JUSTIÇA NEGA PEDIDO DE LIMINAR PARA PADRE

ADVOGADOS DEVERÃO ENTRAR COM RECURSO DE DIREITO DE DEFESA NO TJ.
‘RETOMADA DE APTIDÃO É PRECISO TER EFETIVA COMUNHÃO’, DIZ SENTENÇA.

A Justiça de Bauru negou pedido de medida cautelar encaminhado pelos advogados do padre Beto, excomungado da Igreja Católica pela Diocese de Bauru no final de abril deste ano. Ele foi acusado de ter cometido heresia e cisma, de acordo com o Código de Direito Canônico.

A argumentação dos advogados é que o padre não teve direito de defesa no processo de excomunhão e que existe um acordo entre o governo brasileiro e o vaticano em relação a assuntos relacionados ao direito. No entanto, eles esperam ter acesso ao processo para poder garantir o a defesa garantida pela Constituição.

Na sentença da 6ª Vara Cível de Bauru, diz que “a efetiva reincorporação do autor aos sacramentos passa ao largo da discussão formal do processo de excomunhão. Para a retomada do elo entre o promovente e a igreja é necessária a comunhão no entendimento sobre a fé, assim entendida como o pedido de readmissão do acionante, que passa pela remissão prevista nos cânones, ou seja, pela atividade extraprocessual do autor”. 

De acordo com um dos defensores, Tito Costa, eles vão tentar um recurso no Tribunal de Justiça na semana que vem. Já o outro advogado, Antonio Celso Galdino Fraga, disse na quarta-feira (30), que vai até onde for preciso para conquistar o direito de defesa. “Por uma questão de bom senso, a Diocese de Bauru pode resolver essa questão de uma forma inteligente, anulando o processo que inicialmente instaurou contra o padre Beto, iniciando um novo. Desde que respeitando o devido processo legal. E nós como advogados, estaremos aptos a defender o nosso cliente até o com o Santo Padre em Roma se for preciso”.

Declarações polêmicas sobre temas como a homossexualidade, fidelidade e a necessidade de mudanças na estrutura da Igreja Católica, todas publicadas nas redes sociais, foram os motivos alegados pela Diocese, que excomungou padre Beto por heresia e cisma.

Por telefone, padre Beto afirmou ao G1 que está tranquilo em relação à decisão da Justiça. “Estou tranquilo. Contratei advogados competentes e vamos até a última instância porque não vejo nada de absurdo no que estamos pedindo”.

A direção da Diocese de Bauru não foi localizada nesta quinta-feira (1º). Mas nesta semana já havia informado que não iria se manifestar sobre o assunto.

Padre disse que está tranquilo com a decisão (Foto: Ana Carolina Levorato/G1)

Fonte: Alan Schneider – Do G1 Bauru e Marília

PADRE COMPRA CARRO DE LUXO NO ES E DIZ QUE É PARA ‘EXERCÍCIO DA FUNÇÃO’

Padre Pedro Camilo (Foto: Reprodução / TV Gazeta)

VEÍCULO FOI COMPRADO EM NOME DA IGREJA E CUSTOU R$ 86 MIL, DIZ PADRE.
ARCEBISPO DE VITÓRIA FALOU QUE PADRES NÃO FAZEM VOTOS DE POBREZA.

Depois da passagem do Papa Francisco pelo Brasil e do exemplo de simplicidade deixado por ele, a compra de um carro de luxo por um padre de Vila Velha, na Grande Vitória, tem gerado polêmica entre os fiéis locais. De acordo com o sacerdote, o veículo foi comprado em nome da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e custou R$ 86 mil, sendo R$ 29 mil retirados das próprias economias. O padre negou qualquer motivação de ostentação na compra. O arcebispo de Vitória afirmou que os padres podem ter bens e não fazem votos de pobreza, mas são aconselhados a fazer doações. Para o Papa Francisco, os sacerdotes devem dar exemplo de simplicidade.

“Penso que temos que dar testemunho de uma certa simplicidade – eu diria, inclusive, de pobreza. O povo sente seu coração magoado quando nós, as pessoas consagradas, são apegadas a dinheiro”, disse o Santo Padre, em entrevista ao Fantástico, exibida no último domingo (28).

