A Prefeitura de Upanema, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, disponibilizou diversos serviços à população em ação da campanha Janeiro Branco realizada nessa segunda-feira (24) na feira livre do município.
A atividade contou com verificação da pressão arterial, panfletagem, massagem terapêutica e palestras.
As secretárias municipais Goreth Sales (Saúde), Sueli Oliveira (Assistência Social) e Marilene Cruz (Educação, Cultura e Desporto) prestigiaram a ação.
A ministra da Saúde Nísia Trindade revogou portaria que previa que os médicos avisassem autoridades policiais nos casos de aborto decorrente de estupro. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (16).
A portaria cancelada, editada no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, estabelecia que os profissionais da saúde deveriam “preservar possíveis evidências materiais do crime de estupro a serem entregues imediatamente à autoridade policial”. Com a revogação, volta a ser mais difícil que crimes de estupro possam ser investigados e punidos. Ao mesmo tempo, é mais fácil que o aborto seja praticado em casos não permitidos em lei, sob falsas alegações de estupro.
A ministra já tinha informado que iria revogar algumas medidas do governo anterior. Além disso, em seu primeiro discurso, Nísia Trindade já tinha deixado claro que atuará em defesa dos direitos sexuais e reprodutivos, isto é, a favor da legalização do aborto pelo SUS, uma antiga pauta do PT e de outros partidos de esquerda.
O secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Nésio Fernandes, com o mesmo ideal da ministra, já afirmou que também quer desfazer outras medidas que ele considera “retrógradas”, além do dispositivo que fechava o cerco ao estuprador. O tema do aborto está sob responsabilidade da pasta dele.
A portaria nº 2.282, de 27 de agosto de 2020, foi a primeira revogação da ministra da Saúde das portarias relacionadas ao aborto. Contudo, há ainda outras normas que estão na mira do governo petista, como uma nota técnica que, dentre outras coisas, preenche uma lacuna legal e afirma que, mesmo nos casos tolerados por lei, o aborto não deve ser feito após a 22ª de gestação e também a recomendação de que o aborto não pode ser feito a distância.
A ministra também revogou decretos relacionados à Rede de Atenção Materna e Infantil (Rami) – que determinava uma série de medidas de apoio a gestantes e bebês.
Outras normas revogadas pela ministra foram: a portaria nº 4.809, de 30 de dezembro de 2022, que instituiu o Fórum Permanente de Articulação com a Sociedade Civil; a portaria nº 1.079, de 11 de maio de 2022, que criou programas nacionais de prevenção e detecção precoce de câncer, no âmbito da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer e a portaria nº 3.473, de 12 de setembro de 2022, sobre a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização.
O Rio Grande do Norte teve aumento nos casos de arboviroses no ano de 2022. É o que mostra o boletim com compilado entre todas as semanas epidemiológicas do ano passado, divulgado nessa quinta-feira (12) pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), por meio do Programa Estadual de Controle das Arboviroses. Ao todo, 28 óbitos foram confirmados para as doenças.
A dengue foi a que teve o maior registro de casos confirmados, com 12.664. Ao todo, foram notificados 55.930 casos de dengue no estado. Além dos confirmados, houve 42.552 considerados prováveis, 13.378 descartados, 21 óbitos confirmados e 8 em processo de investigação. A incidência apresentada foi de 1194,98 casos prováveis por 100 mil habitantes.
Com relação à Chikungunya, foram notificados, em 2022, 18.905 casos da doença, sendo confirmados 4.722 casos, 14.183 casos considerados prováveis, 5.446 descartados e 7 óbitos confirmados. A incidência foi de 398,30 casos prováveis por 100 mil habitantes.
Já no que diz respeito à Zika, em 2022, foram notificados 7.997 casos da doença, sendo confirmados 694 casos, 3.369 casos considerados prováveis, 4.628 descartados e nenhum óbito confirmado. A incidência foi de 94,61 casos prováveis por 100 mil habitantes.
