A 3ª Reunião de Planejamento e Acompanhamento do Censo Demográfico 2022 será realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) em parceria com os poderes Legislativo e Executivo na próxima quinta-feira (23), na Câmara Municipal.
O encontro é voltado para toda sociedade upanemense, em especial autoridades que compõe os poderes Executivo e Legislativo, além de lideranças sindicais, religiosas e de representação de entidades diversas.
O objetivo é discutir todo o processo de realização do Censo 2022 e apresentar os resultados parciais que foram enviados pelo IBGE ao Tribunal de Conta da União (TCU).
A coleta do Censo 2022 deverá ser concluída apenas em janeiro de 2023, admitiu nesta terça-feira (6) o diretor de pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo.
O instituto, que inicialmente planejava finalizar a operação em outubro, já havia ampliado o prazo para dezembro e, agora, foi obrigado a prorrogar a estimativa para o mês que vem.
“Estamos bastante satisfeitos com a qualidade sendo impressa no Censo, mas com uma dificuldade grande em contratar recenseadores. Isso ocorre em praticamente todos os Estados, mas é mais acentuado no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. O Censo mostra que o IBGE vai caminhar para mudança de paradigma de contratação de recenseadores. Tem que pensar no Censo”, disse Azeredo.
Atualmente, o IBGE conta com 60,6 mil recenseadores em ação, quantia equivalente a 33,1% do total de vagas disponíveis.
Desde 1º de agosto, o IBGE recenseou 168 milhões de pessoas no país, em 59,2 milhões de domicílios. Esse total corresponde a 78,73% da população estimada do país.
Piauí, Sergipe e Rio Grande do Norte são os estados mais adiantados na coleta de dados.
Grávida de Annabela, Jupiara foi recenseadora pela primeira vez no ano 2000
Um dos objetivos do Censo Demográfico é ir à casa de toda a população do Brasil. Mas no lar de Jupiara Tavares de Souza, 59 anos, o Censo chegou há 22 anos e não saiu mais. Com três operações censitárias (Censo 2000, Contagem da População 2007 e Censo 2010) na bagagem, a engenheira florestal está na sua quarta jornada como recenseadora neste ano. Dessa vez, a filha Annabela Souza, de 21 anos, virou colega de trabalho em Parnamirim.
A filha Annabela e mãe Jupiara (da esquerda para a direita) trocam experiências em casa sobre o Censo 2022 (Foto: Gustavo Guedes/IBGE).
Annabela circulou pela primeira vez por ruas e casas de pessoas diferentes em Itaguaí no estado do Rio de Janeiro. Porém, nessa oportunidade, ela não falou com ninguém. Detalhe: Annabela estava com sua irmã gêmea na barriga da mãe recenseadora no Censo 2000. “Comecei no Censo feito no papel. No final de agosto, descobri que estava grávida e ainda era o primeiro setor”, contou Jupiara.
Depois de 22 anos, a história quase se repetiu. Annabela fez a prova de seleção para o Censo 2022 ainda grávida. “Se fosse pra ter um trabalho, eu teria que ter um que intercalasse casa e trabalho pra poder ficar com ela [a filha]”, pontuou Annabela. Hoje, ela divide o seu tempo entre o preenchimento de questionários da pesquisa com os cuidados de mãe com sua bebê Jade.
Naturais do Rio de Janeiro, Jupiara e Annabela chegaram ao Rio Grande do Norte em 2004. Há cerca de 3 meses ganharam a companhia de Jade em casa (Foto: Gustavo Guedes/IBGE).
Jupiara usou a flexibilidade de horário como o principal argumento para convencer a filha a concorrer uma vaga de recenseadora. O IBGE orienta o recenseador a trabalhar, pelo menos, 25 horas numa semana. Os ganhos são por produção.
Família e trabalho
Apesar de serem mãe e filha, Jupiara e Annabela deixam claro os estilos de trabalho diferentes. “A gente não dá certo trabalhando juntas, cada uma tem uma postura”, explicou a mãe. “A gente tem pensamentos completamente diferentes”, a filha concordou.