O padre Pedro Camilo assumiu a Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no bairro Praia da Costa, no último mês de janeiro e afirma ter comprado o carro em nome da igreja para o exercício da função. “Tivemos uma boa oportunidade e conseguimos um bom desconto. Mas o carro não vai ser usado só dentro da paróquia, porque eu administro uma casa de retiro em Nova Almeida para dependentes químicos e isso facilita a locomoção. É para servir a igreja”, explicou.

De acordo com o arcebispo de Vitória, Dom Luiz Mancilha, os padres não fazem voto de pobreza e podem, sim, trabalhar e ter bens próprios. A orientação, no entanto, é de que os sacerdotes façam doações.”Precisamos ter cuidado quando falamos de algo que acontece em uma paróquia. Não podemos sair condenando, porque, se houver algo errado, será corrigido. Há muito tempo estamos dialogando e temos que ponderar. Vamos dar tempo ao tempo, em vez de punir e marginalizar”, destacou o arcebispo.

Apesar das críticas, o padre negou qualquer tentativa de ostentação, ressatou o serviço e afirmou ter comprado o veículo antes da declaração do Papa. “Eu morei em Roma e sei como é. O carro não foi para ostentar, foi para serviço, sendo um carro mais alto me facilita. Isso nos livraria, inclusive, de ter mais despesas com frete. É tudo no nível da evangelização, não é pra ostentar”, declarou.

Fonte: Do G1 ES, com informações da TV Gazeta

FELICIANO DIZ QUE CONCORDA COM O PAPA SOBRE GAYS, MAS CHAMA MÍDIA DE DESONESTA POR NÃO DESTACAR QUE “A IGREJA NÃO MUDA O QUE A BÍBLIA DIZ”

A declaração do papa Francisco sobre a necessidade de a Igreja não permitir que homossexuais sejam marginalizados e acolher aqueles que busquem a Deus repercutiu no meio cristão nacional.

O pastor Marco Feliciano (PSC-SP) publicou comentários sobre a fala do pontífice em seu Twitter, dizendo que concorda com as palavras e ressaltando que assim como os evangélicos, a Igreja Católica tolera o pecador, mas não o pecado.

“O que o homem pensa ou diz é de foro íntimo, e não anula o que a Bíblia diz, não importa quem seja ele. A Bíblia é infalível! Gálatas 1:8 – ‘Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro Evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema’. Li todas as reportagens da entrevista com o papa sobre homossexuais. O que ele diz faz sentido, ninguém pode julgar ninguém. Mateus 7:1; Também concordo que as igrejas estejam abertas para receber os gays que procuram Deus, aliás isso sempre foi feito pela igreja evangélica”, pontuou o pastor.

Entretanto, Feliciano classificou a cobertura da imprensa sobre o tema como “desonesta”, pois as palavras do papa teriam sido reproduzidas pela metade nas manchetes dos jornais e sites.

“A imprensa só deveria ser mais honesta e colocar com letras garrafais que ‘entretanto o papa disse que a igreja não muda seus posicionamentos’; ou seja, ela ama o pecador mas não ama o pecado, aceita o homossexual mas não aceita o ato homossexual. A igreja não muda o que a Bíblia diz. Ao fazerem uma matéria com o tema que fizeram, a mídia é desonesta, dá-se a entender que o papa liberou o que a Bíblia proibiu”, protestou.

Feliciano é um dos líderes evangélicos que mais aborda o tema homossexualidade, e tornou-se alvo de protestos de ativistas gays ao ser eleito para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados.

Assista à declaração do papa durante entrevista coletiva no voo de volta à Roma:

[youtube]http://youtu.be/MK7582oMmgU[/youtube]

Por Tiago Chagas, para o Gospel+

JORNADA CONSUMIU AO MENOS R$ 109 MI EM RECURSOS PÚBLICOS

O gasto público com a Jornada Mundial da Juventude alcançou R$ 109 milhões, de acordo com as informações prestadas até agora pelos governos federal, estadual e municipal.
A União foi a que, até agora, divulgou o maior dispêndio para o evento católico: R$ 57 milhões na segurança da Jornada e do papa Francisco.

