2ª Semana da Educação de Campinas mobiliza comunidade campineira

Neste mês, a questão do ensino público mais uma vez ganha destaque na cidade de Campinas, no interior de São Paulo. De 25 a 30 de abril acontece a Semana da Educação, evento promovido pelo Compromisso Campinas pela Educação (CCE). A semana é realizada em comemoração ao Dia da Educação, lembrado nacionalmente em 28 de abril. O objetivo da iniciativa é mobilizar a sociedade civil para a importância da qualificação do ensino nas escolas públicas e reforçar o papel do CCE como movimento que trabalha em prol da melhoria da educação no setor público.
Em sua 2ª edição, o evento será composto por uma série de atividades gratuitas, entre elas, palestras, oficinas, seminários, circuito turístico por pontos relacionados à educação na cidade e outras ações com foco no tema. No ano passado, cerca de 3 mil pessoas participaram das 24 atividades promovidas.
A solenidade de abertura da Semana, marcada para a noite do dia 25, reunirá somente convidados. Na ocasião serão apresentadas a 2ª edição do concurso de redação Minha Família na Escola, a agenda de eventos da Semana 2011 e a campanha publicitária Eu Abracei o Compromisso com a Educação. A cerimônia acontece no Vert Eventos (Rua Rei Salomão, 231 – Distrito de Sousas – Campinas/SP).
Para saber mais sobre a 2ª Semana da Educação e conhecer a programação completa, acesse www.compromissocampinas.org.br/semanadaeducacao ou ligue para (19) 3794-3512/3547.

Com informações do Compromisso Campinas pela Educação

Mais Educação: escolas devem enviar planos de trabalho até o dia 26 de abril

As escolas públicas de educação básica pré-selecionadas para participar, em 2011, do programa Mais Educação podem aderir ao programa e apresentar planos de trabalho até 26 de abril. Em todo o país, foram pré-selecionadas 16 mil escolas para receber recursos do programa, e a proposta do Ministério da Educação é atender 15 mil escolas e oferecer educação integral a cerca de 3 milhões de alunos neste ano. Até o momento, em torno de 14,3 mil estabelecimentos públicos de ensino aderiram.
O principal objetivo do Mais Educação é garantir às crianças da educação básica outros espaços e oportunidades de aprendizado. Para que seja aceita no programa e receba recursos do MEC — em média, R$ 37 mil por unidade escolar —, a escola precisa informar o número de alunos a serem atendidos, indicar as atividades oferecidas, apontar quantos monitores serão necessários e quem vai coordenar a educação integral.
Os dados devem ser registrados no sistema de informações integradas de planejamento, orçamento e finanças do MEC (Simec), ao qual a escola tem acesso por meio de senha.
Com base na quantidade de estudantes informada pela escola, o MEC determina o valor dos recursos a serem enviados. O repasse, em cota única, cabe ao Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Criado em 2007, o programa Mais Educação começou a funcionar efetivamente em 2008. Desde então, passou de 386 mil para 2,2 milhões de estudantes atendidos em tempo integral, especialmente no ensino fundamental urbano.
Confira a relação dos municípios e escolas que podem incluir estudantes no programa.
Para entender melhor o Mais Educação, clique aqui.

