Um estudo conjunto, desenvolvido por pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, da Universidade Chinesa de Pequim, da Academia Chinesa de Ciências Agrícolas, do Centro Internacional Mexicano para Melhorias do Milho e do Trigo e da Universidade East Anglia, na Inglaterra, concluiu o que o aquecimento global provocado pelo ser humano pode resultar na escassez de cerveja nas próximas décadas. A pesquisa, divulgada pela BBC, foi apresentada na publicação especializada Nature Plants, e traz uma perspectiva pouco otimista para quem aprecia a bebida alcoólica mais consumida no mundo.
O problema está nas plantações de cevada, que têm sido castigadas pelas secas e ondas de calor que, graças ao aquecimento global, são cada vez mais frequentes. Nos próximos anos, o clima deve causar uma redução de 17% na colheita da cevada. O resultado será um aumento importante no custo da cerveja: dependendo do lugar no mundo, a bebida pode dobrar ou até triplicar de preço para o consumidor final.
Há um agravante nessa história. Em boa parte do mundo, menos de 20% da cevada cultivada é utilizada para produzir cerveja. O restante é consumido pelo gado. E os indicadores econômicos de um e de outro apontam que, numa eventual disputa entre cervejeiros e vacas, os animais levam a melhor.
O caso da cevada foi usado como exemplo pelos pesquisadores, para mostrar o quanto as mudanças climáticas afetam nossas vidas. O conselho dos estudiosos para reverter o quadro é simples: diminuir a emissão de gases que provocam o efeito estufa.
Fonte: https://www.nsctotal.com.br