Educador defende a pedagogia da vida cotidiana como forma de impulsionar o aprendizado

Educar não é meramente comunicar algo já pronto, impondo conteúdos. É discorrer, compartilhar, observar, enfim, construir o conhecimento a partir do aluno e com ele, considerando suas referências, experiências e anseios. A avaliação é do educador espanhol César Muñoz Jiménez, da Universidade Ramón Llull, de Barcelona, que esteve no Brasil para participar de um evento sobre educação integral, realizado recentemente em São Paulo.
Defensor da pedagogia da vida cotidiana, Munõz aponta a união entre o espaço do dia a dia e a reflexão como o caminho para o desenvolvimento de uma educação participativa, que valoriza o sentir e pensar de cada um.
Para ele, o cotidiano é um lugar privilegiado onde acontecem as transformações. Ou seja, são nos pequenos atos diários, triviais da vida, que estão as informações que servirão de subsídios para impulsionar o processo ensino-aprendizagem. Os grandes momentos da vida são pontos isolados, que não acontecem sempre, por isso é importante valorizar, o pequeno, o agora. “Seria bom, mas não dá para ter um filho por dia, um grande amor por dia, uma viagem por dia. Por isso, a paixão tem que estar nos acontecimentos cotidianos, nas coisas simples que, para muitos, passam até despercebidas”, diz o educador.
Ele destaca que é importante ‘abrir-se ao outro’, favorecendo essa conexão com mundo. “Tudo e todos à nossa volta são fontes de ensinamentos. É preciso ter os olhos e os ouvidos abertos para isso”, afirma. “A matéria-prima de um carpinteiro, por exemplo, é a madeira. E a do educador? Qual seria?, questiona.
Muitas poderiam ser as respostas para essa pergunta, esclarece Muñoz, mas a seu ver a mais importante talvez seja entender que a “matéria-prima da pedagogia consiste no ‘aprender o outro em contraste com o eu’, numa troca contínua.” Para ele, grande parte da riqueza proveniente dessa relação, no entanto, acaba sendo desperdiçada pois o ser humano não costuma prestar atenção no viver de outras pessoas e nem em seu próprio cotidiano “É como viver em São Paulo e não conhecer a cidade. Precisamos nos conectar ao que está ao nosso redor, no dia a dia, e assim concretizar esses momentos”, diz
Neste período em que a questão da educação integral vem sendo tão amplamente discutida no País, Muñoz ressalta a importância dos educadores enxergarem, mais do que nunca, o aluno como um ser total, completo, que precisa ser ouvido e estimulado em suas potencialidades.
Para ele, não dá para atuar de forma inocente, como se cada ação não gerasse uma reação, que por vezes pode ser até contrária ao que se está tentando realizar. É por isso que o compartilhar e o ouvir são tão necessários. “Acredito no trabalho ‘com o outro’ e não apenas ‘para o outro’; em propostas que unam os parâmetros dos adultos com os das crianças e jovens; na educação que fortalece participação como um processo contínuo”, diz Muñoz, que complementa: “Há um grande erro em achar que as crianças não são capazes de elaborar e colocar em ação uma ideia ou mesmo um projeto. Entretanto, muitos dos trabalhos que já realizei com os alunos provam justamente o contrário. Mostrem a essas crianças que elas fazem parte de algo e que são capazes, e se surpreenderão com os resultados”, finaliza.
Por Cleide Quinália / Blog Educação

