– Publicado por Robson Pires
DECISÃO
O PT de Mossoró decidiu pela candidatura própria do professor Josivan Barbosa (na foto). Em disputa acirrada, o grupo do deputado Fernando Mineiro levou a melhor e evitou a aliança com a deputada Larissa Rosado. Com isso, a oposição sai dividida no maior colégio eleitoral do interior do Estado.
DIVISÃO
Em que pese o respeito pelo nome do professor Josivan, sua candidatura é inviável eleitoralmente e serve muito mais para consolidar o discurso de valorização do partido do que a efetiva retomada do poder no pilar de sustentação da governadora Rosalba Ciarlini.
ESTRATÉGIA
Os próprios petistas sabem que a eleição em Mossoró sempre foi e será polarizada entre os dois principais grupos políticos, liderados pela governadora Rosalba Ciarlini e pelas deputadas Sandra e Larissa Rosado. Ou seja: a polarização vai ‘espremer’ a candidatura do PT, minimizando sua real força na Capital do Oeste. A estratégia da candidatura própria é equivocada e fortalece o DEM.
TURNOS
Caso Mossoró tivesse dois turnos, seria interessante a candidatura do PT para uma eventual aliança no segundo turno. Porém, na Terra de Santa Luzia a disputa termina em sete de outubro, elegendo quem tiver mais votos. Dessa forma, a coalização de forças em torno do nome mais forte seria a estratégia mais adequada do ponto de vista político, com clara conseqüência eleitoral.
ROSADOS
Os mais radicais do PT mossoroense, para evitar a aliança com a deputada Sandra Rosado, relembram que o partido já apoiou Rosado em outras eleições e não foi valorizado como devia. Ora, a questão que a deputada Fátima Bezerra pôs em discussão foi a retomada da Prefeitura de Mossoró, berço do DEM e pilar estratégico de Rosalba, que garantiu duas vitórias majoritárias ao sair da cidade com mais de 80% da votação. O radicalismo provinciano emocional derrotou a razão.
FUTURO
O PT ‘tomar’ a Prefeitura do DEM formando chapa com o PSB, seria impor uma grande derrota político-eleitoral ao projeto de Rosalba, que transformou Mossoró como ponta de lança de seus projetos vitoriosos. Sem o poder em Mossoró, que serve de vitrine e respalda sempre a vitória de um deputado estadual e outro federal, o esquema governista poderia ficar ‘capenga’ para a luta de 2014.
FUTURO II
Do ponto de vista eleitoral, caso Rosalba perdesse Natal e Mossoró, naturalmente que poderia comprometer a candidatura à reeleição. Verdade que em política, nada é automático e nem funciona como matemática, mas ficar sem os dois maiores colégios eleitorais do RN enfraquece ainda mais o Governo. Com a decisão, pode ser que o PT saia de 2012 menor que entrou. Em todos os aspectos.
Fonte: Coluna de Túlio Lemos – Jornal de Hoje
