GREVE NÃO PARALISA ATIVIDADES EM 52% DAS ESCOLAS DO RN

A Coordenadoria dos Órgãos Regionais de Educação – Core, da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura – SEEC, vem acompanhando diariamente a adesão à greve nas escolas estaduais em todo RN. De acordo com o último levantamento, feito ontem (13), cerca de 52% dos estabelecimentos de ensino estão funcionando normalmente. Das 710 escolas estaduais do RN, 368 estão com suas atividades habituais.
As informações são passadas para a Core através das Diretorias Regionais de Educação – Dired’s. A Dired de Natal, por exemplo, que abrange 155 escolas, informou que 100 unidades de ensino estão tendo aulas, o que representa mais de 65% do total. Já a Diretoria Regional de Parnamirim mostra que quase 63% das escolas estão funcionando regularmente. O percentual de adesão tem se mantido praticamente o mesmo desde o início da greve.

DO BLOG UPANEMA NEWS

LEITOR: Antonio Roberto de Oliveira Vitor

Bom não tenho o costume de escrever comentários para blogs,
Mas desta vez senti uma necessidade, sou aluno de ensino médio da Escola Estadual José Calazans Freire que por sinal esta em greve.
Gostaria de entender melhor quais os benefícios que essa greve irá trazer para nós alunos. Até onde sei os professores estão em busca do reajuste do piso salarial e de “melhorias para a nossa educação.”
Sempre há alguém para dizer que os professores só querem dinheiro com essa greve. Eu não penso bem dessa maneira, mas há sempre um professor para dizer que está em buscas de “melhorias na nossa educação.” Está bem, mas quais são essas melhorias? Pois na minha escola há salas e carteiras sobrando, nunca falta merenda, tenho laboratório de informática a minha disposição, temos transporte para alunos que moram na zona rural. Bom se a nossa educação ainda precisa de melhorias p@# vai ficar muito F@d# pra C@R#lho!
Por enquanto não consigo ver benefícios já que estamos a mais de um mês sem ter aula.
Talvez algum professor irá dizer “esse ai nem assiste aula direito” ou “esse ai não tá nem ai pra vida.” Mas garanto uma coisa: quero ingressar em uma Universidade um dia. Sei também que depende muito de mim é claro, mas sem professor não dar
Só quero que vejam que essa greve só prejudica a uma classe: não é a dos professores, muito pior a dos governantes mas sim a classe ESTUDANTIL.
Obs.: sei que alguns professores irão aparecer com suas respostas prontas (se esse comentário for publicado), mas espero que algum deles me mostre outra classe prejudicada além da minha.

Porteiro de escola do Sertão abusava de criança de apenas 9 anos de idade

Um porteiro de uma escola municipal do município de Conceição, no Vale do Piancó, foi preso, nesta quarta-feira (08), acusado de abusar sexualmente de uma criança de apenas 9 anos de idade.

Segundo o promotor de Justiça Romualdo Tadeu Araújo, que atua na Comarca de Conceição, a prisão foi uma ação do Ministério Público da Paraíba com apoio da Polícia Militar. O promotor informou que o homem de 40 anos foi preso em sua residência e levado para a Cadeia Público do município. Com um mandado de busca e apreensão, foram encontrados 44 DVDs pornográficos na casa do acusado.

A investigação que levou à prisão foi realizada pelo promotor Romualdo Tadeu, depois de uma denúncia no Disque 100 (criado para receber denúncias de exploração sexual contra crianças e adolescentes), de que o porteiro foi flagrado abusando de uma criança de 9 anos.

Fonte: Folha do Sertão 
Via Sentinelas do Apodi.