As Forças Armadas receberam R$ 27 milhões para alimentação e combustível consumidos durante a Jornada. Os recursos foram usados também na montagem da estrutura em Guaratiba –dois hospitais de campanha e alojamentos–, cujo custo não foi detalhado.

Outros R$ 30 milhões foram repassados para a Secretaria Especial para Grandes Eventos, ligada ao Ministério da Justiça. O dinheiro foi usado em passagens e diárias de policiais e agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) deslocados para o Rio.

Os gastos se juntam aos já divulgados pelos governos estadual e municipal do Rio. Os dois relatam gastos R$ 26 milhões cada, mas não detalharam custos.
O governo do Estado afirma que custeou o transporte dos peregrinos e voluntários nos sistemas de trens e metrô.

Além disso, pagou a instalação de bolsões de recepção de ônibus com peregrinos.

Cerca de R$ 850 mil foram gastos com o evento com o papa Francisco no Palácio Guanabara. O Estado também custeou a despedida do papa na Base Aérea do Galeão.

O Estado informou que não tinha balanço atualizado após o fim do evento. Antes da Jornada, o Palácio Guanabara havia informado que o gasto estava dentro do previsto.

A prefeitura afirma que seus R$ 26 milhões foram usados para o pagamento de serviços de logística e planejamento. Parte dos gastos foi feita no entorno do Campus Fidei, em Guaratiba, que não foi usado. Entre eles a urbanização de ruas, limpeza e dragagem do rio Piraquê, vizinho ao local, e construção de passarelas para os peregrinos.

O prefeito Eduardo Paes (PMDB) afirmou que todos os gastos já seriam feitos sem a Jornada, mas que foram acelerados em razão do evento.

Fonte: Folha de São Paulo

PADRE DE BAURU, SP, QUER REVERTER EXPULSÃO DA IGREJA NA JUSTIÇA

Há exatos três meses, o padre Roberto Francisco Daniel, conhecido como padre Beto, foi excomungado da Igreja Católica por não se retratar sobre declarações polêmicas que contrariavam a posição da instituição, em uma decisão inédita da Diocese de Bauru. Agora, o ex-sacerdote quer entrar com uma ação na Justiça para reverter essa situação e poder voltar a frequentar a Igreja e participar da comunhão. O padre também não descarta voltar exercer o sacerdócio futuramente.

“Serão duas ações: uma medida cautelar para suspender a excomunhão para que eu possa participar das celebrações e receber a comunhão até que saia a decisão da ação principal, que pede a retirada definitiva da excomunhão”, explica o padre, que contratou o advogado Antônio Celso Fraga, que atua na capital paulista, para representá-lo.

Ainda de acordo com o padre, o que ele questiona não são os motivos que levaram à excomunhão, e sim a forma como a decisão foi tomada. “Eles não me deram alternativa para recorrer. Não tive acesso aos autos e só depois descobri que não estava respondendo ao processo de excomunhão, ou seja, eu já estava excomungado e não havia como recorrer em estância superior porque o processo se finda em Bauru”, afirma.

Apesar da decisão de deixar a Igreja ter sido tomada dias antes do processo de excomunhão, Beto afirma que o desejo de voltar a ser padre foi uma das motivações para procurar a Justiça. “Eu me sinto padre. Essa é minha vocação e eu não descarto voltar a exercer a função futuramente”, ressalta.

O padre também acredita que houve um exagero por parte da Diocese de Bauru. Para ele, o caso seria revisto se tivesse ocorrido após a visita do Papa Francisco ao Brasil. “Eu tenho certeza que se esse mal-entendido tivesse ocorrido após a visita do Papa, isso não terminaria assim, com a minha excomunhão”, ressalta o padre sobre o Pontíficie que, segundo ele, se mostrou bastante tolerante em suas declarações durante visita ao país. O papa, inclusive, demonstrou esse posicionamento durante entrevista na volta ao Vaticano, quando respondeu pergunta sobre os gays e pediu mais aceitação e menos preconceito. Posicionamento que também foi assumido pelo ex-sacerdote de Bauru.

