NÚMERO DE MINISTÉRIOS NO GOVERNO LULA PODE CHEGAR A 40 COM A CRIAÇÃO DO MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA

Maior representante do setor, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) defendeu, nesta terça-feira (5), a proposta do novo governo de retirar o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) do guarda-chuva do Ministério da Economia e torná-la outra vez uma pasta independente. Com isso, Lula deve ter 40 pastas sob seu governo.

Em evento organizado para jornalistas, Mário Sergio Telles, gerente executivo de economia da CNI, disse que o plano apresentado durante a campanha de Lula é bem-vindo, pois “dá instrumentos para a realização de uma política industrial moderna”.

“Precisamos de um Mdic forte, isso é essencial para a implementação de uma política industrial eficiente. O plano de retomada que foi apresentado para os candidatos e, agora, para o presidente Lula contempla não só a política industrial, mas outras medidas para que o setor e a economia possam crescer mais a partir da correção de problemas e distorções”, diz Telles.

Questionado se o plano da CNI contemplaria desonerações fiscais, como ocorreu de forma ampla durante os últimos governos, em especial durante o mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, Telles diz que a política industrial moderna “não necessariamente exigirá mais, do ponto de vista fiscal”.

“Não vejo o crescimento da indústria atrelado a desonerações. É o oposto, na verdade, uma vez que o setor é um dos mais tributados e com um sistema de impostos cheio de distorções”, afirma o gerente da CNI.

Ele esclarece que a defesa da CNI é para que o próximo governo não aumente a carga tributária, mas que entende que, caso não seja possível reduzir impostos, é urgente acabar com distorções na forma de recolhimento das contribuições.

“Por outro lado, todo país tem incentivo para a inovação. O Brasil também tem, mas muitas vezes são incentivos ineficientes”, critica Telles.

NOME DE HADDAD ESTÁ CONSOLIDADO PARA MINISTÉRIO DA FAZENDA

Ex-prefeito de SP é um nome de confiança do presidente eleito e participa das negociações da transição de governo

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) deve ocupar o cargo de ministro da Fazenda no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conforme apurou o Poder360.

Haddad é um nome da confiança de Lula. Saiu fortalecido depois de concorrer ao governo de São Paulo. Apesar de ter perdido para o bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos), obteve o melhor resultado do PT na história do Estado.

O nome do ex-ministro da educação sempre foi um dos favoritos para assumir a pasta. Além dele, era cotado o nome de Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que também é cogitado para a pasta da Indústria e Comércio.

Josué já disse que aceitaria o convite para integrar o próximo governo.

Haddad chegou a Brasília com Lula no último domingo (27.nov.2022) e está participando dos trabalhos da transição de governo. Segundo o Poder360 apurou, sem estar formalmente nomeado para o ministério, o ex-prefeito será mais um na mesa de negociações, já lotada. Por isso, petistas avaliam que a indicação é urgente.

Poder 360

NUNES MARQUES ENVIA À PGR PEDIDO DE BOLSONARO PARA INVESTIGAR LULA E GLEISI

O ministro Nunes Marques, do STF (Supremo Tribunal Federal), enviou para análise da PGR (Procuradoria-Geral da República) um pedido de investigação contra o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a presidente do PT Gleisi Hoffmann por suposto crime contra a honra do presidente Jair Bolsonaro (PL).

No mês passado, o governo Bolsonaro acionou a PF (Polícia Federal) para instaurar uma ação penal contra os petistas. Segundo o documento, Lula e Gleisi teriam usado comícios e propaganda eleitoral para “macular a honra” e ofender a reputação do presidente, ao usar termos como “genocida, miliciano, assassino, demônio e canibal”.

No mês passado, a PF encaminhou o pedido ao STF porque Gleisi Hoffmann, como deputada federal, tem foro privilegiado.

Agora, a PGR deve se manifestar a favor ou contra a abertura da investigação.

O documento enviado ao STF cita um vídeo com imagens de um comício realizado em outubro no Complexo do Alemão, Rio de Janeiro, no qual Lula teria atribuído a Bolsonaro a responsabilidade pelo assassinato da vereadora Marielle Franco, morta em 2018, e por associação com milicianos.