Professores acreditam pouco no sucesso de seus alunos, aponta estudo

Apenas 38% dos professores que dão aulas para alunos mais pobres no ensino fundamental da rede pública dizem acreditar que quase todos os estudantes concluirão o ensino médio.
O dado, revelado pelo economista Ernesto Martins a partir do questionário da Prova Brasil – exame do Ministério da Educação (MEC) que avalia a qualidade da educação básica -, levanta uma discussão importante.
De um lado, os professores podem simplesmente estar sendo realistas. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE, só 38% dos jovens de 18 a 24 anos tinham nível médio completo em 2009.
A descrença na capacidade de muitos alunos completarem o ensino médio pode, no entanto, tornar-se uma profecia autorrealizadora.
O fenômeno foi estudado pelos pesquisadores americanos Robert Rosenthal e Lenore Jacobson, que provaram que a expectativa dos professores tinha impacto no desempenho dos alunos.
Em seus estudos, publicados desde a década de 60, Rosenthal e Jacobson aplicaram testes de QI no início do ano a alunos, mas informaram aos professores resultados falsos, dividindo aleatoriamente as crianças.
Os alunos cujos professores foram induzidos a acreditar erroneamente que tinham QI mais elevado tiveram progresso maior em um novo teste aplicado ao fim do ano em relação aos demais.
Para Ernesto Martins, autor do levantamento, é preocupante constatar que muitos professores demonstram não acreditar no sucesso do trabalho desenvolvido pelas escolas onde eles lecionam.
“O fracasso do aluno deveria ser encarado também como fracasso do professor e da escola”, diz o economista.
Mozart Neves Ramos, conselheiro do movimento Todos Pela Educação e membro do Conselho Nacional de Educação, compara o professor ao médico.
“Em ambientes com poucos recursos e muitos problemas, o professor percebe que, por mais que se esforce, será mais difícil mudar a realidade. Se o médico não acredita na cura de um paciente em estado grave, se esforçará menos para salvá-lo.”
Maria Helena Souza Patto, docente do Instituto de Psicologia da USP, identifica o preconceito de classe como explicação para a baixa expectativa em relação aos alunos mais pobres.
Ela explica que, com uma visão negativa dos alunos, educadores se relacionam com eles de modo a confirmar as expectativas de que serão incapazes de aprender.
Na prática, afirma a docente, isso pode acontecer por meio de comportamentos explícitos — agressões verbais — ou sutis, como a frequência com que atendem as dúvidas de alunos considerados menos capazes.
Soluções
Ter como objetivo que todos aprendam sem discriminar os de menor desempenho é uma característica de países com bons indicadores educacionais, segundo relatório da consultoria McKinsey divulgado em 2007.
O estudo mostrou que países como Canadá, Finlândia, Japão, Cingapura e Coreia do Sul identificam alunos com maior dificuldade, agindo imediatamente para que eles não fiquem para trás.
A receita é também seguida por poucas escolas públicas no país com bons resultados nas avaliações do MEC, como a Escola Municipal Bartolomeu Lourenço de Gusmão, em Vila Nova Isabel, zona leste de São Paulo.
A diretora Rosália Hungaro diz que uma das estratégias para que todos aprendam é a divisão das turmas em duplas, para que alunos mais avançados interajam com os de pior desempenho.
Dessa forma, a escola tenta evitar que se formem grupos de bons alunos que sentam na frente da sala, enquanto os menos interessados acabam recebendo menos atenção do professor.
Fonte: Folha de S.Paulo