Filosofia volta a fazer parte do conteúdo curricular do ensino médio

A filosofia vai voltar, na prática, para o conteúdo curricular dos alunos de ensino médio, depois de 47 anos fora dos currículos das escolas de educação básica no país. No ano que vem, as escolas da rede pública receberão pela primeira vez, desde a ditadura, livros didáticos da disciplina para orientar o trabalho dos professores. Foi o regime militar que baniu a filosofia das escolas.
Em 2008, uma lei trouxe de volta a filosofia e a sociologia como disciplinas obrigatórias para os estudantes do ensino médio. A professora Maria Lúcia Arruda Aranha ensinava filosofia em 1971 quando a matéria foi extinta pelo governo militar. Hoje, é uma das autoras dos livros que foram selecionados para serem distribuídos aos alunos da rede pública pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).
“Ela desapareceu [a filosofia nas escolas] na década de 70 e reapareceu como disciplina optativa em 1982. Mas, nesse meio tempo, eu continuava dando aula em escola particular. A gente ensinava, só que o nome da matéria não podia constar como filosofia”, lembra.
Ela avalia que o país “demorou demais” para incluir as duas disciplinas novamente entre as obrigatórias e ainda falta “muito chão” para que elas sejam ministradas da forma adequada. Ainda faltam professores formados na área já que, por muito tempo, não havia mercado de trabalho para os licenciados e a procura pelo curso era baixa. Em 2009, 8.264 universitários estavam matriculados em cursos superiores de filosofia – 78 vezes menos do que o total de alunos de direito.
Muitas vezes são profissionais formados em outras graduações como história ou geografia que assumem a tarefa. Os livros didáticos devem ajudar a orientar os docentes no ensino da filosofia. “O livro é muito importante porque dá uma ordenação do conteúdo e propõe como o professor pode trabalhar os principais conceitos, como o que é filosofia e a história da filosofia. Mesmo o aluno formado na área, às vezes, não está acostumado a dar aula para o ensino médio, não tem dimensão de como chegar ao aluno que nunca viu filosofia na vida”, explica.
A história da filosofia, as ideias dos principais pensadores como Platão, Kant e Descartes, servem de base para ensinar aos jovens conceitos básicos como ética, lógica e política. Mas Maria Lúcia ressalta que é muito importante conectar o conteúdo com a realidade do aluno para que ele “aprenda a filosofar”.
“O professor deve apresentar o texto dos filósofos fazendo conexões com a realidade daquele tempo em que o autor viveu, mas também estimular o que se pensa sobre aquele assunto hoje. Isso desenvolve a capacidade de conceituação e a competência de argumentar de maneira crítica. Ele aprende a debater, mas também a ouvir”, compara.
Fonte: Agência Brasil

Atividades no contraturno das escolas ajudam no aprendizado do aluno

O que fazer com as crianças e os jovens depois – ou antes – da escola? Essa é uma dúvida que atinge muitos pais. Principalmente os que trabalham fora e não têm tempo para pajear os filhos no chamado contraturno, o período oposto ao da escola. Divididos entre as obrigações da vida e as obrigações de pais e de mães, eles têm de se virar nos 30 para conseguirem proporcionar lazer e cultura aos filhos. O resultado? Nem sempre as crianças têm oportunidade de fazer os cursos extracurriculares como balé, natação, música, xadrez, futebol, vôlei, etc, etc…
Na rede pública, os CEUs, em São Paulo, cumprem este papel, oferecendo atividades esportivas e culturais gratuitas no contraturno, não apenas para seus alunos, mas também para os estudantes da rede municipal e estadual de ensino e a comunidade de forma geral. “Tem também atividades de lazer, das quais eles podem participar sem inscrição, como pingue-pongue, xadrez, exposições de pintura e uso livre de algumas quadras também”, conta Jamir Cândido Nogueira, gestor do CEU Jaçanã, supervisor escolar efetivo da Rede Municipal de Educação e mestre em educação pela FEUSP. “Os alunos podem passar a tarde toda na escola se quiserem, sempre contando com orientação de profissionais especializados.”
Também pensando em suprir esta necessidade, o colégio Albert Sabin criou o Programa Sabin+Esporte&Cultura, um pacote de atividades oferecidas pela escola – e sem custo adicional – agrupadas em horários fixos, sempre após o período regular. “O tempo das atividades pode variar de 45 minutos a 1h30 minutos, duas a três vezes por semana, dependendo da grade escolhida por pais e alunos”, explica José Roberto Ramalho Pinto, coordenador pedagógico do Programa Sabin+Esporte&Cultura.
Conheça abaixo as vantagens das escolas que oferecem atividades no contraturno.
Melhora o rendimento escolar
“As atividades após o período de aula contribuem para ampliar e diversificar os objetivos das aulas curriculares”, afirma José Roberto Ramalho Pinto, coordenador pedagógico do Programa Sabin+Esporte&Cultura. O gestor do CEU Jaçanã, Jamir Cândido Nogueira, concorda. “A gente sente empiricamente que o rendimento dos alunos aumenta. Há melhora da concentração e no processo de aprendizagem.”
Supre as necessidades extracurriculares alunos
Praticar esportes e desenvolver habilidades artísticas e culturais é importantíssimo para o desenvolvimento integral do aluno. “Nós consideramos estas atividades como um complemento curricular, é algo que enriquece o ser humano”, afirma Jamir Cândido Nogueira, gestor do CEU Jaçanã, Supervisor Escolar efetivo da Rede Municipal de Educação e mestre em educação pela FEUSP.
Dá tranquilidade aos pais
Os pais podem trabalhar tranquilos, sabendo que os filhos estão praticando as atividades dentro da escola, que é um espaço seguro e acolhedor. Isso sem contar a comodidade de não precisar levar e buscar as crianças em vários lugares diferentes. “Os pais poderão se programar em cima dos horários dos filhos, que são pré- estabelecidos”, ressalta José Roberto Ramalho Pinto, coordenador pedagógico do Programa Sabin+Esporte&Cultura.
Favorece um melhor aproveitamento do tempo ocioso
Em vez de ficar em casa assistindo televisão ou na rua, sujeito a riscos sociais, o aluno aproveita o tempo na escola para aprender e desenvolver habilidades específicas, como futebol, vôlei, dança, música e artes. “A escola é um local resguardado, e os pais ficam tranquilos sabendo que os filhos têm o tempo ocupado com atividades direcionadas e são orientados por profissionais especializados”, afirma Jamir Cândido Nogueira, gestor do CEU Jaçanã.
Forma cidadãos melhores
“Quem pratica esportes desenvolve valores importantíssimos: perseverança, disciplina, cooperação, aquisição de normas de condutas e valores sociais”, explica José Roberto Ramalho Pinto, coordenador pedagógico do Programa Sabin+Esporte&Cultura. “Atividades extras, que juntem corpo, mente e alma, formam um ser integral. O esporte do corpo, a sensibilidade da arte e o exercício racional estão interligados e são indissociáveis. Desta forma, transformamos realidades”, complementa Jamir Cândido Nogueira, gestor do CEU Jaçanã.
Fonte: Educar para Crescer