Também cita publicação que teria sido feita por Gleisi Hoffmann nas redes sociais em setembro, que diz que Bolsonaro seria o mandante do assassinato de Benedito Cardoso dos Santos. Apoiador de Lula, Santos foi morto em setembro deste ano após uma discussão política com um colega de trabalho que apoiava Bolsonaro.

UOL

DIVISÃO DE MINISTÉRIOS JÁ CAUSA ATRITOS ENTRE PT DE LULA E PSB DE ALCKMIN

A divisão de ministérios no futuro governo Lula já começa a causar atritos, nos bastidores, entre o PT do presidente eleito e o PSB do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin.

Nos últimos dias, pessebistas passaram a defender que a indicação do senador eleito Flávio Dino (PSB-MA) para o Ministério da Justiça seja considerada como “cota pessoal” de Lula, e não do partido.

O discurso faz parte de uma ofensiva do PSB para conseguir outros dois ministérios. Os alvos seriam as pastas do Turismo e das Cidades, para a qual seria indicado o ex-governador paulista Márcio França.

A estratégia do PSB, porém, vem irritando petistas e outras siglas aliadas de Lula. A crítica é de que o PSB tem um apetite por cargos maior do que permite a bancada de 14 deputados federais eleita pelo partido.

Além de Dino e França, desejam ser ministros pelo PSB nomes como o deputado federal Marcelo Freixo (RJ) e o governador de Pernambuco, Paulo Câmara. Ambos ficarão sem cargo público a partir de janeiro.

Estabilidade

Lideranças do PSB, por sua vez, rebatem as críticas. O argumento é de que, apesar da bancada pequena, a sigla merece ser bem contemplada por ser a legenda de Alckmin, considerado “peça-chave” para a estabilidade do governo Lula.

Metrópoles

CENÁRIO PARA LULA É DESFAVORÁVEL NO CONGRESSO MESMO COM UNIÃO BRASIL

Os recentes acenos do presidente eleito neste ano, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a lideranças do Centrão inflamaram as articulações no Congresso Nacional para construção de uma base sólida de apoio ao governo petista a partir de 2023. É fato que o futuro mandatário não será capaz de governar sem o auxílio de partidos do centro político, e que o obstáculo à nova gestão é enorme.

Se, de um lado, Jair Bolsonaro (PL) perdeu as eleições presidenciais, do outro, o bolsonarismo saiu vencedor na composição do Parlamento. Não à toa o atual titular do Planalto alavancou a eleição das maiores bancadas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Foi o bom desempenho do PL nas urnas que acendeu, no partido, a vontade de comandar uma das Casas do Legislativo.

Lula sabe que terá de enfrentar uma oposição numerosa e barulhenta. Diante disso, trabalha nos bastidores com acenos ao Centrão na expectativa de conseguir demover a rejeição enfrentada dentro do Parlamento. Para isso, o petista decidiu incluir legendas, como PSD e MDB, na equipe de transição de governo; indicou apoio a Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a Presidência do Senado e deixou em aberto a possibilidade de endossar a reeleição de Lira para o comando da Câmara.

Ainda durante as tratativas, houve um primeiro contrato frustrado entre PT e Progressistas. Em paralelo, os petistas tentam avançar nas negociações com Luciano Bivar (PE) para angariar o apoio do União Brasil na composição da base governista para o próximo ano. O deputado federal por Pernambuco já afirmou que não será “de jeito nenhum” oposição a Lula.

Mesmo se convencer o partido a integrar o governo, o petista não terá unanimidade dos filiados. Grande parte dos correligionários, inclusive Bivar, são originários do PSL – partido que elegeu Bolsonaro presidente e fundiu com o Democratas para criação da atual legenda.

Hoje, é grande a relutância de parlamentares eleitos em apoiarem o governo petista, em outros casos é dada como impossível. Vale lembrar que entre os eleitos pela legenda está Sergio Moro (PR), algoz de Lula e responsável pela sua prisão no âmbito da operação Lava Jato.

