SITUAÇÃO DO SISTEMA PRISIONAL DO RN É CAÓTICO, DIZ JOAQUIM BARBOSA

O ministro-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, veio ao Rio Grande do Norte ver de perto tudo aquilo que todo mundo e seu Raimundo já sabiam: o sistema prisional do Estado está falido. A sua visita hoje ao Estado serviu para constatar o que o relatório do Conselho Nacional de Justiça já havia apontado, ou seja: o Rio Grande do Norte precisa urgentemente de novas cadeias públicas.

Joaquim Barbosa não veio só falar mal, o que já é um alento: vai fazer gestões junto ao Ministério da Justiça para que sejam construídos novos presídios imediatamente. O Estado precisa de, no mínimo, cinco novas unidades. O CNJ vai ajudar nesse pleito.

Por outro lado, ele também deixou claro que os “agentes públicos responsáveis” pela situação responderão pela situação atual.

Termos como caótico, imoral e desumano, foram apenas alguns utilizados nesta sexta-feira. Ao lado da governadora Rosalba Ciarlini, que nada pode fazer a não ser colocar a culpa na falta de financiamento. Detalhe: ela é governadora há dois anos e quatro meses e até agora não colocou um tijolo na construção de novos presídios. As desculpas estão ficando escassas, governadora. Está na hora de ação!

Fonte: Blog do Carlos Santos

FELICIANO DIZ QUE NÃO RENUNCIA, MÁS QUE REABRIRÁ SESSÕES DE COMISSÃO

Deputado foi a reunião de líderes, que pediram a ele que renunciasse.
Feliciano aceitou reabrir sessões da Comissão de Direitos Humanos.

O deputado Marco Feliciano (PSC-SP) disse nesta terça (9), após participar da reunião de líderes partidários na Câmara, que não renunciará à presidência da Comissão de Direitos Humanos, mas reabrirá para o público as sessões do órgão.

Os líderes convidaram Feliciano para a reunião a fim de tentar convencê-lo a renunciar à presidência da comissão, em razão das manifestações de protesto pelo país, motivadas por declarações do deputado consideradas homofóbicas e racistas.

Feliciano aceitou somente reabrir para o público as sessões da comissão, fechadas após aprovação de requerimento de autoria do próprio deputado. O argumento usado para restringir o acesso às reuniões tinham sido os tumultos provocados pela presença nas sessões de manifestantes pró e contra o deputado.

“Amanhã [quarta], nós vamos reabrir a sessão. Sessão aberta. Se houver manifestação, vamos ao artigo 272 do regimento”, afirmou Feliciano. O artigo citado pelo deputado diz que cabe ao presidente de comissão zelar pela “ordem” das reuniões do colegiado.

Indagado sobre a decisão de não renunciar, o parlamentar do PSC afirmou: “Eu fico. Eu fui eleito democraticamente. Me dêem uma chance de trabalhar.”

De acordo com o blog do jornalista Gerson Camarotti, na reunião, Feliciano reagiu ao apelo dos líderes dizendo que só renunciaria se os deputados João Paulo Cinha (PT-SP) e José Genoino (PT-SP), condenados pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão, também renunciassem aos postos que ocupam na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.

Feliciano afirmou que tem tentado viver “um dia de cada vez” e que perdeu muito peso desde que assumiu o posto de presidente da Comissão de Direitos Humanos.

“Eu estou tentando viver. Cada dia é um dia. Estou com seis quilos a menos. Olha como eu estou. Quero uma chance de trabalhar”, disse.

A reunião
Na abertura da reunião na presidência da Câmara, o líder do PSC, André Moura (SE), sugeriu que as lideranças da Casa falassem primeiro.

Feliciano ouviu em silêncio apelos para que renunciasse e discursos de apoio. Quando os líderes encerraram as falas, ele disse que não sairia.

Os líderes de PSB, PC do B, PSOL, PDT e PPS foram os mais enfáticos nas críticas a Feliciano. Dos grandes partidos, apenas os líderes de PMDB, Eduardo Cunha (RJ), e PSD, Eduardo Sciarra (PR), minimizaram as manifestações de protesto e disseram que, regimentalmente, o deputado tem o direito de permanecer à frente da comissão.

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), advertiu Feliciano, segundo relatos dos líderes, que era antirregimental a decisão de limitar o acesso do público às sessões da comissão.

