BRASIL IRÁ INVESTIR R$ 60 MILHÕES EM ATLETAS, DIZ DILMA

A presidente Dilma Rousseff disse na manhã desta segunda-feira, durante seu programa de rádio “Café com a presidenta”, que o governo federal irá investir R$ 60 milhões em atletas em início de carreira e nos que já estão no topo do esporte, através do programa Bolsa Atleta. O programa, segundo Dilma, selecionou 4.243 esportistas de modalidades olímpicas e paraolímpicas. A lista dos atletas, divulgada semana passada, representa, de acordo com a presidente, aumento de mais de 30%, em relação a 2011, no número de atletas que contarão com o apoio direto do governo. “Divulgamos a lista dos esportistas que receberão o Bolsa Atleta. Essa bolsa é o investimento do governo federal nos atletas brasileiros. Neste ano, ampliamos em mais de 30% o número de beneficiados do programa, e vamos conceder 4.243 bolsas a atletas de 53 modalidades olímpicas e paraolímpicas. É um estímulo ao desenvolvimento do esporte brasileiro, um investimento no time do Brasil”. Leia mais no G1.

BANDA LARGA POPULAR: PRÁTICA É DIFERENTE DO QUE PREVÊ O “PAPEL”

O Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) que prevê a oferta do serviço com velocidade de 1MBps por segundo e preço máximo de R$ 35 ou R$ 29,90, em locais onde houver isenção fiscal, parece estar fadado a entrar no rol das regulamentações que não saíram do papel. Levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), nove meses depois do Ministério das Comunicações e da Agência Nacional de Telecomunicações terem firmados Termos de Compromisso com Oi, CTBC, Sercomtel e Telefônica, mostra que a divulgação e a oferta do serviço ainda estão longe de atender ao programa que tinha como principal objetivo massificar o serviço de banda larga no país. — Para início de conversa, esses Termos de Compromisso, por si só, já são problemáticos. Além de não serem os instrumentos ideais para fazer valer o PNBL, eles permitem várias coisas que consideramos impróprias, como a venda casada, que é crime do ponto de vista do Código de Defesa do Consumidor, e têm textos diferentes para cada empresa. E, mesmo sendo mais permissivos, esses acordo não vêm sendo cumpridos pelas empresas — ressalta Carlos Thadeu de Oliveira, gerente de Comunicação do Idec, explicando que Claro e TIM não foram avaliadas pelo levantamento porque a instituição não teve acesso aos acordos firmados pelas empresas com o Ministério das Comunicações e porque a oferta se restringir à banda larga móvel. Leia mais em O Globo.

AGRIPINO DEFENDE INSTALAÇÃO DE CPI PARA INVESTIGAR ESCÂNDALO NA SAÚDE

Publicado por Robson Pires
O senador José Agripino (RN) defendeu a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os escândalos envolvendo a saúde no Brasil. Reportagem exibida nesse domingo (18) pelo programa Fantástico mostrou um forte esquema para fraudar licitações de saúde pública, feito entre empresas fornecedoras e funcionários públicos. “A reportagem escancara um processo de prática de corrupção e de propina motivado pela impunidade. Como não há punição dos envolvidos nessas denúncias, porque o governo não permite a instalação de CPIs, a corrupção desanda e termina nesse ponto. Tudo é na base da propina”, criticou.
 O presidente nacional do Democratas lembrou que o Democratas luta, desde o ano passado, pela criação da CPI da Corrupção e elencou algumas medidas necessárias para combater um mal que, segundo ele, atinge a imagem do Brasil e prejudica o cotidiano do brasileiro. “É preciso fazer a denúncia ao Ministério Público, estabelecer punição exemplar aos culpados, chamar os ministros da Saúde e Educação para dar explicações ao Congresso, além de instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito com a participação dos partidos que queiram combater a corrupção no Brasil. Uma CPI que não é da Oposição, é do Brasil”.

ESTE RÍDICULO PAÍS DO FUTEBOL!

