VEJA: DILMA E LULA SABIAM DE TUDO, DIZ DOLEIRO À PF

Na última terça-feira, o doleiro Alberto Youssef entrou na sala de interrogatórios da Polícia Federal em Curitiba para prestar mais um depoimento em seu processo de delação premiada. Como faz desde o dia 29 de setembro, sentou-se ao lado de seu advogado, pôs os braços sobre a mesa, olhou para a câmera posicionada à sua frente e se colocou à disposição das autoridades para contar tudo o que fez, viu e ouviu enquanto comandou um esquema de lavagem de dinheiro suspeito de movimentar 10 bilhões de reais. A temporada na cadeia produziu mudanças profundas em Youssef. Encarcerado desde março, o doleiro está bem mais magro, tem o rosto pálido, o cabelo raspado e não cultiva mais a barba.

O estado de espírito também é outro. Antes afeito às sombras e ao silêncio, Youssef mostra desassombro para denunciar, apontar e distribuir responsabilidades na camarilha que assaltou durante quase uma década os cofres da Petrobras. Com a autoridade de quem atuava como o banco clandestino do esquema, ele adicionou novos personagens à trama criminosa, que agora atinge o topo da República. Perguntado sobre o nível de comprometimento de autoridades no esquema de corrupção na Petrobras, o doleiro foi taxativo:

– O Planalto sabia de tudo!

– Mas quem no Planalto?, perguntou o delegado.

– Lula e Dilma, respondeu o doleiro.

VÍDEO: IRMÃ DE LULA PEDE VOTO PARA AÉCIO NEVES

LINDINALVA SILVA AFIRMA QUE CANDIDATO DO PSDB À PRESIDÊNCIA É O “MELHOR PARA O BRASIL NO MOMENTO”

Em vídeo que circula na internet, Lindinalva Silva, irmã do ex-presidente Lula, pede voto para o candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB). Lula é o padrinho político de Dilma Rousseff (PT), atual presidente e candidata à reeleição.

“Estou pedindo para vocês terem consciência. No dia 26 de outubro [data do segundo turno] votem Aécio Neves”, afirma Lindinalva. No vídeo, a irmã do ex-presidente mostra uma folha de papel a qual, segundo ela, há projetos de lei elaborados pelo governo Dilma e que “todos devem ver”. É impossível ver o que está escrito no documento.

Questionada por uma amiga por que as pessoas devem votar em Aécio, Lindinalva diz acreditar que “é o melhor para o brasil no momento”. Ao declarar apoio ao tucano, Lindinalva justifica ainda que o faz não pensando em familiares, mas “no Brasil todo”.

Em 2008, a irmã de Lula tentou se eleger vereadora em Cuiabá pelo PTB e apoiou a candidatura do tucano Wilson Santos.

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Fonte: http://vejasp.abril.com.br/

“SE DEPENDER DE MIM, NÃO SEREI CANDIDATO EM 2018″, DIZ LULA

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (20) que, pela vontade dele, não disputará novamente as eleições presidenciais em 2018 porque acredita já ter cumprido sua “missão”. Mas, em entrevista à Rádio Jornal do Commercio, do Recife, afirmou não descartar a possibilidade, a depender do cenário político daqui a quatro anos.

“Se depender de mim, não [serei candidato]“, afirmou. “Quando chegar na eleição de 2018, estarei com 72 anos. Nós temos que ter [isso] em conta.” Lula disse esperar o surgimento de “quadros mais novos” para enfrentar o próximo pleito presidencial. “Acho que já cumpri a minha função.” Apesar desse discurso, Lula deixou seu futuro político em aberto. “A única coisa que não posso dizer é que não [disputarei em quatro anos]“, afirmou.

MAIS UM ESCÂNDALO ABALA A REPÚBLICA E, COMO NO CASO DO MENSALÃO, LULA DE NADA SABIA. NEM DILMA

No caso do mensalão, nenhum dos acusados disse à Justiça que Lula sabia da existência do esquema de pagamento de propinas a deputados federais para que votassem no Congresso como o governo mandava.

