AGROTÓXICO PODE GERAR PUBERDADE PRECOCE E MALFORMAÇÃO DE BEBÊS NO CEARÁ, DIZ PESQUISADORA

Pesquisa analisa casos de bebês com crescimento de mamas e recém-nascidos sem membros superiores e inferiores, na comunidade de Tomé, em Limoeiro do Norte. Região tem histórico de uso abusivo de agrotóxico.

Uma pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará relaciona casos de bebês que estão nascendo com malformação congênita ou desenvolvendo puberdade precocemente, na comunidade de Tomé, na Chapada do Apodi, em Limoeiro do Norte, com o uso abusivo de agrotóxicos na região. Alimentos, água e solo estão contaminando as famílias, segundo a pesquisa.

Médica, professora e autora da pesquisa, Ada Pontes Aguiar escolheu oito famílias da comunidade cujos bebês nasceram sem os membros superiores e inferiores, condição conhecida como focomelia; com malformação no coração; ou apresentaram surgimento de mamas e pelos pubianos ainda com um ano de idade. O estudo investiga a herança negativa do agronegócio na região.

“É uma comunidade rural rodeada por plantações de fruticultura irrigada voltada para exportação. Todos os oito pais trabalham manipulando agrotóxicos, alguns por décadas. As mães nunca atuaram diretamente, mas a maioria nasceu na comunidade e tem uma exposição importante”, diz a pesquisadora.

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