EX-MINISTRO RESPONSÁVEL PELO KIT GAY BUSCA APOIO ENTRE EVANGÉLICOS; PASTOR SILAS MALAFAIA REBATE: “FERNANDO HADDAD, NÃO”

O pré-candidato do Partido dos Trabalhadores para a Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, tem buscado apoio junto às igrejas evangélicas para se livrar do estigma de criador do kit-gay.
Quando Haddad era ministro da educação, o material que ficou conhecido como kit-gay não chegou a ser distribuído nas escolas devido à pressão política e popular. À época, a presidente Dilma Rousseff vetou o material.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, Fernando Haddad tem se reunido com pastores em busca de conquistar o voto dos eleitores evangélicos da cidade. No último dia 23/04, o pré-candidato do PT se reuniu com aproximadamente 40 pastores para ressaltar que desconhecia o conteúdo do kit-gay.
“Ele disse que entendeu que aquilo não era adequado e mandou suspender a distribuição dos kits. (Haddad) disse que a Dilma entendeu que não era hora de soltar aquilo (o kit)”, afirmou o pastor Marçal Borges, líder da Comunidade A Palavra de Deus. Borges afirmou que sua denominação apoia o candidato do PT.
O pastor Silas Malafaia publicou artigo em seu site criticando o ex-ministro Fernando Haddad e pedindo aos pastores que não apoiem o candidato do PT: “O senhor Fernando Haddad está querendo passar um atestado de idiota aos pastores e ao povo evangélico de que ele não tem nada com isso em relação ao kit gay”, escreveu Malafaia.
“Então ele não sabia de nada? Não assinou a verba destinada ao projeto? Um fato tão importante na época e ele teve amnésia (coitadinho, ‘inocente’). Além do mais, o senador Magno Malta o alertou quanto a reação dos evangélicos, católicos e pessoas de bem, e assim mesmo ele deu continuidade ao projeto”, relembra Malafaia.
O líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo é apela para que os pastores instruam os eleitores a não votarem em Haddad: “Espero que os pastores e o povo evangélico de São Paulo deem uma resposta firme e incisiva. Para a Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad não!”.
Fonte: Gospel+

INSPIRADAS EM NOVA YORK, ESCOLAS DO RIO DE JANEIRO E DO ESPIRITO SANTO DEVEM RECEBER TUTORES

Um projeto piloto que leva para a escola um coordenador para trabalhar com os pais e alunos e tutores para auxiliar os professores em sala de aula será ampliado e chegará ao Rio de Janeiro e ao Espírito Santo. Atualmente, a iniciativa, inspirada em uma reforma educacional realizada em Nova York em 2002, é desenvolvida em São Paulo e Goiás.
Fruto de uma parceira entre a Fundação Itaú Social, prefeituras e governos, o projeto piloto vai ser adotado em 1.140 escolas e creches da rede pública. Cada uma receberá pelo menos um dos novos profissionais, que trabalharão no dia a dia da instituição. Eles representam duas das oito medidas adotadas na reforma educacional de Nova York, que está sendo adaptada para o Brasil.
São Paulo foi a primeira cidade a receber o projeto. Dez escolas da zona Leste da cidade, região de alta vulnerabilidade social, receberam por três anos os coordenadores e os tutores para professores de Língua Portuguesa e Matemática. Eles assistiam as aulas e identificavam deficiências e dificuldades dos professores, assim como boas práticas que pudessem servir de exemplo para os colegas.

A professora de Português Cintia Dias Marei, da Escola Estadual Aquilino Ribeiro, em São Paulo, foi uma das que contou com o apoio dos tutores: ela enfrentava dificuldades com a indisciplina e com a necessidade de alfabetizar 15 alunos da 6ª série. “Os tutores deram ideias de leituras e de formação de grupos de trabalho na sala de aula para atrair o interesse dos alunos. Eles também me ajudaram a criar questões de provas e a sistematizar os resultados”, explica.

O também professor de Português da Escola Estadual Aquilino Ribeiro, Cícero Leonardo do Nascimento, avalia que os tutores ajudaram a encontrar novas formas de trabalhar leitura e produção de textos. “Passei a trabalhar contos de suspense, usando histórias em quadrinhos para atrair os alunos, por exemplo. E, na sala de aula, antes eu falava, e os alunos ouviam. Hoje, eles participam mais e eu sou apenas o mediador”, conta.