Jupiara até foi com a filha para o setor de trabalho para passar um pouco da experiência de campo, mas só uma vez. “Até o jeito da pessoa dar bom dia faz a diferença. Tudo vai da estratégia”, destacou Jupiara. Annabela tem sua própria estratégia, entretanto admite, “puxei a ela. Sou teu espelho, gata”, exclamou.
Na verdade, elas se completam. “Quando começou o Censo, o que eu não sabia de DMC [aparelho de coleta das entrevistas], ela me ajudava. E o que ela não sabia de dica, tipo: Bela, fica na oportunidade que pode não ter ninguém em casa e aparecer. Isso ela ouvia”, comentou a mãe.
Censoterapia
Com formação superior em Biologia e Engenharia Florestal, Jupiara considera o fator humano o grande desafio da maior operação civil do Estado brasileiro. Os recenseadores encontram pessoas com experiências, idades, culturas, origens, histórias, valores e problemas diversos.
Ela passou por casas nas quais moradores se recusam a responder de cara, uma realidade em 1,5% dos domicílios visitados no Rio Grande do Norte até o final setembro. “Em um determinado momento, eu passo por você e você vai dar uma segunda olhada pra mim, se quiser, e vai me chamar pra conversar. Ou eu mesmo chego e dou um bom dia, porque não tá no coração. Aí, faço uma amizade”, ensinou.
Outros até respondem, mas aproveitam também para desabafar – agressivamente ou não. Essa é outra face marcante do Censo 2022, o primeiro depois de um longo período de isolamento social. “O recenseador tem que entender também que, como seres humanos, tem dia que você tá virado e tem dia que você tá alegrinho”, pontuou.
A voz, o olhar e os gestos de Jupiara não deixam dúvida do orgulho de ser uma das pintoras do retrato da população brasileira há mais de 20 anos. “Uma coisa é ficar assistindo no Youtube que a humanidade tá mudando, outra coisa é você presenciar. Não é ficar olhando na televisão o que está acontecendo, é você fazer parte do que está acontecendo”, comentou.
Recenseadora fora de casa não faz milagre
Também é comum o morador ficar calado quando o recenseador chama na porta. Mas isso ocorre nas melhores famílias, inclusive na de Jupiara. A irmã gêmea de Annabela ninava a sobrinha nos braços quando uma recenseadora chamou na porta de casa. Bela e Jupiara estavam trabalhando. “Quando cheguei em casa que Carolina falou isso, eu disse: é exatamente isso que passo!”.
No dia seguinte, a recenseadora-mãe ouviu sua colega na rua de casa e não perdeu tempo. Chamou a moça e contribuiu com as suas próprias respostas, como cidadã, ao Censo 2022.
Identificação
Os casos de assaltos, ameaças e agressões verbais contra recenseadores ganham repercussão na sociedade. No entanto, pessoas como o morador de Parnamirim Jordy Alisson dos Santos, de 27 anos, ainda são maioria.
“É super importante, porque vocês vão tá vendo quem está mais embaixo, precisando de ajuda. Se não forem feitas essas entrevistas, ninguém vai ficar sabendo, não vai ter como se tomar uma atitude sobre isso”, analisou a importância da pesquisa.
Ele respondeu o Censo na porta de casa em alguns minutos. Para Jordy, a insegurança pode levar pessoas a maltratar os profissionais do censo, embora reconheça não seja motivo justificável.
Qualquer pessoa pode telefonar para a Central de Atendimento do Censo (CAC), pelo 0800 721 8181, e confirmar se o recenseador trabalhas mesmo no Censo 2022. Também é possível verificar se o recenseador realmente trabalha para o IBGE ao escrever o número da carteira de identidade, CPF ou matrícula do recenseador na primeira janela aberta na página inicial do portal do IBGE na internet.
