OBRAS PARADAS!

            (Imagem do PSF II)

Além do Abatedouro Público Municipal de Upanema, que foi motivo de matéria veiculada neste blog anteriormente, também estão paradas as obras de construção da Unidade Escolar de Educação Infantil e a Unidade Básica de Saúde – PSF II, localizado no bairro Pêgas.

            Com relação à creche infantil, a última informação que obtivemos, foi de que 75% dos recursos (R$ 1.191.585.40) alocados para a obra já foram totalmente liberados. Além disso, a obra teve inicio no dia 03/08/2010 e o prazo para o término da obra era o dia 03/05/2011, o que não passou nem perto de ser cumprido.  Já em relação à Unidade Básica de Saúde – PSF II, não temos maiores informações. O que sabemos, é que o prazo inicial foi 04/05/2011 e o prazo para o término foi o dia 05/11/2011. A obra, assim como a creche infantil, é uma parceria da prefeitura com o governo federal, sendo que o valor total da construção foi R$ 200.000,00.

            Por mais que não esteja totalmente parada, gostaria de frisar aqui a obra de construção do Complexo Cultural de nossa cidade.   Essa obra vem sendo executada a passos de tartaruga há vários meses. Não consigo acreditar que uma obra de tamanha importância como essa, ainda não tenha sido concluída. Aliás, acho que não há se quer uma previsão para a sua conclusão.  

(Imagem da Creche Infantil)

(Imagem da Complexo Cultural de Upanema) 

ABATEDOURO LUIZ CÂNDIDO DA COSTA CONTINUA ABANDONADO DESDE 2008

Desde 2008, no final do mandato do ex-prefeito Jorge Luiz (PMDB), que o Abatedouro Público Municipal de Upanema esta pronto para ser usado. Porém, por mais que o mesmo tenha sido inaugurado mais de duas vezes pela gestão anterior e pela atual, o abatedouro nunca chegou a funcionar. Isso mesmo, a população upanemense ainda aguarda ansiosamente uma nova inauguração, não como as outras que já houve, más, uma inauguração que realmente dê alguma utilidade aquela grandiosa obra.

            Sempre que é cobrada alguma informação a respeito do assunto a atual gestão, a resposta é a mesma dos últimos quatro anos. Ou melhor, dos últimos oito anos. Ou seja, a falta do maquinário necessário para a utilização no abate e na refrigeração dos animais/carnes. Será que todos esses anos não foram suficientes para adquirir a verba necessária para a compra dessas maquinas? Onde estão os representantes estaduais e federais que representam a atual administração municipal que não alocaram nenhuma emenda?

            Enquanto essas maquinas não chegam, uma grande parcela da população upanemense se vê obrigada a consumir carne contaminada e de péssima qualidade, já que o abate de animais em toda a cidade é feita  clandestinamente e de forma absolutamente errada.
            Além do transporte da carne ser feita nas carrocerias dos automóveis, que muitas vezes são sujas, enferrujadas e sem qualquer tipo de refrigeração necessária para manter a carne em boa qualidade, há também pessoas que a conduz no lastre de carroças, o que é ainda mais grave. Sem falar que, a matança dos animais ocorre muitas vezes na zona rural, sem um ambiente propício para o ato, sem água potável para a lavagem, e muitas vezes sobre o suor excessivo do marchante, que por falta de um fardamento adequado e do calor escaldante de nossa cidade, se vê obrigado a improvisar.
            Pois é, se tivéssemos um abatedouro público em pleno funcionamento, certamente teríamos uma qualidade de vida melhor, e não passaríamos por esse grave problema de saúde pública. Não veríamos essa desova, e muito menos, o abandono dos restos mortais que não são aproveitados em pleno ar livre, além de tantos outros problemas.

