Terceiro maior reservatório de água do Rio Grande do Norte, a barragem de Umari chegou à sua capacidade máxima e transbordou na madrugada desta segunda-feira (20), segundo confirmou o presidente do Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn), Paulo Sidney.
A sangria, como o transbordamento é conhecido, começou por volta das 3h30 e acontece pelo segundo ano consecutivo. Em 2023, a barragem sangrou no dia 9 de abril, depois de 14 anos.
O reservatório é oficialmente denominado Barragem Senador Jessé Pinto Freire e fica localizado no município de Upanema, no Oeste potiguar. Essa é a terceira sangria resgistrada no local, desde a conclusão da sua construção, em 2022.
Segundo o Igarn, a água vertida pelo sangradouro percorre o rio do Carmo, que se encontra com o Rio Mossoró e desagua no mar em Areia Branca.
“A gente já tinha perdido um pouco da esperança que ela sangrasse esse ano, porque já havia chegado muito perto e não sangrou, mas houve uma forte chuva em Campo Grande, ontem, que provocou essa sangria”, explicou Paulo Sidney.
De acordo com o boletim divulgado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn), na manhã desta segunda, a chuva registrada em Campo Grande foi de 162,4 milímetros.
A barragem tem capacidade de armazenar 292,8 milhões de metros cúbicos de água – ficando atrás apenas da barragem Armando Ribeiro Gonçalves (1,9 bilhão de m³) e da barragem Santa Cruz, em Apodi (482 milhões de m³).
Embora Umari tenha uma grande capacidade de armazenamento, não é utilizada para abastecimento humano. Segundo o Igarn, a água é usada principalmente por agricultores, na irrigação de suas plantações.
Os instrumentos pluviométricos da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) apontam que, no período entre às 7h do domingo (19) até às 7h desta segunda-feira (20), a cidade de Campo Grande, na Região Oeste do Estado, registrou um acumulado de chuvas de 162.4mm. Esse foi o maior quantitativo para o período.
Ainda no Oeste, a sequência das maiores precipitações segue com Triunfo Potiguar (55.8mm), Jucurutu (55mm), Severiano Melo (53.8mm) e Caraúbas (53.2mm). Na parte Leste do RN, Canguaretama lidera as chuvas com 21mm, seguido de Pedro Velho (8.4mm), Ceará-Mirim (8mm), e Goianinha (6.6mm). A capital Natal não registrou chuvas durante este período.
Na Região Central, a cidade de Serra Negra do Norte acumulou 28.6mm, seguido de Angicos (16.6mm), Timbaúba dos Batistas (10.2mm), e Florânia (2.6mm). No Agreste, as chuvas foram poucas, sendo Pedro Velho com 2.2mm, em sequência de Lagoa Salgada (0.8mm) e Santa Maria (0.4mm).
Apesar do senso comum atribuir à Caatinga a imagem de pobreza e falta de vitalidade, estudos mostram que ela é crucial para enfrentar as mudanças climáticas, além de ter um papel importante para ampliar as possibilidades de novas atividades econômicas.
Conforme a revista Algomais, isto é o que mostra uma pesquisa coordenada por Aldrin Pérez, pesquisador titular do Instituto Nacional do Semiárido (Insa), órgão vinculado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. Segundo o estudo, a Caatinga é o bioma mais eficiente do Brasil no sequestro de carbono.
Na entrevista, Pérez destacou a importância da instalação de atividades econômicas que não afetem o meio ambiente no semiárido e alertou para a necessidade de evitar o desmatamento da vegetação local que contribui para a retenção do CO2 e preservação da água na região.
Segundo ele, se essas recomendações não forem atendidas, serão intensificadas ameaças como a desertificação, mudança do clima, perda de biodiversidade e a expulsão das pessoas do campo. “Elas vão ocupar as periferias e os morros nos grandes centros, onde também há outros problemas ambientais, como deslizamentos de terra, que acontecem porque as famílias chegam sem condições nenhuma”, avaliou o estudioso, lembrando que a pesquisa em questão é realizada há mais de uma década.
“Somos um grupo de pesquisa que desde 2010 busca entender o bioma e desenvolver modelos ambientais como suporte para políticas públicas, focando na conservação e no uso sustentável da Caatinga. Uma dessas pesquisas, foi compreender a dinâmica e a variação sazonal tanto do carbono, quanto da água, no processo contínuo de renovação da energia do bioma em seus três componentes principais: o solo, a vegetação e a atmosfera”, explicou, contanto que o trabalho envolveu o Insa, a Universidade Federal de Campina Grande, uma equipe da Embrapa Semiárido, um grupo da Universidade Federal Rural de Pernambuco, além de outro grupo da Universidade Federal Rural do Rio Grande do Norte.
