GOVERNADORA INAUGURA TRECHO DA RN-117 NESTA QUINTA-FEIRA (26), EM MOSSORÓ

Iniciando agendas administrativas em Mossoró, durante a transferência temporária do Governo, a governadora Fátima Bezerra vai inaugurar nesta quinta-feira (26) às 9h,  a RN-117, trecho entre o município de Mossoró e Governador Dix-Sept Rosado. Em seguida, às 10h, na sede da Reitoria da Uern no Centro, Fátima participa da solenidade de instalação do Governo em Mossoró, com assinatura de atos normativos.

No final da manhã, às 11h, na Reitoria da Uern, será realizada Reunião Ordinária do Comitê Estratégico de Governança do Plano Estadual de Segurança Pública e Defesa Social (CEGOV/PESP). 

A tarde, às 13h30, Fátima Bezerra visita a Fábrica de Beneficiamento de Castanha de Caju – USIBRÁS – onde haverá assinatura dos contratos do Polo Gás Sal e em seguida vistoria obras da estrada Dehon Caenga, entre os municípios de Tibau a Grossos.

Ao longo de três dias, o Governo do RN realizará ações governamentais e irá vistoriar obras, ouvir a população e técnicos envolvidos, cumprindo agendas nas áreas de infraestrutura, educação e segurança pública.

DINHEIRO DO BOLSA FAMÍLIA NÃO É PARA APOSTAS, DIZ WELLINGTON DIAS

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, divulgou nota nesta quarta-feira (25) afirmando que os programas sociais de transferência de renda foram criados para garantir a segurança alimentar e atender às necessidades básicas das famílias em situação de vulnerabilidade.

“A prioridade sempre será combater a fome e promover a dignidade para quem mais precisa”, destacou.

A nota foi divulgada logo após publicação de nota técnica elaborada pelo Banco Central (BC) que aponta que os beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em bets (empresas de apostas eletrônicas) via Pix em agosto.

Dias afirma ter solicitado esclarecimentos ao Ministério da Fazenda e destacou ainda a proposta em andamento para a regulamentação desse mercado no Brasil.

“Tenho certeza de que o governo federal, ao tratar desse tema, levará em consideração a proteção dos mais vulneráveis e os impactos sociais que possam surgir”, reforçou, destacando que irá acompanhar a regulamentação e encontrar mecanismos para evitar que dinheiro dos benefícios sociais sejam utilizados em jogos.

“Nosso foco permanece firme: garantir que o Bolsa Família continue sendo um instrumento eficaz de combate à pobreza e à insegurança alimentar. Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para que esse objetivo se mantenha”, disse, em nota.

Fonte: Agência Brasil

ELEIÇÕES 2024 TÊM 14 MILHÕES COM MAIS DE 70 ANOS APTOS A VOTAR

As Eleições Municipais de 2024 têm 14.064.885 eleitores com mais de 70 anos aptos a eleger candidatos aos cargos de prefeito e vereador em 5.569 municípios do país. O 1º turno do pleito ocorre em 6 de outubro.

O eleitorado a partir dessa faixa etária pode votar de forma facultativa nas eleições. As pessoas com mais de 70 anos representam 9,02% do total de 155.912.680 de eleitores do pleito deste ano.

A região Sudeste é a que concentra o maior contingente de eleitorado de pessoas com mais de 70 anos: 7.383.667 de votantes ou 11% da região. Em seguida, está o Nordeste, com 3.709.345 (8,5% da região); o Sul, com 2.874.958 (10,7% da região); o Norte, com 843.657 (6,4% da região), e o Centro-Oeste, com 793.040 (8,1% da Região).

Os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro são os que têm os maiores números de eleitores com mais de 70 anos, sendo respectivamente, 3.460.061, 1.878.411 e 1.752.759.

Já os estados de Roraima, Amapá e Acre são os que têm os menores números desse eleitorado, respectivamente, 22.097, 30.745 e 38.878.

Eleitorado em geral

A maioria do eleitorado que vai às urnas em outubro de 2024 para as eleições municipais é do sexo feminino. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 52%, ou 81,8 milhões dos brasileiros aptos a votar, são mulheres. Outros 48% (74 milhões) são homens. Além disso, 41.537 com nome social estão aptos a votar.

