passado e já iniciamos 2012, isto consolida o reajuste dos 22,3% que já está sendo aplicado essa regra, conforme determina o Ministério da Educação. Já tivemos uma audiencia com ministra do Gabinete Civil, Idelí Salvati, que garantiu que neste primeiro semestre o projeto não entrará na pauta, que é o tempo que a gente precisa para negociar com Ministério da Educação uma alternativa, já que governadores e prefeitos não aceitam o reajuste conforme determina o ano do Fundeb e nós não aceitamos o cálculo conforme o INPC.
 
Reajuste dos 22,3% vai prevalecer este ano?
Exatamente, porque é o percentual que o próprio Ministério da Educação, através de um parecer da AGU, colocou em prática nos últimos dois anos. Quando a CNTE indica que é o reajuste projetado conforme a lei, por exemplo, o custo aluno projetado em 2011 para 2012 é de 21,7%, portanto este é o percentual a ser aplicado pela lei do piso. Só que o Ministério da Educação utilizou os percentuais do ano anterior e no ano anterior foi 22,3%, então são esses 22,3% que nós falamos em cima do que o próprio Ministério da Educação aplicou nos últimos dois anos, a partir do parecer da Advocacia Geral da União. Então, não tem mais dúvida nenhuma todos os estados e municípios têm a obrigação, de acordo com a lei federal, de aplicar 22,3% nos salários a partir de janeiro de 2012.
 
O que implicaria o reajuste com base no INPC?
Na verdade se o projeto discutido e aprovado na Câmara fosse feito agora em março, este só passaria a valer a partir de março de 2013. Então para este ano não se altera mais, porque uma lei não pode ser retroativa para prejudicar os trabalhadores em educação. Então para o ano de 2012 não tem mais o que discutir o reajuste deve ser de 22,3%. Se o projeto for aprovado este ano e passar a valer a partir de janeiro do ano que vem, então vai se contabilizar a inflação de 2012. Como existe uma lei federal que já nos assegura o reajuste de 22,3%, os governos já estão nos devendo o reajuste deste janeiro.
 
Governadores e prefeitos são contra esse reajuste?
A Confederação Nacional dos Prefeitos de uma forma equivocada bate muito, até porque o próprio presidente desta entidade não é mais prefeito. Tem então uma postura equivocada nesta questão do piso. E os governadores, principalmente os do PT, o do Rio Grande do Sul, por exemplo, que não paga o piso. E isto é acompanhado por outros governadores da chamada base aliada e da própria oposição, liderada pelo PSDB. Nós estamos convocando uma greve nacional nos dias 14, 15 e 16 de março quando vamos estar reunidos nos dias 28 e 29 de fevereiro onde vamos definir e detalhar como vamos atuar nestes três dias de greve. Com certeza, se os prefeitos e governadores não aplicarem a lei do piso vamos mobilizar nos estados para iniciarmos uma greve nacional.
 
A CNTE poderá recorrer ao STF para garantir o reajuste?
Quando a gente fala que politicamente deveria ser resolvido, isto agora em fevereiro, por que se em março não for cumprida a lei então, com certeza, vamos reclamar na justiça, no STF, reclamando que governos estaduais e municipais estão descumprindo uma lei federal que foi aprovada no Congresso Nacional, sancionada pelo presidente e confirmada no Supremo Tribunal Federal.
 
Qual a alegação de governadores e prefeitos para não pagarem o reajuste?
Alegam que os recursos são insuficientes. O que é um equívoco este argumento, pois a própria lei federal diz que se o ente federado não tem condições de pagar o piso, este comprove ao governo federal, através do Ministério da Educação e este pode enviar técnicos para se faça um ajuste nas folhas de pagamento, dos custos e caso constate que realmente não dá para pagar, a União tem a obrigação de completar esse recurso. De onde vem esse recurso que a União pode complementar? de 10% do total de repasse do Fundeb para a União, então esta deve repassar cerca de R$ 10 bilhões, portanto 10% deste valor fica retido para ajudar estados e municípios que provarem que não tem condições de pagarem o piso. Provar significa abrir a folha, ver quantos contratados tem, ver o número de estudantes, a arrecadação total do município, então é ser transparente.

