BOLSONARO GASTA R$ 124 MIL DE CARTÃO CORPORATIVO NO COMÉRCIO EM UM ÚNICO DIA NO RN. A MAIOR PARTE FOI EM MOSSORÓ SENDO QUE A AGENDA FOI EM CAICÓ

Bruno Barreto – Em um único dia, o então presidente Jair Bolsonaro (PL), gastou R$ 124.061,31 no comércio do Rio Grande do Norte quando cumpriu agenda na região do Seridó nos dias 8 e 9 de fevereiro do ano passado.

O que causa estranheza é que o presidente desembarcou em Caicó no final da tarde do dia 8 quando participou de uma manifestação política a noite. A agenda administrativa aconteceu no dia 9 quando ele saiu de helicóptero para Jardim de Piranhas onde anunciou a chegada das águas do Rio São Francisco pela primeira vez no estado.

No entanto, os gastos do cartão corporativo do então presidente se concentraram em Mossoró. Dos R$ 124.061,31 gastos nesta agenda no Seridó, R$ 69.502,55 foram gastos no comércio de Mossoró.

Para se ter ideia as duas cidades são distantes 182 km via BR-110 e RN-118, num tempo de viagem, que dura em média 2 h 31 min. É bom levar em consideração, que Caicó possui uma estrutura de comércio que não deve em nada a Mossoró.

Ainda assim na agenda, Bolsonaro gastou R$ 24.573 de cartão corporativo na Panificadora 2001, R$ 12.302 no Hotel Sabino Palace e R$ 6.984 na Churrascaria Tradição Gaúcha, para citar os principais gastos.

Ele ainda gastou R$ 45.721 na Panificadora Vale do Assu LTDA, na cidade de Assu, que fica a 132,5 km de Caicó via RN-233 e RN-118.

Claro que são gastos que envolvem também a comitiva do presidente e esta matéria não coloca em questionamento a honestidade dos estabelecimentos. O que causa estranheza é a incompatibilidade geográfica entre o local onde o presidente esteve e onde os gastos ocorreram.

O cartão corporativo é um instrumento usado pelo presidente para despesas pessoais e do Palácio do Planalto pagas pelo contribuinte.

Bolsonaro tinha colocado os gastos do cartão corporativo em 100 anos de sigilo. O presidente Lula (PT) derrubou o sigilo e foi descoberto que ele gastou R$ 32.659.369,02 em quatro anos. Vários gastos inconsistentes estão sendo questionados pela mídia nacional.

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