INTERVENÇÃO FEDERAL NA SEGURANÇA DO DF TERMINA HOJE E NÃO SERÁ RENOVADA; VEJA QUEM ASSUME

A intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal encerra nesta terça-feira (31). A operação foi decretada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 8 de janeiro, após os atos praticados por manifestantes que invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). O decreto foi, também, aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado.

Sem renovação do período – o que já foi confirmado pelo governo federal -, o interventor Ricardo Cappelli retorna ao cargo de secretário-executivo do Ministério da Justiça. A Secretaria de Segurança Pública do DF passa a ser comandada, a partir desta quarta-feira (1º), pelo delegado da Polícia Federal Sandro Avelar. Ele assume o cargo no dia em que os trabalhos serão retomados no Congresso Nacional e no STF.

Por meio do Twitter, Cappelli comentou sobre seu último dia como interventor. Ele agradeceu a Lula e ao ministro da Justiça, Flávio Dino, pela confiança e afirmou terem sido “dias duros”, com tomada de “decisões importantes no calor dos acontecimentos” e retorno ao cargo de secretário-executivo “com o sentimento de dever cumprido”.

SOBE PARA 1.395 NÚMERO DE PRESOS POR ATOS EM BRASÍLIA

A Seape-DF (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal) divulgou às 18h de sexta-feira (13) a lista atualizada dos presos em penitenciárias do DF por envolvimento nos atos de vandalismo de 8 de Janeiro, em Brasília.

Os dados mostram que, dos 1.395 presos, 903 são homens, encaminhados ao CDP 2 (Centro de Detenção Provisória 2), no Complexo Penitenciário da Papuda, e 492, mulheres, levadas à Penitenciária Feminina do DF.

A lista anterior, divulgada na manhã de quinta-feira (12), tinha 1.166 presos, sendo 673 homens e 493 mulheres. Na quarta-feira (11), a PF (Polícia Federal) informou ter concluído o interrogatório e autuação dos presos pela PMDF (Polícia Militar do Distrito Federal).

De acordo com a PF, idosos, pessoas com problemas de saúde ou em situação de rua, além de pais e mães com crianças, tiveram prioridade no processo judicial determinada pelo STF (Supremo Tribunal Federal). A corporação divulgou que 599 pessoas nessas condições haviam sido liberadas do local até terça-feira (10).

Poder 360

SEM AMEAÇA DE NOVOS ATOS TERRORISTAS, ESPLANADA É REABERTA PARA CARROS

Sem novos registros de ameaças terroristas e antidemocráticas, a Esplanada do Ministérios foi reaberta para veículos nesta sexta-feira (13), segundo a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).

O centro de Brasília estava fechado após a ameaça de uma nova manifestação antidemocrática bolsonarista na quarta-feira (11), anunciada logo depois dos ataques terroristas contra dos Três Poderes, no domingo (8).

O fechamento foi determinado pelo interventor federal na segurança pública do DF, Ricardo Cappelli. No domingo, terroristas deixaram um rastro de destruição no Palácio do Planalto, Congresso e Supremo Tribunal Federal (STF), as sedes dos Três Poderes.

Após o anúncio de um possível nova manifestação antidemocrática, o interventor mobilizou as forças de segurança para evitar um novo ataque e fechou a Esplanada. O ato acabou esvaziado.

Metrópoles

SEGUNDA-FEIRA COMEÇA COM PERÍCIA NO STF E NO CONGRESSO E REUNIÃO DE LÍDERES SOBRE ATOS DE VANDALISMO

O edifício-sede do Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional ficarão fechados nesta segunda-feira (9) para passar por perícia e avaliação dos prejuízos. A interdição ocorrerá um dia após os prédios terem sido invadidos e depredados por manifestantes que não aceitam a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O Palácio do Planalto também foi destruído.

Em uma nota divulgada nesse domingo (8), a presidente do STF, ministra Rosa Weber, considerou os manifestantes como “criminosos, vândalos e antidemocratas”. Para Weber, o Brasil viveu “uma página triste e lamentável de sua história, fruto do inconformismo de quem se recusa a aceitar a democracia”.

“O STF atuará para que os terroristas que participaram desses atos sejam devidamente julgados e exemplarmente punidos. O prédio histórico será reconstruído. A Suprema Corte não se deixará intimidar por atos criminosos e de delinquentes infensos ao Estado Democrático de Direito”, afirmou Rosa Weber.

Reunião de líderes

O primeiro vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), convocou uma reunião de líderes para esta segunda, para tratar sobre a crise provocada pelos atos de vandalismo. O encontro está previsto para começar às 10h.

R7

INVASORES PODEM RESPONDER POR TERRORISMO, DIZEM JURISTAS; PENA PREVISTA É DE ATÉ 30 ANOS

Os manifestantes que invadiram as sedes dos três Poderes neste domingo (8), em Brasília (DF), podem responder por diversos crimes, incluindo dano qualificado, atentado contra o Estado democrático de Direito e terrorismo, segundo juristas ouvidos pela reportagem. Nesse último caso, a pena pode chegar a 30 anos de reclusão.