O líder do PSOL, Ivan Valente (SP), relatou que, diante das cobranças, Feliciano pediu que os colegas de Legislativo tivessem “misericórdia” com ele. Ainda de acordo com Valente, o deputado, que é pastor, se disse “perseguido” em razão de suas posições religiosas e que prometia, daquele momento em diante, não protagonizar mais nenhum episódio polêmico.

Nathalia Passarinho e Fabiano Costa

Do G1, em Brasília

EDUARDO FELD

QUEM É EDUARDO FELD?
Aos 42 anos, casado, natural do Rio de Janeiro, Eduardo Feld é bacharel e mestre em Direito e juiz no Rio Grande do Norte desde o ano de 2000. Filho de engenheiros, aos quatro anos de idade desenvolveu seu primeiro programa de computador. É também bacharel em Engenharia e especialista em Matemática Pura.
Mesmo desempenhando a carreira jurídica, nunca deixou a informática, sua grande paixão. É criador do Slapsoftware (slapsoftware.com.br), primeiro sistema de código aberto no gerenciamento de processos judiciais, administrativos e legislativos no Brasil. Foi juiz substituto nos municípios de Natal e Assu e juiz titular em Upanema, Taipu, Parnamirim e, por último, estava exercendo suas funções no município de Santo Antônio. Foi promovido para a Vara Cível da Comarca de Macau, no dia 15 de fevereiro deste ano.
Recentemente, foi punido pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, com a penalidade de disponibilidade com proventos proporcionais, que veio a ser anulada pelo CNJ.
O que é o SLAPSOFTWARE?
É um projeto iniciado em 2008, que tem como objetivo final a substituição de todos os sistemas de controle de processos hoje em funcionamento nos Tribunais por um só, unificando o que hoje está disperso em vários ambientes, diferentes conforme área da Justiça (p. ex., Juizados e Justiça comum, tipo de vara, grau de jurisdição).
Quais as vantagens que esse novo sistema traria?
O sistema seria ou será introduzido em todos os Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário), controlando os processos judiciais, administrativos e legislstivos. Tomando como exemplo o fato de que alguns milhões foram economizados por ano no Estado, segundo consta na propaganda institucional, com a campanha “apague a luz antes de sair” e mais outros tantos milhões com o uso do email substituindo a correspondência escrita, basta fazer uma projeção para se ter a certeza de que a economia seria bilionári a. Isto sem contar que fatos como os que vêm sendo divulgado nos jornais nos últimos dias não estariam acontecendo. Além disto, haveria o fim de um paradoxo: o TJRN aderiu a um projeto de sistema do CNJ (o Pje) que unificaria todos os sistemas, entretanto, possui um plano decenal em que prevê o uso da mesma funcionalidade através de softwares de empresas, o que significa, basicamente, fazer a mesma coisa de duas maneiras e pagando caro.
Quais são os custos de se implantar um sistema deste tipo?
São muito pequenos pois o sistema pertence a um conceito chamado “software livre”, o que significa que não há direito patrimonial de autor no uso e distribuição do programa-fonte. Trata-se não apenas de um tipo de sistema, mas de uma tendência nacional e mundial, de adoção de um conceito, que veio a partir de um movimento que remonta à década de setenta.
Quando você tentou implantar o projeto no TJRN, recebeu alguma resposta?
Dentre os vários e vários requerimentos que protocolei formalmente, isto sem contar com os contatos verbais com diversas pesssoas, raramente era chamado para expor algo e jamais convocado para integrar qualquer comissão, dentre as inúmeras que já foram formadas para tratar da informatização. Quanto a respostas formais, apanas uma na mesma semana em que sofri o último “atentado”, em outubro de 2011. A resposta dizia, laconicamente, que “não havia recursos para implantação do projeto”. O fato, entretanto, é que há recursos para outros projetos, como por exemplo, conforme divulgado no Diário Oficial há alguns dias, para a implantação de um sistema de processo administ rativo. Ora, para fazer isto será necessário gastar muito mais do que se gastaria com um laboratório do Slapsoftware e os resultados são imensamente menores.
Se são tantas as vantagens, por que você acha que há tantas resistências por parte do Tribunal?
Não tenho uma resposta exata para esta pergunta. Acho que, em parte, há nas pessoas, em geral, o medo de qualquer coisa nova. Por outro lado, creio que o poder econômico é contra esta proposta.
Porque o tribunal de justiça colocou você em disponibilidade?
Logo que se iniciou o projeto, em 2008, eu comecei a sofrer representações (reclamações) de caráter disciplinar, que culminaram na sessão do dia 19 de outubro do ano passado. Os processos que sofri foram todos ilegais, porque baseados em interpretações e posicionamentos jurídicos que eu utilizava em minhas sentenças. A Constituição proíbe que o juiz seja punido por pensar ou interpretar desta ou daquela forma, justamente para evitar perseguições políticas como a que sofri.
Qual a relação entre o sistema e a punição?
A sessão que determinou que eu deveria ser afastado ocorreu dias após algumas publicações que fiz em prol do sistema, tentando fazer a população entender melhor minha iniciativa e as resistências que eu vinha sofrendo. Naquele período, também pedi a abertura do código-fonte dos sistemas oficiais, para que eu pudesso melhorá-los, o que foi encarado como “ameaça”. A própria existência dos processos não possui outra explicação, já que ser perseguido por seus entendimentos e conclusões jurídicas não é algo que acontece com todos os magistrados. Esta informação não está nos autos dos procedimentos, mas, em geral, nas sessões em que eles eram julgados, os desembargadores não raro se referi am ao meu projeto como “críticas ao Tribunal”, como se estivéssemos na época da Santa Inquisição, em que criticar era infração.
Você foi diagnosticado com transtorno depressivo recorrente. Como você acha que isso afetaria/afetou seu trabalho?
É muito difícil se dividir entre o trabalho e um outro “trabalho” de defesa contra pseudoacusações sem o menor sentido. Imagine se você gastasse horas do seu dia se defendendo em processos no qual você é acusada de “ter cabelo louro” e ainda ter que participar de audiências, assistir a sessões em que você é insultada, ter que contratar advogado, etc.. Por isto, tive de tirar várias licenças médicas. Creio que hoje, na nova comarca em que trabalharei, já livre das perseguições (assim espero), terei mais tranquilidade.
De acordo com o TJ, suas decisões como juiz da Comarca de Santo Antônio nos anos de 2008 e 2009 violaram o princípio da fundamentação, acarretando prejuízos ao Poder Judiciário e, sobretudo, à sociedade. Como você explica?
Não me consta esta informação. Ao contrário, as decisões que me levaram à punição, estas sim, violam não só o princípio da fundamentação, pois não possuem qualquer lógica, como violam quase todos os princípios do Estado Democrático de Direito. Se assim não fosse, o CNJ não julgaria procedente o meu pedido em detrimento de uma medida punitiva, o que, convenhamos, é muito raro.
Em que situação atual o Sr. Juiz se encontra?
Aguardando o fim das férias para retornar ao trabalho, isto se não houver nenhuma surpresa desagradável.
Com essa medida que anulou a punição do TJ e determinou sua reintegração, como você encara os fatos?
Procuro não guardar mágoas ou rancores, vamos ao trabalho!
Fonte: A matéria acima foi públicada com exclusividade no “Blog do Primo” e enviada para nosso e-mail através do juiz Eduardo Feld, a qual nos sentimos honrados e agradecemos pela contribuição.

