PROPOSTA PROÍBE CONTRATAÇÃO DE COMISSIONADOS DE “FICHA SUJA”

Publicado por Robson Pires
A Câmara analisa a Proposta de Emenda à Constituição 180/12, do deputado licenciado Walter Feldman (PSDB-SP), que proíbe a nomeação, para cargo de livre provimento (comissionados), de pessoas que sejam enquadradas nas regras da Lei da Ficha Limpa. Assim, quem tiver sido condenado por crimes dolosos ou pela Justiça eleitoral não poderá ser nomeado para cargos em comissão.
O texto também impede a nomeação de qualquer pessoa que seja inelegível. “É imperioso evitar que pessoas qualificadas como ‘ficha suja’ continuem sendo ‘presenteadas’ com a possibilidade de serem nomeadas para cargos públicos destinados à direção, chefia ou assessoramento, normalmente de livre provimento”, criticou Feldman.

ARCEBISPO DA PARAÍBA DIZ: “QUEM GASTA MUITO NA CAMPANHA, OU JÁ ROUBOU, OU VAI ROUBAR”

O arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto, está convicto de sua tese: candidato a prefeito que declarou que vai gastar milhões na eleição, “ou já roubou, ou vai roubar”, caso seja eleito. Na ótica do religioso, a proporção de desonestidade cresce em pararlelo aos gastos de campanha: quanto mais se gasta, mais se pretende roubar.

“Quem gasta demais é sinal que tem algum reservado para aliciar alguém”, pontuou, durante entrevista nesta sexta-feira (13/07).
Dom Aldo não escondeu ainda sua revolta com a quantidade de dinheiro que alguns candidatos declararam à disposição para “torrar” durante o processo eleitoral, situação essa que taxou de “escárnio”.
“Eu fiquei enjoado quando vi”, disparou o líder dos católicos na Paraíba, ao se referir à previsão de gastos registrada junto à Justiça Eleitoral.
Sem o menor constrangimento de taxar os candidatos ‘gastadores’ do Estado, o arcebispo os chamou de ‘prostitutos’, estendendo a pecha aos que vendem seu voto. “Prostitutos são aqueles que compram e vendem seu voto”, explicou.

Via Cabo Heronides – Umarizal News

“CORRUPÇÃO NAS PREFEITURAS É PIOR QUE A SECA DO NORDESTE”, DIZ MEMBRO DE ONG

Foto: Gardênia Oliveira
‘Corrupção nas prefeituras é pior que a seca Do Nordeste’
[Entrevista / Márcio Moura – agrônomo da ONG Caatinga]
Fortaleza (Adital) – O sertanejo sabe conviver com a seca e, diante de um longo período de estiagem, como o que se abate pelo semiárido brasileiro, faltam investimentos governamentais para garantir qualidade de vida aos agricultores. Diante desse cenário, o lema do governo de combater a seca “é retrógrado”, enfatiza o agrônomo Márcio Moura à IHU On-Line. Segundo ele, a “seca é cíclica, e devemos aprender a conviver com as adversidades de um fenômeno que é natural”. 
Na entrevista a seguir, concedida por e-mail, Moura critica a transposição do Rio São Francisco, e frisa que se trata de “mais uma ilusão do governo, que acredita que se combate a seca com superestruturas, em vez de investir nos sistemas familiares, que já possuem uma dinâmica produtiva, a qual está relacionada com a segurança alimentar, com a comercialização e com integração com o meio ambiente”. Para ele, a cultura assistencialista presente no semiárido dificulta o desenvolvimento da região. “As pessoas vendem o seu voto por uma carga d’água de carro-pipa, remédios, cimento. Por causa desse sistema, são eleitas pessoas com pouca capacidade de gerir em consenso com a sociedade, mas com muita capacidade de enriquecer ilicitamente”, assinala. Os programas governamentais, como Bolsa Família, Garantia Safra, Bolsa Estiagem, complementa, auxiliam na compra de alimentos, mas “não resolvem o problema, apenas transferem para a próxima geração, pois não são políticas concretas, que consigam que esses excluídos possam ter acesso aos direitos humanos, econômicos, sociais, culturais. Na verdade, é uma maquiagem”. 
Graduado em Agronomia pela Faculdade de Ciências Agrárias de Araripina – Faciagra, Márcio Moura é agrônomo da ONG Caatinga e coordenador do Programa de Políticas Públicas. Confira a entrevista.