PROFESSORES SE REVOLTAM COM PRESSÃO DE GOVERNADORES PARA REDUZIR REAJUSTE SALARIAL

Governadores do Rio, Sérgio Cabral, de Minas, Anastásia, do Espírito Santo, Casagrande, do Ceará, Cid Gomes e da Bahia, Jaques Wagner, mobilizam-se para diminuir o reajuste para os professores.

A pressão dos governadores Sérgio Cabral (RJ), Antônio Anastásia (MG), Renato Casagrande (ES), Cid Gomes (CE) e Jaques Wagner (BA) para que o presidente da Câmara, Marco Maia, determine o regime de urgência na votação do projeto de Lei que reduz o reajuste do piso nacional dos professores dos atuais 22%, este ano, para 6%, é um motivo a mais para que os trabalhadores da Educação parem, por tempo indeterminado, a partir da greve geral marcada entre os dias 14 e 16 de março. Maia confirmou a conversa com os cinco executivos estaduais, na véspera, durante a posse da presidenta da Petrobras, Maria das Graças Foster, mas adiantou que “uma coisa é a pressão dos governadores, outra é a matéria entrar na pauta do Plenário”, disse, por meio de sua assessoria.


Ao tomar conhecimento da ação dos governadores junto ao Legislativo, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Franklin de Leão, repudiou a atitude e avisou que “a greve nacional será o momento em que os professores irão enfrentar estes cinco inimigos da Educação”. O professor da Rede Oficial de Ensino de São Paulo acrescenta que a intenção dos dirigentes estaduais é “de romper um acordo feito no Senado”, que mantinha o reajuste da categoria nas bases definidas pela Lei 11.738, de 2008, assinada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Educação, à época, Fernando Haddad, hoje candidato a prefeito do Município de São Paulo.

Segundo Leão, os senadores mantiveram o parágrafo único do Artigo 5º, que prevê o reajuste dos professores segundo “o mesmo percentual de crescimento do valor anual mínimo por aluno referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano, definido nacionalmente”, segundo os critérios do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB). Por este critério, o piso nacional seria reajustado em 22%, mas os governadores fluminense, mineiro, capixaba, cearense e baiano pressionam para que, na Câmara, este fator seja substituído pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), o que reduziria a 6% a correção dos salários dos mais de 2 milhões de profissionais que atuam apenas no Ensino Básico.

– Lamento profundamente que estes governadores se posicionem contra a valorização do Magistério. Eles se colocam no mesmo nível daqueles que interpuseram um recurso contra a legislação que visa reduzir injustiças históricas contra os professores. Mais lamentável, ainda, é a participação nesse grupo do governador da Bahia, Jaques Wagner, que acaba de enfrentar uma greve das forças de segurança. Ele contradiz tudo aquilo porque o Partido dos Trabalhadores sempre lutou. O mínimo que deveria fazer é se desligar desta legenda e procurar um partido neoliberal – afirmou Leão.

Procurado pelo Correio do Brasil, Wagner não desmentiu ou aquiesceu o que seu vizinho mineiro, Antônio Anastásia, admitiu com ressalvas. Por meio de seus assessores, o Palácio da Liberdade confirmou a conversa com o deputado Maia, durante a solenidade em que esteve presente, no Rio, mas fez questão de frisar que “o problema foi gerado durante o governo do presidente Lula”, disse um porta-voz do governador tucano. Anastásia está na mira dos dirigentes sindicais “desde que o Tribunal de Contas da União constatou que o Estado não aplica nas escolas o que manda a Constituição”, lembrou o presidente do CNTE.
– É importante lembrar, também, que o governador cearense, Cid Gomes, botou a polícia na rua contra os professores – acrescentou Leão.

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, disse estar em uma solenidade e não poderia responder ao CdB e o do Rio, Cabral, negou até mesmo haver participado do grupo que pressionou o presidente da Câmara, embora sua presença tenha sido confirmada tanto por Maia quanto pelo colega mineiro, Anastásia.