Inscrições para cursos de formação continuada de docentes vão até 29 de maio

Os diretores de escolas públicas de educação básica têm até o próximo domingo, 29 de maio, para inscrever os professores de suas escolas em cursos de extensão ou aperfeiçoamento. São mais de 86 mil vagas, divididas em um total de 1.357 cursos das mais variadas áreas, que vão desde o ensino de artes e educação física até formação de mediadores de leitura na biodiversidade. Todos os estados têm cursos disponíveis, que podem ser presenciais, semipresenciais e a distância, com duração de até 300 horas cada. A inscrição é feita pela Plataforma Freire.
A formação é gratuita e deve ser feita dentro da rotina escolar do docente, ou seja, sem aumentar a sua carga horária.  “Esses cursos de formação continuada são um direito do professor. É neste espaço que ele vai refletir a sua prática e desenvolver uma maior consciência sobre o dia a dia da escola”, explicou a secretária de educação básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda.
Depois de o diretor da escola inscrever o professor, o próprio docente terá que confirmar a sua inscrição. Também por meio da Plataforma Freire, ele terá o prazo de 23 de maio a 5 de junho para confirmar o seu interesse em ingressar no curso. Só depois disso a inscrição é validada. A partir do dia 18 de junho, a lista dos docentes inscritos em cursos de extensão ou aperfeiçoamento estará disponível na página eletrônica da Plataforma Freire. Nela também é possível encontrar outras informações sobre os cursos.
É importante lembrar que somente poderão ser indicados professores que tenham sido registrados como educadores em efetivo exercício no Censo Escolar 2009 ou 2010. O professor que já tenha se pré-inscrito em curso de formação inicial também não poderá se inscrever nos cursos de extensão e aperfeiçoamento.
Formação
Desenvolvida pelo MEC, a Plataforma Freire é um sistema por meio do qual o professor se inscreve em cursos oferecidos pelo Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica, com o objetivo de adequar a sua graduação.
A oferta destes cursos é uma parceria entre a Secretaria de Educação Básica (SEB), a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) e a Secretaria de Educação Especial (Seesp) com instituições públicas de ensino superior, e atenderá professores de todos os entes da federação.
Com informações do Portal do MEC

Concurso Tempos de Escola chega a sua 3ª edição com novidades

Começou neste domingo, 1º de maio, o período de inscrição para a 3ª edição do Concurso Tempos de Escola. Promovido pelo Instituto Votorantim em parceria com o Ministério da Educação (MEC ) e Canal Futura, o concurso visa premiar redações de alunos do ensino fundamental e médio de escolas públicas dos municípios brasileiros participantes do projeto Parceria Votorantim pela Educação (veja quadro abaixo).
A edição deste ano apresenta algumas novidades. Para possibilitar uma maior participação dos estudantes e estimular nas crianças o prazer pela escrita foi criada a categoria Ensino Fundamental I, voltada para alunos do 3º ao 5º. Com isso o concurso passa a ser dividido em três categorias: Ensino Fundamental I, Ensino Fundamental II e Ensino Médio.
Outra mudança diz respeito ao tema das redações. Diferentemente dos anos anteriores, nesta 3ª edição cada categoria terá um tema próprio, sempre com o foco na valorização da escola e da educação. Há novidades, também, nos prêmios que serão entregues aos autores das melhores redações. Confira no quadro abaixo:
Tabela Concurso Tempos de Escola

Os professores orientadores e a direção das escolas vencedoras também serão homenageados, recebendo como prêmio um kit de materiais pedagógicos e uma senha de acesso à plataforma FuturaTEC (HTTP://futuratec.org.br), espaço virtual em que estão disponíveis as diversas produções educativas elaboradas pelo Canal Futura.
Serão escolhidas até três redações por município, sendo um premiado por cada categoria. Os textos vencedores provenientes das 30 cidades participantes serão publicados, posteriormente, num livro coletivo que tem o seu lançamento previsto para 2012.
O Concurso Tempos de Escola premiará, ainda, como Destaques Nacionais os autores dos três melhores textos, sendo um por cada categoria. Cada aluno vencedor e seu respectivo professor orientador receberão um computador de presente.
O objetivo é sensibilizar os estudantes sobre a importância da dedicação aos estudos e o valor da educação para seu desenvolvimento pessoal e da sociedade. Para isso, o Concurso estimula que os alunos produzam textos sobre o universo escolar, registrando histórias e vivências que marcam as relações, as conquistas e os desafios que o ambiente da educação na escola proporciona às pessoas.
Para participar, os estudantes têm até o dia 31 de julho de 2011 para enviar o texto e preencher a ficha de inscrição disponível na página do concurso (www.blogeducacao.org.br/temposdeescola). A escolha do gênero literário (exemplo: biografia, crônica, poesia, reportagem etc) que servirá como base para a elaboração da redação fica a critério dos próprios alunos. O importante é lembrar apenas que todos os textos devem ser feitos a partir de entrevistas realizadas pelos alunos e de suas próprias percepções e reflexões. Para isso, converse com algum de seus familiares, vizinhos, professores, funcionários da escola entre outras pessoas da comunidade e transforme essa história numa bela redação. A divulgação dos melhores trabalhos será feita em setembro.
Acesse aqui o regulamento e os materiais de apoio do concurso e ajude também a mobilizar os estudantes de sua comunidade a participar.
Municípios Concurso Tempos de Escola 2011
Por Cleide Quinália / Blog Educação

