POLÍCIA FEDERAL PRENDE SETE EMPRESÁRIOS E UM POLÍTICO ENVOLVIDOS NO ‘CARTEL DOS COMBUSTÍVEIS’ EM MOSSORÓ

A Polícia Federal do Rio Grande do Norte desenvolveu hoje em Mossoró a ‘Operação Vulcano’ voltado para o cumprimento de mandados de busca e apreensão contra suspeitos de envolvimento na máfia dos combustíveis na cidade. O cumprimento das determinações judiciais foi iniciado logo nas primeiras horas da manhã.

Segundo o superintendente em exercício da Polícia Federal, Marinaldo Barbosa de Moura, oito pessoas foram detidas, sendo sete empresários que atuam no comércio de combustíveis e um político.

Foram expedidos mandados de prisão e de busca e apreensão nos locais de trabalho e nas casas das seguintes pessoas:

Pedro de Oliveira Monteiro Filho – Posto Mossoró
Otávio Augusto Ferreira da Silva – Rede Fan
Ex-vereador Pedro Edilson Leite Júnior – Posto Santa Luzia
Robson Paulo Cavalcanti – Posto Nacional
Carlos Otávio Bessa e Melo – Posto Nova Betânia
Sérgio Leite de Souza – Posto Olinda
José Mendes da Silva – Rede de postos 30 de Setembro.
Claudionor Antonio dos Santos – Vereador
Francisco José Lima Silveira Júnior – Vereador e presidente da Câmara de Mossoró.

Além das prisões, os policiais federais também fizeram apreensões de equipamentos como computadores e muitos documentos que serão analisados. Inicialmente os detidos cumprem prisão provisória de cinco dias podendo ser prorrogado de acordo com as investigações. O trabalho contou com um efetivo de 130 policiais federais incluindo os delegados.

Na manhã de hoje uma coletiva de imprensa foi convocada onde os delegados Marinaldo Barbosa, Eduardo Benevides Bonfim e os promotores Flávio Corte Pinheiro de Souza e José Augusto Peres Filho, detalharam toda a operação desenvolvida em Mossoró.

O Câmera

PROFESSOR COM DOUTORADO RECEBE MENOS QUE UM POLICIAL RODOVIÁRIO

– Publicado por Robson Pires
Uma tabela publicada no Facebook comparando os salários de professores com outros cargos que exigem concurso público já foi compartilhada por mais de 10.500 pessoas. A tabela mostra, por exemplo, que o salário de um policial rodoviário federal com nível superior completo (R$ 5.782,11) é maior que a remuneração de um professor adjunto com doutorado (R$ 4.300).
Os editais dos concursos confirmam a diferença, mas vale destacar que não são todos do mesmo ano – foram utilizados dados de concursos públicos realizados entre 2008 e 2012. A primeira tabela divulgada na rede social foi alterada para corrigir algumas divergências encontradas com relação aos editais. Veja abaixo a tabela retificada:

PF PRENDE TODOS OS VEREADORES EM CIDADE ALAGOANA

– Publicado por Robson Pires


A pedido da 17ª Vara Criminal da Capital, a Força Nacional cercou nesta quinta-feira o prédio da Câmara de Vereadores de Rio Largo, a 25 km de Maceió, e prendeu todos os integrantes do Legislativo Municipal, acusados de corrupção.
Segundo as denúncias, eles aprovaram a venda de um terreno, que valia R$ 21,5 milhões, por R$ 700 mil, a uma empresa. A área foi vendida pelo prefeito da cidade, Toninho Lins, mas com aval da Câmara. Todos foram sendo encaminhados ao sistema prisional.
Conforme denúncia do Movimento de Combate à Corrupção, feita às polícias Federal e Civil, o prefeito Toninho Lins pediu, em 2010, a desapropriação de uma área de 252 hectares, pertencente à usina Utinga Leão, para a construção de casas populares. Pagou R$ 700 mil pela operação. A usina, com dívidas nas receitas federal e estadual, está falida. As residências não saíram. Depois, com o aval da Câmara, o prefeito vendeu o terreno a uma empresa, pelo mesmo valor da desapropriação, sem licitação.