“Em 2022 o Rio Grande do Norte vivenciou uma epidemia das arboviroses. As notificações no estado começaram a subir a partir do início do ano, atingindo um maior patamar em torno da Semana Epidemiológica 20. Dessa semana em diante, a curva das notificações começou a cair, mantendo essa tendência até o final de 2022. Essa queda consiste num reflexo da variação sazonal dessas doenças, pois o período compreendido entre novembro e maio, caracterizado por altas temperaturas e chuvas, tende a favorecer a reprodução do mosquito transmissor, aumentando a disseminação das arboviroses”, explicou a responsável técnica pelo Programa Estadual de Controle da Dengue, Sílvia Dinara.
Um novo teste rápido, mais eficaz e com menor custo para o diagnóstico da sífilis, foi desenvolvido pelo Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúda (Lais) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) em parceria com instituições internacionais, segundo informou a universidade.
O trabalho brasileiro já tem pedido de patente e foi validado por meio de um artigo científico publicado recentemente. Segundo a instituição, o teste foi criado dentro das ações do Projeto “Sífilis Não”, implementado em 2017 para desenvolver ações que visem transformar o cenário mundial no combate à doença.
Mais de 12 milhões de pessoas são infectadas anualmente com sífilis em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde.
Segundo o Lais, a nova ferramenta visa facilitar a utilização na rede básica de saúde e é totalmente integrada com o ecossistema tecnológico do Ministério da Saúde. O trabalho foi desenvolvido em parceria com a Universidade Johns Hopkins, Baltimore, nos Estados Unidos, e a Universidade de Coimbra, em Portugal.
Com a coleta de uma gota de sangue do paciente, o teste busca antígenos e anticorpos da sífilis. O diferencial em relação aos exames atuais, segundo a instituição, é que o teste não necessita de infraestrutura laboratorial, nem de profissionais especializados para a realização.
Segundo o Lais/UFRN, o novo teste para diagnóstico da sífilis também poderá ser utilizado para detecção de outras infecções sexualmente transmissíveis (IST), como o HIV. Outro aspecto importante diz respeito ao custo-benefício em relação aos métodos tradicionais, facilitando a sua utilização na atenção básica.
De acordo com o professor Lúcio Gama, pesquisador da Universidade Johns Hopkins, os testes diagnósticos atuais para sífilis dependem de reagentes e máquinas que são caros e devem permanecer em um laboratório.
“A vantagem desse novo método é a portabilidade e a possibilidade de ser usado para o diagnóstico de outras enfermidades”, afirmou, ressaltando que o método utilizado na elaboração do teste tem a capacidade de revolucionar os testes de detecção tanto de patógenos como anticorpos para várias doenças.
O trabalho de pesquisa foi validado recentemente por meio da publicação do artigo científico “Desenvolvimento de um método baseado em voltametria cíclica para a detecção de antígenos e anticorpos como uma nova estratégia para o diagnóstico de sífilis”, no International Journal of Environmental Research and Public Health, periódico internacional voltado a pesquisas na área de saúde.
Recrutamento para testagem
Na fase atual, os pesquisadores estão ampliando o recrutamento de novos pacientes para a testagem, com o novo modelo de teste.
“Os próximos passos são ajustes para avaliar a sensibilidade especificidade do teste e a elaboração do dossiê solicitando o registro desse novo dispositivo junto a Anvisa”, explicou o pesquisador do Lais, Leonardo Lima. Além do registro na Anvisa, o teste também conta com o pedido de depósito de patente internacional.
Na opinião da coordenadora-geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, Angélica Espinosa, os resultados do artigo trazem boas perspectivas para o controle da sífilis e da sífilis congênita.
“O desenvolvimento de novas tecnologias para um diagnóstico acurado dos casos de sífilis é uma ferramenta importante para o controle da infecção porque possibilita o diagnóstico mais precoce e um manejo adequado dos casos. Ter um teste rápido de fácil realização e de baixo custo será um grande avanço para a política pública que trata da eliminação da transmissão vertical da sífilis em nosso país”, argumentou.
