SAL E PETRÓLEO IMPULSIONAM A ECONOMIA DO SEMIÁRIDO NORDESTINO

Município de Mossoró, no Rio Grande do Norte, é o maior produtor de petróleo em terra do país e é responsável por 95% de todo o sal consumido no Brasil.

Secretário Nilson Brasil (Foto: Divulgação)

O Globo Universidade desta semana mostrou a produção de melão no semiárido brasileiro. Em Mossoró, no Rio Grande do Norte, além da fruticultura, a produção de sal marinho e a extração de petróleo em terra são as principais forças econômicas do município.“O petróleo está sendo explorado em Mossoró há 30 anos. Mossoró e região são os maiores produtores de petróleo em terra no país”, diz o secretário de Desenvolvimento Econômico de Mossoró, Nilson Brasil. Isso significa mais 70 mil barris de petróleo por dia.

Montanha de sal refinado (Foto: Divulgação)

Extraído de poços rasos, que variam de 300 a mil metros, o petróleo é um dos grandes responsáveis pelo crescimento que o município vem tendo, principalmente nos últimos 10 anos. Segundo Brasil, são 3,5 mil empregos gerados somente na Petrobras, sem levar em conta os postos indiretos.

Os 30 anos de exploração do petróleo em terra não são nada se comparados aos mais de dois séculos de produção de sal. “É uma das principais atividades da região e emprega cerca de 20 a 25 mil postos de trabalhos diretos e indiretos. Mossoró tem cerca de 270 mil habitantes, então, quase 10% da população trabalha na cadeia produtiva do sal”, afirma Brasil.

Cerca de 500 carretas de sal refinado circulam por Mossoró e municípios vizinhos diariamente. Além de ser a fonte de 95% de todo o sal marinho consumido no país, o semiárido do Rio Grande do Norte também exporta sal grosso, a partir de um porto construído em alto-mar, em Areia Branca.

Se a produção de petróleo em terra no meio do semiárido soa normal, o mesmo não se pode dizer do sal. Mas há uma explicação. As salinas de Mossoró são localizadas na várzea estuarina – regiões em que o rio se encontra com o mar, e que alagam em períodos de cheia – dos rios Mossoró e Carmo, inundadas tanto pelas águas do mar quanto pelas águas das enchentes dos rios.

A água das várzeas estuarinas, devido ao encontro do mar com o rio, costuma ser salobra. A isso, soma-se o clima da região, quente e com baixa umidade, a velocidade propícia dos ventos e o solo impermeável. O resultado é uma boa evaporação e condições ideais para a cristalização e a colheita do sal com alto grau de pureza.  
 

Fonte: Globo Universidade

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