Cerca de 61% dos bares e restaurantes do Rio Grande do Norte tiveram um aumento no faturamento no ano de 2022. É o que aponta uma pesquisa publicada nesta quarta-feira (15) pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes do RN (Abrasel-RN).
A pesquisa foi realizada usando como comparação os meses de dezembro de 2022 e dezembro de 2021.
Apesar de mais de dois terços dos estabelecimentos terem aumento, 18% tiveram desempenho inferior e 12% ficaram estáveis em comparação com o ano anterior.
“Com um leve aquecimento da economia, gerado por um final de ano aquecido e a alta turística no estado, o setor consegue recuperar o faturamento aos poucos”, falou o presidente da Abrasel-RN, Paolo Passarielo.
A pesquisa também apontou que 36% dos empresários disseram ter tido um faturamento maior do que a inflação em 2022. Já 63% esperam um aumento do faturamento em 2023 acima da projeção de inflação de 5,3%.
Além disso, 46% dos entrevistados disseram que estão ajustando os preços conforme a média da inflação, enquanto 22% fizeram ajustes abaixo do índice.
Prejuízo
De acordo com a pesquisa da Abrasel, 16% das empresas continuam trabalhando com prejuízo, como dívidas, custo de folha e inflação. Outras 49% tiveram lucro e 35% ficaram em equilíbrio.
““Ainda é preciso dar atenção aos negócios que seguem trabalhando com prejuízos, pois a dificuldade de manter esses bares e restaurantes funcionando acaba gerando atrasos de pagamentos principalmente de impostos, encargos e empréstimos contratados durante a pandemia, tardando planos de investimento e expansão, mesmo num momento de alta na demanda”, avaliou o presidente da Abrasel-RN.
“Outro fator que está prejudicando os resultados, é a falta de repasse integral dos custos, que devido a inflação, aumentou drasticamente o valor de alimentos e bebidas”.
Segundo a pesquisa da Abrasel, 70% das empresas têm empréstimos contratados, com inadimplência de 26% entre aqueles que tomaram dinheiro de linhas regulares e de 21% entre aqueles que aderiram ao Pronampe.
Ao todo, 38% dos entrevistados afirmaram ter pagamentos em atraso, sendo 90% devendo impostos federais, 58% impostos estaduais, 29% encargos trabalhistas, 26% serviços públicos e 19% têm dívidas em taxas municipais.
GRN