Publicado por Robson Pires
Duas leis estão na pauta da Câmara. A Lei Geral da Copa e o Código Florestal. Este ridículo país do futebol não para de discutir se deveria ser permitido ou não vender cerveja dentro dos estádios, no breve período da competição. Como se isto fosse uma discussão que enriquece ou empobrece o país. Como se isto fosse um debate estratégico para o futuro. Como se isto fosse resolver o problema do alcoolismo ou fosse deixar alguém mais perto ou mais longe do céu. Ora, este país vende cerveja para menores em posto de gasolina e em porta de escola, que morrem aos milhares alcoolizados a cada ano, em brigas de torcidas organizadas ou em acidentes de trânsito. A discussão da cerveja fica irrelevante quando comparada com a necessária aprovação do Código Florestal. Ele atinge a vida de milhões de trabalhadores e produtores brasileiros, pois a agropecuária representa 1/4 do PIB e 1/3 dos empregos.
 
A nova lei ambiental tem impacto direto na redução da fome no Brasil e no mundo pois, é óbvio, se a produção for reduzida pelo ambientalismo brutal que vigora em nosso país, o preço dos alimentos vai subir. É revoltante ver um país pensando na cerveja antes de pensar na cevada, no trigo, no arroz e nos cereais indispensáveis para a sua fabricação. Um pais que não percebe que o leite vem da vaca que pasta no campo e não da caixinha de tetrapack da gôndola do Carrefour. Um país que discute uma lei para 30 dias, dando-lhe a mesma importância de uma lei para 30 anos, que retira das costas do agricultor brasileiro um passivo de 300 anos. Um ridículo país do futebol. Um país que não tem a mínima noção das prioridades para o seu crescimento jamais será uma verdadeira nação.
 
Do Coronel

DEPOIS DE ROMPER COM GOVERNO, PR ENSAIA APOIAR CPI DA CASA DA MOEDA

Recém-convertidos à oposição, os sete senadores do PR ensaiam uma retaliação ao Palácio do Planalto. Segundo o Estadão, assim que o rompimento com o governo foi oficializado na última quarta-feira, o senador Alfredo Nascimento, ex-ministro dos Transportes, teria procurado o tucano Fleza Ribeiro para informar-lhe da disposição do partido em apoiar o pedido de instalação da CPI da Casa da Moeda, que investigaria as denúncias de enriquecimento do ex-presidente da estatal Luiz Felipe Denuccie poderia complicar o ministro da Fazenda, Guido Mantega. De acordo com a publicação, Nascimento teria questionado: “Onde é que eu assino?”. Atento à mudança do PR, o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias, disse que iria sondar a legenda. “Se eles quiserem fazer a CPI da Casa da Moeda nós faremos”, comentou o tucano. Na próxima semana, a presidente Dilma Rousseff pode ter mais uma prova da rebelião da base aliada, já que deputados, principalmente da bancada ruralista, tentarão aprovar uma proposta de emenda constitucional que retira poderes do chefe do Executivo Nacional na demarcação de terras indígenas, de áreas de preservação ambiental e regiões de quilombolas. O texto transfere para o Congresso a palavra final sobre tais questões. 
Fonte: Blog do Zeca

PROCURADOR ENCAMINHA DENÚNCIA CONTRA MANTEGA PARA A 1ª INSTÂNCIA

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, encaminhou ao Ministério Público Federal, em Brasília (DF), o pedido de investigação contra o ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre o caso que resultou na demissão do presidente da Casa da Moeda, Luiz Felipe Denucci, no final de janeiro.
 
A representação, assinada por sete senadores da oposição, questiona o motivo de Mantega ter mantido Denucci no cargo, apesar de ter recebido informações do suposto envolvimento dele em casos de corrupção. A representação foi apresentada pelos senadores Demóstenes Torres, Álvaro Dias, Aloysio Nunes, Pedro Taques, Jarbas Vasconcelos e Randolph Rodrigues.
 
Em nota, o procurador-geral diz que transferiu a representação ao MPF-DF porque o caso deve ser analisado pela Justiça Federal em primeiro grau. Informações da Folha de S.Paulo.

PARA DILMA, OPINIÃO PÚBLICA APOIA ENDURECIMENTO COM PARTIDOS E REJEITA A ‘CHANTAGEM’ PARLAMENTAR

Dilma Rousseff move-se no Congresso de olho nas ruas. Testa os limites dos partidos que apoiam o governo embalada pela avaliação de que a sociedade gosta do que vê.
 
O blog conversou na noite desta quinta (15) com um senador que atua na crise como bombeiro. Com acesso ao Planalto, teve a oportunidade de analisar a conjuntura política num encontro com Dilma.
 