DILMA SERÁ INDENIZADA POR TORTURA E PRISÃO NA DITATURA

– Publicado por Robson Pires

A presidente Dilma Rousseff receberá do governo do Rio, até o fim de junho, uma indenização de R$ 20 mil por ter sido interrogada e torturada no estado durante a ditadura militar. A
notícia foi publicada nesta quinta-feira na coluna “Informe do Dia”. O requerimento foi feito por Dilma em 2004. Além do Rio, a presidente também pediu reparação em São Paulo e em Minas Gerais, estados onde foi interrogada, processada, julgada e condenada. Dilma fez parte da luta armada contra a ditadura na organização VAR-Palmares. Em 16 de janeiro de 1970, ela foi presa por subversão. Foi brutalmente torturada, submetida a choques e pau de arara. Acabou condenada a quatro anos de prisão.
O secretário estadual de Assistência Social, Rodrigo Neves, disse nesta quinta-feira que Dilma doará o dinheiro. A assessoria de imprensa do Planalto, no entanto, não confirmou a informação.

CPI RECHAÇA AMEAÇAS À IMPRENSA

 – Da revista Veja

Presidente cassado por corrupção e representantes do partido que operou o mensalão queriam usar caso Cachoeira para perseguir VEJA. Recuaram

Gabriel Castro e Laryssa Borges

A CPI do Cachoeira rechaçou nesta quinta-feira uma tentativa de agressão à imprensa livre. O senador Fernando Collor (PTB-AL), o único presidente da história a ser cassado por corrupção, havia apresentado um requerimento pedindo à Polícia Federal (PF) todos os diálogos entre Carlinhos Cachoeira e Policarpo Júnior, chefe da sucursal de VEJA em Brasília.  O pedido, regimentalmente injustificável, tinha um objetivo claro: intimidar o trabalho da imprensa investigativa. A tentativa de intimidação teve o efeito inverso.
A reação à tentativa de Collor e seus mais novos amigos, os petistas, gerou discursos notáveis em defesa da liberdade de imprensa. O debate teve início porque o relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), havia incluído o requerimento em uma extensa lista que seria votada – e aprovada – em bloco. O anúncio provocou uma mobilização imediata de parlamentares da base governista e da oposição. Eles lembraram o óbvio: a Polícia Federal isentou o jornalista de VEJA e definiu os contatos como mera relação de uma fonte com um repórter investigativo.
O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) – aliado do PT e do governo Dilma – pôs-se de pé e proferiu um discurso memorável em defesa da imprensa livre: “Ninguém sabe do mundo da corrupção, quer seja do mensalão, quer seja de outros casos, ninguém pode saber desses casos conversando com perfis apenas como o da madre Teresa de Calcutá”, afirmou. “Ouvimos dois delegados de polícia. A sessão foi secreta, mas seu conteúdo não o pode ser nesse momento. Perguntei se houve crime e peremptoriamente a resposta foi não”, afirmou, em referência aos investigadores Raul Alexandre Marques e Matheus Mella Rodrigues, ouvidos pela CPI do Cachoeira nas últimas semanas.

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) também condenou a iniciativa: “Não há como aceitar qualquer tipo de ameaça, por velada que seja, à liberdade de expressão e à liberdade de imprensa”, disse ele, lembrando que não houve qualquer ilegalidade por parte de Policarpo. “Estou estarrecido. É uma afronta à liberdade de expressão consagrada na Constituição. É uma revanche ou busca de submeter essa CPI a um prazer pessoal”, disse o deputado Rubens Bueno (PPS-PR)