Beto não descarta voltar a exercer a função de Padre (Foto: Ana Carolina Levorato/G1)

Para esclarecer a decisão tomada três meses após a excomunhão, o padre Beto vai dar uma coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (30), juntamente com seu advogado. Ele pretende explicar os meios legais a seguir para reverter definitivamente a situação de excomungado. O G1 procurou a Diocese de Bauru para falar sobre o assunto, mas até a publicação da matéria, o órgão ainda não havia se manifestado.

Entenda o caso
Declarações polêmicas sobre temas como a homossexualidade, fidelidade e a necessidade de mudanças na estrutura da Igreja Católica, todas publicadas nas redes sociais, causaram um pedido de retratação por parte da Diocese de Bauru (SP) ao padre Roberto Francisco Daniel, conhecido como padre Beto. Diante da situação, o padre declarou no dia 27 de abril que deixaria de exercer suas funções como pároco a partir do dia 29 de abril.

Essa era a data limite para “confissão humilde de que errou quanto a sua intepretação e exposição da doutrina, da moral e dos bons costumes ensinados pela igreja”, como exigia a nota assinada pelo Bispo Dom Caetano Ferrari no dia 23 de abril, na qual pedia a retratação e retirada do conteúdo, contrário aos dogmas da Igreja, publicados na internet. Durante entrevista coletiva, o então sacerdote afirmou aos jornalistas que sua decisão foi tomada após várias reflexões, entre elas, a de não aceitar que seja possível seguir um modelo que não respeita a liberdade de reflexão e expressão por parte dos fiéis e membros do clero.

No entanto, na segunda-feira, antes de entregar sua carta de renúncia, padre Beto foi surpreendido pela cúpula da Diocese de Bauru ao excomungá-lo. De acordo com a nota publicada pela igreja, um padre perito em Direito Penal Canônico foi acionado para avaliar a situação e constatou, conforme esclarece a nota, que o “padre feriu a Igreja com suas declarações consideradas graves contra os dogmas da Fé Católica, contra a moral e pela deliberada recusa de obediência ao seu pastor (obediência esta que prometera no dia de sua ordenação sacerdotal), incorrendo, portanto, no gravíssimo delito de heresia e cisma cuja pena prescrita no cânone 1364, parágrafo primeiro do Código de Direito Canônico é a excomunhão anexa a estes delitos”.

Fonte: Do G1, Bauru e Marília

JORNADA INJETA R$ 1,8 BILHÃO NO RIO

CRISTINA TARDÁGUILA/ADALBERTO NETO, G1/ RIO
A multidão de fiéis que passou pelo Rio de Janeiro durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) parecia, a princípio, heterogênea e indecifrável. Mas só a princípio. O peregrino que esteve na cidade era, em sua maioria, mulher, nascida em São Paulo, com idade entre 21 e 24 anos e aluna do ensino superior. Além disso, nunca havia estado no Rio. Durante o evento, desembolsou uma média diária de R$ 49,70 — e isso, somado aos gastos dos estrangeiros, resultou em um impacto econômico na cidade 17 vezes maior do que a Copa das Confederações, realizada em junho. Foram estas as conclusões de pesquisa feita por cinco professores e 20 alunos da Faculdade de Turismo da Universidade Federal Fluminense (UFF), em parceria com a Secretaria estadual de Turismo, entre os dias 23 e 25 deste mês, com os peregrinos que circularam por Copacabana e Quinta da Boa Vista. A pesquisa ouviu 1.358 fiéis e conseguiu, além de descobrir o perfil do peregrino, calcular o volume de recursos injetado na cidade.
Fonte: Blog do Zeca

EVENTO ‘DESPERTA GOIÂNIA’ REÚNE 50 MIL PESSOAS EM CULTO A CÉU ABERTO

IDEIA ERA QUE FIÉIS SAÍSSEM DOS TEMPLOS E CELEBRASSEM EM UM ÚNICO PONTO.
MAIS DE 2 MIL PASTORES E 52 IGREJAS PARTICIPARAM DA 1ª EDIÇÃO DA MOBILIZAÇÃO.

Primeira edição do evento evangélico “Desperta Goiânia”, que ocorreu neste domingo (28), reuniu cerca de 50 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, na Praça Cívica, Região Central da capital. O grande culto a céu aberto teve pouco mais de duas horas de duração e contou com a adesão de pelo menos 52 igrejas de toda a cidade.