Entre os eleitores, 27,04% têm o ensino médio completo. Outros 22,48% têm o ensino fundamental incompleto e 3,57% são analfabetos.

A maior parte dos eleitores está na faixa etária de 45 a 59 anos. Em seguida, estão os eleitores com idade entre 35 e 44 anos. Ao todo, 89,88% optou por não informar cor ou raça.

Metrópoles

ASSEMBLEIA AUTORIZA TRANSFERÊNCIA DO EXECUTIVO PARA MOSSORÓ ENTRE 26 E 28 DE SETEMBRO

Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte autorizou a transferência da sede do Poder Executivo Estadual para Mossoró, entre quinta-feira (26) e sábado (28). A mudança tem por objetivo prestigiar o município pelos 141 anos da Abolição da Escravidão, celebrado anualmente no mês de setembro.

Segundo a matéria, que foi enviada para a ALRN por iniciativa do Executivo, a data é considerada a maior festa cívica na cidade, sendo “motivo de orgulho para todos os potiguares”. Mossoró festeja neste período a extinção do regime escravocrata até então vigente, ocorrida em 30 de setembro de 1883, cinco anos antes da publicação da Lei Áurea, “o que revela a importância desta comemoração não só para os mossoroenses, mas para todo o povo brasileiro”, completa o texto assinado pela governadora Fátima Bezerra (PT). 

Os deputados estaduais também aprovaram quatro propostas de autoria da deputada estadual Divaneide Basílio (PT). A primeira institui o Programa Educar Sem Tabu, a ser executado com professores da rede pública estadual. O segundo, institui a política estadual de prevenção e enfrentamento ao racismo institucional. Em seguida, mais um criando a Política Estadual de Incentivo à Produção e Comercialização Melífera e ao Desenvolvimento Apícoas e Meliponícolas de Qualidade. 

Por último, de Divaneide, o que cria o Sistema QR Code de informações sobre os Serviços de Turismo e Cultura, junto a monumentos turísticos e culturais do Estado. Segundo a matéria, o objetivo é promover e viabilizar o acesso à informação. 

De iniciativa da deputada estadual Terezinha Maia (PL), foram aprovadas duas matérias. A primeira que estabelece que o estágio realizado em unidade de saúde da rede pública ou privada do Estado seja considerado como experiência para concursos públicos e processos seletivos. O segundo institui a política pública de incentivo ao empreendedor rural no RN.

ISOLDA CELEBRA OS 56 ANOS DA UERN E DESTACA CONQUISTAS DO GRUPO DE MULHERES

Na sessão plenária desta terça-feira (24), a deputada Isolda Dantas (PT) foi a quarta oradora e registrou a homenagem pelos 56 anos da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), realizada na última segunda-feira. A parlamentar enfatizou a importância da instituição para a educação e o desenvolvimento da região, ressaltando seu papel fundamental na formação de cidadãos críticos e engajados.

“A sessão foi muito bonita e é uma oportunidade de celebrar todas as conquistas de quem faz a UERN”, comemorou. 

Durante seu pronunciamento, Isolda Dantas também destacou a relevância de uma emenda parlamentar no valor de R$ 150 mil, que foi destinada à construção de uma câmara fria em uma área de assentamento em Mossoró. A parlamentar explicou que o equipamento tem como objetivo refrigerar as frutas produzidas por um grupo de mulheres que se organizam em torno da economia solidária. 

“Essas mulheres têm uma história de sucesso na agricultura familiar e na economia solidária”, declarou Isolda. Ela destacou que a fábrica de polpa de frutas, gerida por essas mulheres, é um exemplo de como o trabalho em equipe pode gerar renda e desenvolvimento para toda a comunidade. 

A câmara fria permitirá que as frutas colhidas não sejam desperdiçadas e que as mulheres possam produzir durante todas as estações do ano. Isolda Dantas enfatizou a autonomia econômica que esse equipamento proporcionará às integrantes do grupo, que estão decididas a vencer e a prosperar em suas atividades.

