APESAR DE FOGO AMIGO PETISTA, MÚCIO DIZ QUE NÃO PEDIRÁ DEMISSÃO

Apesar do fogo amigo da cúpula petista que tem dito esperar que o ministro da Defesa, José Múcio, peça para deixar o cargo de forma espontânea e poupe o presidente Luis Inácio Lula da Silva de um desgaste de ter que demitir um aliado antigo com poucos dias de governo, o ministro afirmou a que não pedirá demissão coisa nenhuma.

“É hora de juntar os responsáveis para combater os irresponsáveis . E ajudar a ter estabilidade para o nosso presidente governar”, frisa.

Para os petistas, seria uma saída honrosa para Múcio, considerado dentro do governo um bom político e hábil negociador, além de pessoa afável e de fácil trato. O problema, diz um integrante da cúpula petista, é que o momento pede alguém de perfil mais agressivo, para derrotar definitivamente os golpistas.

A oportunidade, seria agora, uma vez que os manifestantes estão desmoralizados, após a invasão da Esplanada dos Ministérios. O temor é que essa janela se perca em breve.

G1

“NÃO VAMOS SER AUTORITÁRIOS, MAS NÓS NÃO SEREMOS MORNOS”, DIZ LULA EM REUNIÃO COM GOVERNADORES

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu, nesta segunda-feira (9), com representantes dos 26 estados e a governadora em exercício do Distrito Federal. O encontro ocorreu um dia depois que vândalos depredaram os prédios dos Três Poderes, em Brasília. No encontro, o chefe do Executivo federal afirmou que o governo vai investigar os financiadores das invasões e que a Polícia Militar do Distrito Federal foi conivente com os extremistas.

“Em nome da democracia, não vamos ser autoritários com ninguém, mas nós não seremos mornos com ninguém. Vamos investigar e chegar a quem financiou, e vamos descobrir. Porque foi muito difícil conquistar a democracia neste país”, afirmou Lula.

“Eu não quis acreditar [na invasão]. A polícia de Brasília negligenciou, a inteligência de Brasília negligenciou. É fácil a gente ver os policiais conversando com os agressores… Havia uma conivência explicita da polícia apoiando os manifestantes, mesmo aqui dentro do Palácio [do Planalto]”, completou.

Governadores

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), declarou que o encontro é importante para demonstrar solidariedade aos Poderes. “E essa reunião de hoje significa que a democracia brasileira vai se tornar, depois dos episódios de ontem, ainda mais forte. E vamos nos reconstruir.”

A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), afirmou que Ibaneis Rocha (MDB), afastado por 90 dias por decisão do ministro Alexandre de Moraes, é “democrata” mas recebeu “informações equivocadas” durante a invasão das sedes dos Três Poderes.

“O governador Ibaneis Rocha é um democrata, um homem que exerceu a presidência da Ordem [dos Advogados do Brasil], sabe o que significa o que é ataque aos poderes da República. Por infelicidade, recebeu várias informações equivocadas durante todo o momento da crise, e eu tive a oportunidade de falar com ele e acompanhar de mais perto”, disse Leão.

“Não saí do Ministério da Justiça [e Segurança Pública] até que todos os [prédios dos] Poderes estivessem minimamente controlados. Nós tínhamos ameaças de bombas, de incêndio, e por determinação do governador tentamos até o último momento. Mas a realidade é que as informações que foram repassadas ao próprio governador partiram de forma equivocada”, acrescentou.

“O que vimos ontem não foi uma manifestação política, e sim terrorismo. Um ato frontal de tentativa de golpe de Estado, que fragilizaria de maneira decisiva e histórica a passagem do capítulo desta República”, disse o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB).

“No dia de hoje, todos os estados deram cumprimento, a partir da ordem estabelecida pelo ministro Alexandre de Moraes, de que nossas polícias militares fizessem o cumprimento adequado da desmobilização [de manifestações em frente aos quartéis do Exército]”, completou o paraense.

Fátima Bezerra (PT), governadora do Rio Grande do Norte, condenou os atos e defendeu punição aos vândalos. “Foi muito doloroso para nós que amamos a democracia, que sabemos quanto custou conquistar a democracia, ver que teve a participação de gerações que nos antecederam, ver as cenas de ontem. A violência atingindo o coração da República na hora em que atentou contra as mais importantes instituições do Estado democrático de Direito.”

A presidente do STF, a ministra Rosa Weber, afirmou que o Supremo foi “duramente atacado” por extremistas durante a invasão. A magistrada assegurou, ainda, que o prédio será reconstruído. “O interior do nosso prédio histórico foi praticamente destruído, em especial o nosso plenário. A mim, entristeceu de uma maneira enorme, mas quero assegurar que nós vamos reconstruí-lo”, disse.

