O diretor do Instituto Biomanguinhos, Mauricio Zuma, afirmou na audiência da Comissão Externa da Câmara dos Deputados, que acompanha as ações de combate à covid-19, que as primeiras 15 milhões de doses da vacina de Oxford contra o coronavírus devem ser disponibilizadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) a partir de janeiro de 2021.
O cronograma definitivo para a chegada da vacina aos postos de saúde, no entanto, ainda não está fechado. Deputados da comissão ressaltaram a importância do planejamento para a distribuição e a aplicação da vacina e alertaram que, em um primeiro momento, não haverá doses para toda a população.
O representante da Fundação na audiência pública, Marco Krieger, lembrou que tanto a produção da vacina quanto a transferência de tecnologia dependem de recursos orçamentários.
No dia 31, a Fiocruz, o Ministério da Saúde e a AstraZeneca assinaram o documento que sela base para o acordo entre os laboratórios sobre a transferência de tecnologia e produção de 100 milhões de doses da vacina contra a covid-19, caso seja comprovada a sua eficácia e segurança.
O acordo tinha sido anunciado em junho. O Ministério da Saúde prevê um investimento de R$ 522,1 milhões na estrutura de Biomanguinhos. O objetivo, diz a pasta, é ampliar a capacidade nacional de produção de vacinas e tecnologia disponível para a proteção da população. Outros R$ 1,3 bilhão são despesas referentes a pagamentos previstos no contrato de Encomenda Tecnológica. Os valores contemplam a finalização da vacina.
Na última segunda-feira (3), o Ministério da Saúde anunciou que estuda a edição de uma medida provisória para viabilizar as 100 milhões de doses da vacina A proposta prevê um crédito orçamentário extraordinário de R$ 1,9 bilhão.