Com o processo adiantado, e tendo perdido a esperança de ser salvo pelo PT, o ex-publicitário Marcos Valério, um dos operadores do mensalão, afirmou que Lula sabia, sim, da existência do esquema.

Mas já era tarde. De resto, Valério não apresentou sequer indícios convincentes para sustentar o que dizia. A Justiça também não se mostrou interessada em investigar a participação de Lula no escândalo.

No caso da roubalheira na Petrobras para financiar políticos e partidos, Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da empresa, e o doleiro Alberto Youssef revelaram indiretamente que Lula sabia de tudo. Ou de quase tudo.

Lula cedeu à pressão de políticos para entregar-lhes diretorias da Petrobras, segundo Paulo Roberto. Foi assim que ele, por indicação do PP, acabou na diretoria de Abastecimento. Lula chamava Paulo Roberto de Paulinho.

Algum ingênuo poderá alegar que Lula jamais imaginou que Paulo Roberto ou qualquer outro diretor patrocinado por partidos teria como uma de suas missões roubar e deixar que roubassem. Santa ingenuidade.

O que ambiciona um partido ao emplacar um ocupante de cargo na administração pública? Conseguir por meio de ele colaborar com o presidente da República? Provar que dispõe de bons quadrados? Empregar alguém?

Na melhor das hipóteses, na mais sadia das hipóteses, contar com alguém no governo para arrancar de fornecedores doações capazes de fazer face a despesas de campanhas. O famoso Caixa 2.

É possível que Paulo Roberto e Yousseff tenham mentido à Justiça. Provável, porém, não é. Os dois querem escapar de condenações pesadas. Sabem que se mentirem, a delação premiada irá para o buraco. Não são suicidas.

Quanto a Lula… Preferiu não comentar nada. Apenas se disse de “saco cheio” com esse tipo de denúncia. Compreensível. Entra eleição, sai eleição, e o PT permanece na berlinda mergulhado em lama.

Quanto a Dilma… Ela não sabe de nada. Ela nunca soube de nada. Como gestora, a se acreditar em Lula, sempre foi uma gestora exemplar. Nem por isso bem informada sobre o que acontecia ao seu redor.

Por Ricardo Noblat

MAR DE LAMA AMEAÇA A PETROBRAS

A exemplo de Lula no caso do mensalão em 2005, quando Dilma dirá que foi traída e pedirá desculpas aos brasileiros pelo escândalo do mar de lama que entope os dutos da Petrobras, ameaçando tragar a maior empresa do continente? No mínimo, é o que se espera dela, ex-ministra das Minas e Energia, ex-presidente do Conselho de Administração da Petrobras, e presidente da República em final de mandato. Digamos que Dilma compete com Lula para ver quem foi mais feito de bobo por seus subordinados. A auxiliar de mais largo prestígio nos oito anos de Lula no poder, a presidente eleita sem jamais ter sido, sequer, síndica de prédio, Dilma foi surpreendida, assim como o seu mentor, pelo escândalo do mensalão – o pagamento de propina a deputados federais para que votassem conforme a vontade do governo.

Foi surpreendida de novo quando chefiou a Casa Civil da presidência da República e ficou sabendo que um dos seus funcionários confeccionara um dossiê sobre o uso de cartões corporativos pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e sua mulher, dona Ruth. Dilma pediu desculpas ao casal. O autor do dossiê conseguiu manter-se na órbita do serviço público. Outra vez, Dilma foi surpreendida pela suspeita de malfeitos praticados por Erenice Guerra, seu braço direito na Casa Civil e, mais tarde, sucessora no comando do ministério. Na ocasião, Dilma estava em campanha pela vaga de Lula. Para evitar danos à sua candidatura, Erenice pediu demissão. Dali a dois anos, a Justiça a inocentou por falta de provas de que roubara e deixara roubar.

