+ UM NOME FORTE PARA CONCORRER À PRESIDÊNCIA DA CÂMARA COM HENRIQUE

Publicado por Robson Pires
Deu no Correio Braziliense
Nas Entrelinhas
Autora: Denise Rothenburg
– O PSB, nos bastidores, começa a montar uma coreografia política rumo à Presidência da Câmara. Se der certo, será o primeiro passo para tentar tirar Temer do papel de vice de Dilma em 2014.
Enquanto os partidos tentam se segurar na CPI para investigar as relações de autoridades com o bicheiro Carlos Cachoeira, começa na Câmara a montagem de uma coreografia que, se der certo, pode ameaçar o casamento entre o PMDB e o PT. O principal coreógrafo é o PSB de Eduardo Campos. E o primeiro bailarino escolhido para interpretar o mocinho da história é o quarto secretário da Mesa Diretora da Câmara, Júlio Delgado (PSB-MG). PSD e PCdoB surgem como parte do corpo de baile.
O deputado do PSB mineiro vive atualmente o que podemos chamar de fase preparatória, ou seja, o alongamento. Delgado se aquece para uma candidatura ao grande espetáculo que se dará em fevereiro do ano que vem, a escolha do próximo presidente da Câmara dos Deputados. Não por acaso, há menos de uma semana, reuniu num inocente café da manhã, integrantes dos três partidos, PSD, PCdoB e PSB.
O objetivo declarado do encontro também era inocente: A formação de um bloco informal desses três personagens. O pano de fundo, entretanto, era bem outro: um aquecimento para uma candidatura de Júlio Delgado à Presidência da Câmara para concorrer contra o PMDB, leia-se, Henrique Eduardo Alves (RN), o líder da bancada que há anos figura como o nome do partido para presidir a Casa com o apoio do PT.

FUNCIONAMENTO DA UNIDADE DE BENEFICIAMENTO DE PESCADO É TIDA COMO PRIORIDADE PARA IMPULSIONAR A FORMAÇÃO DO DISTRITO INDUSTRIAL

Unidade já dispõe de vários equipamentos, mas ainda não funciona.


A proposta de criação do Distrito Industrial voltou a ser discutida nos últimos dias. Uma das prioridades para a execução do projeto é o funcionamento da Unidade de Beneficiamento de Pescado, que está localizada às margens da RN-117, nas proximidades da cidade de Caraúbas/RN.


A Unidade foi construída através de uma parceria entre os Governos Federal, Estadual e Municipal. Na obra foram investidos mais de R$ 3,5 milhões, com a perspectiva de geração de 70 empregos diretos e outros mil indiretos, além de beneficiar cerca de 17 municípios da região.

Mesmo com a sua importância, até o presente momento, o espaço ainda não está sendo utilizado. Seu funcionamento é tido como fundamental para impulsionar o funcionamento do Distrito Industrial caraubense.


Fonte: Caraúbas Hot News

MINORIA DA CÂMARA CRIARÁ PRÊMIO “PACA” PARA OBRAS “EMPACADAS” DO PAC


Deputados da Minoria na Câmara vão expor até o fim do ano obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) por mês que estejam parada. A ideia é que seja divulgada uma obra nessas condições por mês. No fim do ano, os parlamentares farão uma eleição para a obra mais “empacada” do PAC. Para esta ocasião será entregue oferecido um troféu com uma estátua de um bicho paca para os responsáveis da obra vencedora. (Poder On-line/Ig)

