CPI RECHAÇA AMEAÇAS À IMPRENSA

 – Da revista Veja

Presidente cassado por corrupção e representantes do partido que operou o mensalão queriam usar caso Cachoeira para perseguir VEJA. Recuaram

Gabriel Castro e Laryssa Borges

A CPI do Cachoeira rechaçou nesta quinta-feira uma tentativa de agressão à imprensa livre. O senador Fernando Collor (PTB-AL), o único presidente da história a ser cassado por corrupção, havia apresentado um requerimento pedindo à Polícia Federal (PF) todos os diálogos entre Carlinhos Cachoeira e Policarpo Júnior, chefe da sucursal de VEJA em Brasília.  O pedido, regimentalmente injustificável, tinha um objetivo claro: intimidar o trabalho da imprensa investigativa. A tentativa de intimidação teve o efeito inverso.
A reação à tentativa de Collor e seus mais novos amigos, os petistas, gerou discursos notáveis em defesa da liberdade de imprensa. O debate teve início porque o relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), havia incluído o requerimento em uma extensa lista que seria votada – e aprovada – em bloco. O anúncio provocou uma mobilização imediata de parlamentares da base governista e da oposição. Eles lembraram o óbvio: a Polícia Federal isentou o jornalista de VEJA e definiu os contatos como mera relação de uma fonte com um repórter investigativo.
O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) – aliado do PT e do governo Dilma – pôs-se de pé e proferiu um discurso memorável em defesa da imprensa livre: “Ninguém sabe do mundo da corrupção, quer seja do mensalão, quer seja de outros casos, ninguém pode saber desses casos conversando com perfis apenas como o da madre Teresa de Calcutá”, afirmou. “Ouvimos dois delegados de polícia. A sessão foi secreta, mas seu conteúdo não o pode ser nesse momento. Perguntei se houve crime e peremptoriamente a resposta foi não”, afirmou, em referência aos investigadores Raul Alexandre Marques e Matheus Mella Rodrigues, ouvidos pela CPI do Cachoeira nas últimas semanas.

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) também condenou a iniciativa: “Não há como aceitar qualquer tipo de ameaça, por velada que seja, à liberdade de expressão e à liberdade de imprensa”, disse ele, lembrando que não houve qualquer ilegalidade por parte de Policarpo. “Estou estarrecido. É uma afronta à liberdade de expressão consagrada na Constituição. É uma revanche ou busca de submeter essa CPI a um prazer pessoal”, disse o deputado Rubens Bueno (PPS-PR)