Para o diretor executivo do Lais, professor Ricardo Valentim, o novo teste para sífilis é um avanço nas políticas públicas para o Brasil. Segundo ele, essa nova metodologia de testagem é um marco na qualificação do diagnóstico da infecção sexualmente transmissível, uma vez que os métodos de triagem para sífilis ainda são insuficientes.
“A falta de testes gera vários problemas para o rastreamento, para o cuidado, para a eliminação da transmissão vertical da sífilis, quando a mãe transmite a IST para o bebê durante a gestação ou na hora do parto”, explicou.
Outra contribuição significativa, assinalada por Valentim, é a qualificação do diagnóstico, trazendo um resultado mais apurado. “Ao ser incorporado ao SUS, esse teste será disponibilizado prioritariamente na atenção primária à saúde, facilitando a integração da e da atenção primária com a vigilância em saúde, fator preponderante para eliminar a sífilis congênita no Brasil”, considera.
Valentim ainda ressaltou outra contribuição importante relacionada à gestão dos casos. O novo teste permite uma interoperabilidade com o sistema de informação de saúde, existente no Ministério da Saúde e com a própria plataforma Salus* também desenvolvida pelo Lais. Dessa forma, o Ministério da Saúde, as secretarias estaduais e municipais de saúde poderão ter os resultados desses testes em tempo real.
“Os dados estarão vinculados aos prontuários dos pacientes. Isso irá melhorar todo acompanhamento e a gestão dos casos dos pacientes. O teste permite aplicar o conceito de acompanhamento de segmento, ou seja, olhar para todo o tratamento, com a proposta de monitorar o tratamento, bem como a evolução do quadro clínico dos pacientes com relação à sífilis – isso representa um avanço enorme para o Brasil”, pondera.
A Secretaria Municipal de Saúde , da Prefeitura de Mossoró, iniciou o levantamento da necessidade de pacientes para participarem da edição 2023 da “Operação Sorriso”.
A triagem será realizada no Centro Especializado em Reabilitação, no dia 16 de janeiro 2023.
A operação realizará cirurgias de lábio leporino e fenda palatina em crianças e população em geral de Mossoró e de municípios circunvizinhos. As cirurgias serão realizadas de 18 a 21 de janeiro no Hospital Wilson Rosado (HWR).
Morgana Dantas, secretária de Saúde, diz que o nome das pessoas que realizarão a cirurgia ocorrerá no dia 17.
“Essa triagem será para 50 pessoas que serão cirurgiadas nesse período da operação, que ocorrerá entre os dias 18 e 21 de janeiro do próximo ano. Lembramos que nada impede que esse número seja maior de cirurgias que venham a ser realizadas”, disse.
Voluntários
Morgana destaca que os voluntários para a “Operação Sorriso” em Mossoró chegam à cidade entre os dias 14 e 15 de janeiro. Ela ressalta que mais de 80 pessoas estão diretamente envolvidas na equipe.
“Fazem parte da equipe de voluntários cirurgião plástico, anestesista, pediatra, pediatra intensivista, enfermeiro, dentista, psicólogo, fonoaudiólogo e de serviço social para garantir uma triagem de qualidade”. A titular da SMS lembra também que o centro cirúrgico será preparado no dia 17 de janeiro para no dia seguinte iniciar as cirurgias.
A Secretaria de Saúde disponibiliza o contato da Central de Regulação para os interessados no procedimento cirúrgico sanarem as dúvidas. O contato é o 9 9655 6801. Há ainda os contatos 3318 9026 (Hospital Wilson Rosado) e 9 8751 4776 (Ályda Mendes).
Com 51% dos 1.345 óbitos por aids da última década registrados nos últimos cinco anos, o Rio Grande do Norte ocupa o primeiro lugar do Nordeste e sétimo do Brasil no ranking elaborado pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde que considera os indicadores de detecção do HIV e mortalidade por aids entre 2017 e 2021.
Os dados destacam a importância de ampliar a discussão sobre a infecção pelo vírus HIV, com a maior disseminação de informações sobre as múltiplas medidas de prevenção e tratamento para a doença. No ano de 2020, a região Nordeste registrou 25% dos 32.701 casos de infecção pelo HIV no Brasil.