“A luta dessas mulheres é inspiradora e mostra como a união e a determinação podem transformar realidades. Estou muito feliz em poder contribuir com essa emenda, que, sem dúvida, será um passo significativo para a autonomia econômica dessas famílias”, concluiu a deputada.

A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA, MAIS 189 MUNICÍPIOS VÃO PODER RECEBER SINAL 5G

A partir da próxima segunda-feira (30/9), as operadoras que adquiriram lotes na faixa de 3,5 GHz poderão solicitar à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), entidade vinculada ao Ministério das Comunicações, o licenciamento e ativação de estações nessa faixa em mais 189 municípios.

“Com essa liberação, esperamos que as operadoras cheguem a estes locais e, assim, a gente alcance cada vez mais municípios com a internet 5G, levando conectividades até mesmo aos locais mais remotos”, disse Juscelino Filho, ministro das Comunicações

A informação foi divulgada nesta terça-feira (24/9), após Reunião Ordinária do Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.625 a 3.700 MHz (Gaispi).

Com essa liberação, 23 unidades da federação no total estarão com todos os municípios liberados: Acre (AC), Alagoas (AL), Amazonas (AM), Amapá (AP), Distrito Federal (DF), Espírito Santo (ES), Goiás (GO), Maranhão (MA), Mato Grosso do Sul (MS), Mato Grosso (MT), Minas Gerais (MG), Pará (PA), Paraíba (PB), Paraná (PR), Piauí (PI), Rio de Janeiro (RJ), Rondônia (RO), Roraima (RR), Rio Grande do Sul (RS), Santa Catarina (SC), Sergipe (SE), São Paulo (SP) e Tocantins (TO),

Dessa forma, 5.191 municípios poderão contar com o 5G na faixa de 3,5 GHz, o que corresponde a aproximadamente 96% da população do Brasil. Importante ressaltar que a liberação da faixa não significa que redes do 5G serão instaladas de imediato nas localidades. A instalação antecipada de estações de quinta geração nessas cidades depende do planejamento individual de cada operadora.

Para facilitar o acompanhamento dos municípios liberados, o Gaispi disponibiliza painel de dados apresentando os municípios em que a faixa de 3,5 GHz já se encontra liberada e, também, o planejamento aprovado pelo Grupo para as próximas liberações.

Confira a lista com os 189 municípios clicando aqui .

TV

A decisão tomada pelo Gaispi, presidido pela Anatel, segue diretrizes do Edital do 5G e abrange municípios onde a Entidade Administradora de Faixa (EAF) já iniciou a migração da recepção do sinal de televisão aberta e gratuita por meio de antenas parabólicas na banda C satelital para a banda Ku e concluiu as ações necessárias para a desocupação desta faixa por sistemas do Serviço Fixo por Satélite (FSS), tendo instalado os filtros para a mitigação de interferências em todas as estações do FSS impactadas.

Quem recebe as transmissões da TV Aberta pela antena parabólica precisa adaptar o equipamento para evitar eventuais interferências. Inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) que recebem sinal da TV aberta por parabólica podem solicitar o kit gratuito para a adaptação do equipamento à Siga Antenado (EAF).

PRESIDENTE DA FIERN ENTREGA À GOVERNADORA PROPOSTA PARA MODERNIZAR A LEI AMBIENTAL

O presidente da FIERN, Roberto Serquiz, entregou à governadora Fátima Bezerra, na noite de ontem (23.09), uma proposta para modernizar a lei que define a política ambiental do Rio Grande do Norte. As alterações são para adequar o marco legal do meio ambiente do Estado às necessidades do desenvolvimento sustentável e para garantir o equilíbrio entre crescimento econômico e proteção do meio ambiente, além tornar a legislação do RN coerente com os melhores aspectos do Projeto de Lei (PL 2159/2021), que está em tramitação no Senado e trata de mudanças nessa área.

A proposta tem três eixos principais. O primeiro modifica ou acrescenta pontos à lei estadual 272/2004 a partir das adequações que foram identificadas como necessárias no estudo do PL 2159/2021. O segundo, sugere a retomada de autonomia do Idema focado no tripé licenciar, monitorar e fiscalizar. O terceiro recomenda a descentralização do licenciamento para os consórcios dos municípios, atrelado a mudanças que tratam da Resolução 04/2011 do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Conema) referente às atividades de impacto local para licenciamento por municípios. Isso pode contribuir para reduzir o número de processos encaminhados ao órgão estadual e, assim, assegurar agilidade.