Segundo notícias da imprensa, essa é a maior seca do semiárido dos últimos 50 anos. Como os sertanejos enfrentam esses períodos?

A região semiárida brasileira secularmente vive ainda o dilema da “Indústria da Seca”. As populações já diagnosticaram previamente quais as necessidades em relação às estruturas hídricas, para garantir água para o consumo das famílias, dos plantios e dos animais. São necessários investimentos dos governos federal e estadual assim como aplicação dos recursos por parte dos municípios, para que se construam açudes, barreiros, barragens, perfuração de poços, sistemas adutores, a fim de que os agrossistemas possam ter sustentabilidade no período de estiagem.
Por outro lado, a sociedade civil organizada, através da Articulação no Semiárido Brasileiro – ASA (entidade criada em julho de 1999 como fórum de organizações que atuam em prol do desenvolvimento social, econômico, político e cultural do semiárido brasileiro), congrega atualmente cerca de 750 entidades dos mais diversos segmentos envolvidos com essa questão. Nela encontram-se organizações como as igrejas católica e evangélica, algumas ONGs, associações comunitárias, sindicatos e federações de trabalhadores rurais. Até este momento a ASA já viabilizou a construção de mais de 300 mil cisternas de placas de 16.000 litros para o consumo humano, o que vem diferenciando em relação à água de qualidade para as famílias agricultoras. Esse vem sendo um grande apoio para as famílias agricultoras que têm enfrentado a seca.
Para enfrentar os períodos relacionados à seca, muitos agricultores/as investem na cultura da estocagem, ou seja, guardam água e alimento para o consumo familiar. Através de técnicas e práticas como a silagem e fenação, asseguram o alimento para os animais e usam água do barreiro, poços e açudes para sustentarem o rebanho. Os que têm menos condições ainda vendem os animais aos atravessadores no período mais difícil, que é de junho a janeiro, e esperam chover no próximo janeiro para readquirir os animais, quando finalmente se iniciam as chuvas no sertão.
Como o semiárido aparece na agenda governamental? O governo brasileiro compreende quais são as necessidades e prioridades para a região?
O governo de Dilma é muito tecnicista, é mais preocupado com as metas, dialoga pouco com a sociedade civil organizada, tanto que está desvalorizando o trabalho da ASA, que desenvolveu uma metodologia participativa para implementar cisternas de placas de 16.000 e 52.000 litros, barragens subterrâneas, bombas populares e barreiros lonados. Essas propostas deveriam ser valorizadas, pois entendemos que a obra física deve vir agregada à construção do conhecimento técnico com o saber das famílias. Nesse sentido, as instituições realizam momentos de formação em agroecologia com as famílias, para que possam valorizar o meio ambiente e desenvolver uma agricultura mais sustentável, valorizando os saberes tradicionais.
Através do Ministro da Integração o governo federal está implementando caixas de plástico – visando à campanha eleitoral de 2012 -, as quais são fabricadas em São Paulo, ao dobro do custo das que são construídas de alvenaria pelas famílias da região. Outro equívoco, ainda do governo Lula e que continua no governo Dilma, é a transposição do rio São Francisco. O governo investiu milhões nessa obra, mas a inviabilidade está sendo demonstrada, pois o canal continua seco, rachando, e o ministro Fernando Bezerra Coelho continua solicitando mais recursos para consertar o que foi iniciado. É mais uma ilusão do governo, que acredita que se combate a seca com superestruturas em vez de investir nos sistemas familiares, que já possuem uma dinâmica produtiva, a qual está relacionada com a segurança alimentar, com a comercialização e com integração com o meio ambiente. O lema do governo é retrógrado: “combater a seca”. Isso é uma ilusão, pois a seca é cíclica, e devemos aprender a conviver com as adversidades de um fenômeno que é natural. As famílias precisam de políticas para estruturação de seus sistemas com mais recursos hídricos, acesso a crédito, assessoria técnica mais qualificada, saneamento básico, educação de qualidade, enfim, é isso que a zona rural no sertão ainda precisa para que as famílias possam viver com mais qualidade e dignidade.
Como o senhor descreve o desenvolvimento social e econômico do semiárido brasileiro? A imagem de semiárido pobre e subdesenvolvido ainda permanece ou já começa a fazer parte do passado?
Acredito que houve avanços sim. Hoje estamos num período de seca, mas não há invasão a feiras livres. Existem os programas governamentais como o Bolsa Família, Bolsa Estiagem, Garantia Safra, Programa Brasil Sem Miséria, que são paliativos, mas acabam auxiliando na compra de alimentos. Esses são programas que não resolvem o problema, apenas transferem para a próxima geração, pois não são políticas concretas, que consigam que esses excluídos possam ter acesso aos direitos humanos, econômicos, sociais, culturais. Na verdade, é uma maquiagem. Mas não podemos generalizar, pois há o trabalho focado na agroecologia que a ASA vem desenvolvendo, inclusive com o Ministério do Desenvolvimento Social, no qual os agroecossistemas familiares foram estruturados, e as famílias consomem produtos livres de agrotóxicos, garantem a segurança alimentar, e o excedente comercializam na comunidade e na zona urbana, através das feiras agroecológicas. O semiárido ainda é feito de contratastes.
