VIROU PASSEIO! COM 13ª QUEDA, IBOVESPA AMPLIA PIOR SÉRIE DA HISTÓRIA

Apenas as ações de 13 empresas, das 85 que compõem o índice, tiveram performance positiva em agosto até agora, com valorização máxima de pouco mais de 8%. Do lado negativo, 72 companhias, ou 85% do índice, acumularam perdas que ultrapassam 27% para aquela com pior desempenho

Desde o início de agosto, príncipal índice acionário brasileiro só registrou prejuízo. São 13 sessões consecutivas no vermelho. A marca é inédita e fez o Ibovespa acumular quase 6% de perdas no mês até agora. No ano, a bolsa de valores de São Paulo ainda esta no positivo em 4,78%, mas os últimos dias têm testado a paciência dos investidores locais.

Entre ruídos internos com questionamentos sobre a desestatização da Eletrobras, apagão elétrico, política obscura de preços da Petrobras, dificuldades para aprovação do arcabouço fiscal e das medidas de composição da receita do governo federal, além do mau humor externo com a economia chinesa patinando e os Estados Unidos flertando com mais aumento de juros, o mercado acionário brasileiro ficou poucas horas em terreno positivo.

Para se ter uma ideia, aApenas as ações de 12 empresas, das 85 que compõem o índice, tiveram performance positiva em agosto até agora, com valorização máxima de quase 8% (EZTC3). Do lado negativo, 73 companhias, mais de 85% do índice, acumularam perdas que ultrapassam 27% para a com pior desempenho (PETZ3). Os negócios ligados ao consumo discricionário ocupam parte mais baixa da lista.

Nesta quinta-feira, o Ibovespa novamente esboçou uma reação no início do pregão, mas cedeu à pressão baixista por volta do meio-dia e não conseguiu se recuperar. O indicador fechou em queda de 0,53%, aos 114,9 mil pontos.

O dia foi de aumento nas expectativas de juros nos Estados Unidos, o que acabou contaminando a curva futura nacional e atrapalhando a tentativa da bolsa brasileira de sair do buraco pela 13ª vez consecutiva.

Os contratos de DI registraram alta nas taxas em todos os prazo de vencimento acima de 6 meses. O movimento fez com que a precificação na curva – que acumulava, no início da semana, 20 pontos base acima do 1,5 ponto percentual indicado pelo Copom para os próximos cortes – retrocedesse para 14 pontos de acréscimo, reduzindo assim as apostas em um corte de 0,75 p.p. na Selic antes da virada do ano.

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