 “Essas mudanças vão desburocratizar e trarão um novo momento para o licenciamento ambiental do Rio Grande do Norte”, destacou o presidente da FIERN. Ele disse que foram ouvidos sindicatos filiados à Federação das Indústria e municípios. “A descentralização vai descongestionar e deixar o Idema cuidar dos grandes investimentos. O que tiver impacto local, fica com os municípios”, disse.

Roberto Serquiz afirmou que isso significa modernização. “Haverá, portanto, desbloqueio e evitará conflitos de competência”, argumenta. “Tudo isso facilitará e pavimentará o caminho para o desenvolvimento do Estado”, ressalta.

O presidente da FIERN considera que esses avanços trazem segurança jurídica e proporcionam um ambiente favorável aos negócios, bem como tranquilidade para que as empresas que atuam no Estado possam prosperar e aumentam as chances de atrair novos investimentos ao Rio Grande do Norte.

Ele avaliou que a governadora deu sinal verde ao processo de revisão da lei ambiental. “Ficamos felizes pela receptividade da governadora, com a presença do secretário de Recursos Hídricos, do diretor do Idema, do procurador-geral do Estado, que ouviram a proposta e estão dispostos ao diálogo”, observou.

A governadora confirmou a receptividade ao projeto. “A gente recebe de forma positiva, até porque a FIERN tem uma postura de muita responsabilidade e compromisso com o desenvolvimento do Rio Grande do Norte”, reconheceu. “Agora a Federação traz uma importante contribuição para a revisão de modernização de uma lei muito importante, que é a 272, a legislação que trata das diretrizes ambientais”, comentou.

A governadora afirmou que as Secretarias de Meio Ambiente e Recursos Hídricos; de Desenvolvimento Econômico, o Idema e Procuradoria Geral farão um estudo do documento apresentado pela FIERN.

Consórcios intermunicipais

Uma das alterações é para permitir que os consórcios intermunicipais possam licenciar atividade de médio porte e impacto. Além disso, por meio de acréscimo da lista de atividades, os municípios terem oportunidade de licenciar uma quantidade maior de empreendimentos.

“Atualmente os municípios possuem a premissa de licenciar apenas as atividades consideradas de impacto local, estando todas as demais sob responsabilidade do IDEMA. A proposta é que os consórcios possam realizar licenciamento de atividades de impacto regional, mas de médio porte e potencial poluidor, diminuindo, em certa medida, a quantidade de processos direcionados ao IDEMA”, acrescenta.

Política ambiental alinhada à nova indústria

O documento entregue à governadora destaca que a revisão da Lei Estadual nº 272/2004 “é uma oportunidade crucial para o Rio Grande do Norte alinhar sua política ambiental com as novas demandas do setor industrial, garantindo, ao mesmo tempo, a proteção dos recursos naturais e a sustentabilidade do desenvolvimento econômico e social”. E conclui: “a adoção de medidas que incentivem a inovação tecnológica na gestão ambiental do estado e a agilidade dos processos de licenciamento, contribuirão significativamente para a promoção de práticas mais responsáveis e sustentáveis no uso dos recursos naturais e na proteção do meio ambiente”.