O senador Pedro Taques (PDT-MT), que fez carreira como procurador de Justiça, foi enfático: “Esse requerimento é absolutamente inconstitucional, é de uma inconstitucionalidade chapada. O requerimento é absolutamente ridículo. Pinçar dados apenas do senhor Policarpo se revela como vingança, autoritarismo. A CPI não é um instrumento de vingança de parlamentares contra órgãos de imprensa”, afirmou.
Vergonha – Collor também teve de passar pelo constrangimento de ouvir um colega de partido, o deputado Sílvio Costa (PTB-PE), fazer um apelo direto pela retirada do requerimento. Costa também se dirigiu aos petistas, que haviam apoiado a tentativa de intimidação: “O PT precisa de autocrítica e está colocando o coração antes da razão. Não se pode convocar um jornalista que prestou serviço à democracia do Brasil, que mostrou à opinião pública que a corrupção está muito forte”.
A senadora Kátia Abreu (PSD-TO) reforçou o discurso do colega: “O jornalista vai aonde está a informação e às vezes a informação está no inferno, não está no céu”. Foi ela, aliás, quem destacou uma questão técnica que só reforçava o absurdo do requerimento de Collor: além de persecutório, o pedido não fazia sentido porque a CPI votaria, em seguida, um requerimento pedindo a íntegra de todos os áudios obtidos até agora pela Polícia Federal.
Foi a intervenção da senadora que permitiu ao relator Odair Cunha desistir da empreitada sem admitir a derrota: “Diante da fala da senadora Kátia Abreu sobre o problema da prejudicialidade e para que não venham com nenhum tipo de generalização, vou encaminhar pela prejudicialidade desse requerimento”, afirmou o petista.
O senador Humberto Costa (PT-PE) e o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que haviam apoiado o senador alagoano, se calaram. Collor foi deixado só. Como única saída, aceitou a decisão do relator. As tentativas de intimidação não devem cessar com a primeira derrota de Collor e do PT na CPI. Mas o Parlamento demonstrou estar atento às ameaças à liberdade de imprensa.
Veja o que disseram os parlamentares contrários à tentativa de intimidação:
Deputado Miro Teixeira (PDT-RJ): “Vou citar de cor, mas lhes garanto que, em poucos minutos, posso acessar aqui o computador e lhes trazer decisão do Supremo Tribunal Federal, com voto condutor do Ministro Celso de Melo, afirmando que a função do jornalista é investigar. Ele tem o dever de investigar, e ninguém sabe do mundo da corrupção, quer seja do mensalão, quer seja de outros casos de corrupção como já examinamos aqui nesta CPI, ninguém pode saber desses casos conversando exclusivamente com perfis como o da Madre Teresa de Calcutá. O jornalista de investigação, a exemplo do policial, conversa, sim, com pessoas próximas ao crime. Senão, não obtém as informações”.
Senador Alvaro Dias (PSDB-PR): “Um estadista norte-americano afirmou: ‘Entre um governo sem imprensa e uma imprensa sem governo, prefiro a última alternativa’. E não há como não verificar, em determinadas incursões nesta Comissão Parlamentar de Inquérito, uma velada ameaça à liberdade de imprensa, que temos de repudiar com a veemência e a contundência possíveis. A tentativa que se faz hoje, por exemplo, afronta a legislação vigente no País, desde a Constituição – e não tenho tempo para citar os artigos –, o Código de Ética dos jornalistas brasileiros,o  Código de Conduta dos Jornais, o Código Civil, o Código de Processo Civil, o Código de Processo Penal, a Convenção Americana de Direitos Humanos, a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Esse requerimento é uma afronta a todos esses documentos legais do país e internacionais (…) Seria um precedente pernicioso e inominável, senhor Presidente! É uma indignidade tentar trazer aqui, como réu, um jornalista que apenas cumpriu o seu dever, que exercitou a sua profissão com dignidade, e essa atividade com dignidade foi aqui sustentada por dois delegados, em sessão secreta, que não admitiram ter havido qualquer ilícito praticado por esse jornalista ou por qualquer outro jornalista”.
Senador Pedro Taques (PDT-MT): “Esse requerimento, com respeito ao seu autor, é ridículo, porque – e vou falar com referência às próprias palavras do seu autor – ele diz ‘pincemos’. Pinça é um instrumento que se utiliza para separar do todo; pinça é algo que se revela como vingança; pinça é algo que se revela como autoritarismo. Voto contra. O PDT não aceita perseguição. Por isso, senhor presidente, este requerimento é inconstitucional, ofende tratados internacionais, como o Pacto de São José da Costa Rica, a Declaração Universal de 1948. Ele é absolutamente inconstitucional”.
Senadora Kátia Abreu (PSD-TO): “O jornalista vai aonde está a informação. E, às vezes, essa informação está no inferno; não está no céu, não. Jamais esse jornalista poderia encontrar informações sobre o crime organizado do senhor Carlinhos Cachoeira com os senadores do bem, com pessoas do bem. Infeliz ou felizmente, os jornalistas têm o direito, garantido pela Constituição, de ir até às profundezas do inferno para procurar as informações para trazer à luz da sociedade (…) O Brasil não é a Venezuela, não é a Argentina e não vai caminhar por essa direção”.
Deputado Rubens Bueno (PPS-PR): “Isso é uma afronta à liberdade de expressão, consagrada na Constituição Cidadã do Brasil. Isso não é absolutamente nada a não ser uma revanche ou busca de submeter esta CPI a um prazer pessoal de responder a alguém por este ou aquele momento da vida pública do País. E nós não podemos concordar com isso (…). Isso é um sentimento totalitário. E não podemos, de forma alguma, avalizar esse sentimento presente neste requerimento”.
Deputado Sílvio Costa (PTB-PE): “Eu quero saber se, realmente, o mensalão era uma mentira. Não era, porque tem 40 aí complicados. Quero saber se aquela matéria do Ministério dos Transportes era mentira. Ela também não era, e tem muita gente complicada. VEJA não compactuou com a corrupção nem prejudicou a democracia. Nós não podemos transformar esta CPI numa espécie de paraíso do revanchismo (…).  Nós passamos 20 anos neste país com a imprensa calada. Nós passamos 20 anos neste País com os censores dizendo: ‘Isso pode sair; isso não pode sair’. O PT lutou pela democracia neste País. O PT é sócio da democracia neste País. O PT não pode negar a sua história. O PT precisa fazer uma autocrítica. O PT está botando o coração antes da razão. O PT está errado! Não se pode convocar um jornalista que prestou um serviço à democracia do Brasil. Não se pode convocar um jornalista que mostrou para a opinião pública do Brasil que a corrupção está muito forte. Isso é um erro do PT(…). Senador Collor, o senhor tem uma oportunidade histórica, porque com Alagoas o senhor já se reencontrou, o senhor tem oportunidade de se reencontrar com o Brasil. Eu lhe faço um apelo: o senhor poderia retirar esse requerimento. Esse requerimento não ajuda o país, não ajuda a democracia. Senador Collor, reencontre-se com o país”