Quais são hoje os principais impasses ao desenvolvimento do semiárido? Além da concentração da água e a terra, que aspectos destaca?
Há uma cultura assistencialista, em que os aspectos eleitorais não são valorizados e na qual as pessoas vendem o seu voto por carga d’água de carro-pipa, remédios, cimento. Por causa desse sistema, são eleitas pessoas com pouca capacidade de gerir em consenso com a sociedade, mas com muita capacidade de enriquecer ilicitamente. A corrupção nas prefeituras municipais é um dos principais fatores para o entrave do desenvolvimento no semiárido, apesar de as organizações da sociedade civil organizada apoiar no trabalho com as associações. Ainda falta um despertar sobre a questão do voto, ou seja, são os velhos clãs que dominam a política local, passando de geração para geração. Há desvios nos recursos da saúde, educação, agricultura.
Há risco de desertificação do semiárido?
 O agronegócio e muitas famílias agricultoras realizam práticas como as queimadas e o uso desenfreado de agrotóxicos, o que vem causando danos à fauna e à flora. Já existem extensões de áreas como a do município de Gibués, no Piauí, que estão em processo de desertificação devido ao uso inadequado do solo. Segundo dados da Embrapa, 45% da área da vegetação da Caatinga já foi devastada. Portanto, isso é um sinal de que boa parte do solo está descoberta e exposta às chuvas, sol, e vento, que são os principais vetores da desertificação. Não existem programas ou políticas públicas voltadas para a revitalização de rios e riachos, nem de reflorestamento. Esses investimentos custam caro para serem realizados, mas é necessário avançar nos trabalhos educativos no sentindo da preservação, pois no campo jurídico existe uma boa legislação de preservação ambiental, mas não há punição.
Como a agroecologia tem sido desenvolvida no semiárido? Em que medida ela contribui para o desenvolvimento humano e sustentável de famílias agricultoras do semiárido brasileiro?
A agroecologia é um movimento crescente que precisa de mais apoio governamental, no sentindo da implementação da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural, para que os técnico/as possam apoiar as famílias campesinas em relação a uma agricultura menos danosa e mais autossustentável. Quando se discute agroecologia, a família tem que estar envolvida, valorizando o papel e conhecimento dos jovens, das mulheres e dos homens, considerando também o conhecimento do técnico, pois é nesse intercâmbio de informações que se processa um novo conhecimento, em que o agroecossistema é visto de forma sistêmica, e que todos os sistemas de criação de animais, cultivos, frutíferas, hortaliças se integram através da biodiversidade, onde cada sistema auxilia o outro. A agroecologia já tem suas raízes fincadas no semiárido, com processos construídos com as famílias, processos esses sistematizados e socializados para as mídias televisivas, radiofônicas, blogs, redes de organizações. Até o governo está começando a se interessar.
Em que consiste a proposta de implantar sistemas agroflorestais como alternativa sustentável de produção no semiárido?
 O sistema agroflorestal é uma das propostas das entidades que desenvolvem o trabalho com a agroecologia. É uma forma de cultivo diversificado, em que mantém árvores nativas, e se faz podas para que a luz possa entrar e, assim, se possam cultivar frutíferas, hortaliças, plantas medicinais, roçados, capins, enfim, plantas que possuem simbiose e que possam estar no mesmo espaço. Nesses sistemas, o solo fica protegido e mais nutrido, as famílias ampliam a diversidade de alimentos para o consumo e para os animais. Nessa forma de cultivo não se utiliza queimadas, e é abolido o uso de agrotóxicos. As famílias também desenvolvem os quintais produtivos, onde cultivam ao redor da casa e complementam a produção e a geração de renda.
Qual a importância da Caatinga na preservação do semiárido brasileiro?
A Caatinga é um dos biomas mais complexos e ricos do mundo, há uma biodiversidade de plantas e animais que só existem no Brasil. Se bem manejada, a Caatinga fornece alimento para as famílias e para os animais, é uma fonte enorme de estudos para a medicina, onde se disponibilizam princípios ativos de plantas exclusivas para elaboração de remédios. Além da beleza e da capacidade de regeneração quando ocorrem as primeiras chuvas.
Quais são as principais reivindicações da Declaração do Semiárido, formulada durante a 1ª Conferência Regional de Desenvolvimento Sustentável do Bioma Caatinga?
Em Fortaleza, representantes de mais de 300 organizações governamentais e não governamentais discutiram e aprovaram a Declaração do Semiárido, durante a 1ª Conferência Regional de Desenvolvimento Sustentável do Bioma Caatinga. O documento apresenta uma série de compromissos e algumas reivindicações importantes, como a inclusão do bioma Caatinga como patrimônio nacional e a aprovação no Congresso Nacional da Política Nacional de Combate e Prevenção à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca. A Declaração foi apresentada nos eventos paralelos da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+20. Uma das principais bandeiras é a universalização do acesso à água. Entre as ações pontuadas no documento estão o incentivo à implantação de sistemas agroflorestais como alternativa sustentável de produção, a priorização da agricultura familiar sustentável e o fomento a linhas de crédito oficiais para atividades sustentáveis na Caatinga.
Fonte: Tribuna do Norte