Resumiu assim o ponto de vista que vigora na sede do governo: “As impressões que são recolhidas indicam que há uma safisfação de expressiva parcela da sociedade com as posições de Dilma, com o jeito dela de governar.”
 
Deu um exemplo: “Quando a presidente diz ‘não’ ao PR e o partido reage com rompimento e ameaças, as pessoas aplaudem. Acham que ela está certa, que deve mesmo reagir aos desaforos e não ceder à chantagem.” 
 
Fonte: BLOG DO JOSIAS

LULISTAS DO PT QUEREM DEMISSÃO DE IDELI SALVATTI

Inconformados a dispensa do deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) da liderança do governo na Câmara, membros da facção Construindo um Novo Brasil (CNB), que é majoritária e liderada por Lula, trabalham pela demissão da ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais), a quem atribuem a armação que resultou na substituição do parlamentar por Arlindo Chinaglia (SP), que integra facção rival dentro do PT.
 
Chá de sumiço…Os aliados que restam a Ideli Salvatti no PT recomendaram que ela tome um chá de sumiço por uns dias, para ver se a CNB a esquece.
 
Briga provinciana…Além da guerra de facções no governo, Jilmar Tatto, Arlindo Chinaglia e Cândido Vaccarezza disputam os mesmos territórios, em São Paulo.
 
Pior que está, fica…Para piorar a situação, o presidente da Câmara, Marco Maia, celebrou a queda de Vaccarezza em casa, com muito uísque. Lula soube.
 
Mau sinal…Sinal de que Lula detestou a escolha de Chinaglia: recebeu o novo líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), mas não o petista. 
 
Fonte: CLÁUDIO HUMBERTO

IRRITADOS COM DILMA, PARTIDOS ALIADOS AMEAÇAM MINISTROS

Os partidos da base aliada em rota de colisão com a presidente Dilma Rousseff deram início a uma ofensiva ao Planalto com ameaças a ministros e desengavetamento de projetos que dão arrepios ao governo. Escolhido pelo PMDB para relatar o Orçamento de 2013 depois do despejo da liderança governista no Senado, Romero Jucá (RR) trabalhará a favor da emenda constitucional que implanta o orçamento impositivo. A proposta obriga o governo a cumprir a lei orçamentária tal qual saiu do Congresso. Se aprovada, o governo não poderá, por exemplo, mexer nas emendas dos parlamentares. Neste ano, ao anunciar um corte R$ 55 bilhões no Orçamento, o ministro Guido Mantega (Fazenda) passou a tesoura nos R$ 18 bilhões destinados pelos senadores e deputados a obras em suas bases, justo num ano eleitoral. 
Fonte: Agência Estado

ANÁLISE IMPECÁVEL!

MARCO ANTONIO VILLA – O Estado de S.Paulo

O rei está nu. Na verdade, é a rainha que está nua. Ninguém, em sã consciência, pode dizer que o governo Dilma Rousseff vai bem. A divulgação da taxa de crescimento do País no ano passado – 2,7% – foi uma espécie de pá de cal. O resultado foi péssimo, basta comparar com os países da América Latina. Nem se fala se confrontarmos com a China ou a Índia. Mas a política de comunicação do governo é tão eficaz (além da abulia oposicionista) que a taxa foi recebida com absoluta naturalidade, como se fosse um excelente resultado, algo digno de fazer parte dos manuais de desenvolvimento econômico. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, sempre esforçado, desta vez passou ao largo de tentar dar alguma explicação. Preferiu ignorar o fracasso, mesmo tendo, durante todo o ano de 2011, dito e redito que o Brasil cresceria 4%.

A presidente esgotou a troca de figurinos. Como uma atriz que tem de representar vários papéis, não tem mais o que vestir de novo. Agora optou pelo monólogo. Fala, fala e nada acontece. Padece do vício petista de que a palavra substitui a ação. Imputa sua incompetência aos outros, desde ministros até as empresas contratadas para as obras do governo. Como uma atriz iniciante após um breve curso no Actors Studio, busca vivenciar o sofrimento de um governo inepto, marcado pelo fisiologismo.

Seu Ministério lembra, em alguns bons momentos, uma trupe de comediantes. O sempre presente Celso Amorim – que ignorou as péssimas condições de trabalho dos cientistas na Antártida, numa estação científica sucateada – declarou enfaticamente que a perda de anos de trabalho científico deve ser relativizada. De acordo com o atual titular da Defesa, os cientistas mantêm na memória as pesquisas que foram destruídas no incêndio (o que diria o Barão se ouvisse isso?).