Prêmio Escola Voluntária premia instituições com ações voltadas para a comunidade

Data: 20 de maio de 2011 8:00 até 1 de julho de 2011 18:00
Incentivar e reconhecer instituições de ensino responsáveis por projetos sociais que multipliquem as boas ações na comunidade para diminuir as diferenças. Esse é o propósito do Prêmio Escola Voluntária, que chega a sua 11ª edição e tem inscrições abertas até 1º de julho. 
Promovida pela Fundação Itaú Cultural, em conjunto com a Rádio Bandeirantes (AM 840 e FM 90,9), a iniciativa premiará as escolas autoras das três melhores ações, sendo R$ 15 mil para a primeira colocação, R$ 10 mil para a segunda e R$ 5 mil para a terceira. Além do prêmio em dinheiro, as escolas finalistas terão espaço para divulgar os projetos no programa Jornal da Gente veiculado pela rádio.
O espaço no programa contará com a participação do padrinho do prêmio, Marcelo Tas, além de Fernando Haddad, Ministro da Educação, e Antonio Jacinto Matias, vice-presidente da Fundação Itaú Social. Qualquer escola, pública ou particular, pode participar se o projeto estiver ativo desde o começo do atual ano letivo e que dele participem alunos matriculados no 9° ano do ensino fundamental ou em qualquer série do ensino médio.
De 2001, em sua primeira edição, até hoje, o Prêmio Escola Voluntária contou com 3.645 instituições inscritas de oito Estados: Bahia, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Distrito Federal. Um dos vencedores do ano passado foi o Colégio Positivo, da cidade de Telêmaco Borba (PR), com o Clube de Matemática Solidário, que busca estender o ensino da disciplina com jogos feitos de materiais reciclados.
Veja aqui o regulamento e a ficha de inscrição. Outras informações pode ser encontradas no site do 11° Prêmio Escola Voluntária: www.escolavoluntaria.com.br
Com informações do portal Prómenino

ENVIADO PELO PROFESSOR DÁRIO ALESSANDRO.

Atenção leitores, o professor e diretor da Escola Estadual Profº. Alfredo Simonetti, Dário Alessandro, avisa a todos que já disponibilizou em seu blog as fotos da festa em comemoração ao dia das mães realizada pela referida escola. Estou deixando o link do blog para todos que queiram ver as fotos. Para visualizá-las é só clicar AQUI!
Veja o comentário enviado pelo professor Dário.
 
AS FOTOS ESTÃO NO MEU BLOG.
Imagens da festa das mães da nossa escola, foi feito um café da manhã bastante saudável com sucos frutas e bolos. As apresentações culturais ficaram por conta dos nossos alunos que deram um verdadeiro show de dança e interpretação emocionando as mães presentes que de tanta emoção encheram os olhos de lágrimas. A nossa escola agradece a participação de funcionários e professores que tornaram possível mais esse evento de união e harmonia de toda a comunidade escolar, 2012 tem mais.

