Investidores nacionais devem adotar postura cautelosa durante a sessão de hoje, enquanto acompanham o desenvolvimento das respostas das instituições brasileiras ao vandalismo praticado por manifestantes ontem nas sedes do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal. No exterior, o EWZ, que é um ETF (Fundo de Índice) que praticamente replica o Ibovespa, operava em baixa de 1,17% às 7h30. O ativo chegou a cair 2,40% mais cedo.
A aversão a risco parece dominar os papéis ligados ao Brasil neste início de manhã, com as ADR (que são recibos de ações brasileiras negociadas nos Estados Unidos) da Petrobras (-1,36%) e da Vale (-1,93%) em baixa. Isso acontece apesar do otimismo global com a reabertura chinesa e com dados econômicos norte-americanos apontando para uma possível desaceleração no ritmo de contração monetária.
A resposta das instituições brasileiras aos atos de ontem devem pautar o sentimento do mercado por aqui. Vale lembrar que o presidente Lula decretou intervenção federal no Distrito Federal na área da segurança pública até o dia 31 de janeiro. Além disso, o governador do DF, Ibaneis Rocha, foi afastado do cargo por 90 dias por decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes.
No exterior, mercados estendem a alta da sexta-feira, após dados norte-americanos mostrarem desaceleração no crescimento dos salários. Os futuros do S&P 500 subiam 0,41% e os da Nasdaq ganhavam 0,43% às 8h19. O Euro Stoxx 600 também operava com ganhos, com lucros e 0,42%.
No campo das commodities, o minério de ferro fechou a primeira parte da sessão em Singapura em queda de 0,44%, mas ainda acima de US$ 117 a tonelada, o que pode favorecer a Vale e aliviar um pouco a queda do Ibovespa no dia (uma vez que a minerador responde por quase 20% do índice acionário brasileiro). Declarações de autoridades chinesas de que atuariam para reprimir especulações no mercado têm pesado sobre a commodity nesta segunda. O petróleo, no entanto, opera em alta de 3,17%, com o barril do tipo Brent negociado a US$ 81,04.
O Antagonista