O senador Pedro Taques (PDT-MT), que fez carreira como procurador de Justiça, foi enfático: “Esse requerimento é absolutamente inconstitucional, é de uma inconstitucionalidade chapada. O requerimento é absolutamente ridículo. Pinçar dados apenas do senhor Policarpo se revela como vingança, autoritarismo. A CPI não é um instrumento de vingança de parlamentares contra órgãos de imprensa”, afirmou.
Vergonha – Collor também teve de passar pelo constrangimento de ouvir um colega de partido, o deputado Sílvio Costa (PTB-PE), fazer um apelo direto pela retirada do requerimento. Costa também se dirigiu aos petistas, que haviam apoiado a tentativa de intimidação: “O PT precisa de autocrítica e está colocando o coração antes da razão. Não se pode convocar um jornalista que prestou serviço à democracia do Brasil, que mostrou à opinião pública que a corrupção está muito forte”.
A senadora Kátia Abreu (PSD-TO) reforçou o discurso do colega: “O jornalista vai aonde está a informação e às vezes a informação está no inferno, não está no céu”. Foi ela, aliás, quem destacou uma questão técnica que só reforçava o absurdo do requerimento de Collor: além de persecutório, o pedido não fazia sentido porque a CPI votaria, em seguida, um requerimento pedindo a íntegra de todos os áudios obtidos até agora pela Polícia Federal.
Foi a intervenção da senadora que permitiu ao relator Odair Cunha desistir da empreitada sem admitir a derrota: “Diante da fala da senadora Kátia Abreu sobre o problema da prejudicialidade e para que não venham com nenhum tipo de generalização, vou encaminhar pela prejudicialidade desse requerimento”, afirmou o petista.
O senador Humberto Costa (PT-PE) e o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que haviam apoiado o senador alagoano, se calaram. Collor foi deixado só. Como única saída, aceitou a decisão do relator. As tentativas de intimidação não devem cessar com a primeira derrota de Collor e do PT na CPI. Mas o Parlamento demonstrou estar atento às ameaças à liberdade de imprensa.
Veja o que disseram os parlamentares contrários à tentativa de intimidação:
Deputado Miro Teixeira (PDT-RJ): “Vou citar de cor, mas lhes garanto que, em poucos minutos, posso acessar aqui o computador e lhes trazer decisão do Supremo Tribunal Federal, com voto condutor do Ministro Celso de Melo, afirmando que a função do jornalista é investigar. Ele tem o dever de investigar, e ninguém sabe do mundo da corrupção, quer seja do mensalão, quer seja de outros casos de corrupção como já examinamos aqui nesta CPI, ninguém pode saber desses casos conversando exclusivamente com perfis como o da Madre Teresa de Calcutá. O jornalista de investigação, a exemplo do policial, conversa, sim, com pessoas próximas ao crime. Senão, não obtém as informações”.
Senador Alvaro Dias (PSDB-PR): “Um estadista norte-americano afirmou: ‘Entre um governo sem imprensa e uma imprensa sem governo, prefiro a última alternativa’. E não há como não verificar, em determinadas incursões nesta Comissão Parlamentar de Inquérito, uma velada ameaça à liberdade de imprensa, que temos de repudiar com a veemência e a contundência possíveis. A tentativa que se faz hoje, por exemplo, afronta a legislação vigente no País, desde a Constituição – e não tenho tempo para citar os artigos –, o Código de Ética dos jornalistas brasileiros,o  Código de Conduta dos Jornais, o Código Civil, o Código de Processo Civil, o Código de Processo Penal, a Convenção Americana de Direitos Humanos, a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Esse requerimento é uma afronta a todos esses documentos legais do país e internacionais (…) Seria um precedente pernicioso e inominável, senhor Presidente! É uma indignidade tentar trazer aqui, como réu, um jornalista que apenas cumpriu o seu dever, que exercitou a sua profissão com dignidade, e essa atividade com dignidade foi aqui sustentada por dois delegados, em sessão secreta, que não admitiram ter havido qualquer ilícito praticado por esse jornalista ou por qualquer outro jornalista”.
Senador Pedro Taques (PDT-MT): “Esse requerimento, com respeito ao seu autor, é ridículo, porque – e vou falar com referência às próprias palavras do seu autor – ele diz ‘pincemos’. Pinça é um instrumento que se utiliza para separar do todo; pinça é algo que se revela como vingança; pinça é algo que se revela como autoritarismo. Voto contra. O PDT não aceita perseguição. Por isso, senhor presidente, este requerimento é inconstitucional, ofende tratados internacionais, como o Pacto de São José da Costa Rica, a Declaração Universal de 1948. Ele é absolutamente inconstitucional”.
Senadora Kátia Abreu (PSD-TO): “O jornalista vai aonde está a informação. E, às vezes, essa informação está no inferno; não está no céu, não. Jamais esse jornalista poderia encontrar informações sobre o crime organizado do senhor Carlinhos Cachoeira com os senadores do bem, com pessoas do bem. Infeliz ou felizmente, os jornalistas têm o direito, garantido pela Constituição, de ir até às profundezas do inferno para procurar as informações para trazer à luz da sociedade (…) O Brasil não é a Venezuela, não é a Argentina e não vai caminhar por essa direção”.
Deputado Rubens Bueno (PPS-PR): “Isso é uma afronta à liberdade de expressão, consagrada na Constituição Cidadã do Brasil. Isso não é absolutamente nada a não ser uma revanche ou busca de submeter esta CPI a um prazer pessoal de responder a alguém por este ou aquele momento da vida pública do País. E nós não podemos concordar com isso (…). Isso é um sentimento totalitário. E não podemos, de forma alguma, avalizar esse sentimento presente neste requerimento”.
Deputado Sílvio Costa (PTB-PE): “Eu quero saber se, realmente, o mensalão era uma mentira. Não era, porque tem 40 aí complicados. Quero saber se aquela matéria do Ministério dos Transportes era mentira. Ela também não era, e tem muita gente complicada. VEJA não compactuou com a corrupção nem prejudicou a democracia. Nós não podemos transformar esta CPI numa espécie de paraíso do revanchismo (…).  Nós passamos 20 anos neste país com a imprensa calada. Nós passamos 20 anos neste País com os censores dizendo: ‘Isso pode sair; isso não pode sair’. O PT lutou pela democracia neste País. O PT é sócio da democracia neste País. O PT não pode negar a sua história. O PT precisa fazer uma autocrítica. O PT está botando o coração antes da razão. O PT está errado! Não se pode convocar um jornalista que prestou um serviço à democracia do Brasil. Não se pode convocar um jornalista que mostrou para a opinião pública do Brasil que a corrupção está muito forte. Isso é um erro do PT(…). Senador Collor, o senhor tem uma oportunidade histórica, porque com Alagoas o senhor já se reencontrou, o senhor tem oportunidade de se reencontrar com o Brasil. Eu lhe faço um apelo: o senhor poderia retirar esse requerimento. Esse requerimento não ajuda o país, não ajuda a democracia. Senador Collor, reencontre-se com o país”