A entrega também foi acompanhada pelo vice-presidente da FIERN, Vilmar Ferreira; pelo diretor primeiro-secretário, Heyder Dantas, diretor primeiro-tesoureiro, José Nóbrega; pelo presidente do Cluster Tecnológico Naval do RN e vice-presidente da CNI, Amaro Sales; o presidente da Comissão Temática de Inovação, Ciência e Tecnologia (COINCITEC), Djalma Barbosa da Cunha Júnior; o presidente da Comissão Temática de Energias Renováveis (COERE), Sérgio Azevedo; a presidente da Comissão Temática das Micro e Pequenas Empresas (COMPEM), Tercina Suassuna; pelo diretor segundo-secretário Etelvino Patrício e pelo diretor da FIERN, Antônio Leite Jales; além do presidente do SINDIPESCA/RN, Gabriel Calzavara; do secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Paulo Varela; da secretária de Planejamento do Estado, Virgínia Ferreira; do diretor-geral do Idema, Werner Farkatt; do procurador-geral do Estado, Antenor Roberto; do secretário de Desenvolvimento Econômico, Sílvio Torquato; e o secretário-adjunto, Hugo Fonseca; do assessor de Comunicação Social do Governo, Daniel Cabral; da coordenadora de Relações Institucionais e com o Mercado da FIERN, Ana Adalgisa, da gerente de Comunicação Juliska Azevedo; e do superintendente Jurídico Corporativo, Sérgio Freire.

INAVAN E GINETON AUSENTES EM MAIS UMA SESSÃO

Os vereadores Inavan Santos e Gineton Costa, ambos do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), não compareceram à Sessão Ordinária realizada pela Câmara de Upanema, na manhã desta segunda-feira (23).

O vereador Gineton encontra-se de atestado médico por 60 dias e não abre mão do cargo para que o suplente, Sérgio dos Portões (MDB), assuma a vaga e represente à população nesse período em que o mesmo está afastado das funções legislativas.

Na sessão de sexta-feira (20), estiveram ausentes os vereadores Franklin Moura (União Brasil), Marinaldo Bezerra (MDB) e Soares (MDB), uma semana após a sessão ser cancelada por falta de quórum parlamentar.

Pelo Regimento Interno da Câmara, as sessões ordinárias são realizadas todas as sextas-feiras, com exceção da última semana do mês, em que o encontro ocorre na segunda-feira, prestigiando os moradores da zona rural que visitam a feira livre da cidade.

PROJETOS DE ENERGIA RENOVÁVEL NO RN PREVEEM R$ 75,5 BILHÕES EM INVESTIMENTOS ATÉ 2029

Os projetos de energia renovável no RN preveem até 2029, pelo menos, R$ 75,5 bilhões em investimentos. São R$ 30 bilhões em projetos de energia solar e eólica e outros R$ 45,5 bilhões em projetos para produção de hidrogênio verde.

A soma coloca o RN em posição de destaque no que diz respeito à chamada neoindustrialização brasileira, que é pautada pelo uso de fontes sustentáveis e alinhada à agenda internacional de combate às mudanças climáticas.

Os números foram levantados junto à Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec-RN) e levam em consideração as perspectivas reais para os próximos anos. Esse é o cenário atual, contudo, esses valores poderão se tornar ainda maiores.

Para dar uma ideia da pujança desses investimentos, em 2022, os projetos de energia solar somaram R$ 21,8 bilhões em investimentos, enquanto a eólica ficou em R$ 9,3 bilhões. Em 2023, esses valores foram de R$ 17,1 bilhões para solar e R$ 5,4 bilhões para eólica.

Os investimentos em energia solar estão de tal modo que mudaram a balança comercial do estado. Hoje, o principal produto importado para o RN são placas de painéis solares, para projetos que serão instalados no território potiguar.   

De acordo com a Sedec, a estimativa é de que nos últimos 13 anos, a energia sustentável no RN foi responsável por um investimento entre R$ 45 a 50 bilhões (de 2010 a 2023). Esse valor inclui tudo que foi necessário para a implantação dos parques no estado.

Agora em 2024, de janeiro a junho, o Rio Grande do Norte registrou investimentos de R$ 6,1 bilhões em eólica e R$ 3 bilhões em solar.

E também registrou — no início do segundo semestre  — o primeiro contrato para produção de hidrogênio verde do Brasil. Esse contrato, cujo investimento previsto é de R$ 40 milhões, foi firmado entre a CPFL Energia e a Mizu Cimentos, com apoio do governo do Rio Grande do Norte e do Consórcio Nordeste.

O projeto consiste em uma planta-piloto que usará energia renovável para produzir o hidrogênio verde a ser utilizado nos fornos rotativos da companhia de cimento, que ficam na cidade de Baraúna, a cerca de 300 quilômetros de Natal, na divisa com o Ceará.