Como numa olimpíada do nonsense, Aloizio Mercadante, do Ministério da Educação (MEC), dias atrás reclamou que o Brasil é muito grande. Será que não sabe – quem foi seu professor de Geografia? – que o nosso país tem alguns milhões de quilômetros quadrados? Como o governo petista tem a mania de criar ministérios, na hora pensei que estava propondo criar um MEC para cada região do País. Será? Ao menos poderia ampliar ainda mais a base no Congresso Nacional.

Mas o triste espetáculo, infelizmente, não parou.

A ministra Maria do Rosário, dos Direitos Humanos, resolveu dissertar sobre política externa. Disse como o Brasil deveria agir no Oriente Médio, comentou a ação da ONU, esquecendo-se de que não é a responsável pela pasta das Relações Exteriores.

O repertório ministerial é muito variado. Até parece que cada ministro deseja ardentemente superar seus colegas. A última (daquela mesma semana, é claro) foi a substituição do ministro da Pesca. A existência do ministério já é uma piada. Todos se devem lembrar do momento da transmissão do cargo, em junho do ano passado, quando a então ministra Ideli Salvatti pediu ao seu sucessor na Pesca, Luiz Sérgio, que “cuidasse muito bem” dos seus “peixinhos”, como se fosse uma questão de aquário. Pobre Luiz Sérgio. Mas, como tudo tem seu lado positivo, ele já faz parte da história política do Brasil, o que não é pouco. Conseguiu um feito raro, na verdade, único em mais de 120 anos de República: foi demitido de dois cargos ministeriais, do mesmo governo, e em apenas oito meses. Já Marcelo Crivella, o novo titular, declarou que não entende nada de pesca. Foi sincero. Mas Edison Lobão entende alguma coisa de minas e energia? E Míriam Belchior tem alguma leve ideia do que seja planejamento?

Como numa chanchada da Atlântida, seguem as obras da Copa do Mundo de 2014. Todas estão atrasadas. As referentes à infraestrutura nem sequer foram licitadas. Dá até a impressão de que o evento só vai ser realizado em 2018. A tranquilidade governamental inquieta. É só incompetência? Ou é também uma estratégia para, na última hora, facilitar os sobrepreços, numa espécie de corrupção patriótica? Recordando que em 2014 teremos eleições e as “doações” são sempre bem-vindas…

Não há setor do governo que seja possível dizer, com honestidade, que vai bem. A gestão é marcada pelo improviso, pela falta de planejamento. Inexiste um fio condutor, um projeto econômico. Tudo é feito meio a esmo, como o orçamento nacional, que foi revisto um mês após ter sido posto em vigência. Inacreditável! É muito difícil encontrar um país com um produto interno bruto (PIB) como o do Brasil e que tenha um orçamento de fantasia, que só vale em janeiro.

Como sempre, o privilégio é dado à política – e política no pior sentido do termo. Basta citar a substituição do ministro da Pesca. Foi feita alguma avaliação da administração do ministro que foi defenestrado? Evidente que não. A troca teve motivo comezinho: a necessidade que o candidato do PT tem de ampliar apoio para a eleição paulistana, tendo em vista a alteração do panorama político com a entrada de José Serra (PSDB) na disputa municipal. E, registre-se, não deve ser a única mudança com esse mesmo objetivo. Ou seja, o governo nada mais é do que a correia de transmissão do partido, seguindo a velha cartilha leninista. Pouco importam bons resultados administrativos, uma equipe ministerial entrosada. Bobagem. Tudo está sempre dependente das necessidades políticas do PT.

A anarquia administrativa chegou aos bancos e às empresas estatais. É como se o patrimônio público fosse apenas instrumento para o PT saquear o Estado e se perpetuar no poder. O que vem acontecendo no Banco do Brasil seria, num país sério, caso de comissão parlamentar de inquérito (CPI). Aqui é visto como uma disputa de espaço no governo, considerado natural.

Mas até os partidos da base estão insatisfeitos. No horizonte a crise se avizinha. A economia não está mais sustentando o presidencialismo de transação. Dá sinais de esgotamento. E a rainha foi, desesperada, em busca dos conselhos do rei. Será que o encanto terminou?

*HISTORIADOR, É PROFESSOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS (UFSCAR) 

Fonte: Carlos Vereza