De 2020 para 2021, a detecção de HIV caiu de 1122 para 809. Em contrapartida, houve um aumento de 17% nos casos de aids, de 588 em 2020 para 693 em 2021. A paralisação dos serviços de saúde e necessidade de interrupção de atendimentos que deveriam acontecer regularmente, podem ter sido a causa de haver, simultaneamente, uma diminuição na detecção e um aumento do nível grave da infecção.
Prejuízos
Para a preceptora infectologista do Instituto Santos Dumont (ISD) Manoella Alves, a pandemia trouxe “inúmeros prejuízos para doenças que possuíam necessidade de cuidado rotineiro”, não apenas no cenário de HIV e aids, mas em pessoas com hipertensão, diabetes e endocrinopatias.
“Houve um prejuízo nos atendimentos de rotina, e isso fez com que novos diagnósticos não fossem feitos. Além disso, as pessoas tiveram dificuldades de chegar aos serviços de saúde. A perspectiva agora é que essas atividades já tenham sido retomadas e que as pessoas estejam sendo cuidadas adequadamente”, complementa a infectologista.
“O que as pessoas precisam saber é que a principal forma de transmissão do HIV é via sexual. Então, sempre que a relação sexual, seja qual for, é desprotegida, existe a chance de contaminação caso uma das pessoas esteja infectada. Muitas vezes o HIV é silencioso no início, então mesmo que a pessoa esteja saudável no momento, pode já ter a infecção e transmití-la”, explica.
Os casos de HIV cresceram aproximadamente 40% no Rio Grande do Norte nos últimos 10 anos. O aumento é ainda mais substancial quando se trata das gestantes infectadas pelo vírus: 74%. Os óbitos também se tornaram mais ocorrentes em 19,4%. Os dados são da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).
Apenas em Natal, segundo informações publicadas no último boletim epidemiológico da Prefeitura da Capital potiguar, foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), até agosto de 2022, 1.482 novos casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), dos quais 304 casos foram de HIV/Aids. A taxa de mortalidade de Aids adulto na capital, no mesmo período, aumentou 41,6%, quando comparado ao ano anterior.
O infectologista do Hapvida NotreDame Intermédica, Claudio Penido Campos Jr, explica que o diagnóstico precoce de infecção pelo vírus HIV é fundamental. “Quando iniciado logo, o tratamento é capaz, na maioria dos casos, de tornar o indivíduo indetectável, ou seja, ele não vai mais transmitir o vírus, tampouco desenvolver Aids, e o mais importante: vai levar uma vida normal”, afirma.
O relatório anual de 2022 do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), divulgado em setembro deste ano, mostra que o número de casos de pessoas que vivem com HIV, no Brasil, dobrou nos últimos 20 anos, e 12% do total desconhecem que têm o vírus.
Em números absolutos, o relatório estima que 400 mil adultos e crianças viviam com HIV no Brasil em 2002. Vinte anos depois, são 960 mil. O documento inclui o Brasil entre os 38 países do mundo com estimativas de aumento de novas infecções por HIV e que impactam no progresso global de redução de casos.
O Dia Mundial de Combate à Aids foi comemorado em 1º de dezembro e tem por função alertar toda a sociedade sobre essa doença. A data foi escolhida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), e é celebrada anualmente desde 1988, no Brasil.
Com uma média de 90 mil doses aplicadas em novembro, a procura por imunização contra a Covid-19 disparou no Rio Grande do Norte (RN) no mês passado e cresceu cerca de 369% em relação a outubro, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).
Kelly Lima, coordenadora de Vigilância em Saúde da pasta atribui o crescimento, dentre outros fatores, à elevação de casos de doenças respiratórias registradas do mês passado para cá. Segundo ela, a perspectiva é de que a alta procura se mantenha também em dezembro, uma vez que os casos confirmados de covid-19 têm crescido nos últimos dias.