A assinatura do contrato com a Mizu é apenas a fresta de luz um novo horizonte de oportunidades que está começando a se descortinar para o RN. De acordo com o secretário-adjunto da Sedec, Hugo Fonseca, há pelo menos outros quatro projetos privados de hidrogênio verde sendo desenvolvidos no RN.

Um deles foi destacado recentemente pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) no estudo “Hidrogênio sustentável: perspectivas para o desenvolvimento e potencial para a indústria brasileira”, que lista mais de 60 projetos de hidrogênio a partir de fontes renováveis no Brasil, com investimentos estimados em R$ 188,7 bilhões. 

O projeto citado pelo estudo da CNI para o RN visa a implantação do Complexo Industrial para produção de Hidrogênio e Amônia Verde – Alto dos Ventos. De acordo com a CNI, o investimento total é de R$ 12,9 bilhões.

O pedido de licenciamento prévio foi apresentado ao Idema em maio de 2023 e informava que seriam gerados 50 empregos diretos. A planta deve ocupar uma área de 200 mil metros quadrados.   

Há ainda um projeto em Areia Branca, com investimento estimado em R$ 13 bilhões, cuja licença prévia foi pedida pela Maturati Participações em abril de 2024. O pedido prevê a instalação do Complexo Industrial Morro Pintado – Usina de Geração de Hidrogênio Verde/Amônia. 

Trata-se de um projeto híbrido com mais de 1 GW de capacidade instalada – composto por 231 MW de energia eólica e 812,5 MW de energia solar. De acordo com o memorando assinado pelo governo do estado e a empresa em agosto deste ano, o projeto tem potencial para gerar 3 GWh por ano. 

A previsão é que a nova planta entre em operação até janeiro de 2026. Também de acordo com o memorando, estima-se a geração de 52 mil toneladas de hidrogênio verde e derivados como amônia e ureia verde por ano.

De acordo com Hugo Fonseca, há ainda outros dois projetos em Galinhos, cujos investimentos são estimados entre R$ 6 bilhões e R$ 8 bilhões (cada). Para a estimativa total foi usado o valor de R$ 7 bilhões, cada.

No Diário Oficial do Rio Grande do Norte, em maio de 2023, em julho e agosto deste ano constam pedidos de licença de alteração “visando a instalação de uma planta piloto de eletrólise de água de hidrogênio sustentável por meio de um projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), localizada na Ilha de Pisa Sal, Zona Rural”.

Além das iniciativas já citadas, o governo do estado desenvolve o projeto do Porto-Indústria Verde, que deve ser instalado em Caiçara do Norte (RN), a cerca de 154 quilômetros de Natal. De acordo com estudos feitos, a obra está orçada em R$ 5,6 bilhões e será implantada em uma área de 13 mil hectares, gerando 50 mil novos empregos diretos e indiretos

“O Porto-Indústria é um grande hub de produção de hidrogênio, onde vai estar concentrado um pool de usinas, que vão produzir hidrogênio e vão usar a logística para distribuir esse hidrogênio para o mercado técnico brasileiro e também para o mercado externo”, explica Hugo Fonseca.

Solar deve passar eólica em 2025

A tendência é que o Rio Grande do Norte observe já nos próximos anos uma nova mudança na sua matriz energética, com a produção de energia solar ultrapassando a fonte eólica. “A tendência é que até 2029 a fonte solar, nesse ritmo de crescimento, supere a fonte eólica como a principal fonte de geração de energia no estado”, afirma Hugo Fonseca.

Ele explica que tendo por base o que já está como potência outorgada, a energia eólica responde por 11.1 gigawatts enquanto a solar está com 10.9 gigawatts. “A diferença entre a eólica solar, está em torno de quase 200 megawatts. É muito pouco. Então a tendência é que a solar, ela ultrapasse os dados de potência instalada outorgada a eólica”.