EX-JUIZ DA COMARCA DE UPANEMA TEM PENA APLICADA PELO TJ/RN ANULADA

ANULADA PENA DE DISPONIBILIDADE APLICADA PELO TJRN AO JUIZ DA COMARCA DE SANTO ANTÔNIO/RN

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu, nesta terça-feira (27/3), anular a pena de disponibilidade aplicada pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) ao juiz da Comarca de Santo Antônio (RN), Eduardo Feld, em processo que analisava a saúde mental do magistrado. Por unanimidade, os conselheiros entenderam que a penalidade não poderia ter sido aplicada, visto que se tratava de procedimento de avaliação de sanidade mental e não de processo disciplinar punitivo. O plenário acompanhou o relator da Revisão Disciplinar 0005864-63.2011.2.00.0000, conselheiro José Lucio Munhoz, que votou pela procedência do pedido feito pelo magistrado. Eduardo Feld já tinha respondido a processo administrativo disciplinar no TJRN, tendo recebido a pena de censura. Na decisão, foi determinada a instauração de procedimento específico para a análise da sanidade mental do magistrado, abrindo investigação psiquiátrica. Embora o laudo médico tenha apontado que a existência de patologia não comprometia a capacidade de julgamento do juiz, o TJRN aplicou ao magistrado pena de disponibilidade com vencimentos proporcionais.