A mobilização foi organizada pelo Conselho de Pastores de Goiânia. A ideia central do movimento era fazer com que todas as igrejas da cidade fechassem as portas e que todos os fiéis se encontrassem em um único lugar para participar da celebração.

Mais de 2 mil pastores participaram culto. Durante pouco mais de duas horas, vários deles, do alto de um trio elétrico, se revezavam para comandar a festa. A estrutura contava com uma carreta que tinha a função de propagar o som para toda a multidão.

Agentes da Secretaria Municipal de Trânsito (SMT) bloquearam o tráfego de veículos nas proximidades do Centro de Goiânia enquanto o evento era realizado. De acordo com a organização, a previsão é de que o “Desperta Goiânia” deve acontecer anualmente, sempre no último domingo do mês de julho.

Pastores se revezavam em cima de trio para comandar o mega culto (Foto: Reprodução / TV Anhanguera)

Fonte: Do G1, em Goias

ÔNIBUS COM NATALENSES QUE VOLTAVAM DA JMJ SE ENVOLVE EM ACIDENTE COM DUAS MORTES EM MINAS GERAIS

Micro-ônibus com 11 passageiros de Natal se envolveu em acidente com Vectra no município de Caratinga, estado de Minas Gerais, por volta de meia noite deste sábado (27), quando retornava da Jornada Mundial da Juventude, realizado este ano no estado do Rio de Janeiro. No choque entre os dois veículos, dois passageiros do Vectra faleceram e outros dois ficaram feridos. O motorista do Vectra aparentava está embriagado. As informações foram relatadas no Facebook pelo natalense Daniel Fernandes, que estava no micro-ônibus. O acidente aconteceu por volta das 22h30 da noite desta sábado, 27 de julho de 2013. As vítimas ficaram presas as ferragens.

Os natalenses retornavam do Rio de Janeiro, quando passavam por Caratinga/MG foram surpreendidos por um Vectra de placas GOV 6464, licenciado para Iapu/MG, com 4 passageiros, sendo que o motorista José Roberto de Sousa aparentava embriaguês. José Roberto (foto a esquerda) sobreviveu ao impacto, mas dois passageiros do Vectra (pai e filho) faleceram. Havia embalagens de cervejas dentro do veículo. O outro sobrevivente sofreu forte pancada na cabeça (foto a direita).

O motorista e este sobrevivente (nome não revelado) foram levados pela ambulância do corpo de Bombeiros para o hospital da cidade. O motorista do Vectra foi conduzido pela Policia para a delegacia local. Após o acidente, o micro ônibus, Daniel Fernandes agradeceu ao apoio de todos e disse que os passageiros do micro-ônibus de Natal, assim como o motorista, estavam bem. O veículo para seguir viagem, no entanto, precisou de reparos. Não existe uma data precisa de quando vão chegar ao Rio Grande do Norte
Fonte: César Alves – Site Passando na Hora

SE FOSSE CANDIDATO, LULA NÃO SERIA ELEITO EM 2014

 Só um milagre do papa Francisco ou o descolamento do “criador” da “criatura” elegeriam o ex-presidente Lula numa possível candidatura presidencial em 2014, revelam os números da pesquisa Ibope/CNI mostrando Dilma com 31% de avaliação positiva. Na comparação do governo do ex com o atual, Lula se equivale a Dilma, com 42%, chegando a 50% no Ceará, com o governador Cid Gomes (PSB) bem avaliado. Dilma é melhor que Lula para 10% dos entrevistados.

Fonte: Cláudio Humberto

EM DISCURSO A LÍDERES CIVIS, PAPA CITA PROTESTOS E PEDE DIÁLOGO COM O POVO

Fonte: Do G1, no Rio

FRANCISCO COLOCOU COCAR NA CABEÇA APÓS RECEBER ADEREÇO DE LÍDER INDÍGENA.
ANTES, JOVEM DE 28 ANOS FEZ DISCURSO EMOCIONANTE NO THEATRO MUNICIPAL.