De acordo com o secretário-adjunto, essa ultrapassagem poderá ocorrer no final de 2025 e início de 2026. “Vai depender muito do cenário que a gente vai encontrar agora no segundo semestre. Porque o que está acontecendo é que estamos vivendo um período de seca grande agora, e se houver aí uma perspectiva de melhora de preços no mercado, pela demanda que tende a ser crescente agora no segundo semestre, e ir se intensificando até o final de fevereiro, no início de março, a tendência é que nós teremos um volume maior de contratação da solar pelo preço que será mais competitivo e ela tende a passar”, explica. De acordo com Balanço Energético do primeiro semestre de 2024 produzido pela Sedec, o Rio Grande do Norte superou a marca de 24 gigawatts de potência outorgada para geração de energia elétrica.

Investimentos em energia renovável no RN

Investimentos 1º semestre de 2024

▸ Eólica: R$ 6,1 bilhões

▸ Solar: R$ 3 bilhões

Investimentos em 2023

▸ Eólica: R$ 5,432 bilhões

▸ Solar: R$ 17,180 bilhões

Investimentos em 2022

▸ Eólica: R$ 9,378 bilhões 

▸ Solar: R$ 21,884 bilhões

Investimentos feitos de 2010 a 2023

▸ Entre R$ 45 a R$ 50 bilhões

Investimentos em Eólica e solar previstos até 2029

▸ R$ 30 bilhões

Investimentos em Hidrogênio Verde previstos

▸ 01 Projeto em Macau – R$ 12,9 bilhões

▸ 02 Projetos em Galinhos – R$ 6 a 8 bilhões (cada)*

▸ 01 Projeto em Areia Branca – R$ 13 bilhões

▸ Porto-Indústria Verde – R$ 5,6 bilhões

▸ 01 Projeto (contrato assinado) – R$ 40 milhões

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ONDAS DE CALOR LONGAS, SECA E DENGUE: COMO SERÁ O MUNDO SE ESQUENTAR 3ºC?

Imerso na mais grave seca da história após meses de temperatura acima da média, o Brasil pode viver crises desta magnitude com maior frequência nas próximas décadas. Se o planeta continuar na rota atual de 3 °C de aquecimento em relação à era pré-industrial, as ondas de calor, transmissão de doenças e demanda por energia para ar-condicionado terão impactos devastadores.

A conclusão é de um estudo feito pelo World Resource Institute (WRI) divulgado nesta quinta-feira (19/09). A análise considerou dados de 996 cidades com população superior a 500 mil habitantes. Do Brasil, 32 entraram na lista. Entre elas estão Manaus, Belém, Aracaju, Goiânia, Cuiabá, Uberlândia, Belo Horizonte, São Paulo, Santos, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre, Maceió e Fortaleza.

Os pesquisadores compararam indicadores de risco de áreas estratégicas como saúde pública, infraestrutura e produtividade econômica para entender como as cidades respondem a diferentes cenários: sob 1,5 °C, 2 °C e 3 °C de aquecimento da temperatura média da Terra.

“A diferença entre 1,5 °C e 3 °C tem consequências de vida ou morte para bilhões de pessoas no mundo todo”, afirma Rogier van den Berg, diretor global do WRI Ross Center for Sustainable Cities, que liderou o estudo.

Os piores impactos serão sentidos pelos mais pobres: considerando todo o globo, moradores de cidades de menor renda localizadas na África Subsaariana, América Latina e Sudeste Asiático serão os mais afetados.

O aumento da temperatura da Terra já uma realidade. As atuais medições indicam que 2024 pode bater o ano anterior e superar o recorde como o mais quente da história. Até agora, o planeta está 1,4 °C mais quente em relação à época anterior à Revolução Industrial, quando a sociedade passou a ser movida a partir da queima de combustível fóssil.

Ondas de calor

Caso a temperatura média suba 3 °C, a previsão é que a frequência de ondas de calor aumente de 4,9 para 6,4 vezes por ano em média. Elas também serão mais longas: passarão de 16,3 para 24,5 dias em média.

Segundo os pesquisadores do WRI, moradores de 16% das cidades avaliadas enfrentarão pelo menos uma vez ao ano uma temporada extrema com duração de um mês. Na América Latina, a frequência de ondas de calor pode dobrar e chegar a 7,5 ocorrências por ano.