“O TJRN aplicou uma punição em procedimento de análise de sanidade mental, o que não é cabível. Ainda que se acolhesse a hipótese de insanidade, a pena jamais poderia ter sido aplicada, pois se trata de doença”, destacou o relator da ação. A Lei Orgânica da Magistratura prevê aposentadoria por invalidez ou licença de dois anos, nos casos em que a doença psíquica de magistrado é constatada como obstáculo ao exercício de sua atividade. Ao defender a anulação da disponibilidade imposta pelo TJRN, o conselheiro Munhoz acrescentou ainda que o magistrado já havia sido punido com censura em processo disciplinar e, portanto, não poderia sofrer dupla punição pelos mesmos fatos.
Em fevereiro, o magistrado Eduardo Feld foi promovido, pelo critério da antiguidade, para a Vara Cível da Comarca de Macau/RN. Além de Macau/RN, ele havia se inscrito para o Juizado Especial de Pau dos Ferros/RN pelo critério do merecimento, porém, este foi negado à unanimidade do pleno do TJ. Nos dois casos ele foi o único inscrito.  

MINISTRA PROPÕE CONVOCAÇÃO DE BONS JUÍZES PARA COMBATER OS MAUS

Deu no Estadão que a corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, voltou ontem a alertar para o que denomina ação de “uma meia dúzia de juízes vagabundos”. Ela disse que essa ala da toga quer intimidar a atuação da Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). “Nós ficamos reféns deles”, declarou a ministra antes de participar de evento que reuniu dezenas de juízes federais em São Paulo. “Isso está acontecendo porque não se acredita no sistema”.
 
Calmon propôs a convocação de “um exército” de bons juízes para combater os maus. “A grande maioria da magistratura é séria, correta, trabalhadora. Podíamos fazer um exército com esses magistrados. Muitas vezes, meia dúzia de vagabundos terminam por nos intimidar. Ficamos pensando o seguinte, eu vou me expor, vou botar minha carreira em risco para dar em nada”.
 
Desde que assumiu a corregedoria, Calmon tem sido alvo de retaliações e ataques de um núcleo conservador do Judiciário.

JUÍZES TEMEM PERDER PRIVILÉGIOS COM NOVA LEI ORGÂNICA DA MAGISTRATURA

A discussão de uma nova Lei Orgânica da Magistratura (Loman) foi reacendida com as recentes discussões sobre os poderes corregedores do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A norma vigente é de 1979, anterior à Constituição de 1998, e à criação do Conselho, em 2004. Foi justamente essa desatualização que levou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ao entendimento de que o CNJ pode decidir como investigar os desvios cometidos pelos magistrados. A ideia de uma atualização da Loman não agrada a todos os setores da magistratura e associações que representam os juízes se manifestaram. Saiba mais na coluna Justiça.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA BAHIA ABRE CONCURSO PARA 99 VAGAS DE JUIZ

O Tribunal de Justiça da Bahia abriu concurso público para 99 vagas e formação de cadastro de reserva de juiz substituto. O salário é de R$ 18.335,82. Os candidatos devem ter concluído o curso superior de bacharel em direito e possuir três anos de atuação na área jurídica. As inscrições devem ser feitas entre os dias 24 de janeiro e 24 de fevereiro pelo site www.cespe.unb.br//concursos/tjbajuiz2012. A taxa é de R$ 150.(ALÉM DA NOTÍCIA)
 
BZ-Não é o maior salário do mundo, mas é certamente um bom salário. Dá para se viver com dignidade e conforto, um bom padrão de vida, etc… O problema é que alguns juízes querem mais, muito mais, e aí então….. 