EDUCAÇÃO: A LUTA POR DIREITOS CONTINUA!

Em tempos de diversos ataques à educação pública por parte do Governo Municipal, em que avançam os processos de sucateamento nas escolas e desvalorização profissional de nossos professores, o movimento estudantil tem se debruçado com muita energia sobre os debates e manifestações dos professores municipais e visto muitas formas de opressões relacionadas à liberdade de se manifestar, reivindicar e lutar por seus direitos. Porém, acreditamos que essas lutas também são nossas e que são necessárias para a construção da democracia, do fortalecimento ao respeito a todos os professores e professoras que contribuem para um projeto de Educação emancipadora dos filhos de trabalhadores e de trabalhadoras de nossa cidade.
Neste sentido, o movimento estudantil municipal manifesta repúdio aos atos abusivos e antidemocráticos da parte do poder EXECULTIVO acontecidos nos últimos tempos e recentemente de pedir a anulação do movimento de greve, demonstrando assim claramente que não concebe a possibilidade de lados opostos ao seu e o despreparo em lidar com o que não lhe agrada. A greve dos professores é JUSTA, LEGÍTIMA e APOIADA pela comunidade. Rondam conversas de que sindicalistas são perseguidos, professores são intimados por secretários à voltar aos seus postos de trabalho, será que vivemos uma ditadura? Estes casos apenas explicitam a concepção que cada sujeito envolvido nesse processo tem, e qual a sua vertente política. Optamos por nos manifestar para não termos que ver esta prática presente em nossa política social local, reproduzidos por atuais e futuros gestores de um poder importante que é o: EXECULTIVO, porque a nossa luta é Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres. Desta forma nos colocamos ao lado destes PROFESSORES, contra a intolerância do poder executivo local!
                Fazemos parte de um crescente movimento estudantil em nossa cidade e só QUEREMOS O MELHOR PARA A EDUCAÇÃO MUNICIPAL. Não estamos nos envolvendo com partidos políticos A nem B, mais nem por isso deixaremos de lutar por melhorias na educação de nossa cidade.
Obs.: Esperamos que entendam esse texto, porque é a nossa opinião expressa a todos os leitores, e pedimos que, para nos julgar por ESSE TEXTO, olhe primeiro o que está acontecendo e veja o lado de quem trabalha e o quem tem por DIREITO o que é DIREITO!
                Grêmio Aldo Felinto (Presidência e Diretorias)!
Fonte: Blog do GEAF