Fonte: MEC

BRASILEIROS DESCONHECEM O PAPEL DO CONSELHO ESCOLAR, INDICA PESQUISA

Os conselhos escolares foram criados para que a gestão das instituições públicas de educação básica fosse mais democrática e contasse com a ajuda da comunidade, mas não é essa a situação em grande parte das escolas brasileiras.
Segundo o Sistema de Indicadores de Percepção Social (Sips), divulgado neste ano pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), cerca de 71% da população desconhece o papel dos conselhos. A falta de informação atinge principalmente pais com baixa escolaridade e mais de 55 anos de idade, universo onde a desinformação chega a 80%. O Ipea ouviu 2.773 pessoas em todo o Brasil no final de 2010.
Para o professor Angelo Ricardo Souza, do Núcleo de Políticas, Gestão e Financiamento da Educação da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a causa está essencialmente no fato de os instrumentos de gestão democrática ainda serem recentes no país e a população não estar acostumada a participar.
“A prática do conselho escolar tem 15 anos, o que é muito pouco tempo para termos uma atuação efetiva. Sem contar que não existe divulgação suficiente nem conscientização dos pais de que sua participação é fundamental para o andamento da escola”, explica.
Parceria
A participação pouco expressiva também pode ser explicada pela falta de tempo dos pais. Além de a maioria trabalhar em tempo integral, Souza explica que ainda existe o entendimento de que educação é papel exclusivo dos professores. Por esse motivo, a discussão sobre os assuntos financeiros, administrativos e pedagógicos da escola não faz parte da lista de interesses da família.
No Paraná, por exemplo, das 2.164 escolas estaduais, 80% têm conselhos ativos, mas isso não significa que eles funcionem como deveriam.
Souza explica que na prática esses organismos estão mais ligados ao trabalho administrativo e financeiro do que ao pedagógico, embora 94% das pessoas que disseram saber da existência do conselho afirmem que a função pedagógica é a mais importante.
Na maioria das vezes, os participantes decidem sobre reformas na estrutura física da escola ou problemas que rondam os arredores da instituição, como segurança.
Segundo a pesquisa, 91% das pessoas veem na fiscalização da aplicação dos recursos financeiros o maior papel do conselho. “Como também faz parte do trabalho manejar os recursos, os conselheiros acabam se envolvendo com isso em primeiro plano e deixam de lado as discussões sobre o ensino”, diz Souza.
Na escola Algacyr Munhoz Maeder, as ações do conselho seguem essa linha. Segundo a diretora, Yasodara Collyer de Magalhães, as últimas decisões foram sobre a limpeza e pintura dos muros pichados, assim como questões sobre indisciplina.
“Mesmo assim é muito difícil trazer a família para a escola. A única época do ano em que vejo os pais vindo aqui e realmente interessados é durante a rematrícula”, conta.
Para estimular a participação da população, a superintendente da Secretaria Estadual de Educação (Seed), Merougy Cavet, diz que ainda para o primeiro semestre estão previstas ações para que a comunidade entenda a importância de participar da escola.
“Hoje os boletins bimestrais são on-line, mas vamos voltar a fazer de papel, para que os pais se obriguem a ir até a instituição e a se integrar mais com o colégio”, afirma.
Interesse
Mesmo com o pequeno interesse geral pelos assuntos escolares, existem pais que procuram espontaneamente a instituição para ajudar. Desses, 91% sabem da importância do papel do conselho para a comunidade, segundo a pesquisa do Ipea.
O músico Ronaldo Guilherme Tavares tem dois filhos na escola Algacyr Munhoz Maeder, onde estudam há seis anos. Desde o começo ele se dispôs a conhecer o funcionamento da instituição, até ser convidado pela diretora para integrar o conselho.
“Vi no conselho a chance de levar as demandas da comunidade para a escola, mas também de ficar mais próximo da vida escolar dos meus filhos”, afirma.
Tavares gostou tanto do contato direto com a escola que resolveu fazer mais. Entrou no projeto Escola Aberta, que leva a comunidade a desenvolver atividades com os alunos nos fins de semana, e passou a dar aulas de violão para a garotada.
Pelo menos duas vezes por semana ele permanece no colégio. “A maioria dos pais que conheço não tem o menor interesse. A alegação é sempre a mesma: falta de tempo”.
Desempenho
A pesquisa do Ipea também aponta relação direta entre funcionamento do conselho e bom desempenho escolar. Nas escolas onde a agremiação é atuante, os indicadores que medem a qualidade do ensino, como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), são mais altos.
A Secretaria Estadual de Educação também identificou essa relação, ao lado de outros três itens que fazem uma escola ganhar destaque nos indicadores: um diretor comprometido, uma proposta pedagógic
a eficiente e pouca rotatividade de professores.
A escola Ângelo Trevisan, que fica no bairro Santa Felicidade, em Curitiba, é um exemplo do bom resultado do trabalho do conselho. Ela está entre as três instituições do Paraná que conseguiram alcançar nota 6 no IDEB na primeira etapa do ensino fundamental, meta prevista para 2021 pelo Ministério da Educação.
Para a diretora do colégio, Antônia Maria Dezan Lobato, o resultado pode ser explicado, entre outros fatores, pela participação dos pais. “Sempre que precisamos, convocamos os conselheiros. Muitos deles, claro, têm suas atividades diárias, mas reservam uma parte do tempo para vir à escola”, conta.
Entre a grande conquista do conselho está a implantação do ensino da língua italiana, que não é obrigatória nas escolas. “O conselho é uma ferramenta insubstituível, até porque o usamos para fazer o que muitas vezes o poder público deveria mas não dá conta”, explica Antônia.
Para Maria Aparecida Bacayoca de Ribeiro, mãe de um estudante e uma das conselheiras da escola, a experiência muda a forma como a família percebe a educação. “Faço parte do conselho há sete anos. Passei a ver que a educação formal do meu filho também depende de mim”, afirma.
Detalhes 
Saiba mais sobre o funcionamento dos conselhos de educação:
– O conselho tem a função de decidir sobre três aspectos da escola: administrativo, financeiro e pedagógico;
– O conselho deve ser composto por professores e pedagogos, fu
ncionários, alunos com mais de 16 anos, pais e membros da comunidade;reeleição
– Cada gestão vale por três anos, podendo haver .