Fonte: Blog do Zeca

TJRN COLOCA JUIZ EM DISPONIBILIDADE

Uma notícia que foi divulgada no blog de Eliana Lima (Abelhinha.com) pegou a todos de surpresa. O Tribunal de Justiça do Estado decidiu na manhã desta quarta-feira (19) colocar em disponibilidade o juiz Eduardo Feld, da Comarca de Santo Antônio. Considera inapto para o cargo.
Segundo o Desembargador Federal aposentado Vladimir Passos de Freitas, em artigo publicado no site Instituto Brasileiro de Administração do Judiciário (IBRAJUS), “a disponibilidade e a aposentadoria compulsória são as sanções aplicadas aos casos mais graves. Disponível é o que se pode dispor. Juiz em disponibilidade significa que ele poderá ser convocado a atuar a qualquer momento, ao critério discricionário da administração do Tribunal. Enquanto isto não se dá, ele recebe seus vencimentos de forma proporcional ao tempo de serviço. Já a aposentadoria destina-se a idêntica situação, com a diferença de que o juiz já tem tempo para aposentar-se. Como não o faz voluntariamente, o Tribunal pode fazê-lo, como sanção administrativa. Seus vencimentos serão integrais, como o de todos os demais magistrados. A imposição destas sanções exige maioria absoluta dos membros do Tribunal (ou órgão especial) e não 2 terços de seus integrantes (CF, art. 93, VIII). Uma vez imposta, não cabe qualquer recurso na esfera administrativa, nem mesmo pedido de reconsideração, cabendo ao interessado, querendo, ingressar na via judicial. Por outro lado, é preciso dizer que a sociedade não compreende bem quando estas duas penas são aplicadas. A reação é no sentido de que o infrator acabou sendo premiado, uma vez que, ao final, acabou sendo afastado com o recebimento de vencimentos, proporcionais (na disponibilidade) ou integrais (na aposentadoria). Tal proceder não significa espírito de corpo ou protecionismo. Assim manda a lei.”

Ainda segundo o Desembargador, “conduta pouco analisada no Brasil é a da do juiz que atrasa de forma excessiva na prestação jurisdicional. Refiro-me àqueles que, aprovados em concurso público, revelam-se totalmente inadequados à atividade que exercem. Por desinteresse, passividade excessiva, perfeccionismo ou indecisão, simplesmente não decidem. Tem cultura, conhecimento jurídico, mas não julgam. Este tipo de juiz cria situações constrangedoras, como a de um credor de alimentos que se vê obrigado a aguardar meses por um despacho. Há uma tolerância dos Tribunais nestes casos, quando, na verdade, o mal causado é enorme e persiste por toda uma carreira, ou seja, cerca de 30 ou mais anos. A conduta certa, na hipótese, é ter como preocupação maior a sociedade e o prejuízo que ela tem com uma pessoa cuja personalidade não se afina com o cargo escolhido. Entre o sofrer de muitos e o afastamento de um, a opção deve ser a do interesse público, ou seja, a disponibilidade do não vocacionado.”


 O blog da Abelhinha.com lembrou de nota que publicou na coluna no início deste mês de outubro. Nota sobre informações do próprio juiz, que também é engenheiro, do Slapsoftware. Diz que é “o primeiro software livre para administração de processos judiciais e legislativos”, através de uma equipe não remunerada e sem fins lucrativos, para democratizar a informação, mas havia  ”resistências por parte dos Poderes, tendo em vista os poderosos interesses que estão em jogo”. Afirma que a iniciativa com o soft é proporcionar “economia ao erário, podendo, se adotada institucionalmente, economizar bilhões aos cofres públicos”. Lamentou que há meses espera resposta de metade dos Tribunais de Justiça do país de uma parceria sem “ônus algum ao órgão público”. 


No último dia 5, comunicou que a equipe equereu ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a “abertura à sociedade do código-fonte do projeto PJe”. “Requerimento baseado inicialmente do princípio da publicidade para a coisa pública, parte do princípio de que não faz sentido o eg. Conselho incentivar o uso do software livre e, paradoxalmente, guardar o seu próprio código a sete chaves”.

Atualmente, a juíza Tatiana Socoloski, titular do Juizado Especial da Comarca de Nova Cruz, está substituindo o juiz Eduardo Feld, uma vez que este encontra-se de licença médica.

Foi publicada na Edição 953 de 20.10.2011 a Portaria 1.290/2011-TJ que coloca o magistrado Eduardo Feld em disponibilidade. Clique AQUI e confira a portaria na íntegra.