Além dos professores, os coordenadores escolares também receberam ajuda dos tutores. “O coordenador, às vezes, é desviado da função dele e acaba tendo que cuidar da merenda, de fechar portão, de funções burocráticas. A proposta da tutoria é ajudar esse profissional a priorizar a rotina pedagógica, a fazer um diagnóstico da escola e o planejamento do ano”, afirma a especialista em Gestão Educacional da Fundação Itaú Social, Maria Carolina Nogueira Dias.
Fundação Itaú Social ainda está avaliando os resultados do projeto em São Paulo, encerrado este ano. A ideia é que a Secretaria de Educação continue e estenda a tutoria, independente da Fundação.
Goiás também adotou a presença de tutores nas escolas, porém em escala maior que São Paulo: cerca de 1.100 escolas participam do projeto piloto. Além dos tutores, os colégios contam com ajuda dos coordenadores de pais, pessoas que conhecem a comunidade e que não necessariamente tinham algum vínculo com a escola.
Entre as tarefas dos coordenadores estão: receber os estudantes na porta; conversar com os pais; procurar convencê-los a participar das reuniões periódicas; e visitar a casa da família quando notam algum problema com o aluno. “Queremos que esse profissional trate com alunos que estão propensos à evasão ou que têm baixo rendimento escolar”, disse o secretário de Educação do Espírito Santo, Klinger Barbosa Alves.
A perspectiva é que, ainda no primeiro semestre deste ano, os coordenadores passem a atuar em 15 escolas estaduais de ensino fundamental e médio de cinco cidades da Região Metropolitana de Vitória (ES).
“Hoje, 95% dos pais comparecem às reuniões na escola. Antigamente, só se falava da indisciplina dos alunos nestes encontros e, agora, fala-se mais das notas, e os pais ficam informados sobre o aprendizado dos filhos”, relata a coordenadora de pais Maria Aparecida Alexandre Custódio.
Cidineia Carvalho Oliveira, mãe do estudante Willian Carvalho de Souza Lima, de 11 anos, conta que a coordenadora de pais auxiliou o filho quando ele recebeu ameaças e foi agredido por um colega.  “O contato agora é maior. Na reunião de pais, não dá tempo de falar tudo e, às vezes, você quer falar em particular com alguém da escola”, conta a mãe.
No projeto piloto do Rio de Janeiro, no entanto, os coordenadores de pais terão uma função diferente: atender famílias cujos filhos frequentam creches municipais apenas uma vez por semana.
Nova York
Liderada pelo então prefeito de Nova ,York Michael Bloomberg, a reforma educacional da cidade, iniciada há dez anos, tinha como foco melhorar a aprendizagem dos alunos. Além dos coordenadores e tutores, ele propôs o afastamento de professores por baixo rendimento, o fechamento de escolas mal avaliadas, o pagamento de bônus para docentes e um sistema de gestão que desse mais autonomia aos diretores.
Algumas dessas políticas, como o afastamento de professores e a política de bonificação por desempenho, foram revistas e extintas, pois não demonstraram ter impacto no desenpenho dos alunos. Ainda assim, a média dos estudantes aumentou nas avaliações oficiais.
Com informações de O Globo – Extraído do blog Educação

SUPOSTA DOAÇÃO DE CACHOEIRA A LULA ARREPIA O PT

Fantasmas da história recente andam assombrando lideranças do PT que vêem na CPI do Cachoeira a chance de vingança dos adversários. É o caso da revelação à CPI dos Bingos, em 2004, feita por Rogério Buratti, amigo e ex-assessor do ex-ministro Antonio Palocci: uma suposta doação de R$ 1 milhão do bicheiro Carlinhos Cachoeira à campanha de Lula, através de empresas de jogo do Rio e São Paulo.

Antes era o lixo…O advogado Buratti confirmou a arrecadação de empresas de lixo para prefeituras do PT, através do então tesoureiro Delúbio Soares.

Quem é vivo…Buratti postou no Twitter que a “CPI do Cachoeira vai esclarecer muita bobagem que foi dita de muita gente”. Talvez queira se incluir nessa.

Não vai acabar bem…A frase “o governo nada tem a ganhar com CPI” é tão ouvida no Planalto quanto “governo leva a pior até em CPI do Santo Sudário”.