“No dia 1º de fevereiro daremos início ao ano do Judiciário, como se impõe. Um Poder Judiciário independente e guardião, no caso do STF, da Constituição Federal”, completou a ministra.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-PI), condenou as invasões. “Uma casa que sempre esteve aberta e sempre estará aberta e nunca se renderá a vândalos e terroristas. Aquilo machucou demais, porque nem na pandemia paramos o nosso trabalho”, disse.

R7

LULA CONVOCA GOVERNADORES PARA REUNIÃO DE EMERGÊNCIA EM BRASÍLIA NESTA SEGUNDA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou os 27 governadores de estados e do DF para uma reunião de emergência em Brasília nesta segunda-feira (9/1). Prefeitos de capitais também estão sendo convidados para o evento, que deve acontecer na parte da tarde e tem como pauta a reação institucional aos atos de vandalismo cometidos por terroristas em Brasília neste domingo (8/1).

Lula voltou neste domingo de Araraquara (SP), onde acompanhou os danos causados pela chuva, e foi diretamente para o Palácio do Planalto, onde vistoriou a destruição. A sala dele, que tem uma porta com segurança reforçada, foi um dos únicos cômodos onde os terroristas não conseguiram entrar, pois até armas do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) eles roubaram.

O presidente decretou intervenção federal na segurança pública do DF e já está conversando com autoridades do Poder Legislativo e com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Metrópoles

LULA DECRETA INTERVENÇÃO FEDERAL NO DF E DIZ QUE PM FOI OMISSA

O presidente Lula, em entrevista coletiva à imprensa decretou a intervenção federal no Distrito Federal. Ele estava em Araraquara para tratar dos problemas causados pelos desastres ambientais na cidade.

Lula diz que houve incompetência, má vontade ou má fé da Polícia Militar de Brasília. “Vamos descobrir quem financiou isso e se houve omissão de alguém também vamos descobrir”, alertou Lula.

A MENOS DE TRÊS DIAS DA POSSE, LULA DEVE ANUNCIAR MINISTROS RESTANTES NESTA QUINTA (29)

O presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), deverá anunciar nesta quinta-feira (29) os titulares dos 16 ministérios que ainda seguem indefinidos para o próximo governo, que terá início no próximo domingo (1º).

Conforme anúncio do futuro ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, o terceiro governo do petista terá 37 ministérios. O número é 60% maior do que a atual configuração da Esplanada, com 23 pastas. Até o momento, 21 nomes foram confirmados.

O MDB deve ficar com três pastas. Uma delas será liderada pela senadora Simone Tebet (MS), que, após dias de negociações, sinalizou a aliados que aceitou comandar o Ministério do Planejamento.

Nesta quarta-feira (28), Lula se reuniu com a cúpula do MDB e bateu o martelo sobre outros dois nomes do partido que irão compor o próximo governo.

Segundo a analista de política da CNN Thaís Arbex, a legenda confirmou os nomes de Jader Filho e Renan Filho para as pastas dos Transportes e das Cidades, respectivamente.

Veja os ministérios que ainda estão sem nomeações:

Povos Indígenas;

Previdência Social;

Esporte;

Cidades;

Integração e Desenvolvimento Regional;

Meio Ambiente;

Transportes;

Minas e Energia;

Comunicações;

Turismo;

Desenvolvimento Agrário;

Agricultura e Abastecimento;

Pesca e Aquicultura;

Secretaria de Comunicação Social (Secom);

Gabinete de Segurança Institucional (GSI);

Planejamento e Orçamento;

CNN Brasil

LULA DECIDE VOLTAR A COBRAR IMPOSTO FEDERAL SOBRE COMBUSTÍVEIS

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), pediu nesta terça-feira (27) para que o governo do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) não prorrogue a isenção da taxa do PIS/Cofins sobre os combustíveis. Os impostos estão suspensos só até 31 de dezembro de 2022. O pedido foi feito por telefone ao ministro da Economia, Paulo Guedes.

A decisão de Haddad atende a um pedido do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Levei à consideração do presidente um pedido do governo eleito para que o governo atual se abstenha de tomar qualquer medida na última semana que venha a impactar o futuro governo, sobretudo em temas que podem ser decididos em 10 dias, 15 dias, 1 mês, sem atropelo. Para que a gente tenha a sobriedade de fazer cálculo de impacto, verificar trajetória do que a gente espera das contas públicas ao longo dos próximos anos”, disse Haddad.

De acordo com o petista, seu pedido foi genérico e não entrou em detalhes. Ainda segundo o futuro ministro, Guedes respondeu que iria recomendar à equipe atual que não tome nenhuma medida que possa impactar o futuro governo.

Com a retomada da cobrança dos impostos federais, os preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha podem voltar a subir a partir da posse de Lula, em 1º de janeiro.

Poder 360

LULA QUER TIRAR MANIFESTANTES ‘À FORÇA’ DA FRENTE DOS QUARTÉIS

O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não descarta a retirada compulsória dos manifestantes que estão nos acampamentos em frente ao Quartel General do Exército em Brasília. Segundo o futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA), o governo eleito pretende resolver a situação até 1º de janeiro, quando ocorrerá a cerimônia de posse do petista.