Fonte: Blog do Zeca

‘NÃO É TRADIÇÃO LULA GANHAR EM SÃO PAULO’, DIZ SERRA

Salvo imprevisto, muitos acreditam que haverá um aprofundamento da polarização entre PSDB e PT nesta disputa pela Prefeitura de São Paulo. Tendo como protagonistas José Serra e Fernando Haddad, a briga não se resume a mais uma eleição municipal. O Brasil inteiro estará de olho no resultado deste pleito e tudo mais que ele possa significar.
José Serra resolveu ser candidato há menos de um mês. No início do ano, avisou que não queria mais ser prefeito. ‘Não queria, mas a necessidade de aumentar a chance de vitória foi posta pelo PSDB e por nossos aliados’, justificou em conversa com a coluna, na sua casa no bairro Alto de Pinheiros. Bastante à vontade, falou sobre tudo, até sobre seu escorregão em relação ao ‘papelzinho’. Aqui vão os principais trechos da entrevista:
Seus adversários vão explorar, na campanha, a sua saída da Prefeitura no meio do mandato. Já estão ironizando o ‘papelzinho’ que o sr. assinou. Como vai enfrentar isso?
Quando usei essa palavra eu não quis dar um tom jocoso. Mas é importante dizer que a população de São Paulo apoiou duas vezes a minha decisão. Em 2006, tive mais votos no primeiro turno para governador do que para prefeito em 2004. Em 2010, apesar de ter perdido a eleição nacional, ganhei da Dilma em São Paulo. Quem não tem nada a mostrar só pode acusar. Não funcionou duas vezes e não vai funcionar a terceira. O que nós vamos debater nesta eleição é quem pode fazer mais pela cidade de São Paulo.
O PT fará um grande esforço para entrar no Estado e na capital. O sr. vê algum perigo de uma hegemonia partidária no País, como advertiu o Sérgio Guerra?
É legítimo que o PT queira ganhar, não só a Prefeitura como o Estado. Mas é uma ambição também alimentada pelo fato de querer ser hegemônico. O PT não convive bem com a política, ele tenta controlar até os próprios aliados. O PT não ama a política no sentido de lidar com adversário e compartilhar com aliados. Não me refiro a todos, mas a estratégia petista na internet é da destruição dos adversários, não do debate.
Essa percepção da hegemonia petista foi o gatilho para sua candidatura?
Não é só isso, eu me tornei candidato também pelo gosto de poder administrar novamente a cidade. Um decisão tomada por necessidade, mas sem gosto, é uma decisão muito áspera, difícil. E tomar a decisão só por gosto, sem necessidade, é um tipo de narcisismo, que não está entre os meus defeitos.