Segundo Pérez, o trabalho surgiu para desenvolver uma pesquisa que tivesse mais solidez e fosse mais articulada em cima de objetivos e problemas comuns dos impactos das mudanças do clima, da desertificação e como isso afeta na biodiversidade.
Com o decorrer do trabalho, ele explica que foi possível mudar a visão do senso comum sobre o bioma. “Historicamente, a Caatinga já foi vista como um bioma pobre, tanto em espécie quanto em florística. Houve a necessidade de desmistificar essa visão. Montamos um grupo de biologia e, desde 2016, estudamos esse balanço do carbono, a dinâmica e a formação de energia ao longo desse período”, lembrou.
“Ao contrário do que se falava, que a Caatinga não contribuía para o sequestro do carbono, desde 2010 até o momento, ela se mostrou uma extraordinária solução para as mudanças climáticas. Não esperávamos esse resultado. Passamos a ter consistência nos dados. De 2010 para cá são 14 anos. Depois que acumulamos uma série de dados, começamos a publicar os resultados em revistas científicas internacionais desde 2020. Há alguns marcantes, como os que saíram na revista Nature (Scientific Reports) e na Science of the Total Environment, entre outras”, relevou o pesquisador, que junto com a equipe agora elabora um artigo em que confirmam que “no fluxo de carbono entre a atmosfera e a vegetação, mesmo nas áreas mais secas, há um robusto sequestro de carbono”.
“Mesmo aquela Caatinga localizada em regiões com menos chuva – em torno de 300 milímetros – ocorre o sequestro em torno de 1,5 a 2 toneladas de carbono por hectare por ano. Naquelas localidades mais úmidas, na transição do Agreste, que se chama ecótono do Agreste, a Caatinga sequestrou de forma mais consistente 5,5 toneladas de CO2”, frisou o estudioso, ressaltando ainda como o bioma se destaca em relação a outros no país.
“No Brasil é significativa a contribuição da Caatinga. Esse bioma está entre as maiores representações do mundo em floresta seca. Imagina o impacto para o clima global ter uma vegetação que está sequestrando carbono além de ter um papel importante para programas de conservação da vida silvestre! Dos 3.346 tipos de planta que temos na Caatinga, 526 são endêmicas, ou seja, só ocorrem dentro desse bioma. Isso transforma o espaço em algo extraordinário para a conservação da vida silvestre. Numa segunda etapa da pesquisa fomos tentar responder outra questão: qual é a eficiência desse sequestro de carbono? Será que é menor que o da Amazônia, do Cerrado e do Pantanal? Verificamos, para a nossa surpresa, que a Caatinga é o mais eficiente dos biomas brasileiros para sequestrar carbono”, relatou Aldrin Pérez.
A Prefeitura de Upanema, por meio da Sala do Empreendedor, e o Sebrae-RN abrem, nesta segunda-feira (20), a programação da Semana do MEI 2024.
A primeira atividade será realizada na feira livre, a partir das 9h, com oferta de serviços de formalização de negócios e orientação para acesso a linhas de crédito.
A Semana do Mei 2024 vai até sexta-feira (24) e conta com parceria da AGN, Banco do Nordeste, Banco do Brasil e Santander.
A importância dos “Quintais produtivos no campo e na cidade” será debatida nesta sexta-feira (17), em audiência pública, na Câmara Municipal de Caicó. O debate promovido pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte é fruto de iniciativa da deputada estadual Isolda Dantas (PT), e acontece a partir das 9h.
“Os ‘Quintais Produtivos’ em sua grande maioria são criados e manejados por mulheres do campo e da cidade, as quais se dedicam à produção de alimentos, criação de animais e conservação da biodiversidade”, citou Isolda.
Na justificativa, a parlamentar destacou que estes espaços se alinham de forma integral a princípios agroecológicos promovendo a produção sustentável de alimentos e incentivando práticas que respeitam o meio ambiente e conservam os recursos naturais.
“Ademais, os modelos econômicos aliados a este formato de produção priorizam a adoção de práticas associativistas e cooperativistas auxiliando sobremaneira o acesso a mercados e a participação em cadeias produtivas”, justificou.