CPI APROVA PEDIDO DE QUEBRA DE SIGILO DE INQUÉRITO DA PF

Presidente da CPI adiantou que o grupo deve dar prioridade aos pedidos de quebra de sigilo fiscal e telefônico de empresas com as quais o empresário teria ligação

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, aprovou nesta quinta-feira (17) a quebra do sigilo dos inquéritos das operações Vegas e Monte Carlo, que originaram as suspeitas sobre as atividades do empresário, de acordo com informações da Agência Senado.
Os requerimentos foram apresentados pelo senador Alvaro Dias (PSDB-PR) e os deputados Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e Mendonça Prado (DEM-SE) e serão enviados agora ao ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os parlamentares também iniciaram reunião administrativa para votar mais de 200 requerimentos apresentados. O presidente da CPI, o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), adiantou que o grupo deve dar prioridade aos pedidos de quebra de sigilo fiscal e telefônico de empresas com as quais o empresário teria ligação.
Entre os requerimentos também estão pedidos de convocação dos governadores de Goiás (Marconi Perillo, do PSDB), Rio de Janeiro (Sérgio Cabral, do PMDB) e Distrito Federal (Agnelo Queiroz, do PT) para que deponham na CPI. Eles são suspeitos de ter ligações com o contraventor.
Cachoeira, acusado por corrupção e lavagem de dinheiro, dará depoimento na próxima terça-feira. O contraventor permanece preso desde 29 de fevereiro. Na terça-feira a votação do pedido de liberdade por meio de habeas corpus feito por sua defesa foi suspensa na Quinta Turma do STJ.

POLICIAIS SÃO INVESTIGADOS POR ASSASSINATO DE EVANGÉLICO EM PERNAMBUCO

Dois policiais estão sendo investigados pelo assassinato de um evangélico na cidade de Araçoiba, Pernambuco. Os oficiais foram atender uma ocorrência devido queixa de som alto, eles teriam pedido para que abaixassem o som, que fora atendido, a princípio, mas alguns minutos depois voltaram a aumentar o volume.
Segundo nota oficial da Secretaria de Defesa Social, após darem voz de prisão ao grupo e sofrerem desacato, os policiais usaram então as armas de fogo. Foram atingidos Jucimar Celestino da Silva, de 27 anos, e outra pessoa que estava com ele. O jovem, que era da Assembleia de Deus veio a falecer no hospital, a outra vítima dos disparos escapou, mas teve a identidade preservada.
Ainda de acordo com informações da Secretaria de Defesa Social, a corregedoria da polícia já instaurou um procedimento administrativo para apurar o fato. Por ordem do Comando Militar do Nordeste, foi determinado o recolhimento dos policiais que efetuaram os disparos.
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa está investigando o caso. O flagrante foi inviabilizado, já que houve apresentação espontânea dos policiais.
Fonte: Gospel+