Segundo a lei 13.260/2016, o terrorismo é caracterizado pela prática individual ou coletiva de atos que tenham como finalidade “provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública”.

Um dos atos caracterizados como terroristas na legislação é “sabotar o funcionamento ou apoderar-se, com violência, grave ameaça a pessoa ou servindo-se de mecanismos cibernéticos, do controle total ou parcial, ainda que de modo temporário, […] instalações públicas ou locais onde funcionem serviços públicos essenciais […]”.

Segundo o jurista Walter Fanganiello Maierovitch, as invasões podem ser consideradas atos terroristas porque não tinham como objetivo “apenas” depredar o patrimônio público, mas sim atentar contra a paz pública e o Estado democrático de Direito. “Houve uma violência imediata, que foram as invasões e depredações, mas com um objetivo maior, que era derrubar a democracia”, afirma o especialista.

Para o promotor de Justiça André de Azevedo Coelho, vice-presidente da Associação do Ministério Público do Rio Grande do Sul e doutor em direito pela Universidade de Lisboa, os atos poderão ser enquadrados, sim, como terroristas, mas, para isso, as investigações terão de comprovar que as invasões foram premeditadas e tiveram o objetivo de atentar contra a democracia.

“Se for efetivamente configurada uma ação coletiva orquestrada atentatória contra a democracia, podem incidir as sanções das leis antiterrorismo e de segurança nacional”, afirma o especialista.

No caso dos crimes de terrorismo, a pena varia entre 12 e 30 anos de reclusão, além das sanções correspondentes a ameaça ou violência.

R7

MORAES MANDA AFASTAR IBANEIS ROCHA DO CARGO DE GOVERNADOR DO DF POR 90 DIAS

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou, na madrugada desta segunda-feira (9/1), o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), pelo prazo inicial de 90 dias.

A medida se dá após atos terroristas que deixaram um rastro de destruição na Praça dos Três Poderes após invadirem as sedes do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional.

Moraes atendeu a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), “em face da prática de atos terroristas contra a democracia e as instituições brasileiras”.

Na decisão, o ministro afirma que “a omissão e conivência de diversas autoridades da área de segurança e inteligência ficaram demonstradas com a ausência do necessário policiamento, em especial do Comando de Choque da Polícia Militar do Distrito Federal”.

MARCHA DOS PREFEITOS EM BRASÍLIA COMEÇA NESTA SEGUNDA-FEIRA (8)

Começa nesta segunda-feira (08)  a 22ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, maior evento do país dedicado à gestão municipal com arenas temáticas que se destacam pelo conteúdo técnico e pelas boas práticas compartilhadas. O event prossegue até a próxima sexta-feira (11).

Em 2018, o evento organizado pela Confederação Nacional de Municípios, contou com cerca de 8.000 municipalistas brasileiros. A Marcha 2019 acontecerá no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília (DF).

CARMEM LÚCIA DEFINE PARA O DIA 02 DE MAIO VOTAÇÃO SOBRE FORO PRIVILEGIADO

Felipe Pontes – Repórter da Agência Brasil

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, marcou para quarta-feira, dia 2 de maio, o julgamento da ação que pode resultar na restrição do foro privilegiado.

O julgamento foi iniciado em plenário, em novembro do ano passado, mas foi interrompido por pedido de vista do ministro Dias Toffoli, que devolveu o processo, no fim do mês passado, para inclusão na pauta.

Antes da interrupção do julgamento, oito integrantes da Corte manifestaram-se a favor de algum tipo de restrição na competência da Corte Suprema para julgar crimes praticados por deputados e senadores. No entanto, há divergências sobre a situação dos processos que já estão em andamento.

De acordo com a maioria formada, deputados federais e senadores somente devem responder a processos no STF se o crime for praticado no exercício do mandato. No caso de delitos praticados antes do exercício do mandato, o parlamentar seria processado pela primeira instância da Justiça, como qualquer cidadão.

O voto condutor do julgamento foi proferido em junho do ano passado pelo relator, ministro Luís Roberto Barroso. De acordo com o ministro, os detentores de foro privilegiado, como deputados e senadores, somente devem responder a processos criminais no STF se os fatos imputados a eles ocorrerem durante o mandato.

O caso concreto que está sendo julgado envolve a restrição de foro do atual prefeito de Cabo Frio (RJ), o ex-deputado federal Marcos da Rocha Mendes. Ele chegou a ser empossado como suplente do deputado cassado Eduardo Cunha (MDB-RJ), mas renunciou ao mandato parlamentar para assumir o cargo no município.

O prefeito responde a uma ação penal no Supremo por suposta compra de votos, mas, em função da posse no Executivo municipal, o ministro Barroso manifestou-se pelo retorno do processo à primeira instância da Justiça Eleitoral.