O quadro deve se agravar em praticamente todas as 32 cidades brasileiras analisadas. Cuiabá, por exemplo, pode enfrentar até 12 ondas de calor por ano – algumas podem durar 32 dias, sugere um dos modelos usados nos cálculos do WRI. Até na região Sul esse número vai aumentar: sete ondas de calor podem atingir Curitiba anualmente, mostra o levantamento.

Será mais difícil para o corpo humano se aclimatar nestas condições. O aumento excepcional da temperatura de forma repentina pode sobrecarregar o sistema cardiovascular, respiratório e urinário e agravar doenças relacionadas ao calor.

Uma pesquisa de 2021 realizada pela Fundação Oswaldo Cruz mostrou que as altas temperaturas podem elevar o índice de mortalidade na população acima de 60 anos que sofre de doenças respiratórias ou cardiovasculares.

Mais doenças

A subida do termômetro favorece a propagação em especial de um tipo de organismo: mosquitos transmissores de doenças. Eles podem carregar arbovírus que transmitem dengue, febre amarela, zika e chikungunya, entre outros.

O estudo do WRI estima que, caso a temperatura do planeta suba 3 °C, novos lugares no mundo “ganhariam” um ambiente propício para a multiplicação desses vetores. Em grandes metrópoles, onde eles já são presentes, o pico de transmissão pode se alongar em média por mais seis dias.

No Brasil, que enfrentou em 2024 sua mais grave epidemia de dengue, o risco vai se agravar. No Rio de Janeiro, 3 °C extras podem elevar de 69 para 118 os dias propícios para infecção, um aumento de 71%. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 6 milhões de brasileiros pegaram dengue neste ano até agora. Foram quase 4 mil mortes confirmadas pela doença, e a maioria das vítimas tinham entre 20 e 29 anos.

Para a malária, o aumento nas temperaturas globais de 1,5°C para 3°C tem um efeito reverso: o número de dias ideias para transmissão da doença pode cair de 114 para 104,4 dias em média em todo mundo. Mas o impacto do aquecimento em regiões mais frias, como Europa e América do Norte, favorece o aparecimento da doença onde ela atualmente não é presente.

Energia para refrescar

Para lidar com o calor extremo, moradores de cidades que tiverem condições financeiras devem investir em aparelhos de ar-condicionado – o que aumenta a demanda por energia. As estimativas do WRI mostram que, com 3 °C a mais, pelo menos 194 milhões de pessoas vão aumentar em 100% seu consumo de eletricidade destinada para resfriamento.

Na América Latina, o clima mais quente fará com que a demanda por energia para abastecer os aparelhos de ar-condicionado sofra a maior alta em relação às demais, mostram os cálculos.

Até em países com clima mais ameno e não acostumados ao uso de ar-condicionado, como os europeus, a demanda vai crescer. Em 2023, o ano mais quente já registrado até então, as vendas de aparelhos subiram em média 16% nas semanas de verão do Hemisfério Norte, estimou a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês).

Atualmente, o resfriamento representa cerca de 10% da demanda de eletricidade global, afirma a IEA. Além de aumentar a pressão sobre os sistemas de energia, o calor extremo e o consumo de ar-condicionado geram picos na demanda por eletricidade – o que pode levar a um ciclo vicioso de aumento nas emissões de gases de efeito estufa para a geração dessa carga extra.

No Brasil, o calor, a seca atual e o nível baixo nos reservatórios das hidrelétricas contribuem para que a conta de energia fique mais cara. A partir de setembro, o brasileiro vai pagar R$ 4,46 a mais para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, de acordo com a bandeira vermelha do sistema tarifário controlado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Investir em adaptação

Frente ao prognóstico, uma das soluções para as cidades é investir em infraestrutura verde, avalia Keila Ferreira, coordenadora de baixo carbono e resiliência do Iclei no Brasil, uma associação mundial de governos locais e subnacionais dedicados ao desenvolvimento sustentável.

“Criação de espaços arborizados para reduzir o calor urbano e uso de materiais permeáveis para controlar enchentes são exemplos práticos”, cita Ferreira. “Uma cidade que investe em energia solar ou eólica, por exemplo, reduz a dependência de fontes fósseis e emissão de gases de efeito estufa colaborando para estabilização do clima”, complementa.

Com informações do UOL