Metrópoles

ALEXANDRE DE MORAES E LULA FALAM SOBRE REGULAÇÃO DAS PLATAFORMAS DIGITAIS

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ministro Alexandre de Moraes aproveitou o encontro com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva na quarta-feira (9) para pedir apoio a um projeto de combate às fake news e regulamentação das plataformas digitais.

Moraes enfatizou o trabalho da Justiça Eleitoral no combate à desinformação durante o pleito de 2022 e disse que o TSE e a sociedade civil devem apresentar uma proposta em conjunto que tenha o apoio do Executivo.

“Não é possível que essas plataformas sejam consideradas empresas de tecnologia e não de mídia. Só o Google fatura 12 vezes mais que todo o sistema Globo e não é punido em nada, como se nada ocorresse“, declarou o presidente do TSE.

Lula ressaltou a importância do enfrentamento da desinformação e da atuação de instituições, como a Corte Eleitoral, para assegurar a lisura do processo eleitoral.

O Antagonista

LULA REÚNE-SE COM CHEFES DE PODERES NESTA QUARTA (9) EM BUSCA DE APOIO PARA MUDAR ORÇAMENTO

Recém-chegado a Brasília (DF), o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá uma longa agenda a cumprir, nesta quarta-feira (9/11), em encontros com chefes dos Poderes. Esta é a primeira visita do petista à capital federal desde as eleições. Ele retorna a São Paulo na quinta (10/11).

O primeiro encontro de Lula será com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), logo pela manhã. Em seguida, o futuro chefe do Executivo irá almoçar com o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). As duas reuniões serão realizadas nas respectivas residências oficiais das Casas, no Lago Sul.

Mais do que uma visita institucional, Lula deve tratar das agendas prioritárias de seu governo para o próximo ano. Estarão na pauta do encontro, as tratativas da equipe de transição de governo para a construção de um texto capaz de assegurar, nos cálculos do Orçamento 2023, as promessas feitas durante a campanha.

O petista quer ouvir da dupla qual o melhor caminho para garantir pautas, como a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600 e o aumento real do salário mínimo. O teto orçamentário é o maior obstáculo e, hoje, há duas alternativas: editar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e Medida Provisória (MP).

expectativa é que Lula escolha a PEC da Transição, como o texto está sendo chamado pelos membros do novo governo. O formato é o preferido por Lira, pelo presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), Celso Sabino (União-PA), e pelo relator-geral do Orçamento, Marcelo Castro (MDB-PI).

Após as reuniões com os presidentes de Câmara e do Senado, o presidente eleito seguirá para o Supremo Tribunal Federal (STF), onde se encontrará com a presidente da Corte, Rosa Weber. Interlocutores do partido afirmam que a visita de Lula servirá para reatar laços entre Executivo e Judiciário, cuja relação foi repetidamente tensionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

METRÓPOLES

OS COTADOS PARA O GOVERNO LULA; CONFIRA A LISTA

O Partido dos Trabalhadores fez circular uma lista com os nomes que gostaria para o primeiro escalão do governo Lula-Alckmin. A informação foi divulgada pelo site O Antagonista.

Gleisi Hoffmann é cotada para a Casa Civil, Fernando Haddad para o Ministério da Fazenda, o deputado eleito e líder do MTST Guilherme Boulos para o Ministério das Cidades e Janones para a Secretaria de Comunicação (Secom).

A futura primeira-dama Janja Lula da Silva assumiria a Secretaria de Políticas para as Mulheres.

Já o vice de Lula, Geraldo Alckmin, ficaria com o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O também líder do MST João Pedro Stédile com o Desenvolvimento Agrário e Simone Tebet com Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

De acordo com o site, na Petrobras, o nome cotado é o de Guilherme Estrella, ex-diretor de Exploração da estatal e considerado pela esquerda “o pai do pré-sal”.

O ex-governador e senador eleito Flávio Dino assumiria o Ministério da Justiça; e no comando da PF, o delegado Jorge Chastalo Filho, que era o responsável pela carceragem da PF durante a prisão de Lula.

A versão não é final, pois ainda passará pelo inevitável processo de negociação com o Congresso, onde o Centrão domina. A lista também não traz os possíveis nomes para Banco do Brasil e Caixa, além de outros bancos e estatais de menor peso.