POLICIAIS SÃO INVESTIGADOS POR ASSASSINATO DE EVANGÉLICO EM PERNAMBUCO

Dois policiais estão sendo investigados pelo assassinato de um evangélico na cidade de Araçoiba, Pernambuco. Os oficiais foram atender uma ocorrência devido queixa de som alto, eles teriam pedido para que abaixassem o som, que fora atendido, a princípio, mas alguns minutos depois voltaram a aumentar o volume.
Segundo nota oficial da Secretaria de Defesa Social, após darem voz de prisão ao grupo e sofrerem desacato, os policiais usaram então as armas de fogo. Foram atingidos Jucimar Celestino da Silva, de 27 anos, e outra pessoa que estava com ele. O jovem, que era da Assembleia de Deus veio a falecer no hospital, a outra vítima dos disparos escapou, mas teve a identidade preservada.
Ainda de acordo com informações da Secretaria de Defesa Social, a corregedoria da polícia já instaurou um procedimento administrativo para apurar o fato. Por ordem do Comando Militar do Nordeste, foi determinado o recolhimento dos policiais que efetuaram os disparos.
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa está investigando o caso. O flagrante foi inviabilizado, já que houve apresentação espontânea dos policiais.
Fonte: Gospel+

SENADORES TENTAM DERRUBAR SIGILO DE INQUÉRITOS

– Publicado por Robson Pires
O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) apresentará nesta terça-feira (8) à CPI do Cachoeira um requerimento para acabar com o sigilo imposto aos inquéritos das Operações Vegas e Monte Carlo, realizadas pela Polícia Federal para investigar as relações do contraventor Carlinhos Cachoeira com parlamentares e agentes públicos e privados. Os documentos estão guardados em uma sala-cofre, já apelidada de “batcaverna”, com regras rígidas de acesso e permanência para consulta. Para o senador, as medidas representam uma afronta à atividade parlamentar.
O senador também pede acesso a todas as gravações que estão em posse da Justiça. Em seu requerimento, o tucano explica que os interesses judiciários e políticos sobre o caso são distintos e, por isso, os parlamentares devem ter acesso ao conteúdo integral das gravações que foram realizadas pela PF. “Anote-se que aqui tem-se uma investigação política com efeitos diversos do interesse primário e que alcançam, por suposto, agentes políticos que podem ser ‘julgados’ – em extensão plena da palavra, por uma das Casas do Congresso Nacional”, afirma no documento.
Cássio Cunha Lima também afirma ser inadimissível “restringir-se, de quaisquer formas, a ação parlamentar, especialmente no ambiente interno – doméstico – do Congresso Nacional”, já que deputados e senadores possuem inviolabilidade parlamentar, prerrogativa constitucional que os protegem no tocante às suas opiniões, palavras e votos. Para Cássio Cunha Lima, “a quebra de tal inviolabilidade significa a inviabilidade da CPI” e não pode ser admitida em uma situação política em que não se coloque em risco a segurança da nação ou de suas instituições.

CACHOEIRA TENTOU COMPRAR PARTIDO POLÍTICO

No olho do furacão das investigações da operação Monte Carlo, conduzida pela Polícia Federal (PF), o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, tentava negociar a compra de um partido político, informa reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. Conversas telefônicas interceptadas pela Polícia Federal flagram Cachoeira negociando a compra da seção goiana do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), cujo presidente nacional Levy Fidelix – célebre por sua bandeira do ‘aerotrem’ – é citado em diversas escutas. Leia mais na Veja.