O sr. faz análise?
Atualmente, não.
Alguém lhe deu alta?
Não, em análise nunca se tem alta. Se não, não é boa análise. Em matéria de análise sempre fui multinacional. Fiz no Chile, nos EUA e no Brasil.
Que balanço o sr. faz da última eleição? Esta vai ser mais fácil?
Pelo meu temperamento, toda eleição é difícil. Você lida com incertezas e com o espírito das pessoas, que ninguém consegue monitorar.
O Lula está apoiando um candidato em São Paulo…
Sem dúvida. Ele apoiou o Genoino em 2002, perdeu a eleição. Apoiou a Marta em 2004, perdeu. Apoiou a Marta em 2008, perdeu. Apoiou o Mercadante em 2010, perdeu. Apoiou a Dilma em 2010 e eu ganhei em São Paulo, na Capital e no interior. A tradição do Lula é não ganhar dos nossos candidatos em São Paulo. O que não significa que ele não possa ganhar um dia. Estou dizendo, apenas, que não é a tradição até agora.
O que mudou em você da última eleição para cá?
Difícil. Essa é uma pergunta que você poderia responder melhor. Você vê que eu estou, fisicamente, mais descontraído.
Quais os riscos desta vez?
Toda eleição tem um risco. Na vida pública vive-se correndo riscos, estou acostumado. Bem jovem, enfrentei riscos imensos na política estudantil. Eu era o principal dirigente estudantil do Brasil na época do golpe de 1964, por exemplo. Paguei um preço altíssimo e depois, no Chile, com o golpe militar, fui preso. Então, eu já corri riscos na vida consideráveis. Já teve astrólogo que disse que eu vou viver assim toda a minha vida. Não estou dizendo que acredito, mas não acho que se faça tudo pela razão, muita coisa eu faço pela intuição.
Perguntado sobre o mensalão, o Haddad comentou que nunca ninguém tinha perguntado ao senhor se o livro Privataria Tucana teria impacto na campanha (ver ao lado).
Vou repetir o que já disse. O livro é um lixo. Na última campanha, o PT se especializou em atacar a minha família.
O que achou da experiência da prévia?
É um exercício democrático. Os EUA têm uma tradição longa, aqui não há nenhuma. Lá tem eleição a cada dois anos para deputado, fora eleição para prefeito, governador e presidente. Os partidos são mais enraizados na sociedade. Aqui, tenho a impressão de que foi a primeira vez que se fez uma prévia de maior alcance. Acho positiva, aquece a militância para a campanha. Eu fui talvez o principal proponente de prévia no PSDB, ano passado, muito antes de pensar em ser candidato.
Por que no Brasil nunca houve essa tradição?
Fazer prévia não é fácil. Há o risco de aprofundamento das diferenças. Se não houver uma estrutura adequada, acaba sendo um tiro no pé.
A gestão Serra-Kassab foi um período único?
Acho que houve dois períodos. Quando o Kassab era meu vice, seguiu estritamente o nosso programa de governo. Até onde pôde, foi com a mesma equipe – porque alguns vieram comigo para o Estado, como o Mauro Ricardo, nas Finanças. Reeleito, Kassab montou sua administração, harmoniosa com as parcerias com o Estado.
Faria algo diferente dele?
Não sou de descartar programa de antecessores. Se eu atuasse descartando, não teria feito mais telecentros que a Marta ou dado continuidade aos CEUs. E não teria ampliado o Bilhete Único. Veja que nesses três casos não mudamos o nome, prática usual na política. Nós não fazemos isso.
O senhor é um realizador, mas também tem fama de desagregador. Como explica isso?
Creio que capacidade de realizar e de agregar andam juntas. No governo Montoro, na Prefeitura, no Ministério da Saúde, sempre formei equipes que podem ser consideradas as melhores em cada época, sem qualquer desarmonia interna. Sempre parti de uma base técnica bastante ampla. Já era economista e especialista em algumas questões de gestão pública mesmo antes de ocupar cargo.
Quando percebeu que a política era o seu caminho?
Desde criança. Lia jornais a partir dos sete anos e meus parentes dizem que eu já discutia política, ainda criança. Eu não me lembro. Aos 10 anos já era bastante informado. Quando chegou a TV, não tínhamos dinheiro para comprá-la, então eu lia jornal. Só fui ver TV quando tinha 14 anos.
A sua mãe o incentivou?
Não. Nunca ninguém incentivou. Minha família era muito modesta e despolitizada.