O Papa Franscisco pediu neste sábado (27), em encontro com representantes da sociedade civil no Theatro Municipal, no Rio de Janeiro, “diálogo construtivo” para enfrentar o presente. “Entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há uma opção sempre possível: o diálogo. O diálogo entre as gerações, o diálogo com o povo, a capacidade de dar e receber, permanecendo abertos à verdade”, afirmou o pontífice (leia a íntegra do discurso no final da reportagem).

Acompanhe em tempo real o dia do Papa.

“Um país cresce, quando dialogam de modo construtivo as suas diversas riquezas culturais: cultura popular, cultura universitária, cultura juvenil, cultura artística e tecnológica, cultura econômica e cultura familiar e cultura da mídia. É impossível imaginar um futuro para a sociedade, sem uma vigorosa contribuição das energias morais numa democracia que evite o risco de ficar fechada na pura lógica da representação dos interesses constituídos”, disse.

“A única maneira para uma pessoa, uma família, uma sociedade crescer, a única maneira para fazer avançar a vida dos povos é a cultura do encontro; uma cultura segundo a qual todos têm algo de bom para dar, e todos podem receber em troca algo de bom”, completou Francisco.

Ao final do discurso, o Papa beijou crianças no palco, cumprimentou diversos representantes presentes no teatro e colocou um cocar na cabeça após receber o adereço de líder indígena. Antes ddle, o jovem Valmir Júnior, de 28 anos, fez um discurso emocionante, lembrou que foi usuário de drogas e que a igreja o ajudou a se recuperar. Ele destacou ainda que espera que a Jornada Mundial da Juventude “deixe um legado social” para a cidade do Rio de Janeiro.

Missa para bispos
Antes, o pontífice celebrou numa missa a bispos e padres na Catedral Metropolitana de São Sebastião, no Rio de Janeiro, e pediu para os religiosos, citando Madre Tereza de Calcutá, que promovam uma “cultura do encontro” e que sirvam aos pobres nas favelas, tendo “orgulho de nossa vocação”. O pontífice criticou a “cultura da exclusão” na sociedade, na qual “não há lugar para o idoso, para a criança”, e disse que é preciso ir contra essa tendência.

Francisco deixou a residência no Sumaré, na Zona Norte, em carro fechado por volta das 8h. Já no Centro da capital, ele embarcou no papamóvel e percorreu o resto do trajeto até a igreja com o papamóvel, de onde acenou para os fiéis e beijou algumas crianças. Centenas de peregrinos correram pelas ruas para acompanhar o veículo, que chegou ao templo pouco antes das 9h.

A missa foi restrita a bispos, padres e convidados que vieram de diversas partes do país para a Jornada Mundial da Juventude. Francisco cumprimentou e conversou com religiosos no interior da Catedral na sua chegada.

Ao fim dos primeiros compromissos oficiais do dia, ele segue para a casa no Sumaré, onde almoça com cardeais e integrantes da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Às 19h30, Francisco dá início à vigília em Copacabana.

Mudanças no trânsito
trânsito do Centro e da Zona Sul tem alterações para a caminhada de 9,5 km da Jornada Mundial da Juventude. Os peregrinos que vão participar da vigília e da Missa de Envio irão percorrer da Central do Brasil a Copacabana, onde está montado o palco principal.

O trajeto tem início na Central do Brasil, passando pela Avenida Presidente Vargas, Avenida Rio Branco, Aterro do Flamengo, Enseada de Botafogo e Rua Lauro Sodré, chegando até o bairro de Copacabana pelo Túnel Novo na Rua Princesa Isabel. O bairro será fechado totalmente a partir das 12h, com 24 pontos de bloqueio.

Inicialmente, as cerimônias seriam realizadas em Guaratiba, na Zona Oeste. A transferência para Copacabana foi feita após as chuvas dos últimos dias alagarem o terreno. A caminhada feita pelos jovens até a vigília é uma tradição das Jornadas, e a manutenção dela, fazendo com que os peregrinos andem um longo percurso, foi um pedido feito pela organização (veja no mapa o trajeto da caminhada).

Encenação da Via Sacra
Na sexta (26), o Papa Francisco emocionou os fiéis de Copacabana em seu 5º dia no Brasil, benzendo a estátua de São Francisco de Assis durante sua passagem pela Orla, acenando para os peregrinos rumo à encenação da Via-Sacra e pedindo uma oração em homenagem às vítimas do incêndio da Boate Kiss, ocorrido no início do ano em Santa Maria (RS).