Sangue na boca ….O governo pode estar preocupado com a CPI, mas Lula impressiona os interlocutores. “Ele quer sangue”, definiu um deputado do PT.

Fonte: Blog do Zeca

‘NÃO É TRADIÇÃO LULA GANHAR EM SÃO PAULO’, DIZ SERRA

Salvo imprevisto, muitos acreditam que haverá um aprofundamento da polarização entre PSDB e PT nesta disputa pela Prefeitura de São Paulo. Tendo como protagonistas José Serra e Fernando Haddad, a briga não se resume a mais uma eleição municipal. O Brasil inteiro estará de olho no resultado deste pleito e tudo mais que ele possa significar.
José Serra resolveu ser candidato há menos de um mês. No início do ano, avisou que não queria mais ser prefeito. ‘Não queria, mas a necessidade de aumentar a chance de vitória foi posta pelo PSDB e por nossos aliados’, justificou em conversa com a coluna, na sua casa no bairro Alto de Pinheiros. Bastante à vontade, falou sobre tudo, até sobre seu escorregão em relação ao ‘papelzinho’. Aqui vão os principais trechos da entrevista:
Seus adversários vão explorar, na campanha, a sua saída da Prefeitura no meio do mandato. Já estão ironizando o ‘papelzinho’ que o sr. assinou. Como vai enfrentar isso?
Quando usei essa palavra eu não quis dar um tom jocoso. Mas é importante dizer que a população de São Paulo apoiou duas vezes a minha decisão. Em 2006, tive mais votos no primeiro turno para governador do que para prefeito em 2004. Em 2010, apesar de ter perdido a eleição nacional, ganhei da Dilma em São Paulo. Quem não tem nada a mostrar só pode acusar. Não funcionou duas vezes e não vai funcionar a terceira. O que nós vamos debater nesta eleição é quem pode fazer mais pela cidade de São Paulo.
O PT fará um grande esforço para entrar no Estado e na capital. O sr. vê algum perigo de uma hegemonia partidária no País, como advertiu o Sérgio Guerra?
É legítimo que o PT queira ganhar, não só a Prefeitura como o Estado. Mas é uma ambição também alimentada pelo fato de querer ser hegemônico. O PT não convive bem com a política, ele tenta controlar até os próprios aliados. O PT não ama a política no sentido de lidar com adversário e compartilhar com aliados. Não me refiro a todos, mas a estratégia petista na internet é da destruição dos adversários, não do debate.
Essa percepção da hegemonia petista foi o gatilho para sua candidatura?
Não é só isso, eu me tornei candidato também pelo gosto de poder administrar novamente a cidade. Um decisão tomada por necessidade, mas sem gosto, é uma decisão muito áspera, difícil. E tomar a decisão só por gosto, sem necessidade, é um tipo de narcisismo, que não está entre os meus defeitos.