De janeiro a julho, o Rio Grande do Norte acumula 13,69% de alta nos custos de construção civil, a maior entre todos os entes federativos nesse período. Na variação percentual dos últimos 12 meses, o estado potiguar registrou o resultado de 17,4%, ocupando a quarta posição no país. Esses são dados do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices de Construção Civil (Sinapi) do IBGE.
A pesquisa monitora as mudanças do custo do metro quadrado em valores percentuais em comparação com o mês anterior.
Ainda no mês de julho, o Rio Grande do Norte registrou uma variação de 1,21% no preço médio do metro quadrado na construção civil em relação ao mês de junho. Esse percentual foi inferior ao da média nacional (1,48%), sendo que, no Nordeste, Piauí (0,35%), Alagoas (0,52%) e Paraíba (0,66%) tiveram variações ainda menores.
Dessa forma, o estado potiguar teve seu custo médio total em R$1.499,81, abaixo do preço nacional (R$1.652,27). Os resultado do SINAPI apontam também que o RN caiu uma posição no ranking de menor custo de construção do país, sendo agora o quarto estado com o menor custo. O estado potiguar ficou atrás de Sergipe (R$1.446,76), Alagoas (R$1.455,45) e também do Piauí (R$1.488,98).
Na composição desse custo, a parcela da mão de obra foi de R$571,73, e o valor do componente material foi de R$928,48 em julho.
O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi) tem por objetivo a produção de séries mensais de custos e índices para o setor habitacional, e de séries mensais de salários medianos de mão de obra e preços medianos de materiais, máquinas e equipamentos e serviços da construção para os setores de saneamento básico, infraestrutura e habitação.
Os preços e custos auxiliam na elaboração, análise e avaliação de orçamentos, enquanto os índices possibilitam a atualização dos valores das despesas nos contratos e orçamentos.
A população autodeclarada preta no RN passou de 89 mil pessoas em 2012 para 295 mil em 2021, um aumento de 231%. No mesmo período, houve elevação de 7,8% na população total do estado, que passou de 3,303 para 3,561 milhões de pessoas. A população autodeclarada preta compunha 2,7% da população total em 2012 e saltou para 8,3% em 2021. Os números são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) com resultados sobre características gerais dos moradores e serão revistos em 2022 a partir de dados do Censo Demográfico.
Em 10 anos, número de domicílios com apenas um único morador aumenta em 96% no RN
O número de domicílios unipessoais, ou seja, com apenas um único morador, cresceu 96% de 2012 para 2021 no Rio Grande do Norte, enquanto a quantidade total de domicílios no estado aumentou em cerca de 24%. Em 2012, 9,8% dos lares no estado eram ocupados por apenas um único morador, valor que passou para 15,6% em 2021.
Considerando números absolutos, em 2012, o total de domicílios no estado era estimado em 974 mil, passando para 1,209 milhão em 2021.
Mulheres são 51,44% da população do estado
Em 2021, as mulheres representavam 51,4% da população do estado, totalizando 1,832 milhão, enquanto os homens correspondiam a 48,6% (1,729 milhão).
A razão de sexo, quociente entre o número de pessoas do sexo masculino e do feminino, indicou a existência de 94,4 homens para cada 100 mulheres residentes no estado, ao passo que, em 2012, essa razão era de 96,9 homens para cada 100 mulheres.
RN tem o menor percentual de jovens de 0 a 19 anos do Nordeste
Em 2021, cerca de 28% da população do Rio Grande do Norte era composta por jovens de 0 a 19 anos, sendo o estado do Nordeste com menor proporção desse grupo na população total. O Maranhão apresentou a maior proporção dessa faixa etária dentre os estados do Nordeste, 35,5%, enquanto a média nacional foi de 27,9%.
Nesse período, houve diminuição de 9,9% no número de pessoas com menos de 30 anos, indo de 1,772 para 1,597 milhão, enquanto o grupo de 30 anos ou mais saltou de 1,529 para 1,964 milhão, configurando um aumento de 28,5%. Já a população de idosos (pessoas com 60 anos ou mais) do estado subiu de 352 mil para 494 mil, crescendo 40,3% no período.