Quer saber mais sobre a atuação dos conselhos escolares?
A dica é visitar o site do Ministério da Educação (MEC). Lá é possível encontrar várias informações sobre o Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares e saber mais sobre os objetivos e as funções desta agremiação. Há também diversas publicações que abordam o tema, bem como relatos de experiências de escolas que contam com o trabalho dos conselhos. Clique aqui e conheça todos esses detalhes.

Com informações da Gazeta do Povo (PR)

BIBLIOTECA FNLIJ DISPONIBILIZA LIVROS INFANTOJUVENIS PARA CONSULTA PELA INTERNET

Mais de 30 mil registros, o equivalente a 22 mil títulos, estão disponibilizados no site da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (Fnlij) para consulta de pesquisadores, estudiosos e educadores, dentro do projeto “Biblioteca Fnlij”.
Segundo a secretária-geral da fundação, Beth Serra, o site da Biblioteca Fnlij é o único no país com esse tipo de informação e que reúne um acervo tão vasto de publicações dedicadas ao público infantojuvenil. O projeto contribui para subsidiar pesquisas e políticas culturais e educacionais de compra de livros.
Todas as publicações recebidas pela fundação estão à disposição dos interessados na Biblioteca Fnlij. Cerca de 1,2 mil títulos são recebidos pela entidade a cada ano.
A ferramenta visa a auxiliar também os pais e educadores na compra de livros para as crianças e jovens, de acordo com a sua faixa etária. “A ideia é essa. A biblioteca tem um atendimento para quem é pesquisador e, também, para os pais e professores e educadores em geral. Eles podem saber o que está sendo publicado no Brasil dentro do universo infantil”, disse.
De acordo com a secretária-geral, as informações sobre o acervo são atualizadas automaticamente. Elas incluem os títulos premiados pela fundação ao longo dos anos e, ainda, os livros que se encontram no mercado. “É um cardápio bastante variado para pais e professores que consultam o acervo”, diz.
Com informações da Agência Brasil

MOVIMENTO “PNE PRA VALER” É LANÇADO NESTA SEGUNDA-FEIRA EM EVENTO NO CEARÁ

Entidades cearenses reunidas no Fórum de Discussões do Plano Nacional de Educação (PNE), do qual participa o comitê cearense da Campanha Nacional pelo Direito à Educação do Ceará, lançam o movimento “PNE pra Valer” nesta segunda-feira, 18 de abril, na Assembleia Legislativa do Estado.
O “Fórum de Discussões do PNE no Ceará foi criado por professores e pesquisadores cearenses que participaram da Conferência Nacional de Educação (Conae), juntamente com o comitê cearense da Campanha, para participar das discussões sobre o novo PNE e propor mudanças ao projeto. O seu objetivo é uma mobilização da sociedade em favor de um plano realmente comprometido com a educação de qualidade. As discussões do Fórum tomaram como referência os trabalhos da Campanha Nacional pelo Direito à Educação e produziram cerca de 80 propostas de emendas ao novo PNE.
Veja aqui texto sobre o evento, assinado pelas organizações membros do Fórum de Discussões do PNE do Ceará.
Fonte: Site da Undime