O sr. faz análise?
Atualmente, não.
Alguém lhe deu alta?
Não, em análise nunca se tem alta. Se não, não é boa análise. Em matéria de análise sempre fui multinacional. Fiz no Chile, nos EUA e no Brasil.
Que balanço o sr. faz da última eleição? Esta vai ser mais fácil?
Pelo meu temperamento, toda eleição é difícil. Você lida com incertezas e com o espírito das pessoas, que ninguém consegue monitorar.
O Lula está apoiando um candidato em São Paulo…
Sem dúvida. Ele apoiou o Genoino em 2002, perdeu a eleição. Apoiou a Marta em 2004, perdeu. Apoiou a Marta em 2008, perdeu. Apoiou o Mercadante em 2010, perdeu. Apoiou a Dilma em 2010 e eu ganhei em São Paulo, na Capital e no interior. A tradição do Lula é não ganhar dos nossos candidatos em São Paulo. O que não significa que ele não possa ganhar um dia. Estou dizendo, apenas, que não é a tradição até agora.
O que mudou em você da última eleição para cá?
Difícil. Essa é uma pergunta que você poderia responder melhor. Você vê que eu estou, fisicamente, mais descontraído.
Quais os riscos desta vez?
Toda eleição tem um risco. Na vida pública vive-se correndo riscos, estou acostumado. Bem jovem, enfrentei riscos imensos na política estudantil. Eu era o principal dirigente estudantil do Brasil na época do golpe de 1964, por exemplo. Paguei um preço altíssimo e depois, no Chile, com o golpe militar, fui preso. Então, eu já corri riscos na vida consideráveis. Já teve astrólogo que disse que eu vou viver assim toda a minha vida. Não estou dizendo que acredito, mas não acho que se faça tudo pela razão, muita coisa eu faço pela intuição.
Perguntado sobre o mensalão, o Haddad comentou que nunca ninguém tinha perguntado ao senhor se o livro Privataria Tucana teria impacto na campanha (ver ao lado).
Vou repetir o que já disse. O livro é um lixo. Na última campanha, o PT se especializou em atacar a minha família.
O que achou da experiência da prévia?
É um exercício democrático. Os EUA têm uma tradição longa, aqui não há nenhuma. Lá tem eleição a cada dois anos para deputado, fora eleição para prefeito, governador e presidente. Os partidos são mais enraizados na sociedade. Aqui, tenho a impressão de que foi a primeira vez que se fez uma prévia de maior alcance. Acho positiva, aquece a militância para a campanha. Eu fui talvez o principal proponente de prévia no PSDB, ano passado, muito antes de pensar em ser candidato.
Por que no Brasil nunca houve essa tradição?
Fazer prévia não é fácil. Há o risco de aprofundamento das diferenças. Se não houver uma estrutura adequada, acaba sendo um tiro no pé.
A gestão Serra-Kassab foi um período único?
Acho que houve dois períodos. Quando o Kassab era meu vice, seguiu estritamente o nosso programa de governo. Até onde pôde, foi com a mesma equipe – porque alguns vieram comigo para o Estado, como o Mauro Ricardo, nas Finanças. Reeleito, Kassab montou sua administração, harmoniosa com as parcerias com o Estado.
Faria algo diferente dele?
Não sou de descartar programa de antecessores. Se eu atuasse descartando, não teria feito mais telecentros que a Marta ou dado continuidade aos CEUs. E não teria ampliado o Bilhete Único. Veja que nesses três casos não mudamos o nome, prática usual na política. Nós não fazemos isso.
O senhor é um realizador, mas também tem fama de desagregador. Como explica isso?
Creio que capacidade de realizar e de agregar andam juntas. No governo Montoro, na Prefeitura, no Ministério da Saúde, sempre formei equipes que podem ser consideradas as melhores em cada época, sem qualquer desarmonia interna. Sempre parti de uma base técnica bastante ampla. Já era economista e especialista em algumas questões de gestão pública mesmo antes de ocupar cargo.
Quando percebeu que a política era o seu caminho?
Desde criança. Lia jornais a partir dos sete anos e meus parentes dizem que eu já discutia política, ainda criança. Eu não me lembro. Aos 10 anos já era bastante informado. Quando chegou a TV, não tínhamos dinheiro para comprá-la, então eu lia jornal. Só fui ver TV quando tinha 14 anos.
A sua mãe o incentivou?
Não. Nunca ninguém incentivou. Minha família era muito modesta e despolitizada.
E a fama de hipocondríaco…
Não sou, mas tenho fama. Do ponto de vista político, não é ruim, não. Toda a população achava divertido ter um ministro da Saúde hipocondríaco. Não sei de onde vem essa fama. Sou cuidadoso, mas não gosto de ficar tomando remédio.
Não gosta de hospital?
Não. Eu visitei muito hospital, unidades novas de saúde, lidei com questões importantes de saúde pública no Brasil, mas se ver alguém aplicar uma injeção me dá tontura. Quando fui tirar sangue, jamais fui capaz de olhar.
O que gosta de fazer quando não está trabalhando?
Ficar com meus netos e ir ao cinema. E quando posso, viajar. O que é dificílimo. Ir pro exterior para trabalhar é fácil, mas lazer puro é difícil.
No cinema tem um gênero preferido? Viu Tudo pelo Poder?
Achei regular. O filme é meio simplista, mas gostei. Gosto de filme papo-cabeça, de faroeste, de comédia, enfim, de todo tipo de filme desde que seja um bom espetáculo.
E música?
Gosto de música clássica, mas também de MPB. Lembra do (senador do PSDB) Artur da Távola? Uma vez nós passamos uma tarde, em que o plenário não conseguia se reunir, na minha sala vendo quem sabia mais letras de músicas do Orlando Silva. Empatou. O Artur era um musicólogo. Mas eu também conheço muito de música popular antiga.
O senhor é filho único. Isso teve alguma influência na sua personalidade?
Deve ter tido. É muito difícil sentir isso. Dizem que filho único é autocentrado porque não tem concorrente. Eu vi porque tenho dois filhos. Embora sejam dois filhos únicos, porque meu filho nasceu quatro anos depois da minha filha.
De menino, que tipo de aluno o senhor era?
Embora fosse tímido, era muito falador e não era um modelo de disciplina. Tinha boas notas em aplicação e más notas em comportamento. Mas eram coisas muito ingênuas, se você comparar com certas coisas de agora.
Se fosse dar notas a si mesmo, hoje, daria quanto de aplicação e de comportamento?
De aplicação daria nota 10. Quando tenho algo a cumprir, me dedico totalmente. E de comportamento prefiro não me dar uma nota (risos). Uma vez fui para a aula com uma dor tremenda no pé, pois tinha cortado a unha na noite anterior e cortei um pedaço da carne. Passei a noite com o dedo inflamado. Aí o professor me escolheu para declinar verbos em latim e eu disse: ‘Professor, eu não estou em condições de declinar esse verbo’. E ele: ‘Mas o que o você tem?’. Aí eu expliquei que estava com dor no dedo do pé e a sala inteira caiu na gargalhada.
Há uma crise internacional preocupando todo mundo. Como você vê o panorama?
Acho que a economia brasileira vive, há muitos anos, um processo de empurrar com a barriga a solução de seus problemas. Temos um modelo que está consumindo os preços altos das commodities. A economia está se desindustrialização, mas a população está consumindo bastante porque temos preços de commodities em alta. Só que o modelo primário exportador não é capaz de levar o Brasil, a médio e longo prazo, a um processo de desenvolvimento sustentável. Nosso desafio seria ter em 2030 uma renda por habitante semelhante, hoje, à renda dos países considerados desenvolvidos. Não será pelo caminho da economia primária exportadora que chegaremos lá.
Há pelo menos vinte anos que se bate nesta tecla.
Eu sou o que mais bateu na tecla.
Mas, e o cenário lá fora?
Não acho nada catastrófico, você pode ter surpresas. O Pedro Malan disse outro dia que em economia é difícil até prever o passado. Imagine o futuro! Estou preocupado porque a fase de bonança que vive o Brasil é transitória. Mas, do ponto de vista da economia mundial, depende muito da Europa. E qual é o nó da Europa? É que não é uma crise estritamente econômica. Se a Europa fosse um país federativo, como os EUA ou o Brasil, provavelmente não haveria esse problema. Só que eles criaram uma moeda única numa confederação. Então, o orçamento da União no Brasil é 20% do PIB, nos EUA é outro tanto, na Europa é 1% do PIB. Você não tem mecanismos de compensação. A Europa não é integrada nem no mercado de trabalho, muito menos do ponto de vista fiscal./ SONIA RACY E PAULA BONELLI
Fonte: Estadão