Vista interna do abatedouro.
Vista frontal/lateral do abatedouro.
Vista lateral do abatedouro

Imagem posterior do abatedouro
Imagem lateral/posterior do abatedouro
Imagem do curral do abatedouro

ALUNO COLOCA A CABEÇA PRA FORA DO ÔNIBUS ESCOLAR E BATE EM POSTE

Uma criança de idade entre 8 e 10 anos bate cabeça em poste em São José de Mipibu, e é socorrido muito grave  para o hospital regional Monsenhor Antonio Barros.
De acordo com informações repassada ao Digital Mipibu, o menino estava no interior de um ônibus escolar que recolhia os alunos matutino do município por volta das 11:30h desta quarta-feira(08), quando ao se debruçar colocando a cabeça para fora da janela do ônibus, não percebeu que mais na frete teria um poste e veio a bater a sua cabeça contra o mesmo.
Ainda de acordo com informações, foi acionado uma equipe de primeiros socorros do SAMU, mas teve uma grande demora e a ambulância do SAMU não compareceu ao local do acidente, obrigando a criança ser socorrida por populares que tentavam salvar a vida do mesmo.
Fonte: Digital Mipibu – Diário Caiçarense

COLOMBIANO COM DOENÇA RARA GANHA APELIDO DE MENINO TARTARUGA

Um colombiano nasceu com uma marca tão grande que, aos seis anos, já ocupava a maior parte das costas dele.

 A lesão rendeu ao pequeno Didier Montalvo o apelido de Menino Tartaruga. 

O problema, conhecido como nevo melanocítico congênito, é tão raro que atinge 1 em cada 20 mil crianças.

Além dos previsíveis inconvenientes que a aparência diferente acarreta para uma criança na idade de Didier, o menino ainda sofria fortes dores.

 A família, pobre, era excluída pelos moradores da cidade onde vivia, na Colômbia. E a mãe, Luz, se culpava pela condição do filho, dizendo que isso só havia ocorrido porque ela olhou para um eclipse enquanto estava grávida. 

Segundo o jornal “Mirror”, a vida deles só mudou depois que a história de Didier virou reportagem em um jornal local.

 Logo, diversas pessoas fizeram doações para que ele fosse submetido a uma cirurgia. O procedimento era complicado, doloroso e bastante perigoso.

O cirugião Neil Bulstrode viajou de Londres para a Colombia, para ajudar a equipe que operaria Didier. O especialista já havia tratado de dezenas de crianças com o mesmo problema, mas nunca viu um caso tão complicado quanto o do pequeno colombiano.

– A lesão de Didier foi a pior que já vi, por causa do tamanho e do volume. Efetivamente, três quartos da circunferência do corpo dele foi afetada – explicou Bulstrode.

O nível de complicação da cirurgia não impediu que os médicos seguissem adiante. A lesão foi removida das costas de Didier, que também já não atende pelo apelido de Menino Tartaruga.

– Quando eu vi as fotos de Didier pela primeira vez, um dos meus primeiros pensamentos foi ‘se pudermos tirar isso das costas deles, melhoraremos significativamente a qualidade de vida’ – contou o especialista.

Por sorte, competência dos médicos e ajuda de desconhecidos, Didier já está recuperado, ainda mais sorridente do que antes. E a história dele virou um documentário, com final feliz.

Fonte: Focoelho – Diário Caiçarense

BRASIL PASSARÁ A PRODUZIR VACINA TETRA VIRAL A PARTIR DO ANO QUE VEM

– Publicado por Robson Pires
O calendário básico de imunizações do Sistema Único de Saúde (SUS) passará a contar a partir de 2013 com a vacina tetra viral que inclui a imunização contra a varicela, mais conhecida como catapora, além de sarampo, caxumba e rubéola, já contempladas na tríplice viral ofertada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), desde 1992.
Hoje (4) o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, um acordo para a produção da vacina varicela entre o laboratório público Biomanguinhos e o laboratório privado GlaxoSmithKline (GSK), que vai transferir gradualmente para o Brasil a tecnologia e a fórmula do princípio ativo da vacina.
“Com apenas uma picada o Brasil vai poder proteger suas crianças contra quatro tipos de doenças. Hoje, temos dados que mostram que quase 11 mil pessoas são internadas por ano pela varicela e temos mais de 160 óbitos. Além disso, tem uma economia no trabalho dos profissionais de saúde, pois usa-se apenas uma agulha, uma seringa, um único local de conservação”, declarou o ministro.
Ainda segundo Padilha, as internações causadas pela varicela custam cerca de R$ 7 milhões para o Sistema Único de Saúde (SUS). O ministério vai investir R$ 127 milhões para a compra de 4,5 milhões de doses por ano até 2015, quando está prevista a transferência completa de tecnologia para o Brasil, com produção da tetra viral 100% nacional.