E a fama de hipocondríaco…
Não sou, mas tenho fama. Do ponto de vista político, não é ruim, não. Toda a população achava divertido ter um ministro da Saúde hipocondríaco. Não sei de onde vem essa fama. Sou cuidadoso, mas não gosto de ficar tomando remédio.
Não gosta de hospital?
Não. Eu visitei muito hospital, unidades novas de saúde, lidei com questões importantes de saúde pública no Brasil, mas se ver alguém aplicar uma injeção me dá tontura. Quando fui tirar sangue, jamais fui capaz de olhar.
O que gosta de fazer quando não está trabalhando?
Ficar com meus netos e ir ao cinema. E quando posso, viajar. O que é dificílimo. Ir pro exterior para trabalhar é fácil, mas lazer puro é difícil.
No cinema tem um gênero preferido? Viu Tudo pelo Poder?
Achei regular. O filme é meio simplista, mas gostei. Gosto de filme papo-cabeça, de faroeste, de comédia, enfim, de todo tipo de filme desde que seja um bom espetáculo.
E música?
Gosto de música clássica, mas também de MPB. Lembra do (senador do PSDB) Artur da Távola? Uma vez nós passamos uma tarde, em que o plenário não conseguia se reunir, na minha sala vendo quem sabia mais letras de músicas do Orlando Silva. Empatou. O Artur era um musicólogo. Mas eu também conheço muito de música popular antiga.
O senhor é filho único. Isso teve alguma influência na sua personalidade?
Deve ter tido. É muito difícil sentir isso. Dizem que filho único é autocentrado porque não tem concorrente. Eu vi porque tenho dois filhos. Embora sejam dois filhos únicos, porque meu filho nasceu quatro anos depois da minha filha.
De menino, que tipo de aluno o senhor era?
Embora fosse tímido, era muito falador e não era um modelo de disciplina. Tinha boas notas em aplicação e más notas em comportamento. Mas eram coisas muito ingênuas, se você comparar com certas coisas de agora.
Se fosse dar notas a si mesmo, hoje, daria quanto de aplicação e de comportamento?
De aplicação daria nota 10. Quando tenho algo a cumprir, me dedico totalmente. E de comportamento prefiro não me dar uma nota (risos). Uma vez fui para a aula com uma dor tremenda no pé, pois tinha cortado a unha na noite anterior e cortei um pedaço da carne. Passei a noite com o dedo inflamado. Aí o professor me escolheu para declinar verbos em latim e eu disse: ‘Professor, eu não estou em condições de declinar esse verbo’. E ele: ‘Mas o que o você tem?’. Aí eu expliquei que estava com dor no dedo do pé e a sala inteira caiu na gargalhada.
Há uma crise internacional preocupando todo mundo. Como você vê o panorama?
Acho que a economia brasileira vive, há muitos anos, um processo de empurrar com a barriga a solução de seus problemas. Temos um modelo que está consumindo os preços altos das commodities. A economia está se desindustrialização, mas a população está consumindo bastante porque temos preços de commodities em alta. Só que o modelo primário exportador não é capaz de levar o Brasil, a médio e longo prazo, a um processo de desenvolvimento sustentável. Nosso desafio seria ter em 2030 uma renda por habitante semelhante, hoje, à renda dos países considerados desenvolvidos. Não será pelo caminho da economia primária exportadora que chegaremos lá.
Há pelo menos vinte anos que se bate nesta tecla.
Eu sou o que mais bateu na tecla.
Mas, e o cenário lá fora?
Não acho nada catastrófico, você pode ter surpresas. O Pedro Malan disse outro dia que em economia é difícil até prever o passado. Imagine o futuro! Estou preocupado porque a fase de bonança que vive o Brasil é transitória. Mas, do ponto de vista da economia mundial, depende muito da Europa. E qual é o nó da Europa? É que não é uma crise estritamente econômica. Se a Europa fosse um país federativo, como os EUA ou o Brasil, provavelmente não haveria esse problema. Só que eles criaram uma moeda única numa confederação. Então, o orçamento da União no Brasil é 20% do PIB, nos EUA é outro tanto, na Europa é 1% do PIB. Você não tem mecanismos de compensação. A Europa não é integrada nem no mercado de trabalho, muito menos do ponto de vista fiscal./ SONIA RACY E PAULA BONELLI
Fonte: Estadão