O IBGE e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgaram na última sexta-feira (20) o resultado final da seleção do Censo Demográfico 2022 para recenseador (a) e agente censitário (a) supervisor (a) (ACS) e municipal (ACM). Só nesses cargos, são 3.366 vagas temporárias distribuídas por todos os municípios potiguares.
Desse total, 2.931 vagas são para recenseador (a), profissional que vai de casa em casa fazer entrevistas com moradores. Para coordenar diretamente o trabalho dos recenseadores, existem 284 vagas de agente censitário (a) supervisor (a). Também há 151 vagas para agente censitário (a) municipal, responsável pelo Censo nos municípios. São 206.891 vagas no país.
As funções de agente censitário(a) supervisor(a) e agente censitário(a) municipal tiveram inscrição única em cada município ou grupo de municípios. Dessa forma, o(a) candidato(a) melhor colocado(a) no concurso poderá optar pela vaga de agente censitário(a) municipal. Os(as) demais ficarão com as vagas de supervisor conforme a posição de cada um e o quantitativo de vagas oferecidas.
Confira a lista de aprovados em Upanema
Censo 2022: vagas temporárias no RN
3.479 vagas no total
– Contratados
8 analistas censitários
32 coordenadores censitários de subárea
36 agentes censitários operacionais
– A contratar
37 agentes censitários de administração e informática
As inscrições para o Processo Seletivo dos cargos de recenseador, agente censitário municipal e agente censitário supervisor do Censo 2022 terminam na próxima sexta-feira (21) às 16h. As inscrições podem ser feitas no site da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o pagamento pode ser efetuado até 16 de fevereiro.
São 3.403 vagas, distribuídas por todos os municípios do Rio Grande do Norte, somente nas seleções abertas mês passado. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, o estado potiguar possui 221 mil pessoas em busca de trabalho.
Para recenseador (a), serão 2.931 vagas no Rio Grande do Norte. Quanto maior a população do município, maior o número de vagas, como nos exemplos: Natal tem 750 vagas para recenseador (a); Mossoró, 252 vagas; Parnamirim, 233 vagas; São Gonçalo do Amarante, 92 vagas; Macaíba, 70 vagas; Tibau, 3 vagas; Grossos, 8 vagas; Areia Branca, 22 vagas; Serra Negra do Norte, 7; Tibau do Sul, 12 vagas; e Canguaretama, 28 vagas.
Os ocupantes desse cargo irão, de casa em casa, coletar as informações da população. Os candidatos devem ter, pelo menos, o ensino fundamental completo. As inscrições custam R$ 57,50, mas quem está inscrito em programas sociais do governo Federal pode pedir a isenção da taxa.
Em média, o recenseador trabalha durante três meses, mas esse prazo pode ser ampliado conforme a necessidade do Censo. A remuneração é calculada por produção e depende de fatores, como: número de casas visitadas, tipo de questionário preenchido e dificuldade de acesso à região de trabalho. O IBGE preparou um simulador para os candidatos terem uma estimativa de quanto poderão receber.
Agentes censitários
Com salário de R$ 2.100, o agente censitário municipal coordena a operação do Censo em um município inteiro – ou mais de um em casos de municípios muito pequenos. No estado, serão 151 vagas.
Para esse cargo, é necessário ensino médio completo. A taxa de inscrição é de R$ 60,50. Os beneficiários de programas sociais do governo Federal também podem ser isentos do pagamento.
Quem não for aprovado como agente censitário municipal, concorre às 284 vagas de agente censitário supervisor, responsável por orientar diretamente o recenseador. O salário é de R$ 1.700. Em média, o trabalho dos agentes censitários dura cinco meses.
O IBGE também vai contratar temporariamente 37 pessoas para o cargo de agente censitário de administração e informática no Rio Grande do Norte. O período de inscrição se encerrou em 10 de janeiro. No estado potiguar, cerca de 1.200 pessoas deverão realizar as provas em 20 de fevereiro.