Evento em São Paulo marca lançamento do Fundo Brasileiro de Educação Ambiental

Na noite desta terça-feira, 5 de abril, acontece em São Paulo a assembléia de apresentação do Fundo Brasileiro de Educação Ambiental (FunBEA) e de seu Estatuto Social. O FunBEA é um fundo público não-estatal voltado para o fomento de projetos, programas e ações de Educação Ambiental, que conta com o apoio técnico da Universidade Federal de São Carlos, sede de sua incubação desde setembro de 2010.
Para o Grupo Votorantim, que tem a educação ambiental como uma realidade em suas empresas, a notícia do lançamento do Fundo é muito bem vinda, já que vem fomentar ainda mais as ações na área, abrindo caminhos para a viabilização de parcerias e outras iniciativas.
O FunBEA captará recursos junto a entidades, empresas e organizações nacionais e internacionais como estratégia para o financiamento consistente da Educação Ambiental como política pública voltada à justiça socioambiental. Seu estatuto ficou em consulta pública entre janeiro e março de 2011, a qual registrou mais de 1.300 acessos de várias regiões do Brasil e do exterior, como Estados Unidos, Portugal, Rússia, Argentina, França, Alemanha e Reino Unido. Com a aprovação nesta terça-feira (5), o Estatuto Social do fundo terá sua primeira revisão um ano depois.
Além de representantes da Universidade de São Carlos, também integram a iniciativa profissionais ligados à Universidade de São Paulo (USP), Universidade de Campinas (Unicamp), ao Ministério do Meio Ambiente e ao Ministério da Educação, à Coordenadoria de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal de São Carlos e profissionais de áreas correlatas atuantes em diferentes coletivos de educadoras e educadores ambientais no país.

Para saber mais sobre o FunBEA acesse:  www.consultafunbea.blogspot.com
Acompanhe também a transmissão do evento pela internet via www.e-communication.com.br/FunBEA

Com informações da agência Ambiente Energia

Undime define novos representantes para a diretoria executiva e o conselho fiscal dos Estados

As seccionais da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) estão em plena temporada de Fóruns Estaduais. Em todas estão sendo realizadas novas eleições para definição da Diretoria Executiva, do Conselho Fiscal, dos delegados e dos membros que irão compor o colégio eleitoral e, consequentemente, integrarão o conselho nacional de representantes. Rondônia foi o primeiro estado a fazer o Fórum no dia 18 de março. Seguido dele vieram Paraíba (dia 21), Ceará, Pará e Rio Grande do Norte  (24 e 25), Sergipe (25), Alagoas (28), São Paulo (28, 29 e 30) Paraná (30 e 31) e Espírito Santo (31 e 1º de abril). Esta semana é a vez de Pernambuco (4, 5 e 6), Rio de Janeiro (5 e 6) e Tocantins (5, 6 e 7) realizarem o Fórum.
Confira abaixo as datas previstas nos outros estados.
Amapá – 8 de abril
Goiás – 8 de abril
Mato Grosso do Sul – 8 de abril
Rio Grande do Sul – 12 e 13 de abril
Bahia – 12, 13 e 14 de abril
Mato Grosso – 13, 14 e 15 de abril
Piauí – 14 e 15 de abril
Maranhão – 14 e 15 de abril (também nestas datas será realizado o Encontro de Educadores da Undime, na capital maranhense)
Acre – 19 e 20 de abril
Santa Catarina – 19 e 20 de abril
Minas Gerais – 26, 27 e 28 de abril
Os estados de Roraima e Amazonas ainda não definiram datas para os Fóruns estaduais.


Com informações da Undime

A chegada do Enem digital e da “escola nas nuvens”