REMÉDIO PARA MIELOMA MÚLTIPLO, JÁ!

Por que isto é importante
                          
Os Pacientes com Mieloma Múltiplo”, CÂNCER perverso e sem cura, e milhares de brasileiros suplicam junto a ANVISA e a Presidência da República pela liberação do único medicamento [REVLIMID] que pode lhes oferecer ganho de tempo-vida e melhores condições para sobreviver com esta doença.

O medicamento citado aprovado e em uso – com as devidas prescrições médicas – em mais de 80 países recebe resistência para sua aprovação no Brasil.

O que nos deixa estupefatos quanto ao veto do [REVLIMID] é o fato de o motivo ser tão somente financeiro.
Nada mais urgente do que a saúde, nada mais importante do que ela. O atendimento, a profilaxia, a pesquisa e o apoio dos órgãos públicos na área da saúde aos pacientes de doenças crônicas são condições mínimas de humanismo e, mais que isso, uma obrigação. Por isso lançamos essa petição que reivindica junto ao Movimento Saga dos Pacientes com Mieloma Múltiplo a aprovação e liberação do remédio o quanto antes pela ANVISA por quem tem a competência de decidir sobre o destino da nação. Decidir sobre a aprovação do REVLIMID é atenuar o sofrimento dos pacientes e garantir-lhes qualidade de vida. Só é exigido de cada um um mínimo de humanismo em votar nessa questão – que sabemos urgente – e fazer chegar esse clamor a nossa presidenta. Chego,assim, a essas páginas depois de convite da escritora Maria Abrão e a amiga Ana Merij, maiores ativistas em favor da causa. Contamos com o voto de vocês.
Acompanhe a Saga desses grandes amigos neste link: http://wwwasagadospacientesmm.blogspot.com.br/2
Se você ainda não assinou a petição, assine!

COM HOSPITAIS SUPERLOTADOS NO RN, MÃES DÃO À LUZ EM CADEIRAS

Publicado por Robson Pires
Com a crise na saúde pública e a greve dos médicos, que já dura 80 dias no Rio Grande do Norte, os pacientes que necessitam de atendimento de emergência estão sofrendo com a demora nos hospitais de Natal.
Relatos colhidos pelo UOL apontam que a demora para receber o primeiro atendimento chega a 24 horas no hospital Walfredo Gurgel, maior emergência do Estado. Além disso, os pacientes são obrigados a ficarem internados em macas de hospitais pelos corredores por conta da falta de leitos. Há problemas de superlotação também nos hospitais pediátricos e maternidades, com registro de mortes de mães e bebês.

VERGONHA!

O que era inacreditável aconteceu, infelizmente!

Alguns dias atrás escrevi uma matéria neste espaço vinculando o atraso na obra de construção da creche modelo de nosso município, que encontrasse parada a mais de meses. Sabe-se lá Deus o porquê dessa paralisação.  

Diante de tamanha irresponsabilidade e descaso com o patrimônio físico e financeiro do município, a gestora municipal se quer vem a publico dar explicações sobre o absurdo que vem ocorrendo frequentemente em nossa cidade – o abandono da saúde, educação, infra-estrutura, social e etc…

Pois é, pensava eu que isso poderia ser o maximo que poderia vir a acontecer. Más não, semana passada presenciei uma sena que me deu até dor de cabeça.

Os funcionários da empresa responsável pela construção da creche infantil tiveram que derrubar parte significativa da estrutura física já construída. Pensava eu e metade dos moradores daquela localidade que isso se dava em virtude de algum erro no projeto arquitetônico da construção. Porém, hoje veio a constatação de que os funcionários estavam removendo toda a estrutura de ferro – os “radies”, para devolvê-los ao dono do deposito de construção, onde o mesmo havia sido outrora comprado.  

Devido à falta de pagamentos por parte da PMU ao deposito, o mesmo se viu obrigado a rever não só os radies, mas também tijolos, cimento e etc…

Estamos colhendo maiores informações sobre o assunto. Seria interessante que a gestora municipal prestasse conta do que o povo de Upanema realmente vivência. Caos na saúde, educação, infra-estrutura e em todas as áreas básicas de atendimento.