Gratuidade
Os processos seletivos para o Censo 2022 permitem a solicitação da isenção da taxa de inscrição para pessoas registradas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Os candidatos poderão solicitar o benefício até o encerramento das inscrições às 16h da sexta-feira (21). Conforme a legislação vigente, o candidato doador de medula óssea também tem direito à isenção.
Depois do envio dos dados e da documentação necessária, a solicitação passará por uma análise da organizadora. No processo seletivo, há reserva de vagas para pessoas com deficiência e pessoas pretas e pardas em todos os cargos.
Devolução de taxas
Em 2020, o Censo foi adiado em razão da pandemia. Em 2021, o Congresso Nacional aprovou o Orçamento Geral da União sem recursos suficientes para a pesquisa. Por esses motivos, o IBGE cancelou os processos seletivos anteriores. A inscrição nessas seleções canceladas não poderá ser aproveitada. Quem ainda não recebeu a taxa de inscrição, pode acessar o site do IBGE e conseguir informações sobre o reembolso.
Para 2022, o Congresso Nacional aprovou o valor de R$ 2,29 bilhões no Orçamento da União para executar a operação censitária.
Para que serve o Censo?
O Censo Demográfico é a única pesquisa que vai à casa de todos os brasileiros. O objetivo não é apenas a contagem da população, mas coletar dados essenciais sobre educação, condições de moradia, cor ou raça, trabalho e renda e outros temas. Dessa forma, é possível observar como o perfil da população e as suas necessidades mudam no decorrer do tempo.
Os resultados podem orientar gestores de políticas públicas, guiar a tomada de decisão em negócios e servir de instrumento para o exercício da cidadania por qualquer brasileiro. Além disso, o Censo é fundamental para calibrar as amostras das demais pesquisas domiciliares do IBGE e fornecer insumos a institutos de pesquisa independentes e a acadêmicos.
Encerra-se nesta quarta-feira (29) o prazo de inscrições na seleção de dois editais para a contratação temporária pelo IBGE visando o Censo de 2022. São, no total, 206.891 vagas em todo o Brasil. Há vagas para recenseador (remunerado por produção), agente censitário supervisor (com salário de R$ 1,7 mil) e agente censitário municipal (R$ 2.100).
Segundo o IBGE, as inscrições nos processos seletivos de 2020 e 2021 não são válidas para o Censo 2022. Os interessados deverão fazer novo cadastro e pagar a taxa para participar desse novo processo seletivo.
O IBGE lançou ainda outros dois editais para contratação temporária para o Censo Demográfico 2022, com o total de 1.812 vagas. São 1.781 vagas para agente censitário de Administração e Informática e 31 para coordenador censitário de área, ambos de nível médio de escolaridade.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou hoje (15), no Diário Oficial da União, o edital para seleção de recenseadores e agentes censitários do Censo Demográfico 2022. Serão 206.891 vagas temporárias para todo o país.
Antes deste edital, o IBGE já tinha aberto dois processos seletivos, que foram cancelados, devido a adiamentos do censo. O primeiro cancelamento foi em março de 2020 e, o segundo, em outubro deste ano.
Das vagas, 183.021 serão para recenseador, 18.420 para agente censitário supervisor e 5.450 para agente censitário municipal. As inscrições serão abertas às 16h de hoje (15) e terminam às 16h de 29 de dezembro deste ano.
As inscrições serão feitas pelo site da FGV Conhecimento, onde também poderão ser encontradas informações sobre as provas.
Salários
Os recenseadores, que são os responsáveis pela aplicação do questionário do Censo nos domicílios, terão salário variável de acordo com a produção. A carga horária semanal recomendável é de 25 horas. A taxa de inscrição custa R$ 57,50.
Os agentes censitários supervisores supervisionam o trabalho dos recenseadores. Eles têm a carga horária semanal de 40 horas e salário de R$ 1.700.