Por Lélia Chacon 
 

O Ministério da Educação planeja ter um Enem informatizado em dois ou três anos. Na semana passada, o Inep, responsável pela aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio, abriu um edital para universidades públicas e institutos federais de educação profissional participarem da ampliação do banco de questões da prova.
O objetivo é ter um número suficiente de questões para duas edições do exame ao ano. Hoje são cerca de 10 mil questões no Banco Nacional de Itens (BNI) do Enem. O Inep quer chegar a 100 mil para lançar o Enem digital, quando os candidatos farão a prova em computadores.
Um desafio e tanto. Do lado do Inep, dá para imaginar o tamanho da encrenca tecnológica e logística capaz de assegurar condições de segurança ao exame. Do lado dos estudantes, a prova passa a exigir habilidades mínimas em tecnologias da informação para mostrar o domínio dos conteúdos do ensino médio.
Consideradas as realidades educacionais brasileiras, não seria exagero pensar em complicações com tarefas iniciais como acessar a prova eletrônica com um login e senha. Help desk!!!
Mas o futuro é esse e os estudantes têm de ser preparados para ele. Até o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton, que veio ao Brasil participar do Fórum Mundial de Sustentabilidade, quer ver o ensino médio universalizado no país para que se ampliem o acesso e o número de matrículas nas universidades, além dos negócios com educação, é claro.
O diploma superior ajuda a desenvolver cidadania, ressaltou ele, mesmo que essa graduação não seja decisiva para muitos empregos do século 21. Para entrar no mercado de trabalho pode não ser mesmo, mas para crescer profissionalmente a história é outra. Nas duas situações, no entanto, essencial nestes tempos é a educação digital. De professores e alunos, dentro e fora da escola.
O uso de tecnologias na educação para melhorar a aprendizagem tem sido alvo de várias iniciativas – governamentais, de ONGs, universidades, institutos e fundações empresariais. Uma delas é o Prêmio Educadores Inovadores, projeto educacional da Microsoft desenvolvido desde 2006 com parceiros como Instituto Ayrton Senna, Universidade Estadual de Londrina e PUC-SP, entre outros.
Na última edição, de 2010, dois professores de uma escola estadual de Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo, chegaram à etapa mundial do concurso e conquistaram o segundo lugar com o projeto Escola nas Nuvens, criado depois que a escola enfrentou problemas com a perda de dados informatizados arquivados em pen-drivers, CDs ou DVDs.
Todo o material didático e também dos alunos foi então armazenado na internet a partir do conceito de computação em nuvem, base da proposta.
A tecnologia melhorou o ensino e o ambiente escolar, diz a professora Adriana Silva de Oliveira, porque também envolveu a criação de um blog e uso de redes como Facebook e Twitter, gerenciados pelos alunos com a participação dos professores. Todos, incluindo a família dos estudantes, podem acompanhar, “nas nuvens”, as atividades da escola.
Lélia Chacon é jornalista e editora do site e revista Onda Jovem, do Instituto Votorantim
Fonte: O artigo foi publicado, originalmente, no jornal Brasil Econômico no dia 04 de abril de 2011.

Consultores do ‘Parceria” se reúnem em São Paulo para discutir estratégias de mobilização social

O grupo de consultores técnicos do projeto Parceria Votorantim pela Educação participa nesta semana, entre os dias 5 e 8 de abril, da segunda oficina de formação, promovida pelo Instituto Votorantim, em parceria com a Comunidade Educativa CEDAC. O objetivo do encontro será apresentar e discutir os conteúdos e temáticas do plano de mobilização social e apoio à gestão pública referentes aos ciclos 2 e 3 do projeto.
Serão quatro dias de programação intensa com debates, palestras, dinâmicas e a socialização de dados e experiências colhidas pelos consultores ao longo dos primeiros três meses de trabalho. Vale lembrar que a proposta de contar com consultores especializados na área de educação para dar suporte às ações dos mobilizadores locais é uma novidade do projeto Parceria introduzida na metodologia adotada para este ano.
O primeiro dia de oficina será dedicado basicamente para a realização de um balanço das ações já realizadas pelo grupo nos municípios participantes do projeto. A ideia é avaliar os pontos fortes do processo e identificar aqueles que precisam ser aperfeiçoados. E a partir daí, estabelecer os próximos passos do trabalho. “Será uma oportunidade para tirar eventuais dúvidas sobre a nova metodologia e ouvir as impressões de quem está na ponta do processo, compartilhando assim diferentes conhecimentos e vivências”, explica Maria Maura Gomes Barbosa, coordenadora pedagógica na área de Gestão do CEDAC.
Concluída essa etapa inicial da oficina, os consultores passarão por uma espécie de imersão nos conteúdos que compreendem os próximos dois ciclos do projeto e que terão como temas: a sensibilização de alunos para o valor dos estudos, e a valorização dos professores e do magistério, respectivamente.
Para ajudar na absorção de todas essas informações, estão previstas leituras e apresentações de materiais, atividades a serem desenvolvidas em grupo, além de espaço para a análise e discussão de questões relacionadas aos temas propostos.
A oficina também terá como foco o planejamento das ações que direcionarão a atuação dos consultores junto aos gestores públicos dos municípios. Pensando nisso, estão na pauta de debates temas relevantes como o Plano Nacional de Educação (PNE) em trâmite no Congresso, o Plano de Ações Articuladas (PAR), além de políticas públicas de valorização dos profissionais da área de Educação.
A programação fica, ainda, mais completa com a presença dos convidados: Maurício Ernica, líder de projetos do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (CENPEC), e Cleuza Rodrigues Repulho, Secretária de Educação de São Bernardo do Campo e presidenta da região Sudeste da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), que enriquecerão as discussões.
Por Cleide Quinália / Blog Educação