PRESIDENTE DO PT DEFENDE CASSAÇÃO DO MANDATO DE DEMÓSTENES

SÃO PAULO – O presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão (SP), defendeu nesta sexta-feira, 30, a cassação do mandato do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), acusado de suspeita de envolvimento com o empresário do ramo de jogos de azar Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. ‘Se a Comissão de Ética chegar à conclusão de falta de decoro e, no meu entendimento, está havendo, a medida para a punição é a cassação do mandato’, frisou o petista, seminário ‘Governança Metropolitana – Desafios, Tendências e Perspectivas’, promovido em um hotel da capital paulista pelo Instituto Lula e pela Fundação Perseu Abramo.

Falcão acredita que tudo indica, pelos depoimentos e gravações colhidos até agora, que existe ‘uma relação muito estreita’ entre o senador e Cachoeira. ‘Se os fatos todos se comprovarem, é preciso que haja medidas legais cabíveis’, acrescentou.

Golpe. O dirigente do PT disse que é preciso respeitar o direito de manifestação dos jovens que têm utilizado o golpe de 64 para protestar contra os militares que se opõem à instalação da Comissão da Verdade. ‘A liberdade de expressão é um direito garantido pela Constituição, acho que as manifestações de jovens não deveriam ser reprimidas, deveriam ser asseguradas’, afirmou.