EMPRESAS E INSTITUTOS PARCEIROS DA MOBILIZAÇÃO DISCUTEM ESTRATÉGIAS DE ATUAÇÃO PARA 2011

Representantes de empresas e de institutos que assessoram diversas organizações reuniram-se no dia 15 de março, em São Paulo, com a coordenação do Plano de Mobilização Social pela Educação – PMSE. O objetivo era discutir a estratégia de atuação definida para 2011, que aponta para a consolidação de atividades em um mesmo território, potencializando as ações que vêm sendo desenvolvidas pelos parceiros de diversos segmentos: instituições religiosas, empresas, organizações não governamentais, entidades de representação, secretarias de educação, entre outros. Espera-se, com isso, articular territorialmente e, em seguida, nacionalmente, uma grande rede de mobilizadores que, sem perder a identidade, os propósitos e as formas de atuar, possam dialogar e juntar esforços para dar visibilidade e força à mobilização.
Para facilitar a tarefa de formação da rede, a coordenação do PMSE mapeou cada um dos estados da federação, usando o critério de agrupamento por meso e microrregiões do IBGE. Nesses grupamentos foram indicados os municípios nos quais voluntários vêm desenvolvendo suas ações. Isso permitirá que os parceiros se identifiquem, conheçam o que está sendo feito e se articulem.
Tal estratégia foi aprovada pelo grupo, que aproveitou o encontro para falar sobre o que está sendo feito e trocar experiências sobre estratégias e resultados. Participaram da reunião representantes dos Institutos: Votorantim, Arcelor Mittal, Natura, C&A, Camargo Correa, Wal Mart, Olhar Cidadão ( assessora o Instituto Votorantim), Cedac (assessora a Vale), Instituto Crescer, Razão Social (Promon), Santander, EcoFuturo, Compromisso Campinas, Todos pela Educação.
Fonte: Blog da Mobilização

BRASIL HOMENAGEIA MONTEIRO LOBATO NO DIA NACIONAL DO LIVRO INFANTIL


Hoje, 18 de abril, é comemorado o Dia Nacional do Livro Infantil. A data, instituída em 2002, foi escolhida em homenagem ao nascimento de José Bento Monteiro Lobato, considerado por muitos o pai da literatura infantojuvenil brasileira.
O escritor ficou conhecido mundialmente pelas inesquecíveis histórias do Sítio do Pica-pau Amarelo, cujos personagens Pedrinho, Narizinho, Dona Benta, Tia Anastácia, Visconde de Sabugosa e a boneca falante Emília marcaram a infância de muita gente.
Em suas obras, Lobato criava aventuras com figuras bem brasileiras, recuperando os costumes e lendas do folclore nacional. A tudo isso misturava, ainda, elementos da literatura universal, da mitologia grega, dos quadrinhos e do cinema, o que tornava suas histórias ainda mais divertidas.  As obras tiveram, inclusive, diversas versões televisivas.
Nascido em 1882, em Taubaté, no interior de São Paulo, Monteiro Lobato era um visionário para o seu tempo e lutou para ampliar a leitura no Brasil. Na capital, formou-se em Direito e deu início a vários planos ambiciosos, entre eles a abertura de uma gráfica e diversos projetos editorais, a maioria com foco na literatura infantil.
Sofreu com as crises econômicas da época e com fortes perseguições do governo, fez duras críticas à política e criou o personagem Jeca Tatu com denúncias sociais embutidas nas suas histórias.
Entre tropeços financeiros e sucessos literários morreu em 1948 deixando muito mais que um legado editorial e didático: foi um nacionalista que sempre sonhou com um Brasil alfabetizado e justo. É de Lobato a célebre frase “Um País se constrói com homens e livros”.
Por que, então, não aproveitar esta data e as obras deixadas por esse importante escritor  para incentivar nas crianças e jovens o prazer pela leitura e a escrita? Como forma de celebrar este Dia Nacional do Livro Infantil, o Blog Educação selecionou alguns materiais, baseados no trabalho de Monteiro Lobato, que podem ser utilizados para tornar as aulas ainda mais lúdicas e divertidas. São planos de aulas, informações sobre a vida e obra do autor e até um site com jogos e brincadeiras. Confira nos links abaixo:
Plano de aula 1: Primeiras leituras de Monteiro Lobato – para alunos do 1º e 2º ano do ensino fundamental.
Plano de aula 2: Círculos de leitura de “Reinações de Narizinho” – para alunos do 3º ao 5º ano do ensino fundamental.
Plano de aula 3: Leitura de “Memórias de Emília” – para alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental.
Para ler a sinopse das principais obras e outras informações, clique aqui
Saiba um pouco mais da vida e do trabalho de Monteiro Lobato
Conheça o mundo virtual do Sítio do Pica-pau Amarelo (o acesso a algumas atividades é gratuito, para outras é preciso ser assinante).