Já os agentes censitários municipais têm, entre suas atribuições, garantir a cobertura de sua área territorial, o cumprimento dos prazos e a qualidade das informações coletadas. A carga horária é de 40 horas e o salário, de R$ 2.100. O valor da taxa de inscrição para ambos os cargos é de R$ 60,50.
O teste para o Censo Demográfico 2022 do IBGE começou hoje (04) e segue até 07 de dezembro no Rio Grande do Norte. O município de Passagem, distante 69 quilômetros de Natal, é o único do estado a receber essa fase preparatória e decisiva da maior pesquisa sobre a população brasileira.
A principal finalidade é testar os sistemas, equipamentos de informática e abordagem à população, mas o Instituto aproveitará a oportunidade para ensaiar outras atividades fundamentais do Censo, como a logística e comunicação.
O lançamento do teste ocorreu hoje pela manhã, em cerimônia no Ginásio Luizão, no município do Agreste Potiguar. O chefe da Unidade Estadual do IBGE no Rio Grande do Norte, Damião Ernane de Souza, explicou o motivo da escolha de Passagem. “O município estava com todo o mapeamento organizado. É um município que tem um porte populacional que a gente precisava e o terceiro ponto foi o apoio incondicional da Prefeitura”, explicou Damião Ernane de Souza, chefe da Unidade Estadual do IBGE no Rio Grande do Norte.
O chefe do Executivo municipal ratificou a parceria no evento.“A prefeitura está dando total apoio, está cedendo uma estrutura para que o trabalho do IBGE seja 100% eficaz e que Passagem possa contribuir para que esse trabalho seja bem feito”, afirmou o prefeito Juninho Fagundes.
A auxiliar de serviços gerais Maria das Dores Marques, de 41 anos, foi uma das primeiras passagenses que recebeu o IBGE em sua casa. “No momento que vocês vem já é uma importância grande para a nossa cidade. A gente depende dessas informações do IBGE para a nossa cidade crescer”, comentou.
Censo 2022 pelo Brasil
Além do Rio Grande do Norte, haverá testes em municípios e localidades em outros 25 estados brasileiros e no Distrito Federal. É a primeira vez na história que o IBGE realiza testes em todas as unidades da federação. Tudo isso para realizar com sucesso o Censo 2022 entre junho e agosto do próximo ano.
O orçamento para a operação está garantido. Em outubro, a Secretaria Especial do Tesouro e Orçamento autorizou emenda ao Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA-2022), fixando o valor total de R$ 2.292.907.087,00 para o orçamento do Censo Demográfico 2022. Desse modo, o governo Federal cumpre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determina a “adoção de medidas administrativas e legislativas necessárias à realização do Censo Demográfico […], inclusive no que se refere à previsão de créditos orçamentários”.
Tecnologia e proteção
A população poderá responder a pesquisa de três formas: presencialmente; pela internet; por ligação telefônica ou de celular. Quem responder presencialmente, vai ser entrevistado por um(a) recenseador(a) com máscara, protetor facial e identificado com colete e crachá (impresso e virtual).
Para que serve o Censo?
O Censo Demográfico é a única pesquisa que vai a casa de todos os brasileiros. O objetivo não é apenas a contagem da população, mas coletar dados essenciais sobre educação, condições de moradia, cor ou raça, trabalho e renda e outros temas. Dessa forma, é possível observar como o perfil da população e as suas necessidades mudam no decorrer do tempo.
Os resultados podem orientar gestores de políticas públicas, guiar a tomada de decisão em negócios e servir de instrumento para o exercício da cidadania por qualquer brasileiro(a). Além disso, o Censo é fundamental para calibrar as amostras das demais pesquisas domiciliares do IBGE, fornecer insumos a institutos de pesquisa independentes e a acadêmicos.
Teste de Passagem em números
5 sistemas testados
10 recenseadores
40 servidores do IBGE no total
Passagem/RN
População: 3.114 habitantes.
Área: 41.215 quilômetros quadrados.
Mesorregião: Agreste Potiguar.
Gentílico: passagense.
Salário médio mensal dos trabalhadores formais: 1,3 salário mínimo.