O andamento da organização da Copa do Mundo em 2014 depende da aprovação da Lei Geral da Copa, que define todas as características legais do evento, e permite à FIFA, traçar estratégias junto a seus parceiros comerciais.
Em todos os países que o evento acontece, existe essa adequação na legislação, visto o tamanho do evento. No Brasil, porém, o Estatuto do Torcedor proíbe a venda de bebida alcoólica nos estádios, o que é um entrave para a organizadora, pois um dos maiores patrocinadores do evento é uma marca de cerveja.
A bancada evangélica, representada pelo deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) ao lado da bancada católica, formaram um grupo de aproximadamente 80 deputados que se movimentaram nos bastidores e conseguiu adiar a votação do projeto que institui as regras para a organização da Copa. O principal pedido dos cristãos no Congresso se refere à não aprovação da permissão de consumo de bebidas alcoólicas exclusiva para a Copa do Mundo.
Segundo o jornal “O Globo”, o Ministério Público já vinha tentando barrar a aprovação desse item, e agora, com as bancadas evangélica e católica pressionando o governo, é provável que a FIFA precise negociar individualmente com cada Estado a liberação do consumo de cerveja nos estádios.
Há ainda uma possibilidade de o governo aprovar o item com ressalvas, permitindo o consumo de bebida apenas em setores específicos dos estádios, como forma de prevenir violência nos estádios, assunto que tem se mostrado uma das grandes preocupações dos parlamentares.