Mais Educação: escolas devem enviar planos de trabalho até o dia 26 de abril

As escolas públicas de educação básica pré-selecionadas para participar, em 2011, do programa Mais Educação podem aderir ao programa e apresentar planos de trabalho até 26 de abril. Em todo o país, foram pré-selecionadas 16 mil escolas para receber recursos do programa, e a proposta do Ministério da Educação é atender 15 mil escolas e oferecer educação integral a cerca de 3 milhões de alunos neste ano. Até o momento, em torno de 14,3 mil estabelecimentos públicos de ensino aderiram.
O principal objetivo do Mais Educação é garantir às crianças da educação básica outros espaços e oportunidades de aprendizado. Para que seja aceita no programa e receba recursos do MEC — em média, R$ 37 mil por unidade escolar —, a escola precisa informar o número de alunos a serem atendidos, indicar as atividades oferecidas, apontar quantos monitores serão necessários e quem vai coordenar a educação integral.
Os dados devem ser registrados no sistema de informações integradas de planejamento, orçamento e finanças do MEC (Simec), ao qual a escola tem acesso por meio de senha.
Com base na quantidade de estudantes informada pela escola, o MEC determina o valor dos recursos a serem enviados. O repasse, em cota única, cabe ao Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Criado em 2007, o programa Mais Educação começou a funcionar efetivamente em 2008. Desde então, passou de 386 mil para 2,2 milhões de estudantes atendidos em tempo integral, especialmente no ensino fundamental urbano.
Confira a relação dos municípios e escolas que podem incluir estudantes no programa.
Para entender melhor o Mais Educação, clique aqui.