Serviço Audiência pública “Quintais produtivos no campo e na cidade” Data: 17 de maio, sexta-feira Local: Câmara Municipal de Caicó Horário: 9h
A Prefeitura de Upanema, por meio da Secretaria Municipal de Turismo, Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano, iniciou nesta terça-feira (14), o serviço de terraplenagem, que logo após dará início a pavimentação a paralelepípedo da Rua Francisco das Chagas Costa, no bairro Conceição de Upanema.
A obra faz parte de um pacote de investimentos da ordem de mais de R$ 712 mil com recurso de convênio da Prefeitura de Upanema com o Ministério das Cidades, que contempla mais seis ruas, totalizando mais de 6.285,60m² de pavimentação.
Na semana passada os serviços foram concluídos na Rua Vereador Antônio Patrício de Carvalho, no mesmo bairro. Também serão contempladas as ruas Airton Martins de Oliveira, Francisco Bezerra, Francisco Cornélio Bezerra, José Vicente de Aquino e Nicácia Bezerra Duarte.
A abertura da Festa do Divino Espirito Santo, realizada na noite desta quarta-feira (15), no Projeto de Assentamento Sombreiro, na zona rural de Upanema, contou com a participação do presidente da Câmara Municipal, vereador Ibamar Costa (PP).
A celebração foi realizada pelo padre Valdércio Márcio – vigário administrativo da Paróquia de Upanema -, e contou também com a participação dos fiéis católicos do Projeto de Assentamento Sabiá.
A programação religiosa do padroeiro de Sabiá e Sombreiro segue até o domingo (19).
A Prefeitura de Upanema, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, realiza, nesta sexta-feira (17), a partir das 7h30, o Dia D Mais Saúde Bucal na Escola Municipal Professora Maria Gorete.
A ação faz parte do Programa Saúde na Escola e conta com atividades de educação em saúde bucal e atendimento odontológico, incluindo aplicação tópica de flúor, escovação supervisionada e tratamento restaurador, caso seja identificada a necessidade do estudante.
O programa visa trabalhar a prevenção, promoção e recuperação do problemas que envolvem a saúde bucal das crianças e adolescentes de Upanema.
O primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, foi alvo de um ataque a tiros nesta quarta-feira (15) durante uma reunião de governo em Handlova, a cerca de 160 quilômetros da capital, Bratislava, segundo informações confirmadas pelo vice-presidente do Parlamento, Lubos Blaha, e publicadas pela agência de notícias estatal, Tasr.
Os tiros atingiram a região do abdômen e o estado de saúde do dirigente não foi informado.
A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte discutiu a necessidade de medidas preventivas a tragédias ambientais no estado, especialmente relacionadas às barragens pelo interior potiguar. A iniciativa foi do deputado estadual Ubaldo Fernandes (PSDB), que conduziu uma audiência pública que, segundo ele, responde ao anseio dos cidadãos preocupados com os recentes eventos climáticos no país.
O parlamentar destacou a urgência de medidas preventivas diante das situações enfrentadas, referindo-se à gravidade dos incidentes ocorridos também no Sul do país. De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Rio Grande do Norte (Semarh), o rompimento de pequenas barragens causou a destruição da ponte na BR-304, em Lajes.
Na discussão, Ubaldo citou exemplos dos impactos das chuvas intensas no estado, como em Ipanguaçu, onde diversas comunidades foram afetadas pelo transbordamento do açude Pataxó. Ele destacou que “bairros e comunidades de Ipanguaçu ficaram com as ruas e casas alagadas por mais de 10 dias após as fortes chuvas”. A situação chegou ao ponto em que o município precisou declarar estado de calamidade por 90 dias, com dezenas de famílias desalojadas e áreas rurais isoladas.
O secretário adjunto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado, Francisco Auricélio Costa, explicou que o Rio Grande do Norte tem 25 mil espelhos de água, desde pequenos barreiros até reservatórios de grande porte, como a Armando Ribeiro Gonçalves. Segundo ele, em que pese a segurança que os reservatórios trazem para o abastecimento de água à população, as estruturas deles, se não forem viabilizadas de maneira adequada, podem trazer riscos de tragédias ambientais.
O secretário explicou que, historicamente, o DNOCS tem a tradição de fazer os grandes reservatórios do Rio Grande do Norte. Geralmente, essas obras têm uma maior segurança porque foram feitos em normas de engenharia adequadas. Contudo, há uma preocupação com os reservatórios de natureza privada, que são a maioria no estado. Enquanto alguns resistem bem, outros foram viabilizados de maneira equivocada.