FILIAÇÃO AO PMDB VIROU OPÇÃO PARA DEMÓSTENES

Sem partido desde que se desligou do DEM, o senador Demóstenes Torres (GO) dá sinais de que estaria interessado em atender ao convite que chegou a esnobar, antes da denúncia de seu envolvimento com o bicheiro Carlos Cachoeira: filiar-se ao PMDB. O objetivo seria escapar da cassação em troca de uma punição mais branda, como a suspensão temporária do mandato, por exemplo, durante o período de seis meses.

Maior bancada…Maior partido, hoje com 19 senadores, o PMDB tem direito a indicar o futuro presidente da Casa. O PT tem treze senadores, e o PSDB dez.

Quem ganha…A filiação de Demóstenes solidificaria o favoritismo de Renan Calheiros na briga interna no PMDB para indicar o futuro presidente do Senado. 

Fonte: CLÁUDIO HUMBERTO

POLICIAIS CUMPREM MANDADOS, MAS NÃO ENCONTRAM “TERÇOS” VERDES NA RESIDÊNCIA DE PADRE JOCIMAR

– Publicado por Robson Pires
A Polícia Federal parecer ter “mirado” Jardim do Seridó. Depois de cumprir em duas oportunidades mandados de busca e apreensão, na residência de aliados do prefeito padre Jocimar (PMDB) e do empresário Amazan Silva (PSD), onde na oportunidade apreenderam bonés, dentro de uma investigação de possível propaganda eleitoral antecipada, três policiais federais, acompanhados de um oficial de Justiça visitaram a residência pessoal do padre-prefeito, nesta tarde de segunda-feira (14).
Eles informaram, na oportunidade estarem atrás de terços, na cor verde, que segundo denúncias feitas no ministério Público, estariam sendo distribuídos pelo prefeito, durante eventos religiosos realizados por ele. Os policiais não encontraram nada, dentro da residência do padre. Aliados do prefeito já admitem acionar na Justiça, quem fez tal denúncia, sob a alegação de leviandade. Além do prefeito Jocimar (na foto), três blogueiros da cidade foram denunciados na denúncia feita pelos membros do diretório do PSD jardinense.
Por Marcos Dantas

GURGEL: TEM GENTE ‘MORRENDO DE MEDO’ DO JULGAMENTO DO MENSALÃO

– Carolina Brígido, O Globo

Foto: Wilson Dias/ABr Cedoc
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, rebateu nesta quarta-feira a afirmação do delegado da Polícia Federal Raul Alexandre Marques, em depoimento na terça-feira à CPI do Cachoeira. Marques disse que a Operação Vegas ficou inconclusa porque ele não deu prosseguimento às investigações.

Segundo o procurador, normalmente as críticas à sua atuação vem de parlamentares que estão “morrendo de medo do julgamento do mensalão”. Mais cedo, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que Gurgel terá cinco horas para acusar os 38 réus no julgamento do mensalão.

– O que nós temos são críticas de pessoas que estão morrendo de medo do julgamento do mensalão. São pessoas que aparentemente estão muito pouco preocupadas com as denúncias em si mesmas, com os fatos, com os desvios de recursos e com a corrupção. Ficam preocupadas com a opção que o procurador-geral, como titular da ação penal, tomou em 2009, opção essa altamente bem-sucedida. Não fosse essa opção, nós não teríamos Monte Carlo, nós não teríamos todos esses fatos que acabaram vindo à tona. Há um desvio de foco que eu classificaria como, no mínimo, curioso – afirmou Gurgel nesta quarta, em intervalo de sessão do Supremo Tribunal Federal (STF).