MPF QUER VOLTA DE CACHOEIRA PARA PRESÍDIO EM MOSSORÓ

O Ministério Público Federal (MPF) entrou com recurso no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) para que o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, volte para a penitenciária federal de Mossoró (RN). Para o procurador regional da República Carlos Alberto Vilhena, a 3ª Turma do TRF-1 não tinha competência para determinar a transferência de Cachoeira de Mossoró para o complexo penitenciário da Papuda, em Brasília. A pedido da defesa de Cachoeira, o desembargador do TRF1 Tourinho Neto, concedeu no dia 16 de abril liminar para revogar a transferência do contraventor para Mossoró, um presídio com Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). Ele estava preso lá desde o dia 29 de fevereiro, quando foi deflagrada pela Polícia Federal a Operação Monte Carlo. Para Tourinho, Cachoeira não apresentava alto risco para a sociedade nem havia cometido crime hediondo. 
Fonte: Agência Estado

EM DISCURSO, DEMÓSTENES DIZ QUE VIVE APENAS COM SEU SALÁRIO

Demóstenes tem feito discursos diariamente para se defenderSenador disse que não tem “quase patrimônio nenhum” e que pagou em 25 cheques mensais parte da faculdade da qual é sócio em Goiás
Cumprindo a promessa de fazer discursos diários em sua defesa, o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) disse nesta sexta-feira (6) que vive de salário e não tem “quase patrimônio nenhum”, o que comprovaria que não fez negócios com o empresário Carlos Cachoeira.
Ao afirmar que seus bens são “limpos”, o senador disse que está em depressão desde o início das denúncias.
“Vivo de salário. Não tenho chácara, fazenda, gado, ações de empresas, não tenho quase patrimônio nenhum. Meus bens são os que estão na minha declaração do Imposto de Renda. Fui advogado, sou promotor, procurador de Justiça por quase três décadas. São funções com bons salários, e ainda assim meu patrimônio é pequeno”.
Demóstenes fez dois discursos nesta sexta de manhã, um deles presenciado por apenas um senador, e o segundo com três parlamentares no local.
Ele disse que resolveu duplicar sua fala porque na quarta-feira (4), quando a Casa estava cheia, não discursou pois o regimento do Senado o impediu de falar antes das votações.
O senador disse que pagou em 25 cheques, descontados mensalmente, parte da faculdade da qual é sócio em Goiás. Também relatou que financiou em 30 anos no Banco do Brasil seu atual apartamento, comprado depois de se separar da primeira mulher. “Após o meu divórcio, fiquei sem bem algum, até sem lugar para morar”.
Demóstenes disse que seus maiores bens são discos e livros, mas doou os livros para bibliotecas e escolas de Goiás. “A depressão que me invadiu me impede de ler e ouvir música, os dois maiores prazeres que desfruto”.