Fonte:  Correio do Brasil

DILMA DIZ QUE ANISTIA A PMS CRIARÁ PAÍS SEM REGRAS

Brasília – Na primeira declaração sobre a greve de policiais militares da Bahia, que entrou hoje (9) no décimo dia, a presidenta Dilma Rousseff disse que respeita as reivindicações da corporação, mas não concorda com anistia para policiais que cometeram crimes durante a paralisação. Ela foi incisiva ao dizer que “crimes contra o patrimônio, contra as pessoas e contra a ordem pública não podem ser anistiados. Se anistiar, vira um país sem regras”.

“Não consideramos que seja correto instaurar o pânico, instaurar o medo, criar situações que não são aquelas compatíveis com uma democracia. Eu não considero que o aumento de homicídios na rua, queima de ônibus, entrar encapuzados em ônibus, seja a forma correta de conduzir o movimento.” A presidenta disse que ficou “estarrecida” com as gravações telefônicas divulgadas ontem (8), pela TV, que revelam conversas de líderes dos policiais e bombeiros baianos no sentido de radicalizar o movimento, estendendo-o, inclusive, para outros estados. 

As declarações da presidenta foram dadas durante visita a obras da Ferrovia Transnordestina, no município pernambucano de Parnamirim.

Dilma disse que respeita “democraticamente os movimentos e suas reivindicações”, mas não considera admissível anistiar quem comete crimes durante uma greve, caso de alguns policiais militares baianos que estão sendo acusados de formação de quadrilha, incitação ao crime e depredação de patrimônio público, entre outros delitos.

“Vai chegar um momento em que vão anistiar antes do processo grevista começar. Eu não concordo com isso. Por reivindicação, eu não acho que as pessoas têm de ser presas, nem condenadas. Agora, por atos ilícitos, por crimes contra o patrimônio, crimes contra as pessoas e crimes contra a ordem pública, não podem ser anistiados. Se você anistiar, aí vira um país sem regra”.

A presidenta disse que as forças federais, como o Exército e a Força Nacional, estão à disposição para dar suporte aos governos estaduais sempre que forem solicitadas.

Sobre o direito de greve para as polícias, Dilma disse apenas que “essa é uma questão que tem de ser debatida no Brasil”. Ontem (7), o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, negou que o governo esteja desengavetando o projeto que cria regras para greves de servidores públicos, a chamada Lei de Greve, por causa da atual onda de paralisações e ameaças de policiais militares. A proposta prevê, por exemplo, que o governo seja avisado com antecedência mínima de 72 horas sobre paralisação de atividades “inadiáveis de interesse público”.

Dilma está desde ontem (7) em viagem pelo Nordeste para vistoriar as duas maiores obras de infraestrutura da região: a transposição do Rio São Francisco e a Ferrovia Transnordestina. Com 1,7 mil quilômetros, a ferrovia vai ligar o interior do Nordeste aos portos de Pecém (CE) e Suape (PE). Na visita de hoje, a presidenta cobrou a conclusão da obra até 2014 e disse que o governo não pretende elevar os custos do projeto para muito além dos atuais R$5,4 bilhões previstos. “Nós não pretendemos ficar elevando indefinidamente o preço dessa ferrovia. A gente sabe que uma ferrovia desse tamanho e dessa dimensão tem sempre coisas não planejadas que ocorrem. Mas temos, hoje, uma certeza de que os nossos orçamentos estão bem próximos da realidade”.

Fonte: Agência Brasil.

GOVERNO DILMA AFINA DISCURSO SOBRE GREVE DA PM BAIANA

Deu na Folha: “O governo Dilma já afinou um discurso sobre as mortes e saques registrados em Salvador e outras cidades baianas na esteira da greve da PM. Trata-se de federalizar o caso, atribuindo a paralisação e a violência a um movimento orquestrado para pressionar o Congresso a aprovar a PEC 300 (proposta de emenda constitucional que cria um piso nacional para os policiais). Planalto e governadores rejeitam a emenda, que fixa piso nacional para policiais.”