Veja a lista:

Advocacia-Geral da União
Luiz Carlos Rocha (Rochinha)

Banco Central
Campos Neto [mandato fixo]

Casa Civil
Gleisi Hoffmann

Controladoria-Geral da União (CGU)
Manoel Caetano

Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
Tarso Genro

Ministério da Justiça
Flávio Dino

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Simone Tebet

Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
Márcio França

Ministério da Cultura
Bela Gil

Ministério da Defesa
Aldo Rebelo

Ministério da Educação
Aloizio Mercadante

Ministério da Fazenda
Fernando Haddad

Ministério da Integração Nacional
Alexandre Kalil

Ministério da Previdência Social
Paulinho da Força

Ministério da Saúde
Adriano Massuda

Ministério das Cidades
Guilherme Boulos

Ministério das Comunicações
Leonardo Attuch

Ministério das Relações Exteriores
Celso Amorim

Ministério de Minas e Energia
Jorge Samek

Ministério do Desenvolvimento Agrário
João Pedro Stédile

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Rui Costa

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Geraldo Alckmin

Ministério do Esporte
Raí

Ministério do Meio Ambiente
Marina Silva

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
Márcio Pochmann

Ministério do Trabalho e Emprego
Carlos Lupi

Ministério do Turismo
Marta Suplicy

Ministério da Infraestrutura
Washington Quaquá

Secretaria da Micro e Pequena Empresa
Marco Aurélio Carvalho

Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República
Marco Aurélio Santana

Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
André Janones

Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República
Carol Proner

Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
Benedita da Silva

Secretaria de Políticas para as Mulheres
Janja Lula da Silva

Ministério dos Transportes
Jilmar Tatto

Secretaria de Relações Institucionais
Luciana Santos

Secretaria-Geral da Presidência da República
Gilberto de Carvalho

Ministério dos Povos Originários
Sônia Guajajara

Petrobras
Guilherme Estrela

Itaipu Binacional
Roberto Requião

Polícia Federal
Jorge Chastalo Filho

LULA 53% X 47% BOLSONARO, DIZ PODERDATA

Pesquisa PoderData sobre a disputa para presidente mostra cenário de estabilidade ainda favorável ao candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que registra 53% dos votos válidos. O presidente Jair Bolsonaro (PL) teve 47%. O estudo foi realizado de 23 a 25 de outubro de 2022, com 5.000 entrevistas e margem de erro de 1,5 ponto percentual, para mais ou para menos.

Há uma semana, Lula tinha 52% contra 48% de Bolsonaro quando se consideram só os votos válidos – desprezando brancos e nulos. A distância entre os finalistas foi de 4 para 6 pontos em uma semana.

“Ainda vejo um cenário de estabilidade. As variações foram dentro da margem de erro. Pode ser um efeito direto do episódio envolvendo Roberto Jefferson, muito explorado pela oposição ao presidente e com grande exposição na internet e na mídia tradicional, sobretudo na 2ª feira, bem no meio da realização da pesquisa. Não se pode dizer isso de maneira definitiva, mas foi o único fato com potencial para ter impacto nos resultados”, diz o cientista político Rodolfo Costa Pinto, 31 anos, coordenador do PoderData.

Poder360

LULA 52% X 48% BOLSONARO, DIZ PODERDATA.

Pesquisa PoderData realizada de 16 a 18 de outubro de 2022 mostra o Ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 52% das intenções de votos válidos no 2º turno da disputa pela Presidência da República, contra 48% do Presidente Jair Bolsonaro (PL).

As taxas consideram os votos válidos – os dados a algum candidato, excluindo-se brancos e nulos. É assim que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) divulgará os resultados na noite do domingo eleitoral de 2º turno, em 30 de outubro.

O cenário está congelado há duas semanas. Nas rodadas realizadas em 3 a 5 de outubro e de 9 a 11 de outubro, os 2 candidatos registravam as mesmas taxas de agora.

O PoderData entrevistou 5.000 pessoas nesta rodada. A margem de erro do levantamento é de 1,5 ponto percentual, para cima ou para baixo.

Poder360