Fonte: Blog Abelhinha.com e IBRAJUS

RELATOR DO ORÇAMENTO NEGA AUMENTO AO JUDICIÁRIO

O relator geral do Orçamento da União de 2012, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse neste sábado que, por enquanto, não há recursos para custear um reajuste do Poder Judiciário, cujo impacto seria de R$7,7 bilhões. Chinaglia reafirmou que a presidente Dilma Rousseff apenas encaminhou ao Congresso os projetos de reajuste – muitos já em tramitação há dois anos – , sem autorizar ou apontar fonte de recursos. Para ele, a presidente tem preocupação com o equilíbrio fiscal e isso deve ser levado em conta. Informações do jornal O Globo.
Chinaglia voltou a dizer que há outras demandas a serem atendidas na discussão do Orçamento, como a compensação para a Lei Kandir; mais recursos para Saúde e Agricultura, além do valor das emendas parlamentares. “Não podemos imaginar que não existe uma crise internacional. O Congresso não está alheio e não vai estar agora. A prioridade é o equilíbrio (das contas). Não estou vendo nenhuma possibilidade (agora)”, disse Chinaglia, ressaltando que ainda precisa esperar a estimativa de receitas da União no ano que vem, que pode ser aumentada na discussão no Congresso.
Já o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse apenas que o Executivo deixou clara sua postura e que quer encerrar a discussão. “A posição do governo é esfriar o assunto, deixar o Congresso trabalhar”, disse Gilberto Carvalho.
Na verdade, a presidente Dilma Rousseff foi dura na mensagem eviada ontem ao Congresso, deixando evidente que um reajuste para os vencimentos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) – que pediram 14,79% em 2010 e agora mais 4,8% – e um aumento médio de 56% aos servidors do Judiciário ocasionaria corte de gastos em áreas sociais. Nos bastidores, o Judiciário ficou incomodado com o tom da mensagem. Mas a orientação é adotar o discurso de que o assunto é “página virada”, como disse ontem o presidente do STF, ministro Cezar Peluso.
Já o presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), foi mais maleável e disse que é preciso abrir discurso com o Judiciário para ver se é possível atender a algumas demandas. “Vamos abrir um diálogo com o ministro Cesar Peluzo, com o Judiciário organizado para encontrar uma equação que permita responder às demandas, com equilíbrio fiscal. O esforço é do diálogo”, disse Marco Maia.
Fonte:  ACM NETO

OAB EMITE NOTA EM REPÚDIO À POSTURA DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

Advogado KelpsLima
DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA
 
A classe dos advogados se manifestou durante toda a sexta-feira (26), contra o Ministério Público Federal que denunciou o advogado Kelps Lima, na ação do da Operação Via Ápia. 
 
Na noite de ontem, a  Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Rio Grande do Norte, emitiu uma nota de repúdio à postura do MPF em divulgar acusações de denunciação caluniosa e difamação contra o advogado Kelps de Oliveira Lima antes da devida apreciação dos fatos pelo Poder Judiciário.


Na nota, a OAB/RN destaca que o advogado, no exercício da profissão, está condizente com a linha de defesa apresentada no processo judicial ainda em fase de tramitação na Justiça Federal, e a postura dos procuradores a constitui evidente violação às prerrogativas dos advogados.


Confira a nota:

NOTA DE REPÚDIO
A Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Norte vem a público repudiar a forma precipitada e desmedida com que o Ministério Público Federal traz à opinião pública acusações contra Advogados por atos praticados no exercício da profissão, que possui prerrogativas claras na Constituição e na Lei Federal.

A acusação ao Advogado Kelps de Oliveira Lima, postada hoje 26/08/2011 no sítio oficial da Procuradoria da República neste Estado, trata precipitadamente como denunciação caluniosa e difamação, um ato legítimo praticado na condição de Advogado do seu cliente, especificamente por ter representado à Corregedoria contra três policiais federais, denunciando a utilização de escutas telefônicas não autorizadas em processo judicial.

O agir do Advogado está condizente com a linha de defesa apresentada no processo judicial ainda em fase de tramitação na Justiça Federal, e a postura dos Procuradores da República constitui evidente violação às prerrogativas do advogado e mais um precedente nas lamentáveis tentativas de condenar o Advogado na opinião pública, antes da devida apreciação dos fatos pelo Poder Judiciário.

Registre-se, ainda, ser lamentável que a ampla divulgação pública da acusação, numa sexta-feira, demonstra a clara intenção de repercutir a matéria nas edições da mídia no final de semana, buscando assim consolidar uma versão unilateral e ainda não reconhecida no contraditório que caracteriza as demandas judiciais.

O Estado de Direito que todos nós buscamos e defendemos prescinde de atitudes como esta, devendo predominar o exercício sereno e amplo dos diferentes papéis sociais das instituições.

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL
SECCIONAL DO RIO GRANDE DO NORTE
 

  Postado por Aldo Araújo