Enquanto o povo sofre, sobra cargos comissionados na administração pública. Isso é o que não falta!

JÁ QUE TIVEMOS RECENTEMENTE UM ARRAIA DOS COMISSIONADOS EM UPANEMA, DEIXO UM “ANAVANTU” E UM “ANARRIÊ” PRA GESTÃO MUNICIPAL.

#Vergonha

UNE TERIA GASTO VERBA DA UNIÃO COM BEBIDAS

Ministério Público identificou uso de notas frias em convênios assinados com governo federal

Evento da UNE: entidade firmou convênios com as pastas da Cultura, Saúde, Esporte e Turismo

Investigação do Ministério Público aponta indícios de irregularidades graves em convênios do governo federal com a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Municipal dos Estudantes Secundaristas (UMES) de São Paulo. Entre 2006 e 2010, essas entidades receberam cerca de R$ 12 milhões dos cofres públicos destinados à capacitação de estudantes e promoção de eventos culturais e esportivos. No caso da UNE, o procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) Marinus Marsico identificou o uso de notas fiscais frias para comprovar gastos. E detectou que parte dos recursos liberados pelo governo federal foi usada na compra de bebidas alcoólicas e outras despesas sem vínculo aparente com o objeto conveniado.
No fim de maio, o procurador formalizou representação ao TCU para que a Corte investigue o uso dos recursos federais repassados às entidades estudantis. Ao analisar as prestações de contas do convênio do Ministério da Cultura com a UNE para apoio ao projeto “Atividades de Cultura e Arte” da UNE, Marsico constatou gastos com a compra de cerveja, vinho, cachaça, uísque e vodca, compra de búzios, velas, celular, freezer, ventilador e tanquinho, pagamento de faturas de energia elétrica, dedetização da sede da entidade, limpeza de cisterna e impressão do jornal da UNE. Além disso, encontrou diversas notas emitidas por bares em que há apenas a expressão “despesas” na descrição do gasto.
As notas fiscais frias foram localizadas na prestação de contas que a UNE entregou ao Ministério da Saúde, referente ao convênio de n.º 623.789, de R$ 2,8 milhões, encerrado em 2009, que bancou a Caravana Estudantil da Saúde, para discutir saúde pública. Marsico informa na representação que quatro notas da empresa WK Produções Cinematográficas Ltda. são “inidôneas”. Há suspeita de que outras oito notas emitidas por diferentes empresas também não sejam válidas. Outro indício de irregularidade nesse mesmo convênio é a elevação dos gastos previstos com assessoria jurídica de R$ 20 mil para R$ 200 mil, sem justificativa nos autos.
Umes
No caso dos convênios com a UMES, o procurador destacou o que trata do auxílio ao Projeto Cine Clube UMES da Saúde, concluído em março de 2010, no valor de R$ 234, 8 mil. De acordo com Marsico, as quantias previstas no plano de trabalho eram as mesmas posteriormente contratadas. “Como era possível saber o valor exato das propostas vencedoras nas licitações?”, questionou.
“É lamentável, especialmente pela história de lutas dessas entidades. Elas teriam que ser as primeiras a dar o exemplo à sociedade de zelo no uso do dinheiro público”, afirmou o procurador. “Algumas das impropriedades apuradas, como a utilização de recursos públicos para a compra de bebidas alcoólicas, são de extrema gravidade.”
Segundo ele, também houve erros por parte dos órgãos que liberaram dinheiro, como o Ministério do Esporte. A pasta comandada pelo PCdoB, mesmo partido que controla a UNE, fomentou a “implantação de atividades esportivas e debates” em 2008. “Quase dois anos após o fim do prazo para a prestação de contas, os documentos ainda não haviam sido encaminhados.”
Fonte: Gazeta do Povo

MINISTÉRIO DA SAÚDE ESTUDA FORMA OBLÍQUA DE LEGALIZAR E PATROCINAR O ABORTO. E O FAZ ÀS ESCONDIDAS, CONTRA A VONTADE DA SOCIEDADE. DILMA PRECISA SABER QUE DEMOCRACIAS NÃO PODEM TER AGENDA SECRETA