Ele citou nominalmente ex-ministros do governo Lula, como José Dirceu e Tarso Genro, para afirmar que nunca negociou com os dois “nada além da legalidade”.

Também mencionou o ex-ministro Nelson Jobim, do STF, ao afirmar que todos poderão confirmar que não tratou com os ministros sobre “algo que desabone a conduta do parlamentar”.

Sobre a fama de colecionar inimigos por sua postura crítica de oposição no Congresso, o que poderia contribuir para a sua cassação, Demóstenes disse que não “faltou com o respeito” com os colegas. “Fui um opositor duro, mas leal. Sempre estive disposto a empreender conversas no Congresso para o bem do país. Exercia críticas sem faltar com o respeito”.
Escutas
Ao pedir que os senadores esperem o STF (Supremo Tribunal Federal) decidir sobre a legalidade das escutas telefônicas da Operação Monte Carlo antes de votar sua cassação, o senador reiterou que houve fraude e edições nos áudios.

Com laudo de perito contratado por sua defesa em mãos, mostrou trechos de gravações da Polícia Federal que teriam sido editados ou tiverem parte supostamente suprimidas pelos policiais.

Demóstenes afirma que o sistema guardião, da PF, mostra em um dos relatórios das escutas a palavra “edição” –o que comprovaria que houve manipulação dos dados. “É a palavra do perito: os áudios estão editados”.

O senador insiste que o Senado permita a realização de perícia nos áudios antes da votação de sua cassação, marcada para quarta-feira (11) no plenário do Senado. “Mesmo que as gravações fossem legais, elas não tratam da quebra de decoro. Não houve proveito financeiro meu em relação à quebra do mandato”.
Fonte: Gazeta do Povo

‘A SOCIEDADE ESPERA E EXIGE A INVESTIGAÇÃO DE TODA SUSPEITA DE CORRUPÇÃO’, DIZ CNBB


A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), órgão máximo da Igreja Católica no país, divulgou nesta sexta-feira (22) uma nota oficial para cobrar a punição dos corruptos brasileiros. A entidade religiosa escreve no texto que a proliferação da falta de ética na política e na administração pública “chega mesmo a colocar em xeque a credibilidade das instituições, que têm o dever constitucional de combater a corrupção e estancar a impunidade”. Em conversa com os jornalistas, o presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno Assis, fez referência a dois temas relacionados: a CPI do Cachoeira e o julgamento do mensalão. Sobre a CPI, disse: “Esperamos que dê em alguma coisa. O Congresso Nacional deve representar nossa sociedade. Isso é fundamental para que o trabalho dos deputados e senadores não termine em pizza”. Sobre a ação penal do mensalão, com julgamento marcado para começar em agosto, declarou: “Se a Justiça não cumpre sua missão, isso servirá de estímulo para outros crimes”. Para a CNBB, esses fatos políticos e administrativos, que contrariam a ética pública e o bem comum, têm sido fartamente divulgados pela imprensa e provoca uma reação de indignação e perplexidade na sociedade brasileira. (BN) 

Fonte: Blog do Zeca

BISPO ASSUME RELACIONAMENTO COM MULHER E RENUNCIA

– Publicado por Robson Pires

Após ser flagrado tomando banho de mar com uma mulher em praia do México, o bispo argentino Fernando Bargalló apresentou renúncia de seu cargo frente a diocese de Merlo-Moreno, na Argentina. Depois de pedir desculpas pelo que classificou de “imagens ambíguas” e dizer tratar-se de uma “amiga de infância”, Bargalló confirmou o relacionamento com a mulher. Além disso, ele irá renunciar frente a Nunciatura Apostólica (equivalente à embaixada do Vaticano no país). 
Antes, o então titular da diocese de Merlo-Moreno e presidente da Cáritas América Latina, de 57 anos, disse desconhecer as fotos, divulgadas pela emissora América 24. Com a repercussão do caso, no entanto, divulgou um comunicado e pediu desculpas pelas “más interpretações” que as imagens possam suscitar.

As fotos foram registradas no México no início de 2011 e mostra María de las Victoria Martínez, empresária de gastronomia.