TJ-SP REJEITA RECURSO E MANTÉM CONDENAÇÃO DE PALOCCI POR IMPROBIDADE

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) rejeitou recurso do ex-ministro Antonio Palocci (PT) e manteve sua condenação por improbidade administrativa. A decisão, tomada dia 26 de março e conhecida hoje, confirmou a sentença da 2ª Vara da Fazenda Pública de Ribeirão Preto (SP), que determinou que Palocci devolvesse aos cofres públicos R$ 413,2 mil que foram gastos em publicidade considerada irregular. Para o relator do processo, desembargador Magalhães Coelho, a publicidade – que tinha um “P” estilizado, o nome do prefeito, em fundo vermelho, acompanhado pela frase Ribeirão Moderna e Humana – utilizada por Palocci na época em que era prefeito de Ribeirão Preto, não tinha qualquer caráter educativo ou informativo e utilizou dinheiro público apenas para promoção pessoal do ex-ministro. “Tem-se, objetivamente, que o material publicitário não apresenta cunho educativo ou de informação, fazendo, muito ao contrário, patente promoção da gestão do agente político”, diz o relator. A defesa do ex-ministro disse que vai recorrer da decisão;

MAIS ESPORTE E LAZER NO RIO GRANDE DO NORTE

Foto oficial da Solenidade de Lançamento Estadual do PELC

PELC é lançado no RN

Encerrou neste momento (sexta-feira, 30/03) a solenidade de lançamento estadual de mais uma etapa do Projeto Esporte e Lazer da Cidade (IFRN/Ministério do Esporte/Governo Federal). A partir de agora o projeto começará oficialmente em 06 municípios do RN. Campo Grande está inserido nesta etapa.
Participaram da solenidade a Deputada Federal Fátima Bezerra, o consultor do Ministério do Esporte, professor Lerson; Luciana Kelly, coordenadora estadual do PELC pelo IFRN; a prefeita de Upanema, Maristela Freire; o vice prefeito de Campo Grande, Caramurú Paiva; a coordenadora do Núcleo Sertão Verde, Zuleide Araújo; e a coordenadora local de CG, Jayce Azevedo.
O momento é importante para Campo Grande porque vai atender 400 pessoas com a oferta de ações permanentes de esporte e lazer num período de 1 ano, renovável.
Muitos campograndenses ilustres vieram ao IFRN Natal para prestigiar a solenidade de lançamento estadual do PELC, dentre os quais Angela Felipe (a maior pintora do RN); Clébio Whilame (estudante de teatro na UFRN); Bebeto Almeida (ex prefeito); Domício Almeida e Aninha Araújo.
Fonte: Site do Caramurú

LÍDER DO PSDB QUER INVESTIGAÇÃO DE CONTRATO DA PESCA

O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), afirmou nesta sexta que pedirá à Comissão de Ética Pública da Presidência da República que investigue se houve uso indevido da máquina pública pelo Ministério da Pesca na compra de lanchas das empresa Intech Boating. Conforme informa reportagem publicada na edição de hoje do jornal O Estado de S. Paulo, após ser contratada para construir lanchas-patrulha de mais de R$ 1 milhão cada para o Ministério da Pesca, a empresa foi procurada para doar R$ 150 mil ao comitê financeiro do PT de Santa Catarina.

O comitê, detalha a reportagem, arcou com 81% dos custos da campanha a governador em 2010, cuja candidata era a petista Ideli Salvatti, atual ministra das Relações Institucionais. Na quarta-feira, o TCU considerou irregular a compra das 28 lanchas, no valor total de R$ 31 milhões, por entender que o Ministério da Pesca não tem o que fazer com as embarcações. Segundo o tribunal, o ministério não tem competência para usá-las no patrulhamento marítimo.

Um ex-militante petista, atual dono da empresa, admitiu em entrevista ter sido procurado a contribuir com o PT. ‘É uma confissão de favorecimento ilícito mediante corrupção ativa e passiva’, afirmou Alvaro Dias. Ele classificou a denúncia como ‘grave’ e ‘séria’.

Para o tucano, a Comissão de Ética tem de adotar procedimentos para esclarecer se houve desonestidade na operação. Ele não descarta pedir, futuramente, a convocação de Ideli Salvatti para ir ao Congresso esclarecer o caso. ‘Pode-se estar diante do uso da máquina pública para extorquir em favor de arcar supostamente com campanhas eleitorais’, afirmou.

Fonte: Estadão

MINISTÉRIO DA PESCA COMPROU 28 LANCHAS, PAGOU R$ 31 MILHÕES E NÃO SABE O QUE FAZER COM ELAS

Criado sob Lula, o Ministério da Pesca ainda não conseguiu demonstrar sua utilidade prática. Uma operação de compra realizada pela pasta potencializa a suspeita, hoje generalizada, de que seria melhor para o país que não existisse.
O ministério comprou 28 lanchas. Custaram ao Tesouro Nacional a bagatela de R$ 31 milhões. Auditoria do Tribunal de Contas da União constatou que pelo menos 23 das embarcações jamais foram utilizadas. Sem conservação, correm o risco de virar sucata.
Alega-se que as outras lanchas estão sendo usadas. Mas o TCU não conseguiu comprovar: “Não é possível precisar se as cinco estão, de fato, em atividade”, anota o relatório de autoria, cuja íntegra está disponível aqui.
As lanchas foram adquiridas por meio de dois pregões eletrônicos. No primeiro, realizado em 2008, compraram-se cinco. No segundo, ocorrido em 2009, o ministério tornou-se feliz proprietário de mais 23 lanchas.
Quando as lanchas começaram a ser compradas, em dezembro de 2008, ainda sob Lula, o ministro da Pesca era o petista catarinense Altemir Gregolin. As últimas embarcações ficaram prontas em março de 2011, já sob Dilma Rousseff.
Nessa época, respondia pelo ministério a também petista de Santa Catarina Ideli Salvatti, agora titular da pasta das Relações Institucionais. Caberá ao carioca Marcelo Crivella (PRB), recém-nomeado ministro da Pesca sem saber colocar minhoca no anzol, decidir sobre o que fazer com as lanchas.