Na última terça-feira (6), conforme divulgado pela Sesap, foi registrado um aumento de 46,33% para as confirmações de covid-19 no RN em relação ao mesmo período imediatamente anterior à data da divulgação. Em números reais, foram 5.224 casos, segundo os dados do período divulgado pela Secretaria na semana passada.
De quarta-feira (7) até esta terça-feira (13), de acordo com um levantamento feito a partir dos boletins epidemiológicos emitidos diariamente pela pasta, foram 4.077 confirmações.
A tendência, segundo Kelly Lima, da Sesap, é de aumento dos casos em dezembro e também em janeiro, atribuído, especialmente, ao período de férias. Por isso, afirma, espera-se que a procura por vacina nesses dois meses também se mantenha expressiva. “A Sesap acredita que a tendência de aumento de casos registrada recentemente seguirá até o próximo mês”, explica.
Por insuficiência de quórum, a Câmara dos Deputados rejeitou o regime de urgência para o Projeto de Lei 1774/19, do deputado Glaustin da Fokus (PSC-GO), que autoriza os supermercados e estabelecimentos similares a venderem medicamentos isentos de prescrição.
Somente 231 deputados votaram a favor do novo regime de tramitação, quando o mínimo necessário era de 257 votos. Outros 166 deputados votaram contra a urgência.
No começo de agosto deste ano, o Plenário já havia rejeitado um pedido de urgência. Naquela ocasião, houve 225 votos favoráveis e 222 votos contrários. A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) disse que o tema voltou à pauta pela pressão comercial em detrimento da saúde da população. “Medicamento não é mercadoria, são drogas. E mesmo aqueles isentos de prescrição, se usados de forma incorreta, geram intoxicação”, disse.
Debate em Plenário
O tema dividiu opiniões nesta terça-feira (13). O deputado Gil Cutrim (Republicanos-MA) disse que a proposta vai ampliar o acesso a medicamentos isentos de prescrição. “Com a venda de medicamentos em supermercados e estabelecimentos credenciados pelos órgãos reguladores, nós iremos abrir o mercado para competitividade, ou seja, nós iremos tornar os medicamentos mais acessíveis a todos que mais precisam”, disse.
Relator da proposta, o deputado Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL) afirmou que trabalhou para mediar os interesses das alas mais liberais e mais restritivas. “Discuti o texto, escutei as sugestões e assumo o compromisso de solucionar no relatório o que ainda houver de vácuo no projeto”, informou.
Ele afirmou que vai o texto também buscará frear o contrabando e definir normas de fiscalização pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e outros temas.
Para o deputado Dr. Zacharias Calil (União-GO), no entanto, a medida não é de interesse da população. “Sabemos que os maiores índices de suicídio e também de intoxicação medicamentosa estão relacionados à compra de medicamentos em supermercados. No Brasil, pode acontecer a mesma coisa”, disse.
O deputado Ivan Valente (Psol-SP) afirmou que a proposta só interessa às grandes redes de supermercado, mas o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS) ressaltou que o objetivo é baratear o preço final.
O Brasil registrou 978 mortes por dengue em 2022. Até o dia 5 de dezembro, a taxa já supera o verificado em cada um dos últimos seis anos. O número é um alerta para uma nova epidemia da doença que deve se manter nos primeiros meses de 2023.
Caso realmente se confirmem as estimativas, este ano será o mais mortal para a dengue no Brasil, podendo ultrapassar 1 mil, algo nunca visto desde a década de 1980, quando a doença ‘ressurgiu’ no país e começou a ser mais frequente, com ciclos de maior e menor intensidade.
“A gente nunca passou dos mil mortos e com certeza vai passar”, projeta o infectologista Alexandre Naime Barbosa, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).De acordo com o médico, nos últimos anos, as maiores epidemias de dengue no Brasil aconteceram em 2015, 2016 e 2019, além de 2022, que já garantiu o lugar nessa lista antes mesmo de terminar.
Os dados parciais apontam para 1,4 milhão de casos prováveis de dengue no Brasil em 2022, segundo o boletim do Ministério da Saúde – em todo o ano de 2021, 544 mil foram infectados.