Falcão disse que o PT nacional divulgará nota defendendo a criação da Comissão da Verdade e solidarizando-se com as manifestações daqueles ‘que querem ver o País passado a limpo’. E ironizou: ‘Aniversário do golpe para nós é depois de amanhã (1º de abril), que é o dia da mentira.’

Fonte:  Estadão

SERRA VENCE PRÉVIA E SERÁ CANDIDATO DO PSDB EM SÃO PAULO

É a quarta vez que o tucano disputa o cargo. Das outras, venceu uma (2004) e perdeu duas (1988 e 1996).
Com 52,1% dos votos, o ex-governador José Serra venceu neste domingo (25) a prévia do PSDB para a escolha do candidato do partido à prefeitura de São Paulo. É a quarta vez que o tucano disputa o cargo. Das outras, venceu uma (2004) e perdeu duas (1988 e 1996).
Participaram da votação 6.229 dos cerca de 20 mil filiados ao partido na cidade. O secretário estadual José Aníbal ficou em segundo na prévia, com 31,2 % dos votos. O deputado federal Ricardo Tripoli foi o terceiro, com 15,7 %.
Os aliados de Serra ficaram decepcionados com a votação. Eles queriam que o ex-governador tivesse mais de 80% dos votos para não passar a impressão de que o partido entra dividido na corrida eleitoral.
Serra deve se dedicar a partir de agora à busca por alianças. Os apoios do PSD e do PP já estão garantido. O objetivo é buscar também a aliança com o DEM, mas o partido tem exigido que, como contrapartida, os tucanos apóiem a candidatura do deputado federal ACM Neto à prefeitura de Salvador. O PV é outro alvo. O PSDB também sonha com alianças com PDT, PPS e PR.
A escolha do vice de Serra depende dessas costuras políticas. O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, sugeriu os nomes de seus secretários municipais Alexandre Schneider (PSD) e Eduardo Jorge (PV) e da atual vice-prefeita da cidade, Alda Marco Antonio (PSD).
Serra só anunciou a sua intenção de disputar a prévia do PSDB no dia 27 de fevereiro, quando faltavam apenas seis dias para a realização da eleição interna do partido. Assim que o ex-governador aceitou entrar na disputa, dois dos pré-candidatos, os secretários estaduais Andrea Matarazzo e Bruno Covas, desistiram de concorrer para apoiá-lo. Aníbal e Tripoli mantiveram as suas pré-candidaturas. Por pressão dos aliados de Serra, a prévia foi adiada por três semanas para que o ex-governador pudesse fazer campanha junto aos filiados tucanos.
Fonte: Gazeta do Povo
Informe: Edcm News

MP-SP ABRE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL CONTRA KASSAB

Prefeito de São Paulo será investigado por causa de contratos firmados para implantação do programação de inspeção veicular na cidade. Ele chegou a ter os bens bloquados no ano passado.
 
O Ministério Público de São Paulo anunciou nesta sexta-feira (16) que irá investigar o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), pelos contratos firmados entre a prefeitura e a empresa Controlar para implantação do programa de inspeção veicular na cidade de São Paulo.
 
A investigação ficará a cargo da Câmara Especializada em Crimes Praticados por Prefeitos (Cecrimp). A intenção é apurar se Kassab, o secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, Eduardo Jorge Martins Alves Sobrinho, e Ivan Pio de Azevedo, ex-presidente da Controlar, praticaram condutas criminosas previstas na Lei de Licitações e no Decreto Lei nº 201/67.
 
No ano passado, a Justiça chegou a bloquear os bens de Kassab por supostas irregularidades no contrato, a pedido do MP. Posteriormente a decisão foi derrubada no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Na época, o prefeito declarou que o problema da inspeção veicular “não era moral e sim técnico”. 
 
“É pública a divergência entre Ministério Público e prefeitura em relação a esse programa. E isso não é segredo para ninguém. Não é uma denúncia no campo moral, não se falou em desvio (de dinheiro) e sim em divergência, no campo administrativo. O Ministério Público diz que esse contrato com a Controlar não é adequado nem correto e a prefeitura acredita que é”, afirmou o prefeito.
Fonte: Gazeta do Povo