SINPRO-DF; PROFESSORES DA REDE PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL APROVAM INDICATIVO DE GREVE PARA 13 DE ABRIL

Expectativa é de que o governo apresente até esta data uma proposta que atenda as reivindicações da categoria
Escrito por: Sinpro/DF
Em assembleia histórica, com mais de 10 mil professoras e professores, foi aprovado por esmagadora maioria a orientação da diretoria do Sinpro, de decretar indicativo de greve para o dia 13 de abril.
Se até lá o GDF não apresentar uma proposta que atenda às nossas expectativas, a categoria poderá deflagrar uma greve para fazer valer os seus direitos.
Foram aprovadas todas as propostas apresentadas pela diretoria, entre elas o Dia de Luta, quando iremos fazer o debates nas escolas sobre os motivos do nosso movimento, além de temas como a Educação Integral, a construção de creches, a revitalização dos laboratórios, entre outros pontos que tratam da qualidade do ensino público.
 
Fonte: Blog da ANE.

Conheça a experiência de sucesso da escola Dom Bosco em Eirunepé, no Amazonas

O Blog Educação valoriza muito o trabalho desenvolvido por professores e gestores de escolas de vários cantos do país voltado à melhoria da qualidade do ensino e ao maior aprendizado do aluno. Por isso, procura compartilhar com seus leitores exemplos de práticas pedagógicas simples e inovadoras, que se refletem muitas vezes em resultados surpreendentes.
Esse é o caso da escola estadual Dom Bosco, em Eirunepé, no sudeste do Amazonas, que com esforço, criatividade e o apoio dos pais conseguiu reverter o quadro crítico em que se encontrava e hoje pode ser considerada uma referência de sucesso em todo o país.
Em 2005, a nota do índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb) da escola era de 2,7, numa escala que vai de zero a dez. Quatro anos mais tarde, em 2009, a nota foi de 8,7. O aumento, de 322 pontos percentuais é o maior registrado em todo o país. A escola atende a 340 estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental e lida com crianças em situação de risco social. Mais de 70% dos estudantes vêm de famílias que recebem Bolsa Escola.
A diretora Maria de Fátima Libânio da Silva aponta duas estratégias como as responsáveis pelo salto de qualidade da escola Dom Bosco. A primeira é o projeto “aula de reforço é compromisso de todos”. O nome do projeto cai bem. Pais e professores se uniram para superar o principal obstáculo às aulas de reforço: a falta de merenda.
“O estado manda a merenda para o turno regular, mas como eles viriam estudar no contraturno sem comer?”, questiona Maria de Fátima. Com recursos dos próprios professores e frutas e verduras produzidas pelos pais dos estudantes, foi possível garantir o lanche. “Até a saúde deles melhorou, porque muitos só se alimentam na escola mesmo”, relata.
A outra estratégia utilizada pela escola é a “Brincando também se Aprende” que, mais uma vez, se desenvolve no contraturno. Aulas de amarelinha e atividades lúdicas são utilizadas como forma de estudo. Assim, os professores driblam dificuldades com conteúdos formais como matemática, por exemplo. “Temos um terreno grande aqui. Eles podem brincar à vontade”, explica.
Reconhecimento
 
O empenho dos servidores dessa escola foi reconhecido dentro e fora do estado. Todos os servidores receberam, do governo do estado, um 14º salário no final do ano passado. “Foi um prêmio pelo crescimento”, explicou a professora Sueli Pinheiro Neblina, coordenadora regional de educação da Secretaria Estadual de Educação de Eirunepé. A diretora Maria de Fátima, por sua vez, foi uma das dez educadoras condecoradas com a medalha da Ordem Nacional do Mérito pela presidente Dilma Rousseff, no dia 21 de março, em cerimônia realizada no Palácio do Planalto, em Brasília.
Com informações do MEC