Caras e caros, lancem este texto na rede e façam o debate. O Ministério da Saúde discute uma proposta verdadeiramente asquerosa na sua sanha para tentar legalizar o aborto por vias oblíquas. E Eleonora Menicucci, aquela, está no meio…
Se eu tivesse de escolher uma metáfora para a chamada política de redução de danos para os dependentes químicos, por exemplo, seria esta: “Vá lá e flerte com o demônio; você certamente conseguirá domá-lo”. A dita-cuja é considerada uma alternativa moderna e mais humana a um conjunto de ações contra as drogas, que vai da repressão a tráfico e  consumo ao tratamento médico propriamente dito. A “redução de danos” consiste em considerar o mal inevitável e em oferecer, então, condições mais seguras para experimentá-lo. ONGs que lidam com esse conceito, com o patrocínio do poder público, já distribuíram a viciados, por exemplo, kits com seringas para substâncias injetáveis e cachimbinhos para o consumo de crack. Na minha república, estariam todos na cadeia por incitação ao consumo de drogas. Por aqui, estão escrevendo artigos em jornais e integram programas públicos que lidam com viciados… Pois é! Agora, o conceito de “redução de danos”, de flerte supostamente civilizado com o mal, chegou ao aborto.
O Ministério da Saúde, acreditem os senhores, estuda uma forma de organizar na rede pública um atendimento pré-aborto, que se destinaria a orientar a mulher que quer interromper a gravidez sobre os melhores métodos para fazê-lo, preparando-a para a coisa e já agendando o atendimento pós-procedimento.
Dado que o aborto é crime fora das agora três exceções — estupro, risco de morte da mãe e feto com diagnóstico de anencefalia —, o Ministério da Saúde, segundo entendi, está querendo se estruturar para fornecer a expertise necessária à prática de um crime. Como o hospital público não pode fazer o aborto puramente eletivo, estaria atuando como o pré-atendimento dos açougueiros clandestinos de almas. A alternativa, segundo se entende dereportagem de Johanna Nublat na Folha de hoje, é a rede pública de saúde se transformar numa central de distribuição de um remédio abortivo. Leiam trechos. Volto em seguida.


*
O Ministério da Saúde estuda a adoção de uma política de redução de danos e riscos para o aborto ilegal. Trata-se de orientar o sistema de saúde a acolher a mulher decidida a fazer o aborto clandestino e dar a ela informação sobre riscos à saúde e métodos existentes. A ideia é polêmica porque pode envolver a indicação de métodos abortivos considerados mais seguros que outros, como o uso de misoprostol – princípio ativo do remédio estomacal Cytotec, amplamente usado em abortos, apesar de ter venda restrita.

