O Banco do Brasil (BBAS3), maior instituição financeira da América Latina, teve o maior lucro líquido da história dos bancos no país, com ganhos de R$ 10,03 bilhões no primeiro semestre. Com isso, o BB supera o Itaú Unibanco (ITUB4) entre os maiores lucros de bancos privados no país.
O lucro de R$ 7,2 bilhões do Itaú Unibanco no primeiro semestre é, agora, o segundo maior entre os bancos do país.
Nos últimos quatro anos, o Itaú ocupou o topo do ranking dos maiores lucros da história dos bancos brasileiros no primeiro semestre.
Os dados são da consultoria Economatica.
Banco do Brasil
O lucro do Banco do Brasil no semestre foi puxado pelo forte resultado do segundo trimestre, quando registrou lucro líquido de R$ 7,47 bilhões, cerca de duas vezes e meia acima do resultado positivo obtido um ano antes.
O desempenho foi impulsionado pela venda bilionária de ações de sua área de previdência, seguros e capitalização, a BB Seguridade (BBSE3).
O banco ainda anunciou dividendos de R$ 2,177 bilhões, ou cerca de R$ 0,7769 por ação, relativos ao segundo trimestre, que serão pagos em 30 de agosto.
No primeiro trimestre, o banco teve lucro líquido de R$ 2,56 bilhões.
Inadimplência cai para menor patamar em 11 anos
O indicador de inadimplência do Banco do Brasil, com dívidas maiores que três meses, caiu para o menor patamar em 11 anos, segundo o balanço do banco.
Mantendo tendência iniciada em meados de 2012, o banco expandiu suas operações de crédito no segundo trimestre.
A carteira de crédito ampliada do Banco do Brasil encerrou junho em R$ 638,628 bilhões, expansão de 7,7% ante março e de 25,7% em 12 meses.
Os destaques do período foram as carteiras pessoa jurídica e de agronegócios, que registraram aumentos em 12 meses de 28,8% e 32,8%, respectivamente.
Ao final de junho, o BB ampliou sua liderança em crédito no sistema financeiro nacional, atingindo 20,8% de participação de mercado.
Os empréstimos destinados à pessoa física totalizaram R$ 161,550 bilhões no segundo trimestre, aumento de 15,9% em doze meses e de 3,3% sobre março, respondendo por 25,3% da carteira de crédito do banco.
Já os recursos destinados às pessoas jurídicas somaram R$ 300,142 bilhões, com elevação de 28,8% e 5,4%, respectivamente. Esse segmento responde por 47,0% da carteira de crédito total do BB.
As despesas com provisões para calotes cresceram 14,8% na comparação com o mesmo período de 2012, para R$ 4,22 bilhões. Segundo o banco, as provisões aumentaram devido ao aumento da carteira de crédito e do maior montante de recuperação de perdas no segundo trimestre.
Retorno
Apesar de números fortes no crédito e baixa inadimplência, o banco teve menor margem financeira líquida no período. O indicador caiu 5,8% ante o ano anterior, para R$ 7,47 bilhões. Outro dado negativo foi o resultado de tesouraria, que caiu 16,2% ante o mesmo trimestre do ano passado, para R$ 2,45 bilhões.
O banco fechou junho com ativos totais de R$ 1,214 trilhão, avanço de 15,5% em relação a um ano antes.
O retorno sobre patrimônio líquido (ROE) ajustado –sem considerar efeitos extraordinários no lucro– foi de 16,4%, recuo ante o índice de 21,2% um ano antes.
O banco também divulgou retorno de 51,8% contra 21,4% em um ano, impactado pela alienação das ações da BB Seguridade. O BB encerrou o segundo trimestre com patrimônio líquido médio de R$ 64,721 bilhões, montante 6,4% superior ao visto em igual intervalo de 2012.
Fonte: Do Uol, em São Paulo