DELTA CONSTRUÇÕES QUER RECEBER QUASE R$ 1 BILHÃO DE GOVERNOS

Maiá Menezes e Natanael Damasceno, O Globo

Presidente-tampão da Delta, o engenheiro Carlos Alberto Verdini (foto abaixo) afirmou nesta quarta-feira que a construtora, envolvida no escândalo Cachoeira, tem “direito adquirido” sobre os contratos já assinados com o poder público.

Ocupando o lugar de Fernando Cavendish, que se retirou do comando para negociar a transição, Verdini diz que, caso a Delta seja considerada inidônea pelo Tribunal de Contas da União, seria “legítimo” ajuizar uma ação judicial.

ACUSAÇÃO DE PROPINA A AGNELO QUEIROZ CHEGA AO STJ

Gabriel Castro e Hugo Marques, Veja Online

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) vai analisar se o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT, foto abaixo), recebeu propina enquanto era diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O autor da acusação é Daniel Tavares, ex-funcionário de uma empresa do ramo farmacêutico.

Ele comprovou ter depositado 5 000 reais na conta de Agnelo em 2008. As acusações, relatadas à deputada distrital Celina Leão (PSD) no fim do ano passado, foram gravadas em vídeo. Daniel chegou a desmentir as primeiras afirmações e passou a acusar Celina Leão e a deputada Eliana Pedrosa (PSD) de terem comprado seu depoimento.

Blog do Zeca

ARAPONGA DE CACHOEIRA PROPÕE DELAÇÃO PREMIADA

Peça chave do bicheiro Carlos Cachoeira no esquema desmantelado pela Policia Federal, o ex-sargento da Aeronáutica Idalberto Nunes, o “Dadá”, estaria negociando delação premiada, segundo fonte do Ministério Público Federal. Após atrair os procuradores com a proposta, “Dada” impôs uma série de condições para acusar os comparsas mas, ante a relutância do MPF, exigiu que em caso de sua proposta vir a ser recusada, que os procuradores informem o motivo por escrito.
Lavando a ficha…Dentre as exigências impostas por “Dadá” para a delação premiada está a garantia de que ele não sofrerá qualquer punição na Justiça.
Arquivo apreendido…Ao deflagrar a Operação Monte Carlo, a PF teria apreendido na casa de “Dadá” gravações que ainda permanecem sob exame.
Acervo inédito…“Dadá” incluiria na delação do esquema de Cachoeira gravações de telefonemas e de conversas que mantém em “local seguro”.
Espião ativo…Segundo a PF, “Dadá” atuaria como uma espécie de espião a serviço de Cachoeira. É suspeito de grampear ilegalmente telefones e emails. 
Cláudio Humberto– Blog do Zeca

VENDA DA DELTA PARA GRUPO JBS DEVE SER ANUNCIADA HOJE

– por Carlos A. Barbosa

A venda da construtora Delta para a J&F, holding do grupo JBS, está prevista para ser anunciada hoje.
Apesar da negociação avançada, a Folha apurou que governo federal está disposto a declarar a empreiteira Delta inidônea, o que esvaziaria ainda mais o atrativo comercial da construtora.
Um ex-diretor da Delta na região Centro-Oeste é apontado por investigações da Polícia Federal como participante do esquema do empresário Carlos Cachoeira.
A PF também indica que dinheiro da construtora foi colocado em empresas fantasmas de Cachoeira. A empreiteira nega envolvimento.
Segundo pessoas envolvidas na negociação, já está montada a arquitetura da venda da construtora. O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles é um dos cotados para assumir o conselho de administração da empresa.
O governo, porém, não vê a operação de venda com bons olhos. Avalia que o JBS não tem expertise na área de construção e preferiria uma empreiteira no comando. (Com informações da Folha de S. Paulo)