“Como essa discussão é nova para nós, não fechamos o que seria um rol de orientação. Queremos estabelecer, até do ponto de vista ético, qual é o limite para orientar as equipes”, diz o secretário de Atenção à Saúde do ministério, Helvécio Magalhães. A ideia ainda está em fase de discussão interna, dentro de uma política maior de planejamento reprodutivo e combate à mortalidade materna. O modelo foi adotado pelo governo do Uruguai em 2004, como resposta ao alto número de mortes maternas decorrentes do aborto inseguro.
Tratada com cautela, a proposta foi abordada pela ministra Eleonora Menicucci (Mulheres), na semana passada, em um seminário sobre mortes maternas. Em 2011, morreram de janeiro a setembro 1.038 mulheres no parto e na gestação, número considerado alto. Em 2005, o governo estimava em 1 milhão os abortos induzidos anualmente, mas não há cruzamento com os óbitos. Menicucci e Magalhães dizem, por outro lado, que está mantida a posição de governo de não mexer na legislação que criminaliza o aborto. “Já temos a ideia de que isso não é crime, o crime é o ato em si”, diz o secretário.
(…)
VolteiÉ tudo de um cinismo asqueroso. Magalhães, este monstro do pensamento jurídico, já tem “a ideia” de que crime é o ato em si, não a colaboração para a sua execução. Não é o que está no Artigo 29 do Código Penal, a saber:Art. 29 – Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.
§ 1º – Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço.
§ 2º – Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.
Atentem para o “de qualquer modo”. A ingestão deliberada do misoprostol é só o método que vai conduzir à morte do feto — que é o crime. Recomendar a sua administração ou ministrar à mulher remédios preventivos, que a tornem mais apta a usar a droga abortiva, parece incidir de maneira cristalina no parágrafo primeiro desse Artigo 29.
É evidente que dona Menicucci — aquela que foi aprender a fazer aborto com as próprias mãos em clínicas clandestinas da Colômbia e que atuava num grupo que ensinava as mulheres a praticar o autoaborto — tinha de estar no debate dessa nojeira homicida. Ninguém precisa acreditar apenas em mim. Se vocês clicaremaqui, encontrarão um texto técnico, em inglês, sobre as condições de uso do Cytotec (misoprotol) e sua efetividade. Ele só é “recomendado” até a 12ª semana de gravidez. Em 70% dos casos, o aborto ocorre em até 12 horas, mas pode chegar a 72 horas, com contrações, hemorragias etc. Digam-me cá: esse atendimento pré-aborto ficaria devidamente registrado na ficha da mulher? Algo assim: “Recomendou-se nesta data que Fulana de tal ingerisse Cytotec ou introduzisse a droga na vagina…” Atenção! Nem a Organização Mundial da Saúde concluiu um estudo sobre o uso desse remédio com essa finalidade.
Número de mortesVocês se lembram que, até havia uns dois meses, afirmava-se em cena aberta que se praticavam no Brasil um milhão de abortos por ano, com a morte de 200 mil mulheres? Em fevereiro, peritos da ONU esfregaram esses números da cara de Dona Menicucci, cobrando providências, e ela os acatou. Nem poderia ser diferente, não é? Abortista e confessadamente aborteira, ela está entre aqueles que ajudaram a produzir essa farsa. Com dados do IBGE, provei que esses números eram estupidamente mentirosos. O número de mulheres mortas estava sendo multiplicado por, deixem-me ver, 200!!! Vejam lá no texto da Folha. O governo insiste na falácia daquele milhão de abortos, mas o número de mulheres mortas caiu brutalmente, não é? De janeiro a setembro, 1.038 ocorrências na gestação e no parto. Atenção! Mesmo nesse universo, é impossível saber quantas pereceram em razão de abortos provocados.
Os terroristas do abortismo resolveram aposentar um dos números falaciosos (as 200 mil mortes, que nunca ocorreram), mas mantiveram o outro — os supostos 1 milhão de abortos provocados.
Agenda ocultaVai mal o governo também nessa questão. Não gosto de agendas ocultas. Elas fraudam a democracia. Dilma era favorável à legalização do aborto. Disse isso mais de uma vez. Declarou ter mudado de opinião quando se fez candidata. A máquina de propaganda petista tentou operar o milagre de criminalizar — um escândalo moral!!! — quem dizia a verdade sobre a opinião do partido e da então candidata. O Tribunal Superior Eleitoral cometeu a vergonha de pôr a Polícia Federal no encalço de católicos que distribuíram panfletos sobre o tema, numa agressão arreganhada à liberdade de expressão.
Eleita, Dilma nomeou para o Ministério das Mulheres uma abortista fanática e aborteira confessa e mantém o tema como agenda permanente do governo, embora escolha sempre um caminho oblíquo.
O debate não é vergonhoso só por causa do mérito: o assassinato; o debate não é vergonhoso só por causa do estelionato eleitoral: Dilma disse que não daria curso a essa questão; o debate não é vergonhoso só por causa da covardia política: tenta-se a legalização da prática por vias tortas. O debate também é vergonhoso porque o atendimento à saúde no Brasil é um descalabro. Impor essa agenda a um serviço que larga os miseráveis em macas pelos corredores, em hospitais e postos de atendimento que são verdadeiros pardieiros, é um desses luxos a que só o fanatismo ideológico se consente.
E tudo por quê? Porque os “progressistas” não abrem mão de legalizar os assassinatos virtuosos. Numa democracia convencional — isto é, saudável —, a oposição tomaria a palavra nesta quarta no Congresso e obrigaria o governo a se explicar. A nossa vai ficar em silêncio porque não considera que este seja um tema relevante. A vanguarda da morte está assanhada. Cadê a vanguarda da vida? Se o governo quer legalizar o aborto, que tenha a coragem de fazer o debate às claras.

Por Reinaldo Azevedo