Mais cedo, ele ambém ouviu a confissão de jovens, encontrou menores infratores e rezou o Ângelus, que tratou da importância dos anciãos e das crianças na construção do futuro dos povos. Na mensagem, o pontífice pediu que os jovens presentes enviassem uma saudação aos seus avós.

Confira a íntegra do discurso do Papa:

Excelências,
Senhoras e Senhores!

Agradeço a Deus pela possibilidade de me encontrar com tão respeitável representação dos responsáveis políticos e diplomáticos, culturais e religiosos, acadêmicos e empresariais deste Brasil imenso. Saúdo cordialmente a todos e lhes expresso o meu reconhecimento. Queria lhes falar usando a bela língua portuguesa de vocês mas, para poder me expressar melhor manifestando o que trago no coração, prefiro falar em castelhano. Peço-vos a cortesia de me perdoar! Agradeço as amáveis palavras de boas vindas e de apresentação de Dom Orani e do jovem Walmyr Júnior. Nas senhoras e nos senhores, vejo a memória e a esperança: a memória do caminho e da consciência da sua Pátria e a esperança que esta, sempre aberta à luz que irradia do Evangelho de Jesus Cristo, possa continuar a desenvolver-se no pleno respeito dos princípios éticos fundados na dignidade transcendente da pessoa.

Todos aqueles que possuem um papel de responsabilidade, em uma Nação, são chamados a enfrentar o futuro “com os olhos calmos de quem sabe ver a verdade”, como dizia o pensador brasileiro Alceu Amoroso Lima [“Nosso tempo”, in: A vida sobrenatural e o mundo moderno (Rio de Janeiro 1956), 106]. Queria considerar três aspectos deste olhar calmo, sereno e sábio: primeiro, a originalidade de uma tradição cultural; segundo, a responsabilidade solidária para construir o futuro; e terceiro, o diálogo construtivo para encarar o presente.

1. É importante, antes de tudo, valorizar a originalidade dinâmica que caracteriza a cultura brasileira, com a sua extraordinária capacidade para integrar elementos diversos. O sentir comum de um povo, as bases do seu pensamento e da sua criatividade, os princípios fundamentais da sua vida, os critérios de juízo sobre as prioridades, sobre as normas de
ação, assentam numa visão integral da pessoa humana. Esta visão do homem e da vida, tal como a fez própria o povo brasileiro, muito recebeu da seiva do Evangelho através da Igreja Católica: primeiramente a fé em Jesus Cristo, no amor de Deus e a fraternidade com o próximo. Mas a riqueza desta seiva deve ser plenamente valorizada! Ela pode fecundar um processo cultural fiel à identidade brasileira e construtor de um futuro melhor para todos. Assim se expressou o amado Papa Bento XVI, no discurso de abertura da V
Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, em Aparecida. Fazer que a humanização integral e a cultura do encontro e do relacionamento cresçam é o modo cristão de promover o bem comum, a felicidade de viver. E aqui convergem a fé e a razão, a dimensão religiosa com os diversos aspectos da cultura humana: arte, ciência, trabalho, literatura… O cristianismo une transcendência e encarnação; sempre revitaliza o pensamento e a vida, frente a desilusão e o desencanto que invadem os corações e saltam para a rua.

2. O segundo elemento que queria tocar é a responsabilidade social. Esta exige um certo tipo de paradigma cultural e, consequentemente, de política. Somos responsáveis pela formação de novas gerações, capacitadas na economia e na política, e firmes nos valores éticos. O futuro exige de nós uma visão humanista da economia e uma política que realize cada vez mais e melhor a participação das pessoas, evitando elitismos e erradicando a pobreza. Que ninguém fique privado do necessário, e que a todos sejam asseguradas dignidade, fraternidade e solidariedade: esta é a via a seguir. Já no tempo do profeta Amós era muito forte a advertência de Deus: «Eles vendem o justo por dinheiro, o indigente, por um par de
sandálias; esmagam a cabeça dos fracos no pó da terra e tornam a vida dos oprimidos impossível» (Am 2, 6-7). Os gritos por justiça continuam ainda hoje.