Fonte: MEC

BRASILEIROS DESCONHECEM O PAPEL DO CONSELHO ESCOLAR, INDICA PESQUISA

Os conselhos escolares foram criados para que a gestão das instituições públicas de educação básica fosse mais democrática e contasse com a ajuda da comunidade, mas não é essa a situação em grande parte das escolas brasileiras.
Segundo o Sistema de Indicadores de Percepção Social (Sips), divulgado neste ano pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), cerca de 71% da população desconhece o papel dos conselhos. A falta de informação atinge principalmente pais com baixa escolaridade e mais de 55 anos de idade, universo onde a desinformação chega a 80%. O Ipea ouviu 2.773 pessoas em todo o Brasil no final de 2010.
Para o professor Angelo Ricardo Souza, do Núcleo de Políticas, Gestão e Financiamento da Educação da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a causa está essencialmente no fato de os instrumentos de gestão democrática ainda serem recentes no país e a população não estar acostumada a participar.
“A prática do conselho escolar tem 15 anos, o que é muito pouco tempo para termos uma atuação efetiva. Sem contar que não existe divulgação suficiente nem conscientização dos pais de que sua participação é fundamental para o andamento da escola”, explica.
Parceria
A participação pouco expressiva também pode ser explicada pela falta de tempo dos pais. Além de a maioria trabalhar em tempo integral, Souza explica que ainda existe o entendimento de que educação é papel exclusivo dos professores. Por esse motivo, a discussão sobre os assuntos financeiros, administrativos e pedagógicos da escola não faz parte da lista de interesses da família.
No Paraná, por exemplo, das 2.164 escolas estaduais, 80% têm conselhos ativos, mas isso não significa que eles funcionem como deveriam.
Souza explica que na prática esses organismos estão mais ligados ao trabalho administrativo e financeiro do que ao pedagógico, embora 94% das pessoas que disseram saber da existência do conselho afirmem que a função pedagógica é a mais importante.
Na maioria das vezes, os participantes decidem sobre reformas na estrutura física da escola ou problemas que rondam os arredores da instituição, como segurança.
Segundo a pesquisa, 91% das pessoas veem na fiscalização da aplicação dos recursos financeiros o maior papel do conselho. “Como também faz parte do trabalho manejar os recursos, os conselheiros acabam se envolvendo com isso em primeiro plano e deixam de lado as discussões sobre o ensino”, diz Souza.
Na escola Algacyr Munhoz Maeder, as ações do conselho seguem essa linha. Segundo a diretora, Yasodara Collyer de Magalhães, as últimas decisões foram sobre a limpeza e pintura dos muros pichados, assim como questões sobre indisciplina.
“Mesmo assim é muito difícil trazer a família para a escola. A única época do ano em que vejo os pais vindo aqui e realmente interessados é durante a rematrícula”, conta.
Para estimular a participação da população, a superintendente da Secretaria Estadual de Educação (Seed), Merougy Cavet, diz que ainda para o primeiro semestre estão previstas ações para que a comunidade entenda a importância de participar da escola.
“Hoje os boletins bimestrais são on-line, mas vamos voltar a fazer de papel, para que os pais se obriguem a ir até a instituição e a se integrar mais com o colégio”, afirma.
Interesse
Mesmo com o pequeno interesse geral pelos assuntos escolares, existem pais que procuram espontaneamente a instituição para ajudar. Desses, 91% sabem da importância do papel do conselho para a comunidade, segundo a pesquisa do Ipea.
O músico Ronaldo Guilherme Tavares tem dois filhos na escola Algacyr Munhoz Maeder, onde estudam há seis anos. Desde o começo ele se dispôs a conhecer o funcionamento da instituição, até ser convidado pela diretora para integrar o conselho.
“Vi no conselho a chance de levar as demandas da comunidade para a escola, mas também de ficar mais próximo da vida escolar dos meus filhos”, afirma.
Tavares gostou tanto do contato direto com a escola que resolveu fazer mais. Entrou no projeto Escola Aberta, que leva a comunidade a desenvolver atividades com os alunos nos fins de semana, e passou a dar aulas de violão para a garotada.
Pelo menos duas vezes por semana ele permanece no colégio. “A maioria dos pais que conheço não tem o menor interesse. A alegação é sempre a mesma: falta de tempo”.
Desempenho
A pesquisa do Ipea também aponta relação direta entre funcionamento do conselho e bom desempenho escolar. Nas escolas onde a agremiação é atuante, os indicadores que medem a qualidade do ensino, como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), são mais altos.
A Secretaria Estadual de Educação também identificou essa relação, ao lado de outros três itens que fazem uma escola ganhar destaque nos indicadores: um diretor comprometido, uma proposta pedagógic
a eficiente e pouca rotatividade de professores.
A escola Ângelo Trevisan, que fica no bairro Santa Felicidade, em Curitiba, é um exemplo do bom resultado do trabalho do conselho. Ela está entre as três instituições do Paraná que conseguiram alcançar nota 6 no IDEB na primeira etapa do ensino fundamental, meta prevista para 2021 pelo Ministério da Educação.
Para a diretora do colégio, Antônia Maria Dezan Lobato, o resultado pode ser explicado, entre outros fatores, pela participação dos pais. “Sempre que precisamos, convocamos os conselheiros. Muitos deles, claro, têm suas atividades diárias, mas reservam uma parte do tempo para vir à escola”, conta.
Entre a grande conquista do conselho está a implantação do ensino da língua italiana, que não é obrigatória nas escolas. “O conselho é uma ferramenta insubstituível, até porque o usamos para fazer o que muitas vezes o poder público deveria mas não dá conta”, explica Antônia.
Para Maria Aparecida Bacayoca de Ribeiro, mãe de um estudante e uma das conselheiras da escola, a experiência muda a forma como a família percebe a educação. “Faço parte do conselho há sete anos. Passei a ver que a educação formal do meu filho também depende de mim”, afirma.
Detalhes 
Saiba mais sobre o funcionamento dos conselhos de educação:
– O conselho tem a função de decidir sobre três aspectos da escola: administrativo, financeiro e pedagógico;
– O conselho deve ser composto por professores e pedagogos, fu
ncionários, alunos com mais de 16 anos, pais e membros da comunidade;reeleição
– Cada gestão vale por três anos, podendo haver .

Quer saber mais sobre a atuação dos conselhos escolares?
A dica é visitar o site do Ministério da Educação (MEC). Lá é possível encontrar várias informações sobre o Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares e saber mais sobre os objetivos e as funções desta agremiação. Há também diversas publicações que abordam o tema, bem como relatos de experiências de escolas que contam com o trabalho dos conselhos. Clique aqui e conheça todos esses detalhes.

Com informações da Gazeta do Povo (PR)