Por Cleide Quinália / Blog Educação

Escola do interior de São Paulo se reinventa e consegue um salto no desempenho dos alunos

ícone boas práticas

Há três anos, a situação da Escola Estadual Professor João Caetano da Rocha, localizada na cidade de Itápolis, no interior de São Paulo, constrangia professores e alunos. Depois de tirar 0,61 na escala de zero a 10 do Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo (Idesp), indicador de qualidade do governo do Estado, o título de “pior escola da região” quase fez com que a unidade fechasse. A autoestima dos docentes, estudantes e da comunidade chegou perto do zero também.
Inconformados com a nota pífia, a equipe gestora e o corpo docente decidiram agir. Um plano de ação foi estruturado com metas concretas, como aumentar a participação dos pais na escola, desenvolver atividades de leitura e utilizar mais a biblioteca e o laboratório de informática. “A nota foi um chacoalhão”, afirma a vice-diretora, Isabel Cristina Sioff, responsável pela direção na época.
Isabel conta que a turma avaliada pelo Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) – prova do governo que avalia a aprendizagem dos alunos e compõem o Idesp, junto com dados de repetência e evasão – era “problemática” em termos de disciplina e a aprendizagem não foi eficiente. Havia somente uma classe de 3º ano noturno, todos os alunos trabalhavam, a maioria nas lavouras da região, e as faltas eram frequentes.
A escola passou então a controlar melhor os alunos com planilha de faltas, atrasos, pedidos de dispensa e atestados médicos. Após, três faltas ou atrasos seguidos, os pais eram avisados por telefone ou pessoalmente.
Mais que cana e casamento
Em 2008, a escola tinha apenas uma coordenadora pedagógica para cerca de 600 alunos, do 1º ano do ensino fundamental ao 3º do ensino médio. Com a chegada de uma coordenadora só para o ensino médio, um projeto focado no resgate da autoestima e nas perspectivas de futuro dos alunos começou a ser aplicado. 
Gislaine Salata entrevistou todos os alunos para saber o que eles gostavam e por quê. Perguntou de tudo, desde o time do coração ao professor preferido ou menos querido. Após ganhar a confiança dos alunos, a coordenadora passou a apresentar as possibilidades de continuação dos estudos. “Até então a perspectiva deles era muito curta: casar e ter filhos ou ir para o corte da cana e a colheita da laranja. Eu queria provar que eles poderiam mudar a realidade deles”, conta.

A coordenadora insistiu para que a turma de 2008 participasse do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Passou de sala em sala avisando os prazos, fez a inscrição dos estudantes, solicitou um ônibus à Prefeitura para levá-los aos locais de prova (a escola fica em um distrito a 11 quilômetros do centro da cidade), conferiu os resultados e até as possibilidades de bolsas de estudo – trabalho realizado até hoje. Cinco de 30 formandos conseguiram estudar em universidades particulares com bolsas do Programa Universidade para Todos (ProUni).
Em 2009, 11 alunos ingressaram no ensino superior e em 2010, 15 continuaram os estudos após se formar, 50% da turma. “Quando os estudantes começaram a ver que tinham perspectivas em relação ao futuro, a postura mudou em sala de aula. O Enem e o ProUni abriram as expectativas dos nossos alunos”, conta a professora de português Silvia Rapatoni Ribeiro.
Nayara dos Santos, de 15 anos, quer estudar e voltar para abrir um negócio na região onde mora para “expandir o distrito”. “Os professores nos incentivam ao máximo, fazem a gente ver o nosso sonho e querer ir além”, afirma. Roberta Bortolassi, 16 anos, aluna do ensino médio conta que aprendeu na escola a “querer mais, querer vencer na vida”.
Apesar de acharem que a escola “pega no pé”, os estudantes veem na cobrança um sinal de preocupação. “Os professores cobram muito da gente, mas é porque eles estão nos preparando para o que está por vir”, avalia João Paulo Sanita, 14 anos.
Os professores também são observados de perto e estimulados. A coordenação assiste às aulas e sugere alterações, atividades. Hoje 17 docentes da escola têm ou estão cursando especialização em educação e um é mestrando da Ufscar. A rotatividade dos professores, que era um grande problema, também diminuiu. Por estar localizada em um distrito distante do centro, muitos professores pediam remoção para outras escolas. Agora, quase todos são efetivos, com exceção dos professores de biologia, química e física, e gostam de trabalhar na escola.
No topo
Desde que o resultado do Idesp saiu, a direção da João Caetano da Rocha não para de dar entrevistas e receber parabéns de pais e políticos da cidade. A escola ficou com o segundo maior índice da rede estadual no ensino médio (5,25) e acima da meta pretendida para 2030 pelo Estado, nota 5. “É um orgulho estar lá em cima, mas o Idesp tem muitas oscilações que independem do trabalho dos professores, como a diferença no desempenho de cada turma”, afirma Marlene Eunice Verdiani, diretora da escola.
As turmas de 2010 do 3º ano do ensino médio, responsáveis pelo alto Idesp, eram compostas de 17 alunos em média e tiveram apenas uma evasão. Em 2011, são 34 alunos de manhã e 30 à noite. “É provável que a gente não consiga manter o índice, porque com mais alunos em sala de aula fica mais difícil trabalhar as dificuldades individualmente”, ressalta a diretora.