RICARDO TEIXEIRA RENUNCIA À PRESIDÊNCIA DA CBF E DO COL

Dirigente alega problemas médicos e deixa entidade após 23 anos. José Maria Marin, presidente em exercício, assume efetivamente.
Por meio de uma carta lida nesta segunda-feira (12) pelo seu sucessor José Maria Marín, Ricardo Teixeira , 64 anos, anunciou oficialmente a sua renúncia da presidência da CBF. O dirigente já havia se licenciado do cargo na semana passada, por motivos de saúde, mas agora decretou a sua saída definitiva do cargo que assumiu em 1989. O dirigente também confirmou a sua demissão do cargo de presidente do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014, posto que também será assumido por Marín.
Inicialmente, Marín assumiria o cargo apenas de forma interina, mas Teixeira resolveu deixar a presidência com a justificativa de que precisa cuidar da sua saúde e ficar com a sua família. O fato é, porém, que o dirigente está saindo da CBF pela porta dos fundos depois ter o seu nome envolvido em diversas denuncias de corrupção. 
Manifestações públicas de torcedores pela saída de Teixeira do cargo se tornaram frequentes a partir do ano passado e agora, por meio de um texto bem amargurado, ele resolveu se afastar da entidade que comanda o futebol brasileiro. A sua gestão foi marcada pela conquista de dois títulos mundiais, em 1994 e 2002, e pelo vice-campeonato de 1998, na França, mas o presidente sempre esteve longe de ser uma unanimidade no cargo. 
“Eu, hoje, deixo definitivamente a presidência da CBF… Futebol em nosso país é associado a duas imagens: talento e desorganização. Quando ganhamos, exaltam o talento. Quando perdemos, a desorganização. Fiz o que estava ao meu alcance. Renunciei à saúde. Fui criticado nas derrotas e subvalorizado nas vitórias”, afirmou Marín, lendo a carta de Teixeira.
Ex-governador de São Paulo, Marín, de 79 anos, assume o cargo de presidente da CBF agora de forma definitiva pelo fato de o estatuto da CBF prever que o vice-presidente mais velho seja o substituto imediato de Teixeira. O ex-mandatário da entidade poderia ter escolhido qualquer um dos cinco vices, mas optou pelo dirigente paulista.
Fonte: Gazeta do Povo

JOSÉ SERRA LIDERA EM SÃO PAULO

Deu na Folha de São Paulo

O ex-governador José Serra subiu nove pontos percentuais na pesquisa de intenção de votos para a Prefeitura de São Paulo após assumir que quer ser o candidato do PSDB na eleição de outubro.

Levantamento feito pelo Datafolha entre quinta e sexta-feira mostra Serra com 30% dos votos num cenário em que estão os principais postulantes ao cargo.

No fim do mês de janeiro, ele tinha 21%.

Em segundo fica Celso Russomanno (PRB), com 19%.

O petista Fernando Haddad obtém apenas 3%.

Serra lidera em todos os cenários em que participa.

Fonte: Carlos Skarlack 

CRIADOR DO KIT GAY, FERNANDO HADDAD AFIRMA SER CONTRA O ABORTO

Criador do Kit gay, o ex-ministro da educação e atual pré-candidato à prefeitura de São Paulo Fernando Haddad, afirmou ser contra o aborto. Em recente entrevista, o político se posicionou pela primeira vez sobre o tema que tem sido bastante debatido desde as eleições presidenciais de 2010, e continua sendo uma fonte de atritos entre o governo Dilma e os parlamentares evangélicos. A polêmica se agravou ainda mais quando a presidente Dilma Rousseff nomeou uma ativista pró-aborto como ministra da Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres.
Em ano eleitoral, temas como o aborto e a união homoafetiva voltaram a ser debatidas e Haddad adotou um tom moderado para referir-se ao assuntos, ”Penso que temos que respeitar a Constituição, no caso da união civil. E, no caso do aborto, eu pessoalmente sou contra”, mas, sobre o fato de ser desfavorável à prática, o político disse estar falando sobre o aborto de ponto de vista masculino, e sem querer dar mais detalhes sobre sua opinião complementou, “as mulheres enfrentam os desafios da vida de maneira própria.”.
Suavizando a questão, Haddad disse que ”A sociedade tem que diminuir o número de abortos. Temos que evoluir, temos que estabelecer políticas públicas oferecendo às mulheres condições de planejar suas vidas.”. Em clima de campanha eleitoral o ex-ministro não entrou em detalhes sobre o aspecto legislativo, com eventuais leis que possam mudar a disposição sobre o aborto.
Fonte: Gospel+