CAERN FISCALIZA “GATOS” NO INTERIOR

Publicado por Robson Pires
Após constatar que o volume de água distribuído à população não estava chegando até o destino, a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), resolveu realizar trabalho de fiscalização nas cidades de Macau e Guamaré. Em dois dias de serviço a empresa visitou cerca de 150 imóveis e constatou mais de 50 ligações clandestinas de água além de desvios na tubulação para encher grandes cisternas. Além da suspensão imediata do serviço, a companhia cobra multa calculada em 20 vezes o valor da tarifa mínima prevista para o respectivo imóvel.
O gestor da Unidade de Receita da região, Francisco Severo Rodrigues, afirma que o trabalho vem recebendo o apoio da população das duas cidades. Ele explica que os clientes pagam pelo abastecimento e não recebem água com regularidade porque o consumo clandestino é responsável pelo desperdício de alguns clientes em situação irregular. Outro problema é o furto de água da adutora para grandes propriedades onde a Caern é impedida de entrar para fiscalizar. Nesses casos só o Ministério Público tem o poder de acessar a propriedade privada.

MANIFESTANTES PROPÕEM SOLUÇÕES PARA A LUTA CONTRA A CORRUPÇÃO

Integrantes do movimento contra a corrupção reivindicam fim do foro privilegiado, caracterização da corrupção como crime hediondo, entre outras medidas.

Fim do foro privilegiado, caracterização da corrupção como crime hediondo, voto distrital, ampliação de mecanismos de fiscalização do poder público e fim da obrigatoriedade do voto foram algumas das medidas para o combate à corrupção sugeridas pelos participantes do protesto do Dia do Basta, realizado no sábado, em Curitiba. Na capital paranaense, a passeata saiu da Boca Maldita, no centro da cidade, às 10h30, e depois de fazer um trajeto que incluiu a Avenida Marechal Deodoro e Praça Rui Barbosa, rumou para o Palácio Iguaçu. Segundo a Polícia Militar, a terceira edição do evento reuniu cerca de 500 pessoas em Curitiba. No total, 42 cidades participaram simultaneamente do Dia do Basta em todo o Brasil. 
Oficialmente estava na pauta de reivindicações o voto aberto dos parlamentares, fim do foro privilegiado e a instituição da corrupção como crime hediondo. Entretanto, além de temas ligados ao combate à corrupção, os manifestantes cobraram das autoridades diversas outras medidas. “Em Curitiba, também estamos reivindicando que 10% do PIB do município seja destinado à educação”, afirmou a professora universitária Regina Amélia Darriba Rodriguez, uma das organizadoras do evento.
O economista Wilson Carlos Giotto, de 65 anos, disse que considera o voto distrital a solução para os problemas de desvio de dinheiro público. Segundo ele, com o voto distrital será possível aproximar cada vez mais os políticos do povo e sujeitar suas ações às reais necessidades dos eleitores.
Na companhia da esposa, Dione Maria Giotto, de 56 anos, o economista disse que a alta carga tributária brasileira e o dinheiro desviado pela corrupção não permitem que as pessoas possam desfrutar tranquilas a velhice, porque precisam trabalhar para sobreviver. “Me sinto uma palhaça diante de tantas CPIs que resultam em nada. Estou farta de tanta impunidade neste país”, desabafou Dione.
Para a musicóloga Valkíria Polo, de 58 anos, o Dia do Basta é apenas o primeiro passo de um movimento que busca a mudança uma sociedade mais justa e menos corrupta. Paulistana, ela está há 20 anos em Curitiba e diz que já não reconhece mais a cidade que escolheu para viver e criar sua família. “Enquanto os políticos desviam dinheiro e ficam impunes, a cidade padece assombrada pela violência, sem infraestrutura, saúde, educação”, declarou Valkíria. “A via de mudança está no voto consciente. Para isso, no entanto, acho que é preciso abolir a obrigatoriedade do voto.” 
“Só o movimento não basta. É preciso aumentar os mecanismos de fiscalização e controle poder público a nível municipal, estadual e federal, por parte da sociedade”, defendeu o bombeiro Rafael Fontana, de 28 anos, que ajudava no recolhimento das assinaturas pedindo que o povo também possa decidir pela convocação de um plebiscito popular ou referendo. Hoje, esse direito é atribuído somente aos representantes eleitos. Além dessa lista, outras três circulavam recolhendo assinaturas para o fim do foro privilegiado para políticos, a caracterização da corrupção como crime hediondo e o voto aberto dos parlamentares.
Colaborou Katna Baran, especial para a Gazeta do Povo.
Fonte: Gazeta do Povo