Quem detém uma função de guia deve ter objetivos muito concretos, e buscar os meios específicos para consegui-los. Pode haver, porém, o perigo da desilusão, da amargura, da indiferença, quando as aspirações não se cumprem. A virtude dinâmica da esperança incentiva a ir sempre mais longe, a empregar todas as energias e capacidades a favor das pessoas para quem se trabalha, aceitando os resultados e criando condições para descobrir novos caminhos, dando-se mesmo sem ver resultados, mas mantendo viva a esperança. A liderança sabe escolher a mais justa entre as opções, após tê-las considerado, partindo da própria responsabilidade e do interesse pelo bem comum; esta é a forma para chegar ao centro dos males de uma sociedade e vencêlos com a ousadia de ações corajosas e livres. No exercício da nossa responsabilidade, sempre limitada, é importante abarcar o todo da realidade, observando, medindo, avaliando, para tomar decisões na hora presente, mas estendendo o olhar para o futuro, refletindo sobre as consequências de tais decisões. Quem atua responsavelmente, submete a própria ação aos direitos dos outros e ao juízo de Deus. Este sentido ético aparece, nos nossos dias, como um desafio histórico sem precedentes. Além da racionalidade científica e técnica, na atual situação, impõe-se o vínculo moral com uma responsabilidade social e profundamente solidária.

3. Para completar o “olhar” que me propus, além do humanismo integral, que respeite a cultura original, e da responsabilidade solidária, termino indicando o que tenho como fundamental para enfrentar o presente: o diálogo construtivo. Entre a indiferença egoísta e o protesto violento, há uma opção sempre possível: o diálogo. O diálogo entre as gerações, o diálogo com o povo, a capacidade de dar e receber, permanecendo abertos à verdade. Um país cresce, quando dialogam de modo construtivo as suas diversas riquezas culturais: cultura popular, cultura universitária, cultura juvenil, cultura artística e tecnológica, cultura econômica e cultura familiar e cultura da mídia. É impossível imaginar um futuro para a sociedade, sem uma vigorosa contribuição das energias morais numa democracia que evite o risco de ficar fechada na pura lógica da representação dos interesses constituídos. Será fundamental a contribuição das grandes tradições religiosas, que desempenham um papel fecundo de fermento da vida social e de animação da democracia. Favorável à pacífica convivência entre religiões diversas é a laicidade do Estado que, sem assumir como própria qualquer posição confessional, respeita e valoriza a presença do fator religioso na sociedade, favorecendo as suas expressões concretas. Quando os líderes dos diferentes setores me pedem um conselho, a minha resposta é sempre a mesma: diálogo, diálogo, diálogo. A única maneira para uma pessoa, uma família, uma sociedade crescer, a única maneira para fazer
avançar a vida dos povos é a cultura do encontro; uma cultura segundo a qual todos têm algo de bom para dar, e todos podem receber em troca algo de bom. O outro tem sempre algo para nos dar, desde que saibamos nos aproximar dele com uma atitude aberta e disponível, sem preconceitos. Só assim pode crescer o bom entendimento entre as culturas e as religiões, a estima de umas pelas outras livre de suposições gratuitas e no respeito pelos direitos de cada uma. Hoje, ou se aposta na cultura do encontro, ou todos perdem; percorrer a estrada justa torna o caminho fecundo e seguro.

Excelências,
Senhoras e Senhores!

Agradeço-lhes pela atenção. Acolham estas palavras como expressão da minha solicitude de Pastor da Igreja e do amor que nutro pelo povo brasileiro. A fraternidade entre os homens e a colaboração para construir uma sociedade mais justa não constituem uma utopia, mas são o resultado de um esforço harmônico de todos em favor do bem comum. Encorajo os senhores no seu empenho em favor do bem comum, que exige da parte de todos sabedoria, prudência e generosidade.

Confio-lhes ao Pai do Céu, pedindo-lhe, por intercessão de Nossa Senhora Aparecida, que cumule de seus dons a cada um dos presentes, suas respectivas famílias e comunidades humanas de trabalho e, de coração, a todos concedo a minha Bênção.