No papel, a compra das embarcações foi justificada sob a alegação de que serviriam para fiscalizar a costa brasileira e coibir a pesca ilegal. O problema é que, pela lei, não cabe ao Ministério da Pesca exercer tais atividades.
As repartições que têm a atribuição legal de monitorar a costa são: o Comando da Marinha do Brasil, o Ibama e as Políciais Militares dos Estados. Alegou-se que o Ministério da Pesca celebraria convênios com esses órgãos, cedendo-lhes as lanchas.
Pela lógica, os órgãos deveriam ter sido consultados previamente, para saber se tinham interesse em firmar os tais convênios. Deu-se, porém, o oposto. O ministério comprou as lanchas primeiro e perguntou depois.
De acordo com o relatório do TCU, o ministério não se preocupou em contatactar os órgãos com os quais imaginava fazer convênios nem mesmo para saber “se necessitavam de lanchas-patrulhas para realizar a fiscalização da atividade pesqueira”
Caso as respostas fossem positivas, prossegue o documento, a prudência recomendaria perguntar “quais seriam as características ideais do equipamento.” Mais: “se os órgãos teriam a infraestrutura e os recursos humanos necessários para operar as embarcações licitadas.”
Sucedeu o óbvio: o Ministério da Pesca “teve grande dificuldade para celebrar os acordos de cooperação técnica.” Os auditores constataram que a pasta “não conseguia dar destinação às lanchas que iam sendo fabricadas e entregues pelo fornecedor.”
Chama-se Intech Boating o fabricante das lanchas. Trata-se de empresa sediada na Santa Catarina do ex-ministros Gregolin, responsável pela defagração das aquisições.
Sem ter o que fazer com as lanchas, o ministério distribuiu-as a superintendências da pasta nos Estados. Ficaram paradas por meses a fio, à espera da celebração de convênios com órgãos que se dispusessem a usá-las.
Concluída a fabricação das primeiras cinco lanchas, o fabricante teve de se oferecer como fiel depositário de duas delas para receber a última parcela do pagamento. A despeito da inatividade das embarcações, o ministério não se deu por achado.
Encomendou a fabricação de mais 23, em 2009. “Nessa ocasião, nenhuma lancha estava em operação e já havia sinais claros da dificuldade de se firmarem parcerias com órgãos interessados em auxiliar o ministério na fiscalização da pesca”, escrevem os auditores no relatório do TCU.
O texto acrescenta: realizado o segundo pregão, o ministério poderia ter retringido “as requisições de fabricação de novas unidades à sua capacidade de colocá-las em atividade. Porém, não foi o que aconteceu.”
As primeiras cinco lanchas foram pagas com verbas enfiadas no Orçamento da União por meio de emendas de parlamentares. Foram patrocinadas pelas bancadas do Maranhão e do Pará.
Para quê? Apoiar e omplementar a “infraestrutura aquícola e pesqueira no Maranhão”. Apoiar o “funcionamento de unidades integrantes da cadeia produtiva pesqueira do Pará.”
O TCU verificou que quatro das cinco lanchas foram parar noutras praças: a Santa Catarina do então ministro Gregolin, o Ceará e o Rio Grande do Sul. “Apenas uma foi entregue em Belém (PA), mas nunca chegou a operar regularmente.”
O fabricante das lanchas já encaminhou três correspondências ao Ministério da Pesca. Nos textos, alerta para os riscos de deixar paradas as embarcações, “sem cuidados mínimos de limpeza e conservação.”
As cartas informam que “a falta de uso pode reduzir exponencialmente a vida útil das embarcações e elevar em muito as despesas com manutenções corretivas, em razão do ‘ambiente agressivo [a água do mar] em que se encontram’.”
Em novembro do ano passado, quando a auditoria foi concluída, a empresa Intech Boating era “fiel depositária de 13 lanchas”. Assumira o ônus da conservação como “condição para receber, antes da entrega definitiva dos bens, o pagamento pelas unidades já construídas.”
Porém, em ofício dirigido à pasta da Pesca, o fabricante pediu o reembolso de despesas de “guarda e conservação” das lanchas. Coisa de R$ 265,4 mil, em valores atualizados até setembro de 2011.
A empresa “não apresenta documentação comprobatória dos gastos discriminados nem demonstra a modicidade dos valores pagos”, anotam os auditores do TCU. Prevê-se que o ministério terá de pagar a conta.
A certa altura do processo de fabricação, a Intech Boating chegou a manter em suas instalações 23 embarcações encomendadas pelo ministério. O TCU refere-se ao descalabro nos seguintes termos:
“Apesar de toda a dificuldade de colocar em operação as lanchas já construídas, o Ministério da Pesca continuou emitindo novas ordens de fabricação, a ponto de o estaleiro colocar-se na condição de fiel depositário de 23 das 28 embarcações licitadas.”
O texto cnclui: “Um gestor médio teria suspendido a emissão de novas ordens de serviço assim que constatasse que não era capaz de definir a destinação das primeiras unidades fabricadas. Não foi o que os administradores do ministério fizeram. E, com isso, tornaram-se responsáveis pelas despesas incorridas pelo fiel depositário ao longo dos muitos meses pelos quais manteve a guarda das lanchas não entregues.”
Diante de tais acintes, os ministros do TCU decidiram nesta quinta (29) converter a autoria do tribunal numa tomada de contas especial. Os resposáveis pela encrenca, entre eles o ex-ministro Gregolin, terão 15 dias para se explicar. Cópia da auditoria será remetida ao Ministério Público Federal.
Logo que tomou posse, o novo ministro Marcelo Crivella, aquele que não sabe enfiar a minhoca no anzol, teve uma longa conversa com Altemir Gregolin. O ex-ministro das lanchas, que geriu a pasta por cinco anos, se dispôs a auxiliar Crivella na elaboração de um tal PAC da Pesca. Antes, talvez devesse ensinar o que fazer com as lanchas.