A coordenadora Gislaine faz uma ressalva quanto à classificação da escola: “O Idesp é um índice criado para nortear cada escola, não para estabelecer critérios de comparação entre elas. Cada unidade é uma, com suas particularidades e realidades diferentes. Não podemos comparar os desiguais”.
Fonte: Último Segundo/ IG
Crédito das fotos: Marina Morena Costa

FGV oferece cursos gratuitos para professores da educação básica

O sistema de educação a distância (EAD) vem ganhando força no Brasil e já é considerado por muita gente como uma opção interessante e viável para quem deseja estudar e se atualizar, mas não dispõe de tempo para freqüentar um curso presencial.
Pensando nisso, o Blog Educação traz como ‘dica da semana’ o site FGV Online. Integrado ao programa de educação continuada da Fundação Getúlio Vargas, o site oferece uma série de cursos gratuitos pela internet que abrangem diversas áreas do conhecimento. Entre as alternativas é possível encontrar cursos sobre sustentabilidade, ética, ciência e tecnologia e muitos outros. Há opções, inclusive, específicas para professores do ensino fundamental e médio.
Para saber mais sobre os cursos e aproveitar esta oportunidade para aprimorar os seus conhecimentos, acesse: http://www5.fgv.br/fgvonline/CursosGratuitos.aspx
Por Equipe Blog Educação

Contação de história: estratégia eficaz para estimular o interesse pelos livros

A contação de histórias poderia entrar na grade curricular das escolas e se tornar mais uma disciplina, uma matéria. Essa é a opinião da educadora e escritora Kátia Vieira, que há 15 anos é contadora de histórias e fez disso um aliado que ampliou a atuação do seu ofício. “Criança que ouve histórias amplia o vocabulário e melhora a linguagem”, diz. Para ela, o ideal é começar a atividade para as crianças a partir de 2 anos de idade. Nesta fase, elas já começam a repetir e aprender o significado das palavras.
De acordo com a educadora, criança acostumada a ouvir histórias tem grande chance de se tornar um consumidor de livros. Escutar contos relatados por uma ou mais pessoas amplia a imaginação, aguça a curiosidade e coloca os pequenos em contato com suas próprias emoções.
Seu público, antes restrito ao ambiente familiar, se espalha por espaços onde a abertura de experimentações lúdicas auxilia na arte de educar. Nos últimos três anos Kátia desenvolve o “Projeto Coleção Edelweiss”, que distribui livros de sua autoria em escolas estaduais e municipais, além de entidades assistenciais e comunidades carentes. O projeto conta com o incentivo do Ministério da Cultura através da Lei Rouanet.
O ato de ouvir “cria movimento nas emoções que se traduzem em atitudes”. O assunto carece atenção dos pais. “Mesmo atribulados com a falta de tempo e os compromissos com o trabalho, os pais deveriam investir ao menos 5 minutos por dia com seus filhos para contação de histórias”, conclui a educadora.
Incentivo à leitura
Histórias Viajantes é uma atividade desenvolvida pela Sociedade Pró Menor, em Campinas, uma entidade que recebe crianças e adolescentes fora do período do seu horário escolar. A instituição atende cerca de 90 crianças e adolescentes na faixa de idade entre 6 a 14 anos em atividades lúdicas e de educação informal.
Para participar do projeto é preciso que os meninos e meninas façam a leitura de livros e, a partir dessa leitura, selecionem as histórias que desejam contar para outras pessoas. Depois de absorver o enredo do livro escolhido, o contador vai compartilhar com outras pessoas.
Modesto Fávero Neto, um dos fundadores do Pró Menor, fala que já levou a criançada em excursão a outros colégios para levar as histórias. “É muito interessante o efeito da contação de histórias. A criança que ouve depois tem vontade de ler”, comenta. A biblioteca tem um acervo variado com publicações com temas de aventura, literatura, ficção e infantil.
Com informações do Portal Terra