Quase ao término do seu primeiro ano de governo, batizada por assessores de “a faxineira ética”, Dilma degolou seis ministros de Estado. Pesaram contra eles acusações de corrupção publicadas pela imprensa. De lá para cá, ministérios e cargos públicos foram entregues por Dilma aos ex-ministros degolados ou a grupos políticos ligados a eles. A “faxineira ética” baixou à sepultura. Por ora, Dilma está atônita e se recusa a falar sobre o mais novo escândalo que bate à sua porta. Paulo Roberto Costa, chamado de Paulinho por Lula, preso em março último pela Polícia Federal como um dos cérebros da quadrilha acusada de roubar a Petrobras, começou a contar o que sabe – ou o que diz saber. Em troca, quer o perdão judicial para não ter que amargar até 50 anos de cadeia.

Dilma sabe muito bem quem é Paulinho, nomeado por Lula em 2004 para a diretoria de Abastecimento da Petrobras. Saiu dali só em 2012. No período, compartilharam decisões, algumas delas, responsáveis por prejuízos bilionários causados à Petrobras.Dilma mandou diretamente na empresa enquanto foi ministra das Minas e Energia e chefe da Casa Civil. Manda, hoje, via o ministro Edison Lobão, das Minas e Energia. Lobão foi citado por Paulinho como um dos políticos integrantes da mais nova e “sofisticada organização criminosa” da praça, juntamente com mais seis senadores, 25 deputados federais e três ex-governadores. A organização superfaturava licitações da Petrobras e desviava dinheiro para um caixa que financiava campanhas de políticos da base de apoio ao governo. Por suposto, nem Lula nem Dilma sabiam disso.

O que é mais notável: entra campanha e sai campanha da Era PT, e os adversários do governo são acusados por Lula e Dilma de se valerem da Petrobras como arma política. Pois bem, debaixo do nariz deles, camaradas deles usaram a Petrobras como arma para enriquecer.

Por Ricardo Noblat

AS PESSOAS QUE VAIARAM DILMA NÃO “TINHAM CARA DE TRABALHADORES”, DIZ LULA

LULA REBATE: ‘POR QUE NÃO COLOCAM TSUNAMI NO CANTAREIRA?’

O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva rebateu neste domingo as afirmações feitas ontem pelo candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB), que disse que “um tsunami vai varrer o PT do governo”. Em um evento que oficializou a candidatura do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha ao governo paulista, Lula lembrou da falta de água pela qual o Estado tem passado nos últimos meses.

“Por que eles não colocam um tsunami para trazer água para o Sistema Cantareira?”, indagou o ex-presidente, que declarou apoio às campanhas de Padilha para o governo do Estado e de Eduardo Suplicy para o Senado.

O candidato petista ao governo paulista, que tenta romper uma hegemonia de 20 de governo tucano no Estado, também rebateu às afirmações da oposição. “O problema é que de água o PSDB não entende. O tsunami deles não leva água nem para as casas paulistas”, disse Padilha.

A ministra da Cultura, Marta Suplicy, chegou atrasada ao evento porque estava participando da inauguração do Museu Pelé, em Santos. Em seu discurso, ela afirmou que o PSDB “teve oportunidade, mas não fez” o que poderia ter sido feito pelo Estado e que agora chegou a hora de mudar de partido no Palácio.

“Quanto mais difícil, mais junto a gente tem que estar”, disse ela, pedindo o apoio da militância petista na campanha de Padilha.

A presidente Dilma Rousseff, que não pode comparecer ao evento devido a um compromisso com a chanceler alemã Angela Markel, em Brasília, mandou uma mensagem em vídeo. “São Paulo precisa se livrar desse volume morto (se referindo ao PSDB). Você, Padilha, é o volume vivo, com tudo que o Estado precisa”, declarou.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, também apoiou o colega, lembrando de sua própria eleição. “Com o apoio de Lula, Dilma e do PT, eu cheguei à vitória. Tenho certeza que você também chegará”, afirmou.

Em seu discurso, o prefeito ressaltou a participação do ex-ministro da Saúde em projetos e programas federais, como o Mais Médicos. Além disso, enalteceu as conquistas do governo federal petista, dizendo que o número de universitários no País dobrou nos últimos 12 anos.

