No dia 24 de junho de 2021 o então presidente Jair Bolsonaro (PL) gastou R$ 23.638 em hospedagens nos hotéis Villa Oeste e Sabino Palace.
Naquele dia, Bolsonaro apenas desembarcou na cidade de onde partiu de helicóptero da Força Aérea Brasileira (FAB) para a cidade de Jucurutu, onde visitou as obras da Barragem de Oiticica.
A visita ficou marcada por duas cenas: a dos trabalhadores que tiraram foto com Bolsonaro fazendo o “L” de Lula (há quem diga que estavam fazendo o gesto da “arminha”) e por ter pedido para uma menina tirar a máscara.
Não por acaso, esta foi a agenda mais polêmica de Bolsonaro no Rio Grande do Norte. Ao desembarcar em Mossoró ele provocou aglomeração de pessoas sem máscara quando a pandemia ainda estava em curso.
De Jucurutu ele seguiu de helicóptero para Pau dos Ferros, cidade onde um dia antes um outdoor na BR 405 com protestos contra o presidente foi derrubado por uma equipe do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT). Na cidade ele foi recebido pela prefeita Marianna Almeida (PSD) trajando preto em sinal de luto pelas mortes na pandemia e arrancou a máscara de uma criança de dois anos, imagem que rodou o mundo.
A conturbada agenda ainda resultou em gastos do cartão corporativo em locais distantes da agenda. Em Natal, foi paga uma hospedagem de R$ 2.856 no Natal Ponta Negra Hotel LTDA. Já em Assu foram gastos R$ 17.880 na Panificadora Vale do Assu LTDA. Ainda na “Terra dos Poetas” foram pagos R$ 13.900 em hospedagens no Hotel São Geraldo.
Lembrado: ele desembarcou em Mossoró e nem saiu do aeroporto rumando de helicóptero para Jucurutu e depois Pau dos Ferros. Nesta última cidade ele ainda gastou R$ 14.894 em hospedagem e R$ 885 em alimentação no Hotel Hertz.
No total a polêmica agenda de Bolsonaro no RN custou R$ 85.200,94 em gastos no cartão corporativo. A conta inclui outros gastos não citados na matéria.
O cartão corporativo é para despesas pessoais do presidente, comitivas em viagem e do Palácio do Planalto.