Tem um ditado que diz: “vão os anéis e ficam os dedos”. Com o país dividido e uma rejeição nunca vista a um presidente eleito, uma forma de acalmar os ânimos do povo e das instituições, vista por parte dos políticos, seria a saída de Rodrigo Pacheco da presidência do Senado Federal. Isso é dito inclusive por agentes de centro-esquerda. Com a saída de Jair Bolsonaro, que perdeu por uma diferença quase insignificante de menos de 1%, a oposição quer alguma sinalização de que o país não vai ficar totalmente nas mãos de Lula e o senador eleito Rogério Marinho surge como a possibilidade de apaziguar o país, que passou por arroubos de manifestações violentas e extremismos nunca vistos antes.
Lula como presidente é considerado, por pelo menos metade do Brasil, como infame. Acusado de sustentar o maior esquema de corrupção que o mundo já viu, foi posto em liberdade por uma série de erros no processo conduzido pelo ex-juiz Sergio Moro, que acabou beneficiando o petista.
Para qualquer pessoa sensata, que sabe da gravidade dos acontecimentos que ocorreram e que se livrou de passar o resto da vida na cadeia, um passo a ser tomado seria desaparecer por um bom tempo da cena política brasileira, considerando a mancha no seu currículo, mas Lula foi extremamente audacioso, desafiou a normalidade e candidatou-se a presidência da República, ganhando a eleição por um consórcio da política brasileira que se uniu em torno do seu nome para desbancar Jair Bolsonaro, um presidente extremamente austero e contra o que a velha politica costumava a fazer. Essa velha política que volta ao poder com ânsia de reviver os tempos “áureos” de suas gestões.