Dino afirmou que fará uma avaliação na próxima quinta-feira, 29, para tomar uma decisão. “Quanto mais se der de modo pactuado, mediante conciliação, melhor”, salientou, em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, 27. “Essa é a opção do presidente Lula neste momento. É claro que, se não houver essa providência, outras serão tomadas. Mas isso num segundo momento.”

Segundo o futuro ministro, a expectativa é que os manifestantes façam uma “desocupação voluntária”. “Se isso não ocorrer, aí se abrem outras possibilidades de uma retirada compulsória”, ressaltou.

O futuro ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, contrariou a declaração de Dino. E afirmou que os atos em frente aos quartéis têm sido pacíficos. “Lá, eu estava conversando com Ibaneis [governador do Distrito Federal] e com os ministros”, contou. “Existem pedintes que vão lá para receber comida, pessoas que vivem pela rua, dormindo nas praças, porque tem um certo abrigo. Torço e peço a Deus que ele [acampamento] vá se esvaindo, porque o protesto político termina perdendo o sentido. Nossas preocupações são com esse movimento do último sábado. Precisamos estar preparados para que o inesperado resolva fazer uma surpresa.”

Revista Oeste

LULA ANUNCIA ALCKMIN, PADILHA, NÍSIA TRINDADE, CAMILO SANTANA, WELLINGTON DIAS E MAIS MINISTROS DO FUTURO GOVERNO

O presidente eleito Lula (PT) anunciou nesta quinta-feira (22) mais nomes de ministros do futuro governo. 

Lula anunciou os seguintes nomes – por ordem de anúncio: 

  • Alexandre Padilha (Relações Institucionais);
  • Márcio Macedo (Secretaria-Geral);
  • Jorge Messias (Advocacia-Geral da União;
  • Nísia Trindade (Saúde);
  • Camilo Santana (Educação);
  • Esther Dweck (Gestão);
  • Márcio França (Portos e Aeroportos);
  • Luciana Santos (Ciência e Tecnologia);
  • Cida Gonçalves (Mulheres);
  • Wellington Dias (Desenvolvimento Social);
  • Margareth Menezes (Cultura) – já havia sido anunciada;
  • Luiz Marinho (Trabalho);
  • Anielle Franco (Igualdade Racial);
  • Silvio Almeida (Direitos Humanos);
  • Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio);
  • Vinícius Carvalho (Controladoria-Geral da União);

G1

ALCKMIN SERÁ MINISTRO DA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DO GOVERNO LULA

O futuro vice-presidente Geraldo Alckmin será também ministro de Indústria e Comércio. O anúncio será feito nesta quinta-feira, 22, pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, que decidiu chamar Alckmin após empresários de renome recusarem o convite. Estudioso de assuntos como reforma tributária, Alckmin tem bom trânsito no setor produtivo e, na avaliação de Lula, pode atuar como um facilitador do diálogo do governo com o mundo industrial.

SOMANDO SALÁRIO E PENSÃO, LULA VAI RECEBER R$ 49,5 MIL A PARTIR DE 2023

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai receber R$ 49,5 mil por mês a partir de janeiro do ano que vem, quando assumirá a Presidência da República. O petista vai acumular a pensão de anistiado político e o salário de chefe do Executivo.

Nesta terça-feira (20), o Senado aprovou um projeto de decreto legislativo que aumenta o salário do presidente, do vice, de ministros de Estado, de deputados e de senadores entre 2023 e 2025. Sendo assim, Lula vai receber pela função R$ 39.293,32 a partir do ano que vem. Com os descontos, o salário terá, em média, o valor líquido de R$ 28.840,02.

Além da remuneração pelo cargo, ele vai continuar recebendo o valor da pensão por ter sido perseguido durante o regime militar. O valor do pagamento é de R$ 10,3 mil por mês. De acordo com o Portal da Transparência, o governo gastou R$ 1,1 bilhão com esse tipo de despesa ao longo deste ano, incluindo todas as pessoas que têm direito ao benefício.

Em 2009, o Ministério Público Federal (MPF) julgou uma ação que questionava a pensão paga a Lula, argumentando que ele não teria direito ao benefício por não ter sido preso durante a ditadura.

No entanto, o MPF entendeu que o petista tem direito a receber a pensão de anistiado por ter sido destituído do cargo de presidente dos Sindicatos dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo (SP), por ato de exceção, além de ter tido direitos políticos de sindicalista suspensos.

Lula também recebe, atualmente, salário de R$ 35.048,48 por ser presidente de honra do PT. No entanto, ele deve deixar de receber esse repasse quando assumir o cargo, em 1º de janeiro. 

Como ex-presidente da República, Lula não recebe nenhum pagamento, mas tem direito a um grupo de oito assessores de maneira vitalícia, assim como todos os ex-ocupantes do cargo. Do total de funcionários, quatro podem ser destacados para segurança, dois servidores de assessoramento e dois motoristas.

R7