Fonte: Blog do Josias

“NÃO HÁ CRISE NENHUMA”, DIZ DILMA EM ENTREVISTA À REVISTA VEJA

A presidente Dilma Rousseff comentou os recentes conflitos com a base aliada em uma entrevista publicada na edição desta semana da revista Veja. “Não há crise nenhuma. Perder ou ganhar votações faz parte do processo democrático e deve ser respeitado”, afirmou em sua primeira declaração sobre o assunto. A presidente tem enfrentado retaliações dos partidos aliados no Congresso, com parlamentares insatisfeitos com a demora na nomeação de cargos do segundo escalão e na liberação de emendas, alegando falta de interlocução com o governo. “Crise existe quando se perde a legitimidade. Você não tem de ganhar todas. O Parlamento não pode ser visto assim. Em alguma circunstância sempre vai emergir uma posição de consenso do Congresso que não necessariamente será a do Executivo”, completou Dilma. A presidente disse que o “momento tenso” é “natural em um ano de eleições municipais”. Leia mais no Uol Notícias

DILMA REPETE LULA E BENEFICIA PREFEITOS DO PT COM VERBAS

Publicado por Robson Pires
Nos seus primeiros 15 meses, o governo Dilma Rousseff repetiu o modelo adotado pelo ex-presidente Lula e privilegiou prefeituras do PT na partilha de recursos federais, com destaque para São Bernardo do Campo, berço político do antecessor.
Segundo levantamento feito pela Folha de São Paulo, nas 81 maiores cidades do país (mais de 200 mil eleitores) mostra que das 10 que mais receberam recursos de Dilma desde janeiro de 2011, seis são governadas pelo PT. Outras quatro são chefiadas por aliados (PMDB, PP e PDT).
Cidade onde mora o ex-presidente, São Bernardo desponta no ranking. Desde janeiro do ano passado, foram transferidos R$ 52,4 milhões, o equivalente a R$ 93 por eleitor.