Ao chegar no evento, Lula, que foi recebido pela bateria da escola de samba Gaviões da Fiel, foi ovacionado por militantes petistas que ocupavam todo o Ginásio do Canindé. Durante seu discurso, o ex-presidente lembrou das vaias que Dilma recebeu durante a abertura da Copa do Mundo, na Arena Corinthians, na última quinta-feira.

“O mais grave é que foi utilizado o palavrão no setor do estádio em que as pessoas tinham ‘cara’ de tudo, menos de trabalhadores”, disse o ex-presidente, se referindo ao setor mais nobre do estádio.

“Se em 2012, nós fizemos uma campanha para a esperança vencer o medo, hoje, nós precisamos fazer uma campanha para vencer o ódio”, afirmou Lula. Segundo ele, os tucanos possuem um ódio contra os petistas por encontrarem neles uma concorrência à altura.

Fonte: Terra

PT DO “VOLTA LULA” AMEAÇA APOIAR CAMPOS

Com a vitória do líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), para suceder o enrolado André Vargas (PR) na vice-presidência da Câmara, deputados do PT defensores do movimento “volta, Lula” ameaçam apoiar Eduardo Campos (PSB-PE) em suas bases eleitorais, contra a reeleição da presidenta Dilma. O grupo acusa Dilma de tentar isolá-los e o ex-presidente Lula, de “abandonar os companheiros”.

PSDB VENCERÁ ELEIÇÃO COM OU SEM LULA, AFIRMA AÉCIO

O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, senador Aécio Neves (MG), disse nesta terça-feira, 29, que o PSDB está preparado para vencer as eleições presidenciais e não importa quem seja o candidato do PT a disputar a sucessão. Questionado sobre o movimento ‘Volta, Lula’, que nessa segunda, 28, ganhou a adesão de parte da bancada do PR na Câmara dos Deputados, Aécio disse: “Este é um problema do governo. Mas, se houver troca de candidato, não altera em absolutamente nada o nosso discurso e a nossa disposição”.

Ao comentar a hipótese de a presidente Dilma Rousseff não ser a sua concorrente neste pleito, o tucano disse também que a proposta do PSDB na corrida presidencial é “enfrentar um modelo que vem fazendo muito mal ao Brasil”. “Qualquer que seja o representante deste modelo, vamos enfrentar e vencê-lo”, disse.

As afirmações do senador foram feitas após palestra para investidores e economistas convidados pelo Itaú BBA, na capital paulista. Participou do evento também o economista Armínio Fraga, cotado para ocupar o Ministério da Fazenda em um eventual governo tucano.

BARBOSA REBATE CRÍTICAS DE LULA SOBRE JULGAMENTO DO MENSALÃO

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, divulgou nota oficial hoje (28) para rebater as declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o julgamento da Ação Penal 470, o processo do mensalão. Segundo Barbosa, a ação penal foi conduzida de forma “absolutamente transparente”. Em entrevista à Rádio e Televisão de Portugal (RTP), veiculada no sábado(26), Lula disse que grande parte do julgamento do processo foi político. Na nota, o presidente do Supremo classificou as declarações como “fato grave que merece o mais veemente repúdio”. De acordo com Barbosa, o tribunal conduziu o processo de forma transparente, dando acesso a tramitação da ação aos advogados e à imprensa. Além disso, Barbosa afirmou que a acusação e defesa tiveram mais de quatro anos, desde o recebimento da denúncia, em 2007, para se manifestarem no processo.

Barbosa também afirmou que o resultado do julgamento foi baseado em provas testemunhais e perícias, feitas por órgãos do Poder Executivo, chefiados pelo presidente da República, como Banco Central, Banco do Brasil, Polícia Federal. “Lamento profundamente que um ex-presidente da República tenha escolhido um órgão da imprensa estrangeira para questionar a lisura do trabalho realizado pelos membros da mais alta Corte da Justiça do País. A desqualificação do Supremo Tribunal Federal, pilar essencial da democracia brasileira, é um fato grave que merece o mais veemente repúdio. Essa iniciativa emite um sinal de desesperança para o cidadão comum, já indignado com a corrupção e a impunidade, e acuado pela violência. Os cidadãos brasileiros clamam por justiça”, concluiu.